Unidos pelo Amor, Separados pela Guerra escrita por Marry Black


Capítulo 3
Capítulo 2 - Baile de máscaras


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capitulo 2 - Baile de máscaras Visão do Narrador Edward Cullen passou alguns dias inconciente devido a profundidade dos ferimentos que sofrera na batalha e a alta perda de sangue causada também pelo conflito com o reino de Wyllan.

Alice, sua querida irmã, não deixou seu lado nem por um instante que fosse, durante os cinco dias que o herdeiro passou desacordado ela permaneceu ali, em seu quarto, ao lado dele. Dormiu em um pequeno sofá e se alimentou no rescinto, só para não ter que perder o irmão de vista. Ela fez questão de cuidar dos curativos de Edward.

Era atormentante para a jovem princesa ver o querido irmão ali, e por conta disso, todas as vezes que não estava ocupada com algum trabalho manual nos curativos, ela estava orando, pedindo aos deseus que curassem Edward. Mandou suas criadas irem ao tempo da deusa Lakshmi e do deus Bhaga, os quais eram deuses da saúde, e ofertassem oferendas a eles almejando a cura do Principe.

A rainha, também se via muito angustiada com o estado físico do filho mais velho, mas, para seu completo desgosto, ela tinha obrigações a cumprir e por conta disso, mal podia vê-lo.

O reino inteiro ficou em alerta, o principe Edward estava muito ferido e eles temiam que algo viesse a acontecer com o herdeiro do trono. No terceiro dia, Alice passou a entrar em desespero, o medo de perder o irmão finalmente a dominara.

Os dias seguintes foram atormentantes para a jovem princesa, ela esquecera de tudo por conta do irmão. Qualquer pessoa que a visse naqueles dois dias, jamais diriam que era a princesa tão bonita e vaidosa. A pequena princesa deixara de se cuidar, não mais se arrumava, não usava mais as joias, nem suas roupas de luxo, seus cabelos passaram a ficar desgrenhados e mal-cuidados, e em seus olhos formaram-se olheiras arocheadas por conta das noites mal dormidas e dos contantes choros.

 

Rosalie, a criada de Edward, tentou por muitas vezes acalmar a jovem princesa, mas nada a fazia sair de seus estado de depressão. Foi somente no quinto dia, quando Edward abriu os olhos, que uma sombra de esperança e vida nasceu de novo na princesa de Volterra.

 

Visão de Edward A escuridão as poucos foi perdendo forças e deixando meu corpo, quanto ela se afastava mais eu consegui sentir a conciencia me envolvendo e com ela, dores em diversos pontos do meu corpo foram se manifestando. A cada segundo, a dor se mostrava pior, forçando-me a querer abrir os olhos para tentar aplacar minha dor.

Quando finalmente abri meus olhos, encontrei olhos muito familiares a me fitarem, precisei de um minuto para reconhecer aquele olhar, pois mesmo sendo tão conhecido, era um olhar muito mal-tratado, muito judiado, cansado, olheiras tomavam conta de toda extensão daquele olhar ocre penetrante. Era Alice.

-Graças aos Deuses você acordou! – suspirou ela em alivio, rapidamente jogou seus braço sobre mim, numa tentativa de abraço.

-Mas o que...? – eu me senti perdido, porque Alice parecia tão mal-tratada? Por que ela parecia desesperada? Por que eu sentia tanta dor?

Rapidamente comecei a sentir minha camisa molhada, só então ouvi os soluços baixos de minha irmã. Alice chorava. Afastei-a rapidamente para poder encontrar seu olhar.

-Por que estais chorando, Lice? – perguntei angustiado, não suportava ver minha irmã naquele estado.

-Pensei que fosse perde-lo. – respondeu ela num sussurro, as lágrimas ainda escorriam por seu rosto judiado.

-Do que estais falando, mulher? – eu fiquei aturdido com sua afirmação, por que Alice pensou que eu fosse morrer?

-Não lembras? – perguntou ela num sussurro, sua voz era cansada. Foi só então que percebi verdadeiramente o quão debilitada estava minha irmã. Avaliei-a com cautela, ela estava visivelmente mal-tratada, seu cabelo estava todo desgrenhado e descuidado, como nunca havia visto, não usava jóias, coisa que eu nunca havia presenciado também, seu olhar era cansado, como se não dormisse a dias. Sua voz era falha, seus olhos vermelhos como se chorasse a todo tempo. Ela não possuia um sorriso nos lábios, coisa que era muito anormal vindo dela.

