Desentendimentos escrita por Marry Black, grupo_FCC


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Aquele dia acabou se tornando o dia mais importante de minha vida, as crianças eram, realmente, pequenas guerreiras, passavam por dificuldades financeiras e familiares, na grande maioria a comida faltava em casa; algumas, o pai estava preso, ou a mãe era drogada, era possível se encontrar todo tipo de casos ali; mas mesmo com tudo, elas ainda sorriam, mostrando o a vida era bela, mesmo que na delas não existisse beleza alguma.

Foi extremamente gratificante passar o dia com toda aquela criançadinha, eles se divertiram ali, e a diversão deles, foi a nossa.

Cada sorriso se transformava em um sorriso meu, cada risada, cada carinho, cada alegria, todos os sentimentos daqueles pequeninos pareciam se transformar em sentimentos nossos, dobrados. Foi o dia mais gratificante da minha vida. Pela primeira vez, em muito tempo, eu verdadeiramente me senti viva, consegui sentir que a vida poderia ser mais que todo aquele sofrimento.

Finalmente comecei a enxergar que a vida era muito mais que um amor. E que, talvez, tudo pudesse ser deixado no passado, talvez a vida pudesse seguir em frente, com ou sem Edward.

No final do dia, depois de sairmos da escola, Mel propôs que fossemos a um barzinho comemorar o sucesso daquele dia; eu sabia que ela só fazia aquilo por mim, ela me compreendia muito bem e sabia, eu tinha certeza, que via toda a minha confusão, e que, naquele momento, voltar a reclusão da ilha, só faria com que eu me sentisse sufocada por todas as novas informações.

Agradeci-a silenciosamente por isso e recebi um sorriso sincero em resposta. Rapidamente nos vi em um bar, era um ambiente agradável, música ao vivo, não estava muito cheio o que era ótimo. Gui conhecia o dono do bar e por conta disso, conseguimos uma mesa próxima ao palco mas não muito exposta, um excelente lugar.

Incrível como aqueles dois eram conhecidos e possuíam contatos em todos os lugares, diferente dos Cullens que conseguiam qualquer coisa com o dinheiro, eles conseguiam por favores. Andar com eles era realmente um bom negócio.

-O que vamos beber? – perguntou Mel, animada enquanto olhava o cardápio.

-Acho que não quero nada. – disse um pouco desconfortável, eu não era muito de beber.

No mesmo instante Gui e Mel me olharam. – Ahhh nem pensar! – reclamou Mel. – Você vai beber sim! É um dia de comemorações e você tem que beber conosco.

Suspirei derrotada, eu nunca fui de beber, mas aquele casal havia me ensinado muitas coisas novas, coisas agradáveis que tornavam a vida um pouco mais divertida do que ela era. Talvez valesse a pena tentar.

-Ok, - concordei num sussurro. – Mas vocês terão que escolher, eu realmente não entendo nada. – Mel bateu palmas de alegria.

-Acho que poderíamos começar com um drink, o que acha, Gui?

-Acho uma ótima idéia! – ele sorriu. – Eu irei de caipirinha pra aquecer. – Gui falou para nós e para a garçonete que já estava a postos. Mel ainda olhou mais um pouco o cardápio e encarou Gui.

-Hoje é tudo por sua conta! – deu-lhe um sorrisinho de canto, o sorriso de Gui se desfez na hora, mas antes que ele conseguisse protestar ela prosseguiu para a garçonete. – Eu vou querer um Aman Snow Leopard Cocktail, por favor. – a face do Gui se transformou em terror ao ouvir aquilo, realmente não entendi, o que seria aquela bebida? – E para a minha amiga, um Sabatiba au Grand Marnier. Por enquanto é só, obrigada. – a garçonete assentiu e saiu.

-Você é louca? – Gui parecia em pânico. – Eu vou a falência desse jeito!

-Mas é um dia de comemorações! Isso merece bebidas especiais! – rebateu ela com uma tranqüilidade que me lembrou muito a Edward e Alice discutindo.

-O que aconteceu com as velhas comemorações com cervejas e caipirinhas? – Gui parecia desesperado para fazê-la mudar de idéia, será que as bebidas eram tão caras assim?

-Isso está fora de moda! – desdenhou ela com a mão. – Além do mais, Bella merece algo mais sofisticado! – ela me sorriu, mas eu me vi um pouco preocupada, afinal, eu não tinha nem idéia do que aquela brasileira louca tinha pedido para mim.

-O que são aquelas bebidas que você pediu? – indaguei deixando transparecer minha apreensão.

-O meu é um tipo de Martine, nada de mais. – explicou-me ela. – E o seu é um aperitivo, um tipo de coquetel, porém mais forte e mais requintado.

