Unidos pelo Amor, Separados pela Guerra escrita por Marry Black


Capítulo 4
Capítulo 3 - Apenas nós


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem

Boa leitura!



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Visão do narrador

Frente a frente se encontravam o principe e a princesa de reinos inimigos, ninguém nem mesmo tinha consciência disso, em verdade, nem mesmo a princesa tinha, apenas ele... O principe sabia o quão proibido aquele momento se fazia, mas nada fez para encerrá-lo. E então, um se tornou pelo outro, nada mais existia em volta, nada mais importava...

Ela possuia a paz que ele sempre buscou... Ele possuía todo o calor que ela nunca acreditor ser possível existir. E ali, como amigos, como amantes... Como fieis um ao outro, eles valsaram, a música mal se fazia presente, as pessoas não mais existiam, tudo se tornou vazio... Fluturaram por cima das  nuvens, dançaram as vistas de um arco-íris exclusivo, o brilho do sol os aqueceu como nunca aqueceu a ninguém. Eles se fizeram um com apenas uma dança.

Os convidados não se atentavam muito, era apenas mais um nobre máscarado a valsar com sua princesa, nem mesmo o casal real percebia ser alvo da atenção de alguém, contudo, existia alguém atento a cada mínimo movimento da princesa, e seus olhos estavam atento ao misterioso rapaz a lhe tomar em seus braços; sua mente e seus funcionários trabalham frenéticamente a fim de descobrir a origem do jovem loiro-acinzentado.

Mantendo a promeça que fez ao principe afastado de suas funções, e honrando o amor fraternal que devotava a moça, qualquer um que se aproximasse da jovem governante seria cuidadosamente vigiádo e avaliado pelo concelheiro.

Visão de Bella

Com cuidado e delicadeza, como se eu fosse frágil, prestes a quebrar a qualquer instante, aquele jovem misterioso tomou-me para valsar. Meu olhar caiu sobre o dele e não mais se desviou, algo diferente e único emanava daquele rapaz hipnotizando-me; seu toque era macio e levemente gélido, fazendo com que meu corpo se arrepiasse com seu toque, como se uma força maior nos atraisse, impedindo qualquer resquício de desejo de afastar-me.

Aquele loiro-acinzentado misterioso mecheu deu ma maneira muito singular comigo, e eu me vi mergulhada em águas profundas e desconhecidas sem ter certeza que conseguiria emergir novamente.

Valsamos por alguns instantes em silêncio, sem que nossos olhar se perdesse um único momento, eu tinha certeza nunca tê-lo visto antes, eu jamais esqueceria alguém como ele, mas isso não me importava, meu coração acelerado me dizia para desistir de deixar que meu racional agisse sobre mim.

-Quem é você? – perguntei quebrando nosso silêncio. – Creio nunca tê-lo visto antes.

O jovem me sorriu, um sorriso que arrancou-me o ar e criou um calor estranho dentro do meu peito. – Nesta festa nós não devemos dizer nossos nomes, Princesa. – declarou ele, sua voz se igualando a lira de um doce anjo.

Sorri em resposta. – Tem razão. – concordei calmamente. – Contudo, acredito que não costumas comparecer a nossos bailes. – a impulsividade tomava conta de mim, era até mesmo indelicado preciosar o rapaz, mas eu simplesmente não conseguia parar.

Um sorriso torto se formou nos olhos do mascarado a minha frente, uma nova pontada misteriosa acertou meu coração. – Realmente. – concordou ele. – Não costumo.

O silêncio voltou a reinar entre nós, a música ao fundo ainda podia ser ouvida, as pessoas a nossa volta bailavam como meros borrões, nada mais se vazia realmente presente a não ser ele.

-Creio que presido transmitir meus sentimentos... – sua voz suave quebrou nosso silêncio. – Pela tragédia com o Principe Emmett. – suas palavras fizeram meu corpo estremecer, meus pés pareceram tocar o chão novamente e eu retornei a dura realidade. Sem mais condições para bailar eu parei, sem ao menos me preocupar se o período havia ou não se encerrado.

Meus olhos se encheram de lágrimas e eu me vi forçada a desviar o olhar para não transparecer minha fraqueza. – Obrigada... – sussurrei amargamente, de repente me senti sufocada naquele lugar, aquela sentação de infundamento para o evento atingiu-me em cheio, eu não era mais forte para permanecer ali. Comemorar meu governo era o mesmo que se alegrar perante a enfermidade de Emmett. – Perdoe-me a indelicadesa, mas preciso me ausentar... – sem nem mesmo ouvir a resposta do jovem misterioso me retirei para uma das sacadas do salão a fim de ar fresco.