-Lice, o que lhe aconteceu? – perguntei alarmado.

 

Seria possível que alguém tivesse a coragem de encostar um dedo que fosse em minha irmã?

-O que ME aconteceu? – repetiu ela conturbada. Sua face logo se transformou em furia. – VOCÊ quase morre e está preocupado COMIGO? – a voz dela era descrente.

-Do que esta falando? – perguntei sem consegui acompanhar a linha de raciocinio dela.

-Edward... – Ela pegou minha mão e me ajudou a sentar. – Olhe para você. – Fiz o que ela mandou e percebi meu corpo cheio de ataduras e cicatrizes. – Não se lembra da última batalha? A batalha em que Emmett Swan foi apunhalado pelas costas por um de nossos soldados?

Precisei de alguns segundos para conseguir entender do que Alice falava, então, as imagens da batalha e minha discução com Jacob vieram de uma vez só em forma de mil fashs diferentes.

-Inferno! – gritei asperádo, meu corpo reagiu de imediato a meu esforço, arrancando-me um gemido de dor. Prontamente Alice me forçou a deitar na cama.

-Você ainda está muito fraco, Ed. – disse ela acomodando-me melhor. – Desncanse por favor.

-Como está o herdeiro do trono de Wyllan? – perguntei serio. Se aquele desgraçado morresse eu estava perdido.

Alice me avaliou por algum tempo, temorosa em responder. Sem perceber o que fazia, peguei-a pelos braços e a chaqualhei.

-Diga-ma Alice! – esbravejei. Vi lágrimas brotarem no rosto de minha irmã, imediatamente a soltei, porcaria, eu a havia machucado. – Desculpe, Lice, me perdoe. – pedi desesperado. Como tive coragem de fazer isso?

Ela baixou a cabeça e negou.

-Não, não tem problema. – sussurrou ela, deu um leve suspiro e voltou a me fitar. – Ninguém sabe o estado de Emmett Swan, mas a irmã dele está assumindo o trono... Se ela estava assumindo o trono isso queria dizer que... Ahh não! RAIOS!

-Ele faleceu? – perguntei desesperado.

-Ninguém sabe, Ed, ninguém sabe... – Alice exitou por um breve momento e continuou. – Mas haverá um baile de máscaras, no final da semana, em homenagem a princesa de Wyllan...

 

Fechei os olhos e ponderei tudo aquilo por um minuto, se Emmett Swan estivesse morto seria minha ruina, meu povo me despresaria. Eu precisava saber, precisava ter certeza de que ele estava vivo. E só havia uma maneira de fazer isso.

-Então muito bem... – declarei abrindo os olhos novamente. – Eu irei a este baile.

 

Visão do narrador

No reino de Wyllan, o povo se mobilizou em prol do baile que oficiolizaria a princesa Isabella como governante do reino. Ninguém sabia ao certo qual era o estado de principe Emmett, afinal, as únicas pessoas que tinham acesso ao quarto do principe eram sua irmã, a princesa; o conselheiro real, Jasper e aos médicos.

A princesa e o conselheiro acharam mais prudente manter em sigilo o estado de Emmett, não queriam que nada criasse mais tensão reino e muito menos mais estress para o enfermo.

Jasper passou todos os dias ocupado com os preparativos do baile, mas sempre atento a cada atitude da princesa; por mais que a jovem se mostrasse forte e competente para todas as tarefas reais, o conselheiro sabia bem que tudo aquilo não passava de uma máscara.

Jasper, melhor do que qualquer outro, sabia que a princesa era muito sensivel, e nunca se recuperou totalmente pela perda dos pais, sabia também que Emmett era o único sentindo em sua vida, que caso o principe viesse a falecer, os Deuses acabariam por levar junto a princesa, ela não suportaria uma nova perda. O irnão era tudo que a moça tinha.

A princesa se manteve firme, durante todos os dias, dedicada a todas as tarefas que exigiam sua atenção; passou grande segurança a seu povo, mostrando-lhes que mesmo com o herdeiro sem condições de regir o reino, ela o faria, com a mesma competencia e com mais graciosidade e delicadeza que o irmão.

Ela tentou ao máximo esconder o quão destruida estava, não deixava transparecer para ninguém como estava sofrendo e como estava esgotada. Até mesmo na frente de Jasper ela se mantinha forte, mas ambos sabiam que ela não conseguia engana-lo. Mesmo assim, ela evitava se quer desmanchar o sorriso sereno e teatral que carregava nos lábios na frente do conselheiro que era como um irmão para ela.