Nada respondi, talvez fosse melhor não entrar no mérito da questão, afinal, eu nem mesmo deveria me preocupar, Mel nunca tinha me colocado em encrenca alguma, não seria agora que ela o faria.

A noite seguiu muito agradável, pela eu me vi sorrindo e rindo com meus amigos de uma maneira natural, mais pessoas chegaram e o clima agradável se seguiu, estranhamente, eu não me incomodava, tudo era muito agradável, percebi que não era uma característica própria de Mel e Gui serem receptivos e verem tudo de uma maneira mais fácil, isso era próprio dos brasileiros, eu me senti bem ali.

As horas se passaram sem que alguém se desse conta, e com elas, eu me permiti experimentar novos tipos de bebida, Mel acabou me arrastando para a pista de dança e conseguimos a atenção de muito ali e olhares masculinos de cobiça, mas estranhamente, não era algo desconfortável, era bom se sentir deseja novamente, talvez porque desta vez, ali, só existiam olhares de homens excitados, e não maníacos loucos para beberem meu sangue.

Os homens gostavam de fletar, constantemente, e em tom de brincadeira, mas as segundas intenções eram sempre claras, assim como Mel, eu apreendi a levar numa boa, e deixar a sedução brincar com eles.

Nos divertimos muito, foi uma noite muito agradável, quando já haviam se passado algumas horas da manhã, resolvemos ir embora, Mel ofereceu para ficarmos em um hotel, caso eu estivesse cansada demais para uma viagem de barco, mas, educadamente, recusei, eu queria voltar a ilha.

Estranhamente, eu sentia, pela primeira vez que não queria me esconder, não queria fugir, queria apenas pensar. Aquele dia havia mudado muitas das minhas visões, se não foram todas e eu queria colocar cada idéia em seu lugar. Era chegada a hora, eu devia enfrentar meus problemas, seguir em frente, um arrepio percorreu meu corpo ao perceber, com surpresa, que tal idéia não me parecia apavorante, não me parecia impossível.

O trajeto de barco foi tranqüilo, Gui dirigiu como sempre, em seu silêncio agradável, Mel se deitou em meu colo e adormeceu, eu fiquei a acariciar os cabelos da brasileirinha e a degustar da brisa levemente fria que batia em meu rosto. Era uma sensação tão boa que mal percebi quando atracamos na ilha, Gui levou Mel no colo para dentro de casa, achamos preferível não acordá-la; eu fui abrindo porta e acendendo luzes, e aconcheguei a moça para que dormisse mais confortável.

-Você precisa de alguma coisa, Bel? – perguntou ele de uma maneira doce, quando já tínhamos deixado o quarto de Mel. Sorri calmamente para ele e neguei.

-Estou bem, pode ir descansar. – ele assentiu, sorrindo também.

-Qualquer coisa é só me chamar.

-Eu o farei. – garanti. – Caso o precise, agora vá descansar. – Gui me deu um beijo na bochecha e começou a se afastar para o quarto de hospedes onde ele costumava ficar quando dormia na ilha.

-Boa noite! – disse-me ele antes de desaparecer pelo corredor.

-Boa noite. – respondi num sussurro certa de que ele não ouvira e então suspirei. O momento havia chegado.

Eu não podia fingir que tudo que vivi nesse dia não aconteceu, eu não podia ignorar todos os pensamentos que dominaram minha mente com todos aqueles acontecimentos. Mas, o mais importante, eu não queria ignorar.

Eu não ia negar que ainda doía pensar em Edward, eu não negaria que ainda era torturante fechar os olhos e vê-lo beijar Tanya em nossa festa de casamento, mas agora, por algum motivo, já era suportável, era quase possível ignorar aquela dor e até mesmo esquecer deste sentimento.

Por mais que antes eu não aceitasse e não enxergasse, Edward era apenas um homem em minha vida, era apenas um companheiro com quem eu esperava compartilhar minha jornada, e não O caminho, ele não era minha razão, minha motivação, para viver, essa era uma visão muito errada que tomava minha mente. Por muito acreditei que sem ele, eu jamais viveria, minha vida teria fim, hoje era fácil ver que não era verdade, querendo ou não, sendo difícil ou não, machucada ou não, eu vivia sem ele. Mesmo com meu coração partido, mesmo sem possuir o mesmo brilho de sempre, eu ainda vivia, mesmo sem tê-lo ao meu lado.

Sem nem mesmo perceber, eu estava andando descalça pela praia, permitindo que a água molhasse meus pés e a brisa refrescasse meu rosto. A vida estava parecendo muito mais bela agora. Pequenas coisas, pequenos gestos, me provavam que existia algo mais, existia vida alem daquela dor.

