Ramphya Adventure World escrita por DantaKun


Capítulo 1
Piichi — Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Já escrevo esta história há um tempinho, mas tava meio desmotivado... Por isso decidi começar a postá-la, pra ver se assim me animaria um pouco a continuá-la :'D
Eu gosto bastante dela, foi uma das melhores originais que já criei até agora, por isso tenho muito o desejo de vê-la terminada algum dia.

Agradeço também à minha amiga Lala, por sempre ter me ajudado e apoiado com ela desde o dia em que a criei ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/767355/chapter/1

Abri meus olhos devagar. Sentia como se minhas pálpebras pesassem bem mais que o normal, tive de fazer um pequeno esforço para conseguir afastá-las... E fui recebido pelo clarão do Sol direto no rosto, quase me deixando cego. Quando consegui ajustar minha visão, depois de piscar uma porção de vezes, virei a cabeça para um lado, levando-a vagarosamente até o outro, e dei uma boa olhada ao meu redor. Só então percebi que não fazia a menor ideia de onde eu estava.

Levantei-me do gramado, onde estranhamente havia acordado, em um movimento muito rápido, de olhos arregalados em expressão de espanto. Com meu corpo paralisado, como quem tivesse acabado de receber um choque, eu movia somente os olhos em todas as direções rapidamente, procurando por alguém... Ou algum modo de entender o que estava acontecendo.

— Ai... Minha cabeça! — Coloquei minhas mãos sobre a testa ao sentir uma pontada forte e dolorida, espremendo as pálpebras com um pouco de força. — Pesa tanto...

— Também, com esse cabeção, não é de se estranhar... — Retrucou uma voz grave, vinda sabe-se lá da onde.

—... O quê? — Perguntei, forçando um dos olhos a se abrir, usando-o para tentar localizar quem quer que fosse o dono daquela voz.

Avistei um sapo.

Um sapão imenso! Batia quase na altura de meus joelhos.

— WAAAHHH!!! — Gritei. Com o susto, sem querer perdi o equilíbrio e caí para trás, sentado. — Q-Quem é você?! C-Como você...? VOCÊ FALA!!! — Fiquei tão abismado que mal consegui formular uma frase.

— Sim, falo — respondeu-me o sapo, simplesmente. — Permita que eu me apresente, minha jovem criança. Meu nome é Salfo e estou aqui para ser o seu guia.

— Guia...? — Pisquei. Aquilo não havia respondido minha pergunta. De maneira alguma! Apenas me levantou outras milhares de dúvidas. — Por que um sapo falante e gigante seria meu guia? Guia de quê, afinal? Isso aqui é um sonho, não é?... Auch! — Levei as mãos à testa novamente. — Por que minha cabeça dói tanto?

— Efeito colateral da viagem, eu suponho. Vai passar em poucos minutos, não se preocupe.

—... AH!!! — Exclamei, assustado, quando afastei minhas mãos e olhei para elas pela primeira vez desde que acordara. Meus olhos se arregalaram por completo e minhas pupilas se encolheram.

— E... Sobre sua pergunta, a resposta é: Não. Infelizmente para você, não se trata de um sonho.

— M-Minhas mãos...! O que houve com elas?! Elas ficaram menores! E... Ah!!! Minhas pernas também! E-E todo o resto!!! — Eu continuava exclamando surpreso, sem conseguir acreditar, conforme meus olhos batiam em cada parte do meu corpo. Tudo... Absolutamente TUDO nele estava diferente do que costumava ser! — Minha cabeça tá enorme!!! — Agarrei as laterais do crânio.

— Foi o que eu disse antes. Só agora percebeu?

— Que tipo de sonho maluco é esse? Me fala! Como eu faço pra acordar?? — Fiquei de joelhos, apoiando as duas mãos no chão, encarando aquele sapo falante de frente.

— Amigo... Você por acaso prestou atenção em algo que eu disse? Pois já havia lhe explicado antes e irei repetir: Não se trata de um sonho. Agora, se puder manter a calma por um instante, nós devemos...

— Essas roupas... — Puxei a barra do estranho "vestido" branco com tiras douradas que eu estava usando, olhando para baixo. — Não pode ser... Não... Tem que ser isso!