 

Todas as noites, a princesa se recolhia ao quarto de Emmett para zelar por seu sono e ali, e somente ali, onde ninguém veria sua fraqueza, ela se permitia ser fraca, se permitia derramar lágrimas, silênciosas, mas ainda sim lágrimas de puro cansaço e desespero.

Os dias assim se passaram, e rapidamente o dia do esperado baile chegara.

 

Visão de Bella Eu estava em frente ao espelho, observando as criadas terminarem os últimos ajustes de meu vestido, meu cabelo estava pronto, parcialmente preso, deixando os cachos caírem sobre meus ombros, o vestido era branco e delicado, mas fiz questão de amarrar uma fita preta em minha cintura, simbolizando a dor que sentia por Emmett estar no estado em que estava.

Perdi-me observando meu reflexo no espelho, eu não concordava com aquela festa, eu não concordava em celebrar minha atual posição, eu não queria nada daquilo, eu não queria assumir o trono, não queria festejar isso; por todos os deuses, Emmett estava entre a vida e a morte e nós estávamos celebrando? Isso era muito cruel...

-Está linda! – a voz suave de Jasper tirou-me de meus devaneios, olhei para o espelho e o vi parado no batente da porta, com seu costumeiro sorriso nos lábios, trajava uma veste de gala azul marinho, no rosto, uma máscara preta magnífica. Trazia consigo um pequeno embrulho.

Sorri levemente para ele e acenei levemente com a cabeça para as criadas, elas se retiraram. Jasper se aproximou ao mesmo tempo em que me virei.

-Você está encantadora, princesa. – ele beijou minha mão. Sorri tristemente.

-Obrigada, você também está muito elegante. – ele sorriu amavelmente e me estendeu o embrulho.

-Obrigado, princesa. – uma leve pausa enquanto eu pegava o pacote e começava a abri-lo. – Para que fique perfeita. – era minha mascara, tapava apenas a região de meus olhos, toda preta, trabalhada com prata e diamantes, era deslumbrante. – Posso? – pediu ele, automaticamente me virei e ele a amarrou em meu rosto.

-Eu não quero nada disso Jazz. – confessei suspirando. - Não está certo comemorarmos enquanto Emm... – não consegui terminar a frase, senti as lágrimas chegando eu não poderia ser fraca.

Jasper apoiou suas mãos em meus ombros em sinal de compaixão. – Entendo como se sente, princesa; mas é o costume, sabe disso. – ele tomou meu queixo e meu forçou a olhá-lo. – Seu irmão gostaria que seguíssemos os costumes.

 

Derrotada, assenti, eu sabia que Jaz tinha razão, eu apenas achava tão errado celebrar em meio a tanta dor. Jasper me virou de frente para o espelho e sussurrou em meu ouvido.

-Veja, princesa. Observe-se. A senhorita precisa estar tão composta quanto está bela, precisa passar segurança ao seu povo; eles dependem de você. Mostre a seu povo o quanto os ama e que se doará de corpo e alma por eles. É isso que seus pais e seu irmão esperam de você, Bella.

Uma única e solitária lágrima escorreu por meus olhos, Jasper estava certo, como sempre esteve, mas desta vez, suas palavras cravaram como fogo dentro de mim, marcaram-me intensamente. Eu era do povo. Eu vivia para protegê-lo e guiá-lo, assim como foi por toda a linhagem real. Eu tinha um dever a cumprir e não poderia falhar.

Jasper amavelmente me virou para de fronte a si e limpou a solitária lágrima que escorreu por meu rosto e sorriu, ele sabia que havia conseguido me fazer compreender a importância de meu dever.

-Sei que conseguirá, princesa. Está no seu sangue ser uma pessoa honrada e guerreira! – sorriu para mim e eu sorri de volta; abracei-o, feliz por perceber que não estaria sozinha nessa difícil caminhada, Jasper estaria comigo, como sempre estivera.

-Obrigada, Jazz. – falei quando nos separamos. – Você é o melhor conselheiro do mundo.

Seu sorriso foi radiante. – Obrigado, princesa; significa muito para mim.

Sorri novamente, Jasper era único. Ele estendeu-me o braço. – Vamos?

Suspirei frustrada. – Tenho mesmo que ir? – resmunguei manhosa. – Aposto que nem sentirão minha falta!