Edward não podia roubar-me isso, não mais, ele já havia me tirado tudo, e agora, uma nova estrada apareceu, novos valores, novos horizontes, isso não seria tomado de mim. Minha prioridade seria eu e apenas eu. Se ele quisesse viver com Tanya ou com quer que fosse, que fosse muito feliz, eu não me abalaria, seguiria com minha vida.

Foi então que me lembrei que, assim que cheguei, encontrei em minha mala um envelope de Jasper, achei muito estranho mas nele havia um pequeno recado que dizia para eu abrir apenas quando me sentisse pronta para seguir em frente, com ou sem Edward; corri até em casa e o peguei, eu sabia muito bem, que agora, eu estava pronta.

Voltei para a praia e me sentei na areia, abri o envelope, sem temer o que pudesse vir a seguir, estranhamente eu me sentia segura, pronta para encarar as dificuldades. Dentro do envelope, havia um pequeno texto:

Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.

Às vezes nos falta esperança.

Às vezes o amor nos machuca profundamente, e vamos nos recuperando muito lentamente

dessa ferida tão dolorosa.

Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar...

É nossa razão de existir.

Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino.

Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração

pela falta de uma única pessoa.

Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração algo simples como:

A beleza de um por do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto

É a força da natureza nos chamando para a vida.

Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade.

Você descobre que algumas pessoas nunca disseram "eu te amo", que outras disseram eu te amo uma única vez e agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrado.

Assim ao conhecer alguém não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá.

Certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra.

Esteja aberto a algumas alterações, mas cuidado pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.

Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco, pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso do que

teria sido no passado.

Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.

Não procure querer conhecer seu futuro antes da hora, nem exagere em seu sofrimento,

esperar é dar uma chance à vida para que ela coloque a pessoa certa em seu caminho.

A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.

A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem...

Meus olhos estavam mareados ao fim daquelas palavras, somente Jasper poderia ter sido tão sensível para me mandar aquilo, então abri o pequeno bilhete que havia junto.

"Sei que tomou uma rasteira e que perdeu seu chão, sei que a dor é imensa...

Mas também sei que, quando estiver pronta, vai saber como continuar.

Espero que o texto tenha ajudado-a.

Amo você minha pequena irmã.

Jasper Cullen"

Jasper. Ele era realmente único, sempre muito perspectivo, muito atencioso, sabia ver o que os demais nunca conseguiram enxergar. Eu realmente sentia falta dele.

Meu peito se encheu de dor ao me lembrar daquela família tão querida, eu sentia falta de todos, cada um a sua maneira... Sentia também muita falta de Edward, meu peito se contraia só de lembrar que daquele homem que partiu meu coração. O que eu faria agora? Como tudo se seguiria?

Eu queria sorrir ao me lembrar dele, queria perdoá-lo, queria amá-lo novamente, mas meu coração não suportava, já estava banhado de muitas magoas para poder me permitir esquecer... Eu nunca esqueceria. Mesmo que a eternidade me fosse dada; sempre, ao fechar meus olhos, eu veria meu pesadelo concretizado no que deveria ser o dia mais feliz da minha vida.

Suspirei. Era tudo tão... difícil. Eu o amava, mais do que qualquer outro, mais do que a mim mesma. E foi por amá-lo tanto que eu cometi o maior erro da minha vida, não me afastei quando deveria. Não deixei-o livre quando vi que era o certo a fazer. Fechei os olhos para o que estava claro; eu não era suficiente. Nunca seria. Eu era apenas uma... Imperfeita.

Estranhamente, desta vez, não foi tão doloroso assumir isso. Eu era SIM imperfeita e não me envergonhava disso, não mais! O destino assim decidiu, o destino assim quis que fosse, minha vida era assim, minhas escolhas me levaram a imperfeição e eu não me arrependia disso. Eu tinha orgulho do que tinha feito! Tinha orgulho de ser imperfeita. Foi por pessoas muito importantes e queridas por mim.

Senti a brisa bater em meu rosto e encarei o mar, aquele mar sereno, tranqüilo, nada atrapalhava aquela gostosa calmaria, estranhamente eu me senti bem, as idéias não pareciam mais dominar minha mente, eu parecia ter o controle sobre elas, eu parecia finalmente estar me reagindo, eu me sentia finalmente pronta para o mundo lá fora.

Edward era sim o único homem em minha vida, era tudo para mim, mas isso não era recíproco, mesmo que ele negasse. Edward não me amava, não o suficiente para me fazer a única em sua vida, isso era um fato. A questão era: Eu conseguiria conviver com isso? Eu conseguiria dividi-lo? Eu sabia que não.