Olhei ao redor mais uma vez, procurando alguma coisa que refletisse. Perto de onde estávamos, havia um pequeno córrego de águas cristalinas. Como era a única coisa mais próxima que eu poderia usar como espelho, corri até sua margem e me agachei para olhar.

— Hei, você me interrompeu! Foi muito rude da sua parte, jovenzinho — reclamou o sapo, que veio saltando para perto de mim.

— Eu sabia! — Falei, o ignorando de propósito, enquanto encarava minha imagem refletida nas águas do córrego.

Ou... O que deveria ser a minha imagem. Aquele ser baixinho e cabeçudo que eu estava vendo no reflexo não se parecia nem um pouco comigo.

— Eu virei meu avatar de Ramphya Adventure World!... Sim! Agora estou me lembrando de tudo! Eu estava deitado na cama, jogando com meu notebook no colo, daí fiquei tão cansado que acabei caindo no sono. E por falar nisso... Agora que reparei bem, esse lugar também parece o cenário do início do jogo. É!!! Essa é a única explicação lógica! Fiquei tantas e tantas horas seguidas jogando RAW que agora tô até sonhando que sou meu personagem. Heh... Eu devo estar mesmo viciado, nossa... Talvez seja melhor dar um tempinho... — Soltei um risinho nervoso, tentando convencer a mim mesmo do que havia acabado de dizer.

— Tsc. Já tinha ouvido falar que humanos são teimosos, mas você, pequenino... Você quase me faz perder a paciência — bufou o sapo, soando ligeiramente irritado. — Quantas vezes terei de repetir para que você enfie de uma vez nessa sua cabeça gigantesca? Isso. Não. É. Um. Sonho.

— Mas... — Sentei-me sobre minhas panturrilhas, virando o rosto para o sapo, tristemente. — Se não é um sonho... Como pode? Como foi que eu virei um querubim de RAW?

— Tenha calma, meu pequeno garoto. Essa e muitas outras perguntas serão respondidas mais adiante. Mas não por mim. Como disse antes, hoje estou aqui apenas para lhe servir de guia. Tudo a seu tempo, meu caro... Primeiramente, você precisa encontrar seus amigos.

— Meus amigos? — Pisquei duas vezes, confuso, franzindo as sobrancelhas e erguendo uma delas.

— Eles mesmos. Encontre-os. Não estão muito longe daqui.

— Mas... Que amigos?

— Como assim "que amigos"? — Agora sim, o sapo pareceu ter ficado realmente nervoso. — Os seus, ora bolas! Vá, ande! Quanto menos tempo perder, mais rápido encontrará as respostas para suas dúvidas.

— Espera... Você diz... A galera que estava jogando comigo mais cedo? A Zapphira, a Tear, a Miya e o Alucard?

— Meu senhor amado... Será possível que eu precise desenhar para que você consiga me entender?! — Ele bufou novamente. — Sim!! Os seus amigos. Quer que eu repita, ou ficou claro dessa vez?? Encontre-os!!!

— D-Desculpa... — Eu disse, meio acuado. Não queria tê-lo deixado brabo.

Imediatamente, levantei-me e comecei a caminhar para uma direção qualquer. Não tinha nenhuma noção de para onde estava indo, apenas fiquei com medo de irritá-lo mais ainda.

— Mas... Hum... Perdoe-me, senhor... Er... Senhor Salfo. Como vou saber onde eles estão?

A criaturinha verde e gosmenta sorriu satisfeita ao ser chamada pelo nome de maneira tão formal. Felizmente, isso pareceu tê-lo acalmado.

— Você vai saber, disso pode ter certeza — respondeu-me. — Eles estão aqui por perto, não podem ter ido muito longe. Mais cedo ou mais tarde, acabarão se esbarrando. Além do mais, creio que alguns ainda estejam desacordados.

— Ah, entendi...

Sendo assim, segui caminhando por aí sem um rumo definido, esperando encontrar qualquer um deles bem depressa. Não que eu não estivesse apreciando a companhia do Salfo, mas bem que gostaria de alguém um pouco mais... Agradável para conversar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por enquanto é só... Mas logo tem mais ^-^
Por favor, se gostou, não se esqueça de deixar um comentário :3
Nem que seja um "amei continua", pra eu saber que tem gente lendo ;w;