Geração Problema escrita por Bia


Capítulo 1
Capítulo 1. Os Potter




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/767696/chapter/1

Batidas fortes vindas do assoalho.

Quando aquilo acontecia só podia ser uma coisa: sua mãe resolvera limpar o sótão. O barulho era irritante, mas ele jamais ousaria reclamar de qualquer barulho que sua amada mãe fizesse hoje. Quando a senhora Pansy Parkinson Potter estava na TPM, era melhor se fingir de morto mesmo.

O grande herói Harry Potter sabia bem disso, tanto que havia arrumado uma boa desculpa para sumir logo cedo, ou então estaria lá no sótão agora, ajudando-a a limpar o que não precisava. As vezes penso como o homem que derrotou Voldemort consegue sentir tanto receio em dizer a sua própria esposa que não limpe algo que esta limpo.

Tio Rony sempre nos conta que papai jamais soube lidar com a força de comando de minha mãe. Às vezes acredito que seja isso que o fez se apaixonar por ela, afinal. Os dois formavam o segundo casal mais improvável do mundo bruxo. Minha mãe no tempo de escola odiava meu pai e seus amigos. Mas ao fim da guerra eles se aproximaram quando meu avô Kevin Parkinson que diferente do que todos acreditavam, não estava ao lado dos comensais, salvou a vida do meu pai. Travando um duelo com pelo menos o dobro de homens e vencendo obviamente. Meu pai acabou sendo levado para a casa dos meus avós e surpreendentemente minha mãe foi quem cuidou dele. Quando ele melhorou se recusou a ir sem ela a qualquer lugar, e desde então ele estão juntos.

Alguns falam que meu pai transformou minha mãe, mas olhando o contexto, acho que na verdade eles se encaixam exatamente por serem tão diferentes.

Sua irmã que em circunstancias normais adora alfinetar sua mãe tratou de ir com o pai, ainda que sempre que possível ela estava grudada nas suas calças. O jovem de dezesseis anos tinha o rosto muito parecido com o de Harry , mas algumas diferenças eram marcantes, como por exemplo, os olhos de um azul extremamente escuro, e os cabelos negros que caiam suavemente sobre os mesmos. Ele seguiu a passos cautelosos para a lareira, pedindo silencio a figura que aparecera entre as chamas.

—James! O que houve? – perguntou a voz grossa do senhor de idade a sua frente.

—Adivinha? JS perguntou olhando para o teto, como se o avô pudesse enxergar o que a filha estava fazendo.

— Não me diga que ela esta no sótão!  O homem mais velho suspirou.

— Acordou e foi para lá. O rapaz confirmou.

— Nem ao menos comeu? Obtendo a negativa do neto, prosseguiu:- Melhor cancelarmos o jantar então.

—Também acho vô. Ela e a Bella Lilian já se alfinetam o tempo todo quando estão de boa. Se uma delas está de mau humor fica complicado, você sabe. Melhor abortar a missão! O avô riu.

—Certo. Melhor manter as duas longe da sua avó. Já que sua irmã implica com sua mãe, sua mãe vai revidar e sua avó vai proteger sua irmã. Por Merlin que confusão. Vou avisar ao seu tio para não vir então. Avise ao seu pai.

Ele assentiu sorridente e a lareira logo se apagou. Subiu para seu quarto e encontrou a única pessoa que lhe fazia companhia no momento, Molly II, algo entre uma prima e uma irmã. E ao mesmo tempo nem uma coisa nem outra. A Molly viera morar com os Potter, oito anos antes, quando tinha apenas seus 7 anos. Percy e Aundrey morreram em um acidente de carro e o casal que a batizara assumira sua guarda, mesmo que houvesse inúmeras opções dentre tios e avós para cuidar da menina.

—Prometi isso ao Percy Senhor Weasley. – disse seu pai na ocasião – Quando fizemos as pazes e ele me chamou para ser o padrinho eu jurei que ia protegê-la, caso ele faltasse...

Desde então tinha duas irmãs mais novas, extremamente diferentes na aparecia e no gênio, mas ao mesmo tempo, igualmente carinhosas e alegres. Formavam um trio e tanto de irmãos, em sua opinião.

Um novo barulho estridente. Algo como uma explosão. Molly olhou para o alto. Os cabelos ruivos presos em um coque mal feito.

—A mamãe achou outro bicho-papão, JS. – comentou.

—Queria saber em que ele se transforma perto dela, não consigo entender o que pode ficar tão engraçado explodindo desse jeito.

— Acho que não quero descobrir, nunca. Ela comentou fazendo cara feia.

— Meu instinto aventureiro, queria muito saber. Mas a parte inteligente dentro de mim, garante que eu não passe nem perto daquele lugar.