Respirei profundamente e percebi que já começava a amanhecer o que foi uma surpresa constatar que o tempo passou sem que eu visse, observei, maravilhada, aquela linda paisagem, era agora indescritível, renovador, abençoado. Com lágrimas nos olhos percebi que Jasper tinha razão, a dor sempre nos fará chorar, sempre tentará nos destruir, nos desiludirá, até que algo tão simples e singelo se manifeste para nós, algo como o nascer do sol.

A brisa bateu em meu rosto convidando-me a fechar os olhos, convidando-me a retornar a vida. E naquele momento eu soube que Jasper estava certo, aquilo era a força da natureza me chamando para a vida.

Um sorriso genuíno brotou de meus lábios, meu peito se encheu de esperança, mesmo que o caminho fosse desconhecido, ainda podia valer a pena, eu recomeçaria.

Seria uma nova vida, novos horizontes, novos valores, novos amigos, novas estrada... Uma vida nova. Sem Forks, sem vampiros, sem dor... Sem Edward.

Por mais que ainda fosse ruim, não foi tão doloroso perceber isso, admitir isso. Talvez até meu próprio corpo já estivesse preparado para isso, somente eu não percebera. Eu não deixaria mais Edward me derrubar, agora eu lutaria por mim, por minha felicidade.

As horas se passaram sem que eu ao menos percebesse, eu estava embriagada pela paz e esperança que aquele lugar me transmitia. Eu me senti finalmente bem. Parece que tudo que eu precisava era enfrentar meu destino fosse ele bom ou ruim.

Foi olhando para aquele silêncio tão tranqüilo a minha volta foi que eu me dei conta de que só ali, naquele silêncio foi que encontrei o que busquei por tanto tempo.

Senti braços delicados e finos me envolverem num abraço acolher pelas costas. Sorri ao perceber que aquele simples gesto fazia com que eu me sentisse querida.

-Você está bem? – perguntou-me Mel com uma voz suave, sentando-se ao meu lado.

Avaliei por alguns segundos sua pergunta, querendo responder da maneira mais sincera possível.

-Por mais estranho que pareça. – encarei-a sorrindo de verdade. – Estou.

A brasileira sorriu de volta entusiasmada com minha resposta. – Isso é muito bom. – ela voltou a fitar o horizonte e eu também.

-Sim é. – concordei ainda desfrutando da paz que reinava naquela ilha, uma paz que até então eu ainda não havia percebido.

-Você parece ter descoberto algo importante. – comentou ela após alguns minutos em silêncio. Aquilo me surpreendeu, às vezes eu me esquecia como aquela jovem mulher era tão observadora e captava coisas que eu só vi Jasper captar.

Assim que a surpresa passou em assenti, voltando a fitar o horizonte. – Sim, descobri.

O silêncio agradável voltou entre nós, mas não me importar, ambas sabíamos que aquele era um silêncio confortável.

-Sabe. – finalmente me vi pronta para falar. – Eu busquei por tantos dias, por tantos meses, arrisco dizer até por tantos anos; paz, paz para minha alma. E... E agora... – não consegui terminar a frase, sentindo as emoções dominando-me.

Mel me olhou com ternura. – E agora você finalmente a encontrou, não foi? – sua voz era tranqüila e seu olhar gentil, eu sorri em resposta e assenti, ela sorriu também antes de continuar. – E onde ela estava?

-A paz que eu sempre almejei, estava no silêncio que eu nunca fiz. – confessei. – foi só quando a brisa mansa daqui tocou meu rosto, o amanhecer surgiu no horizonte foi que me dei conta disso. Se eu tivesse, alguma vez, silenciado minha boca e minha mente, se eu tivesse permitido que me aquietasse, apenas por um breve momento, eu teria descoberto-a bem antes e talvez. – engoli em seco, impedindo que minhas emoções me dominassem. – Talvez se eu tivesse feito isso, hoje eu não estaria aqui, como estou.

-Nunca olhe para trás, o que passou, passou. Mas é importante que você saiba como seguir em frente.

Eu concordei com a cabeça. – Agora eu sei disso.

Mel sorriu e segurou minha mão. – Então você já está preparada? Para seguir em frente? Já sabe o que vai fazer?

Sorri tristemente, era difícil ainda aceitar a idéia desse novo tipo de vida, mas era o melhor para mim.

-Sim, e preciso da sua ajuda. – Mel assentiu prontamente. – Preciso que me arrume um advogado, sei que tem seus contatos nos Estado Unidos.

Mel não pareceu surpresa com minha decisão e apenas assentiu levemente.

-É isso mesmo que você quer?

Eu ponderei uma ultima vez, não voltaria atrás, por mais que o amasse ele me magoou demais e eu jamais saberia dividi-lo, era o melhor a fazer.

-Sim. Quero me separar de Edward.

 


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Notas finais do capítulo

Uhhhhhhhhhhh!!! Não sei o que vocês acham, mas eu estou 100% do lado da Bella!

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