Charlotte a Herdeira da Trapaça escrita por MJ Triluna


Capítulo 2
Capítulo I - Peças do Destino


Notas iniciais do capítulo

Olá terráqueos!

Como vão vocês, já fazem dois anos que a versão alpha foi ao ar, nostálgico. Mas Charlotte voltou, melhorada em todos os sentidos e, a cada 14 dias vamos ter cap novo (acompanhem os jornais nesse meio tempo), agradeço muito aos antigos leitores que devem estar loucos pelo segundo volume e ainda assim vão ler essa versão reescrita, amo vocês ♥ Obrigada a todos e boa leitura. Glossário e mais informações disponíveis nas notas finais :D



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Mystery Hills era uma cidade de interior como a maioria, nem tão longe de Pierre, a capital do estado norte-americano da Dakota do Sul, mas também nem tão perto. Às margens do rio Missouri, era apenas mais uma cidade de interior com caipiras, matas, plantações e animais. Tudo indicava que era uma cidade normal, em lugares como aquele, todos se conhecem e raramente acontecem coisas estranhas. Porém, aquela cidade tinha muito por detrás do véu que cerca os mortais comuns.

 

Ela não esperava estar a caminho de uma cidade cheia de magia, magia perigosa, magia que nunca trás algo sem que você pague algo em troca. Na verdade, Charlotte não conseguia pensar em nada além da saudade doendo em seu peito, apenas algumas horas afastada de seus melhores amigos, Leonardo e Steven, e lá estava ela quase sufocando.

 

Seus pais tinham se separado depois de tanto tempo naquele processo estúpido pela guarda dos filhos. Phelipe, seu pai, tinha ganhado a batalha judicial, o juiz teria de ser cego para não notar a situação deplorável de Rachel, ela mesma não acredita que poderia ganhar, só estava prolongando aquilo.

 

Olhando pela janela do carro, a pequena cidade parecia bem comum aos olhos dela, as pessoas nas ruas estavam ocupadas demais com as próprias vidas para notar a loira dentro do carro junto a seus irmãos. Jace e Jason não paravam de tagarelar por sua vez, eles estavam falando sobre tudo que viesse pela frente: da escola, do campo de beisebol, das árvores e das pessoas.

 

Ela não os estava dando ouvidos, sua cabeça se encontrava há alguns milhares de milhas dali.

 

Em meio às poucas pessoas que passavam pelas ruas, algo a instigou, lhe arrepiando a espinha. Teve a impressão de um par de olhos azuis-gélidos a observando por todos os ângulos. Aquela ideia lhe assombrou, não gostava de ter atenção dos outros e aqueles olhos pareciam-lhe familiares.

 

Deja vu foi a sensação, passou a olhar para todos os lados que o carro permitia em busca do dono daquelas íris, mas nada encontrou e a sensação teve fim, desaparecendo no ar. Ajeitou sua posição no banco, se afundando em busca de uma explicação para aquilo.

 

— Charlie, qual seu problema? — perguntou Jace, curioso, porque agora o novo assunto era a irmã mais velha.

 

Ele e Jason se voltaram para ela, com as sobrancelhas erguidas e um semblante divertido, ela notou o motorista os olhando através do retrovisor.

 

— Nada — deu de ombros —, só não gostei dessa cidade, faltam arranha-céus por aqui — comentou olhando em volta; não havia muitos prédios e os poucos não deveriam ter mais que quatro ou cinco andares.

 

— Ah, você não  vai ver um arranha-céu por essas bandas tão cedo — Connor se pronunciou. — A cidade é bem voltada para à agropecuária. Se acostume com gado na estrada.

 

— Gado, tipo vacas? —perguntou Jason fazendo cara feia. — Não gosto de vacas.

 

Desandou a lembrar da vez que foi perseguido por uma vaca ensandecida, mudando o foco do momento. Jace ria como uma hiena maluca, Charlotte pôde então voltar sua atenção para o lado de fora da janela, querendo chegar em casa logo para ficar só.

 

Seus melhores amigos ficaram para trás em Nova Iorque, tão longe dela, aquilo era duro e triste, mesmo que não houvesse outra opção.

 

Recostou a cabeça no vidro, não ligando para as leves batidas causadas por buracos na estrada ou lombadas. A cabeça pesava como um elefante em cima do pescoço, preocupada era pouco para seu estado.

 

Sua nova casa era na área rural da cidade, então ela estava no interior do interior. Revirou os olhos com esse pensamento, instintivamente começando a se preocupar com internet, sinal de celular e tudo que realmente importa na vida, como um café Starbucks.

 

Antes que ela notasse já era possível ver a antiga casa em estilo vitoriano no topo de uma colina, rodeada por pastos. Havia animais ao longe, só não chegavam ao terreno da casa propriamente dita por conta de cercados. A paisagem não lhe agradou, parecia demais com um um cenário de filme romântico.