Em meio ao trajeto, senti as mãos carinhosas de Jasper acolherem-me. – Princesa... – foi tudo que ele disse pois declinei seu carinho.

– Preciso apenas de um minuto, Jazz... – pedi me afastando. Eu não queria seu conforto, precisava desesperadamente sentir a dor correndo em minhas veias para que talvez assim, eu  pudesse me perdoar por meu ultraje.

Como pude esquecer-me de Emmett? Como pude deixar um homem desconhecido tormar-me a mente, mesmo que por breves segundos...? Emm era meu amado irmão e meu rei, meus pensamentos e minhas ações deveriam estar apenas voltadas para ele. Alegrar-me enquanto meu senhor estava a sorte dos deuses era um crime sem perdão...

Fechei os olhos com a mesma força que minhas mãos seguraram as grades da sacada, eu era um monstro... Jamais me perdoaria por ter sido tão indiferente perante ao homem mais importante de minha vida.

Visão Narrador

A princesa se refugiou na pequena sacada do salão, incapaz de estruturar novamente para retornar a festa, seu coração estava devastado agora que a realidade voltou a nominá-la, seu início de conto de fadas se desfizera, e seu mundo novamente se acinzentou.

O jovem príncipe, confuso com o súbito abatimento da princesa, ficou momentaneamente estático e no salão sozinho ficou, contudo, bastou ver o conselheiro seguir a jovem dama para compreender que ao estava errado. Adiantou-se e tão logo chegou a sacada, dispensando com um simples gesto a intervenção do conselheiro. Edward não tinha idéia do que fizera para causar tristeza a linda princesa, mais sabia que precisava eliminá-la rapidamente.

O conselheiro pensou em ignorar o pedido silencioso do misterioso cavaleiro e não intervir, mas bastou olhar naqueles olhos dourados do estranho a sua frente para compreender que apenas o bem o jovem queria para a princesa.

POV Edward

Hesitei, sem saber ao certo se deveria ou não me aproximar, contudo, meu desejo em sanar o mais breve possível a dor da princesa de Wyllan se fez mais forte e extingui a curta distancia entre nós.

Ela estava em outro lugar, longe dali, nem mesmo se deu conta de minha presença, sua mão tocava-lhe o coração com pesar, a dor e a angustia que emanavam da linda moça eram intensos e grandiosos, quase palpáveis, fazendo com que minha ânsia por extinguir tal sentimento cessasse o quanto antes.

Seus soluços contidos partiram meu coração, como pude ferir uma criatura tão doce? Que mal fez ela para merecer qualquer tipo de sofrimento? Que direito tinha eu de merecer uma única lágrima de uma ninfa?

-Princesa... – chamei-a ao mesmo momento em que me ajoelhava e estendia-lhe um lenço, contudo meu olhar sempre esteve fixo na princesa.- Por favor não chore... – supliquei quando a dama virou-se surpresa com minha presença. Por um instante ela ficou apenas a fitar-me sem conseguir reagir, contudo seu terno choro havia cessado. – O sorriso fica melhor em seus lábios. – sorrio tolamente, mesmo sabendo que eu jamais deveria estar ali com aquela jovem.

Um sorriso gracioso surgiu nos lábios da moça, aceitou meu lenço e secou, graciosamente, o resquício de lágrimas. Levantei-me. – Perdoe-me por entristecê-la, nunca tive tal intenção. – A princesa negou com a cabeça.

-Não tens culpa. – Ouvi-la garantir que sua dor não era de minha responsabilidade fez com que um grande peso saísse de minhas costas, embora a culpa ainda me dominasse. – Eu apenas... – ela fechou os olhos, degustando de seu sofrimento, permitindo que seus medos a dominassem.

Ousadamente, toquei-lhe a mão, desesperado para arrancar-lhe o maldoso sofrimento, encorajando-a a desabafar suas angustias, eu seria seu ombro amigo, eu lhe seria o sustento em sua dor, eu seria o que ela mais precisasse, eu seria tudo, eu seria nada... Desde que a jovem princesa pudesse viver sem mais lágrimas.

A jovem Swan encarou-me, buscando algo dentro de meus olhos, talvez tentando enxergar minha alma; eu lhe permiti vagar, não importava mais quem era o que tudo aquilo representava, Isabella Swan teria tudo que quisesse de mim.