A menina deu de ombros, ajeitou os óculos no rosto e continuou a ler a carta da amiga de colégio, que havia recebido há pouco. Na casa apenas ela e o pai usavam óculos. A caçula também deveria, mas era teimosa e vaidosa demais para admitir.

—Carta da gatinha da Smith? – ela fez que sim.

—Mas nem adianta se empolgar com ela viu. Já te disse mais de mil vezes que ela tem preferência por loiros. JS deitou na própria cama, e levou as mãos atrás da cabeça.

—Sei bem de que loiro você está falando. – sorriu de lado – Mas ainda me prefiro. A menina riu, do seu convencimento.

—O que seria dos Malfoy se todos gostassem dos Potter, afinal.

A porta do quarto se abriu e por ela passou uma Bella Lilian que mantinha seus olhos para o teto.

—Ela ainda não desceu?

—Não. - respondeu ele – E o pai, cadê?

—Na casa do tio Ron. – como a casa dos seus padrinhos era perto da deles, o rapaz concluiu que Bella viera a pé – Nós vamos mesmo jantar na casa do vovô, com a mamãe desse jeito?

—Não, ele acabou de chamar pela lareira, quando falei que a mamãe estava limpando o sótão ele achou melhor cancelar.

—Melhor.Tô pensando em ir passar esse fim de semana na Toca, o que acha? A mamãe nesse humor é insuportável.

—Insuportável é aturar os Malfoy. A irmã cruzou os braços e sorriu imponente.

—Ta falando isso por causa da Charlotte, não é? Ah, para de implicar com ela, JS.

—Eu não implico com ela.Ela que implica comigo. Ou melhor, nem olha para a minha cara.

—Sei...O seu problema é que ela é a única que não te da moral.JS levantou uma das sobrancelhas em resposta ao comentário desnecessário de Bella. Daisy tentava não rir.

—Como se eu quisesse que aquele cubo de gelo ambulante me desse moral... Ah, me poupe Bella! Além disso, você sabe muito bem que esse é o último fim de semana antes de embarcarmos para Hogwarts. Eles vão todos para lá. Aquilo fica um tumulto.

—Por isso mesmo, eu adoro os tumultos na Toca! A Molly vai, não vai? – a outra fez que sim – Então, podíamos ir junto com ela e com a Rose.

—Que horas vocês vão?

—Hoje, antes do jantar. – respondeu a ruiva.

Ele ponderou um pouco, como se elas tivessem duvidas de qual seria a resposta.

—Certo, vamos então. – Bella Lílian deu pulinhos de alegria – Vai arrumar as coisas Bella. E não se esqueça dos seus óculos. Não tô a fim de ouvir sermão da tia Mione por que você se recusa a usá-los, entendeu?

A outra fez cara feia, bufando contrariada. Ele olhou para a ruiva que ainda lia a carta. Sorriu um sorriso sacana e doce, que era só seu.

—Até que ver algumas de suas primas, antes de irmos para Hogwarts, não vai ser má idéia...

Ela riu. Sabia que suas primas eram consideradas lindas por boa parte da ala masculina do colégio, embora soubesse também que JS não se importasse tanto com beleza, sendo mulher estava bom para ele.

Não compreendia muito bem a necessidade que o "irmão" tinha de trocar de namorada a cada semana. James Sirius, ou JS como era chamado pela família e amigos próximos, era de longe um dos garotos mais bonitos e disputados da escola. Seu porte, unidos a uma beleza instigante e a história que o sobrenome Potter carregava, eram imãs para qualquer tipo de garota. E ele não se furtava a experimentar todos os tipos possíveis.

Molly sabia também que algumas de suas primas estavam inclusas nesse extenso grupo de fãs do rapaz, mas preferiu fingir que não tinha entendido a insinuação dele ao responder.

—Eu acho que não vai ser tão legal sabe... Tio Gui disse que esse ano a Dominique vai passar o fim de semana lá também, e que a Victoria vai ter que se comportar.

A reação dos dois Potter "de sangue" foi à mesma. Arregalaram os olhos enquanto encaravam a irmã.

—Ta dizendo que a Victoria e a Dominique vão ter que ficar no mesmo ambiente durante dois dias? E nós juntos... – Bella olhou para o irmão – De repente me deu uma saudade da mamãe, JS. Acho que não vou mais pra lá não...

Um novo estrondo vindo do sótão, esse fora particularmente mais forte. Os três olharam para o alto.

—Acho que as brigas entre as filhas do tio Gui vão ser mil vezes mais amenas que a arrumação do sótão da mamãe, Bella. E talvez mais amenas que estar com ela quando sair de lá. Já que ela vai estar cheia de raiva e fome. Não quero ser o lanche da nossa mãe.

—Então... Vamos para a Toca. – disse Molly sorrindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

https://www.flickr.com/photos/156691539@N04/43904092315/in/dateposted-public/lightbox/
Aqui segue a foto dos Potter.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Geração Problema" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.