Jasper riu abertamente. – Venha, princesa, será mais rápido do que imagina e eu estarei ao seu lado o tempo todo.

Eu sabia que não havia escapatória, eu precisava ir, frustrada, suspirei e aceitei o braço de Jasper, era hora de fazer jus ao nome Swan. Em silêncio, caminhamos para o salão onde ocorria o baile.

 

Visão do narrador O salão estava deslumbrante, iluminado a base de velas, decorado com tecidos finos, a mobilha era da melhor qualidade, toda trabalhada em ouro, prata, diamantes e pedras preciosas. Ali se encontravam todos membros da corte, toda a elite de Wyllan estava presente; as damas trajavam vestidos majestosos e exuberantes, os cavalheiros usavam trajes finos em maioria, combinando com sua acompanhante, todos estavam mascarados.

O salão estava lotado, contudo ninguém dançava, era de costume esperar pela primeira dama para se dar inicio a valsa. Todos comentavam a falta de notícias do príncipe Emmett e principalmente o fato da princesa assumir o trono; era algo louvável, mas o carisma para com o príncipe ainda era grande e aceitar a idéia de não tê-lo mais como guia perturbava muitos.

Como foi prometido, o príncipe de Volterra havia conseguido se infiltrar na festa, ninguém o reconheceria ali, não haveria muitos guerreiros ali para saber qual era a aparência de Edward, e mesmo que houvesse, ele se encontrava irreconhecível em seu magnífico traje de gala vermelho e seu rosto estava coberto por uma bonita, porém discreta, máscara branca, mesmo sendo um príncipe, ele não poderia demonstrar extravagância, pois chamaria a atenção e com isso seria descoberto.

O príncipe inimigo procurou não chamar a atenção, circulou pelo salão se falar com ninguém em especifico, tentou ouvir as conversas que envolviam o príncipe de Wyllan para saber seu estado de saúde, quanto antes descobrisse, mais cedo poderia sair dali.

 

Visão de Edward A festa estava deslumbrante, os rumores sobre os bailes de Wyllan eram reais, tudo estava digno dos Deuses do Olimpo, Wyllan realmente era um reino extravagante.

Caminhei por entre os convidados lentamente, ataduras e feridas abertas ainda se faziam presente por debaixo de minhas veste, em teoria, eu devirá estar me recuperando, mas meus deveres como príncipe, ou talvez, muito mais que isso, meus deveres como homem honrado clamavam por mim, os machucados ainda incomodavam e limitavam minha locomoção, mas tentei disfarçar.

Era diferente estar ali, como mais um, sem ninguém observando-o ou a bajular, eu era apenas mais um “bajulador” da coroa de Wyllan e precisava manter as aparências, seria muito estranho me curvar perante alguém que não fosse meu pai, mas era preciso.

Tentei descobrir como estava o estado de saúde de Emmett Swan, mas parecia que todos estavam tão as escuras quanto eu, isso me perturbou, eu não podia, nem mesmo queria ficar muito tempo ali, era perigoso e arriscado, sem falar no fato de Alice estar furiosa comigo por estar aqui e meus pais nem terem consciência de onde estou. Mas era meu reinado que estava em jogo, minha honra, eu precisava me assegurar que o ato abominável de um dos meus soldados não tivesse sido fatal.

A música lenta parou de soar ao ambiente, e todos logo se calaram voltando-se para as escadas centrais, igualei-me aos demais, ao que parecia, a realeza havia chegado. Contudo, o que aconteceria a seguir, mudou totalmente o curso de minha vida, eu nunca imaginei que não estaria preparado para alguma situação, mas aquela, eu com certeza não estava.

 

Eu nunca havia visto uma deusa ou uma ninfa, mas ali, descendo aquelas escadas, certamente estava uma, seus cabelos eram castanho-vivos, levemente ondulados, visivelmente macios, sua pele cálida e frágil misturava-se ao vestido igualmente branco, seu corpo era moldado, levemente exagerados nos pontos certo, nada vulgar ou extravagante, mas sim certeiro para enfeitiçar qualquer homem.

Seus lábios ligeiramente carnudos, uma máscara escondia a delicadeza de seu rosto, mas seus olhos, ainda visíveis, achocolatados, intensos, penetrantes, misteriosos, ingênuos, um brilho único, nunca antes visto por mim. Descendo as escadas seguia a princesa de Wyllan, Isabella Swan.