 

A casa de dois andares se fazia presente com toda sua classe, feita de madeira do chão ao teto, com uma pequena varanda na frente, janelas grandes e que estavam abertas em função do calor naquela parte do ano. Parecia uma casa aconchegante, um bom lugar para chamar de lar, mas que com toda certeza estalava a noite inteira como um celeiro de filme de terror.

 

A caminhonete parada em frente a casa lhe trouxe de volta dos delírios, seu pai estava encostado no automóvel sorrindo. Ela se animou um pouco, até se apoiou no branco da frente para se erguer, sempre se deu bem com o pai, confiava nele, mas isso não diminuía a revolta de saber que ele quem separou a família, ou o que ela tinha por família, algo que não incluía Rachel desde o incidente anos atrás.

 

A sensação era de traição, no entanto, também era de liberdade.

 

Os gêmeos pularam do carro assim que o veículo parou. Ela tinha uma mistura grande de emoções no peito, depois de gastar horas ensaiando aquele momento nos últimos meses longe do pai, conseguia ter a imagem perfeita de seu bom senso correndo e abrindo gavetas atrás de uma encenação que pudesse ser usada. Mas tudo estava em branco.

 

Aquilo tudo a afligia, saiu do carro e decidiu pegar sua bagagem. O bordão de Charlotte sempre foi “se não posso lidar, eu posso fugir”.

 

Jace e Jason pularam para abraçar Phelipe de uma vez só, o que fez ambos entrarem numa discussão, o pai ria enquanto tentava se dividir para os dois. Fitava a filha mais velha, que pegava suas malas, a conhecia bem o suficiente para saber que ela não estava feliz com aquilo.

 

Charlotte viveu muita coisa desde criança, coisas que não deveria ter vivenciado, as cicatrizes ainda perduram naquela pessoa tão reclusa, mas não há como mudar o passado.

 

Começou a andar atrapalhada com as malas em direção a casa, tentando calar seus pensamentos no processo. Mesmo que só houvesse a opção óbvia de enfrentar aquela confusão, fugir ainda era tentador.

 

— Quer ajuda com isso? — indagou vendo a situação dela com as malas.

 

— Ta de boa. — Negou com a cabeça. — Então… — Pressionou os lábios e desviou o olhar para uma moita que lhe pareceu muito atrativa. — O que eu perdi?

 

Phelipe começou a comentar sobre como tinham sido os dias sem os filhos por perto, rindo sobre a própria história de quando ele finalmente cozinhou macarrão sem queimar e berrou, sozinho, “Charlotte eu consegui”, mas não havia ninguém para testemunhar tal feito.

 

Enquanto eles organizaram tudo ouvindo tantas histórias, ela se sentiu mais leve.

 

***

 

Quase dois meses que eles estavam vivendo na antiga propriedade dos Donovan, herança deixada pelos avós paternos. Uma vasta propriedade com a casa e algumas instalações como o estábulo e o celeiro, dotada de grandes pastos onde havia vacas holandesas de ordenha e a cereja do bolo: uma enorme reserva ambiental.

 

Ela tinha se adaptado bem a vida ali, para sua surpresa. Estava amando viver naquele lugar tanto quanto amava a selva de pedra; ali tinha uma tranquilidade que cidade nenhuma tem, uma calmaria que era boa para se desligar do mundo — e da internet —, tinha ido poucas vezes na cidade, achou um local pitoresco e agradável. Havia mais jovens da idade dela do que o esperado para uma cidade que lhe parecia “feita para velhos”.

 

Estava jogada na cama, olhando para o teto e ouvindo música tão alto nos fones que estava a ponto de doer os ouvidos. Hora ou outra dirigia o olhar para a parede cheia de posters, de lá corria os olhos para Legolas, o porquinho-da-índia, em sua gaiola. Foi interrompida pela porta abrindo e seus irmãos adentrando o quarto como dois furacões.

 

— Vamos sair! — pediu Jace, bufou. — Não saímos há dias! O pai não para em casa. VAMOS SAIR.

 

— Ué, podem ir… Tenho nada com isso — Deu de ombros, se sentando na cama.

 

— Não dá pra ir sem você, não tem graça! — Jason cruzou os braços, olhando em volta.

 

— E alguém precisa selar os cavalos… — completou Jace, fingindo estar tossindo.

 

Ela travou o maxilar, não tendo certeza de como reagir àquilo, semicerrou os olhos e teve um vislumbre perfeito de um octógono onde os dois eram levados a nocaute por ela.

 

— Interesseiros! — acusou. — Querem é que eu vire empregada de vocês, não sou obrigada a selar cavalo nenhum dos dois, usem as pernas que Deus deu! Inferno!

 

— Se você for, deixamos você em paz! — propôs Jason.

