Midtown High School escrita por Primus 7


Capítulo 3
#3 - O Primeiro Dia é sempre ruim - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Olá estudantes! Sou eu de novo e trago a vocês mais um capitulo fresquinho de MHS. Nesse cap, algo espetacular irá acontecer, e os alunos perceberam que as coisas em MHS n serão mais as mesmas. Nesse cap vocês conheceram também mais sobre o passado de Harry.
Por favor, não esqueçam de comentar, o feedback de vocês é muito importante pra mim.



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Após trocar os seus livros no armário, Harry foi para próxima aula que era de língua inglesa. Ele sabia que as coisas estavam prestes a mudar mais ainda, por conta disso, sentou-se em um canto afastado de todos pois não queria atenção ou chateação de ninguém. Mas, isso não mudou muita coisa pois logo alguém se sentou bem ao seu lado. Por sorte, era um rosto amigo.

— Aquilo que foi incrível. — Elogiou Peter.

— Aquilo o que? — Perguntou Harry como se não soubesse.

— As coisas que você falou pro Flash. — Esclareceu.

— É. Eu acho que me deixei levar pelo momento. — Harry suspirou. — Olha, Peter, eu não quero falar sobre isso. Por enquanto, vamos fingir que nada aconteceu, ficar quietos e prestar atenção na aula.

— OK então. — Disse Peter ao concordar.

Eis que surge um silencio constrangedor que durou apenas uns segundos até que o garoto persiste em fazer uma nova pergunta.

— Só me responda uma coisinha... Por que dentre todas as pessoas do refeitório você quis justamente se sentar junto comigo?

Harry revirou os olhos, mas em seguida sorriu percebendo que podia confiar naquele garoto nerd que parecia estar se tornando o seu novo melhor amigo.

— Você era único que parecia não se importar com o fato de eu ser filho de Norman Osborn. — Explicou Harry. — No geral, eu não esperava que você fosse gente boa, eu só queria não ter que sentar com o Flash mesmo

— E qual a razão disso tudo? — Mais uma vez perguntou. — Fugir do Flash, aquele discurso na frente de todos e tudo mais.

Harry suspirou profundo antes de responder e depois deu uma leve risada.

— Acredite se quiser, Peter. Mas, eu já fui igual ao Flash. Talvez, até muito pior que ele.

— Como assim? — Reagiu confuso.

— Eu era mimado, arrogante, metido a galã comedor de buceta que tratava as pessoas como lixo, tudo para preencher meu ego. E vou ser honesto, eu adorava isso. Eu estudava em uma escola de riquinhos, e dentre todos eles, eu era o mais rico. Era tudo tão fácil, eu fazia o que bem entender, transava com eu quisesse, na hora que eu quisesse sem qualquer reponsabilidade até que chegou um momento que nada disso bastava. Foi ai que veio as festas e as drogas... E bem, aconteceu aquele incidente em que eu dirigi drogado. Porém, de todas as que tive que lidar, a culpa de ter quase matado a mãe de duas filhas, os chiliques do meu pai ao tentar amenizar a situação na mídia, a vergonha de perceber que eu não tinha um amigo para me apoiar naquele momento, acima de todas essas coisas a pior foi ter que encarar o rosto de decepção da minha mãe. Eu nunca vou esquecer aquele momento. Se fosse meu pai, eu aguentaria, pois ele já me olha com aquele olhar todos os dias. Mas, a minha mãe? Aquilo me destruiu por dentro. Você sabe como é isso, Peter? Cometer um erro que vai te assombrar para o resto da vida?

Peter sorriu amigavelmente e respondeu: Eu sei sim, muito mais do que você imagina. Mas, olha só, somos jovens, nós cometemos erros e mais erros. A vida é assim. O importante é o que você aprendeu com seus eles.

Harry retribuiu o sorriso ao amigo.

Enquanto os dois conversavam, Flash estava disparando bolinhas de papel na nuca de Randy que agora se sentava na mesa da frente já que agora tinha voltado a base da cadeia alimentar. Randy estava tão envergonhado que nem reagiu ao bullying apenas aceitou a sua nova situação o que deixou os meninos ainda mais inconformados.

— Até que o efeito do seu discurso durou. — Ironizou Parker.

Harry franziu a sobrancelhas de raiva. — Esse é problema. As pessoas tão revoltadas, mas ninguém quer fazer alguma coisa e para derrubar o Flash precisamos de uma revolução. Palavras não bastam, nós precisamos de ação.

— Tá falando de todo mundo sair batendo nele? — Questionou Peter.