 

Grandiosa e graciosa, a princesa de Wyllan desceu todos os degraus, sobre os olhares atentos e carinhosos de toda a corte, eu me vi hipnotisado pela jovem, por sua beleza, por sua grandiosidade natural. Isabella Swan foi a primeira a fazer algo dentro de mim se aquecer e um sentimento novo florescer.

 

Acompanhei cada passo, cada leve momento que a jovem fez pela escada onde, ao seu final, aceitou a mão de um homem loiro, naturalmente mascarado, contudo suas vestes denunciavam sua posição, aquele era o conselheiro real.

 

Estive tão absorvido naquela jovem e porque não dizer tão frustado? Ela era a única jovem a quem eu jamais poderia admirar ou simpatisar... Ter qualquer outro vínculo que não fosse o ódio por ela... Isso parecia tão errado, tão incoerente... Como posso odiar um anjo? Sim, diante dos meus olhos só poderia ser uma anjo... Cada traço, cada minimo detalhe era perfeito.

 

Meu deslumbre foi tamanho que mal lembrei-me de quem era e onde estava, as pessoas a minha volta se curvaram diante da jovem, imitei-os tentando não deixar transparecer o quanto era diferente para mim fazer aquilo. Permaneci curvado enquanto todos o faziam e ao que parecia, ele não tinham a intensão de se levantar tão cedo.

 

-Estamos aqui hoje para saldar nossa nova governanta. – uma voz firme e forte anunciou, pelo canto do olho percebi ser o homem que partilhava o braço com a princesa. – Os deuses assim decidiram, e cabe a nós honrarmos sua vontade entregando nossas vidas nas mãos da princesa Isabella! – ele fez uma breve pausa. – Assim como nosso falecido rei nos protegeu... Assim como nosso amado principe lutou por nós.... Eu sei que nossa querida princesa nos regerá!

 

-Saldem a Princesa Isabella! A nova governante de Wyllan! – Gritou ele por fim. Todos se levantaram clamando vivas a princesa. Um serviçal apareceu, ajoelhando-se frente os dois, em suas mãos estava uma almofada com um anel, provavelmente o anel de Wyllan, o conselheiro tomou o anel e colocou no dedo da princesa em seguida beijou-lhe a mão, dizendo algo que não consegui escutar.

 

Diferente de Volterra, ali parecia costume o novo governante não se pronunciar. Isso me pareceu equivocado... Afinal, o novo governante deve passar confiança a seu povo, mostrar-lhe o quanto o amaria. Mas ali, parecia não ser necessário esse proclama, todos já pareciam entender. Com um gesto vindo do conselheiro a música começou a tocar e novamente todos se calaram, abrindo um grande espaço no salão. Princesa e conselheiro se dirigiram para o centro do salão, começando tão logo a valsar.

 

Durante todo o primeiro período, ninguém mais dançou, a pista foi apenas da princesa e seu acompanhante, mesmo de longe, era possível ver que conversavam e em alguns momentos, ele lhe falava coisas suaves que a faziam rir, algo simplesmente encantador, deslumbrante, e sem nem mesmo perceber, eu me peguei querendo ser o responsável por aqueles sorriso majestosos.

 

Eu sabia que isso não era correto, sabia que me aproximar seria no mínimo algo tolo, contudo eu não podia evitar, aquela dama hipnotisava-me, e mesmo sabendo que eu mentia para mim mesmo, jurei que me aproximaria apenas para tentar descobrir o estado de saúde de seu irmão, eu apenas não sabia como fazer isso.

 

Quando o segundo período inicio-se novos casais começaram a valsar, contudo, um novo fato surgiu, diferente das terras de Volterra, aqui os cavalheiros tinham a honra de valsar com a realeza. Tomado pelo impulso e sem medir as consequências, quando o terceiro período estava para iniciar-se eu me aproximei.

 

Parei em frente a princesa e, imitando o cavalheiro anterior, ajolhei uma perna e me curvei, estendendo a mão. – Princesa, me daria esta honra? – ansia da espera tornou-se angustiante e eu nem mesmo sabia compreender o porquê.

 

Um choque percorreu meu corpo quando senti aquela mão enluvada e tocar-me, aceitando meu convite, levantei-me e me posicionei frente a ela, esperando o terceiro período iniciar.

 

Seu olhos era de uma intensidade magnífica, um tom nunca antes visto por mim, sua pele era tão cálida, tão perfeita, sem falhas, macia... Seus cabelos... Eu me perdi naquele momento, sme saber se um dia, conseguiria me encontrar novamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!