 

Os dois se juntaram no melhor olhar de súplica que conseguiam fazer, como dois cães pedindo algo.

 

— Por favor!

 

— Não quero. Não vou. Me deixem! — esbravejou irritada, desejando que saíssem logo dali.

 

Cruzou os braços no colo, franzindo o cenho e os fulminando com o olhar. Jace estava começando a temer o porte dela, Charlotte não era alguém para se estar perto em ocasiões onde ela perdia a paciência.

 

— Lavo a louça por uma semana e… O Jason seca! — Estava disposto a qualquer coisa para poder sair daquela casa entediante, até mesmo cuidar das tarefas.

 

— E guarda também? — indagou com os olhos brilhando.

 

Ela foi da água para o vinho num piscar de olhos, esquecendo-se dos motivos de sua raiva. Aquilo surpreendeu Jason parcialmente, enquanto Jace pressionou os lábios tentando não rir, há muito tempo sabia como lidar com a irmã.

 

— Quem disse que eu… — Jason tentou protestar, mas recebeu uma cotovelada nas costelas. — Ai!

 

— Fechado! Só ir com “nois” — confirmou animado.

 

Olhares cúmplices foram trocados, um trato entre irmãos tinha acabado de ser efetuado. Todas as partes acabaram ganhando.

 

Os garotos saíram do quarto em busca de arrumar as coisas para o passeio deles. Charlie trocou de roupa, afinal cavalgar de saia era péssimo e ela não sabia onde seus irmãos queriam ir.

 

Se juntou a eles, sairam de casa em direção ao estábulo, lá prepararam os animais e os selaram. Logo estavam os três montados nos cavalos que pareciam bem à vontade, eles tinham se acostumado com seus novos cavaleiros.

 

— Então… — Bocejou. — Para onde?

 

— Ali, perto da reserva tem uma lagoa muito bonita e os animais não vão para lá!

 

Jace apontava um lugar distante, o cavalo dele começou a andar para trás com o movimento precoce, fazendo-o quase cair rindo. O cavalo se agitou um pouco com aquilo, ele não era bom conduzindo.

 

— Como sabem disso, pestes? — questionou tentando não rir da cena.

 

— Vimos no Google ué.

 

Sem mais contratempos, os cavalos foram atiçados e se colocaram a andar num ritmo rápido, galopando na direção da reserva. Passaram pelos pastos, por algumas vacas que estavam absortas demais para se importar com a presença deles, desviaram de alguns trabalhadores para garantir que ninguém poderia delatá-los, antes do que imaginavam já podiam ver a lagoa.

 

Os gêmeos seguiram, o terreno acidentado tinha muitas pedras, descidas e subidas, Charlie parou sua égua se sentindo mal. Algo a chamava para aquele lugar, como um imã atrai o metal. Tinha um cheiro desconhecido no ar, ela se sentia anormalmente leve, como se nada no mundo fosse barreira suficiente para segurá-la.

 

Um sentimento atípico corria por seu corpo, sua espinha pulsava. Não entendendo toda aquela repentina confusão decidiu seguir em frente.

 

A égua se ergueu nas patas, assustada com algo. Teve sorte de não cair. Quando o animal retornou ao chão, Charlotte agradeceu aos céus por aquilo e buscou em volta o que alarmava sua montaria, todavia, não viu nada. Alisou a crina do equino tentando ajudar, a égua bufou e bateu os pés em resposta, algo a agitava, mesmo assim ela se pôs a galopar novamente.

 

O trajeto continuou. Já na lagoa, os sentidos dela a confundiam, algo lhe dizia para sair dali, enquanto outro algo dizia que ela devia permanecer. Era incapaz de ouvir seus irmãos tagarelando àquela altura, por um segundo teve o assustador reflexo de um lugar escuro e em ruínas, onde algo enorme, tão grande que não era possível ver a cabeça da criatura, estava preso a correntes douradas.

 

Arfou, esbugalhando os olhos, então estava novamente no mundo real, não compreendia toda aquela confusão em sua cabeça, seus olhos ardiam, sua cabeça doía e a boca tinha secado. Subitamente, algo lhe tomou o controle do corpo e foi inábil em tomar de volta. Agiu por um instinto que não era capaz de explicar.

 

— Parem! — gritou aos irmãos. — Não desçam desses cavalos.

 

— Pirou?

 

— Não. Desçam. Da. Porra. Do. Cavalo — ordenou pausadamente.

 

Alarmada, buscou respostas no ambiente ao seu redor, era difícil acompanhar para qual direção ela olhava. Seu olhar então repousou num só ponto, seu semblante foi primeiro descrente, então se tornou pânico.

 

— Mas que… — balbuciou, seus olhos se arregalaram tanto que pareciam querer saltar das orbes.