–Eu apenas sofro pelo estado de meu irmão... – declarou ela por fim, fazendo com que um frio tomasse meu coração, relembrando-me que aquele não era meu lugar, que aquela dama nunca poderia me dirigir um único sorriso, que aquele momento era proibido pelos Deuses e meu único objetivo era estar ciente do paradeiro do herdeiro de Wyllan.

-O... príncipe Emmett, há de melhorar, - garanti-lhe, mais para mim do que ela, fechei meus olhos e degustei do medo de um reino. – Os Deuses são justos.

A princesa voltou a se apoiar na sacada, de costas para mim. – Os médicos não sabem se ele conseguira sobreviver ao ferimento. – contou-me fazendo com que uma onda de pânico corresse por minhas veias tanto quanto meu sangue.

-Então devemos orar aos Deuses lembrando-lhe do que o príncipe representa para nós. – consegui dizer sem quebrar a frase, contudo, eu precisava partir, a vertigem e o cansaço abatiam-me, Alice deveria estar surtando e eu realmente precisava orar, Emmett Swan não podia falecer, seria minha ruína e o que seria da jovem princesa?

Bastava olhá-la para saber que o amor devotado ao irmão era tão intenso quanto o meu com Alice, o que faria eu se minha irmã caísse nas trevas de Hades? Eu enlouqueceria... Um aperto no peito me sufocou, sabendo que eu era responsável pelo sofrimento do anjo sem asas a minha frente.

Degustei de culpa pelo fardo da responsabilidade de retirar a vida de um homem... Quantos eu não matei? Quantos meu exercito não matou? Quantas mulheres choraram em desespero o luto de seus maridos? Quantas crianças cresceram sem a disciplina de um pai por minha causa? Sim... Era hora de partir, antes que eu sucumbisse ao desespero da culpa que dominava cada vez com mais intensidade meu ser.

-Princesa... – chamei-a novamente me ajoelhando perante a dama. Ela se virou, encarando-me aturdida. – Rogo para que me perdoe, contudo precisarei partir; esperam por mim...

Um raio rápido de um sentimento obscuro transpassou os olhos de Isabella, almejei para que fosse desapontamento por minha partida, mas não podia me iludir, provavelmente ela mal se lembraria de mim na manhã seguinte e talvez fosse melhor assim. – Oh... Bem, que os Deuses acompanhem-te, misterioso cavaleiro. – Um calor percorreu meu coração ao ouvir sua benção sobre mim, ciente que eu estaria protegido com ela.

-E estejam contigo, Princesa. – respondi sorrindo e me levantei, fiz uma breve mensura e me virei para partir, sofrendo com a idéia de deixá-la, contudo sua doce voz me parou.

-Não me dirás nem mesmo teu nome, nobre cavaleiro? – insistiu ela, ansiosa por minha resposta, meu ser se aqueceu ao vê-la necessitada de alguma informação minha, contudo se ela soubesse a verdade me odiaria...

-Meu nome é Edward; Princesa. – respondi apenas o primeiro nome, esperando para que não houvesse mal algum nisso, fiz uma breve mensura e novamente comecei a me afastar, não mais que dois passos nos separaram até que sua voz harmônica clamar por mim novamente.

-Vê-lo-ei novamente, Sr. Edward? – não pude deixar de sorrir, ela queria ver-me novamente. Eu não poderia aceitar, não era certo, éramos proibidos, duas almas separadas pelos Deuses desde o nascimento. Eu deveria negar. Eu deveria sumir. Esquecê-la. Apagá-la de minhas lembranças. Eu deveria me afastar, mas eu sabia que não conseguiria.

Isabella Swan se fizera um vício logo no primeiro olhar, aprisionara meu coração no primeiro toque, fizera-me seu escravo sem me dar o direito de escolha; eu poderia mentir a mim mesmo, e jurar nunca mais pensar na dama, mas os Deuses sabiam a calunia que seria e o quão fraco eu seria.

-Voltarei em breve, Princesa. – prometi e parti de vez, sabendo que o mais cedo possível eu estaria a vigiá-la, mesmo que de longe indo contra tudo que meu pai um dia me ensinou e consciente da ruína que isso poderia levar, não só a mim, mas toda Volterra.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? *.*

Edward está armando um GRANDE problema, ocmo será que ele sairá dessa?

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