 

Em meio a mata alta ela via três figuras brancas, tão brancas que pareciam folhas de papel, mas seus formatos eram pavorosos, esguios e altos, com olhos negros fundos. Suas cabeças eram pontudas, seus corpos esqueléticos se moviam em ângulos fisicamente contestáveis. Produziam um som que lhe lembrava uma criança chorando baixinho, suas bocas escancaradas como a do coringa, deixavam saliva de tom avermelhado pingando, os dentes pontiagudos saltavam para fora.

 

Congelou por um instante, não crendo na imagem que seus olhos registravam. Ela não conseguia processar a informação de estar vendo aquilo a sua frente, afinal, que diabos era aquilo?

 

Uma das criaturas se virou na direção dela, abrindo o que lhe pareceu um sorriso macabro. Um brilho estranho e de tom roxo saiu de seus olhos, passou a produzir um novo som muito mais agudo e estridente e ela não queria esperar para saber no que ia dar.

 

— Charlie? Que vo… — Jace engasgou com as palavras. — Não pode…

 

Jason estava atônito demais para pronunciar algo, tentando por seu cavalo para andar, mas os equinos não respondiam aos comandos, assustados e ariscos.

 

A maior das três criaturas começou a vir com uma velocidade enorme na direção dos irmãos Donovan. Sem saída, sem chance de fuga, o cérebro de Charlotte trabalhava a mil, buscando uma resposta inexistente, de como reagir, de como fugir, ou mesmo uma teoria boa o suficiente para fazer parecer que tinha surtado de vez.

 

Chegou a conclusão de que podia ficar pior quando ouvir um grasnar alto, tão alto que seus ouvidos sentiram como se uma agulha entrasse por eles, fechou um dos olhos como se isso pudesse fazer o barulho incomodar menos. Olhou para cima, não crendo ao ver um falcão que devia ter mais que o tamanho de um avestruz, com uma abertura de asas de mais de três metros.

 

Seguindo seu padrão de ataque, o animal fez uma curva no ar e virou um míssil na direção deles, suas asas dobradas de maneira perfeita para usar o vento a seu favor. Ela nem olhava mais para a criatura branca quando percebeu um cavaleiro montado no falcão. Era impossível ver muito mais que a capa do sujeito tremulando com o vento, ajoelhado na ave e se segurando com tanta destreza que nem inclinava, fazia até parecer fácil.

 

O falcão continuou seu trajeto. Quando alcançou uma distância tão pequena que chegava a ser quase imperceptível ele abriu as asas usando da inércia a seu favor, e com suas enormes garras reluzentes segurou a criatura que os perseguia. Nisso seu cavaleiro pulou do animal com um punhal brilhante em mãos, ele olhou por cima dos ombros, seus olhos azuis brilhavam por debaixo do capuz. O sujeito piscou como quem diz “tudo bem”, um estalo alto a fez mudar de foco, o falcão acabara de quebrar o pescoço de outra criatura com o bico enquanto o cavaleiro partia o último ao meio, ambos viraram pó assim que padeceram, o queixo dos Donovan estava no chão. À vista disso, a ave de rapina abriu as asas imponentes e grasnou mais uma vez, fazendo os cavalos dispararem de volta por onde vieram.

 

Charlie tentou parar sua égua diversas vezes, mas ela não estava disposta a obedecer. Queria retornar e descobrir o que tinha acontecido, quem era o sujeito debaixo do capuz, que criaturas eram aquelas, como um falcão conhecido por menor do mundo estava daquele tamanho. No entanto, nenhuma de suas perguntas teriam respostas tão cedo.

 

Os cavalos só pararam quando não aguentavam mais por um casco na frente do outro, eles já estavam perto de casa. Acabaram tendo que voltar a pé, puxando suas montarias, haviam exigido demais do físico deles. Não ousaram pronunciar uma única palavra sobre o acontecido, seus cérebros ainda não tinham aceitado aquilo como parte da realidade.

 

Estavam cansados, suados e em choque quando chegaram em casa; apenas para descobrir que estavam de castigo, afinal, tinham ido a reserva e deixado os cavalos numa situação alarmante, além de estarem sujos e com roupas rasgadas, já que os cavalos passaram pela mata fechada como se fosse uma pista de corrida. Se sorte ou azar em estar viva, ela não sabia, mas em meio aquele mar de hesitação na sua cabeça, ela não iria parar até descobrir a verdade.


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Notas finais do capítulo

Glossário: Capítulo I, por ordem de aparição.

Gui-loranto: Nome celta dado a um carvalho sagrado, ligado ao Divino.
Yggdrasil: Árvore da mitologia nórdica (viking ou escandinava) responsável por “segurar o universo” equilibrando todos os nove mundos.
Midgard: Se encontra no tronco de Yggdrasil, seu centro. É a “terra média” numa tradução literal, reino dos homens.

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