— Não. Pelo menos, não necessariamente. — Explicou — Precisamos derrota-lo no jogo dele. Fazer com que todos o vejam como uma pessoa normal e não como um tipo de semideus. Por sorte, eu tenho uma mente maléfica e posso pensar e um plano. Uma coisa eu tenho certeza, os dias de valentia de Flash Thompson estão contados.

A Professora deu uma leve batida na carteira de Harry para chamar a atenção dele e de Peter que não paravam de conversar durante a aula. Já ressentidos, voltaram ao silencio.

A última aula do dia chegou e era Educação Física dada pelo Senhor Murch, um cinquentão bigodudo que tinha uma boa condição física, mas não era muito animado para ensinar. Normalmente, ele só dava um jogo para os alunos jogarem entre si (se quisessem jogar pois não era obrigatório) revezando entre meninas e meninos enquanto ele ficava em um canto da arquibancada lendo alguma coisa que podia ser um livro, um jornal, ou algumas revistas de esportes ou até revistas de mulheres ou de homens seminus. O jogo de hoje era basquete, um dos favoritos dos estudantes da MHS.

Flash e seus amigos saíram do vestiário usado uniformes vermelhos de basquete ao lado de outros alunos com uniforme azul, estes seriam seus rivais. Eles estavam animados pelo jogo, em contrapartida, Peter, Harry e outros garotos sem o mesmo talento para o esporte ficaram na arquibancada só de bobeira assistindo eles jogarem. Já as meninas, a maioria aproveitou o momento para botar a fofoca em dia, menos a é claro, a esforçada Gwen Stacy, que aproveitava o tempo para ler uma tese cientifica chamada “O Incrível” da Dra. Elizabeth Ross, parceira cientifica do Dr. Bruce Banner, sobre a radiação Gamma e seu uso no aprimoramento humano.

Randy era o único com a roupa do time na arquibancada. Ele queria muito jogar pois era seu exporte favorito, mas como sua relação com os populares não estava nenhum pouco boa, ninguém o chamou para participar. Flash percebeu o momento de fragilidade de Randy, e como sempre tentou pior ainda mais as coisas. Ele arremessou a bola na cabeça de Randy apenas para incomodá-lo. Deu certo, apesar de que novamente, Randy nem reagiu. Uns degraus em cima, Peter observou tudo. A maioria dos alunos apenas ignorava a situação como se fizesse parte da rotina, o professor não dava a mínima para os seus alunos, mas Peter Parker, ele não só observava como não aceitava aquilo de jeito nenhum. Harry tinha razão, alguém tinha que dar um basta na carreira de valentão de Flash Thompson.

— Ai, Eugenio Queridinho. — Gritou Peter bem alto ao se erguer.

Isso chamou a atenção de todos os alunos. Todos param o que estavam fazendo e olharam para o jovem nerd que havia tomado postura.

— Tá falando comigo, Parker? — Disse Flash ao se virar.

— Você é surdo? Eu falei de você, Eugenio Queridinho. — Insistiu.

Os alunos trocaram olhares entre si já sabendo onde a situação ia levar.

— Você me chamou de que? Fala na minha cara — Disse Flash já com expressão de raiva.

Peter desceu as escadas e olhou nos olhos do valentão. Antes de Peter dizer algo, Kenny o interrompe. — Ele te chamou daquele apelido antigo que você tinha na sexta-série que sua mãe lhe deu quando veio pegar você...

— Cala a boca, Kenny! — Reclamou Flash. — Eu sei do que ele me chamou.

— Mas é que você tinha perguntado...

— Chega! — Encerrou Peter. — Harry está certo. Não vamos mais aceitar isso. Tá na hora de dar um basta.

— O que você vai fazer, Parker Molenga. — Ironizou. — Vai bater em mim.

— Hm...Não. Eu pensei em algo mais esportivo... — Peter recolhe uma bola de basquete caída no chão. — Que tal um mano à mano? Só eu e você e quem fizer a primeira cesta ganha.

— E o que ganho com isso? — Questionou Thompson com um sorriso meio maldoso.

— Bem... Se você ganhar, você e seus amigos pode puxar a minha cueca a do Randy até a formatura. Quando, como, onde e quantas vezes vocês quiserem sem direito a reclamação até o final do ano letivo.

— O que?! Cara, me deixa fora disso. Pelo amor de Deus. — Gritou Randy nervoso e assustado.

— E se eu ganhar, você não enche mais o saco de ninguém. Eu to falando de ninguém mesmo, entendeu? Nada de cuecão, dedo babado ou qualquer uma dessas merda ai até o final do ano letivo.

— Eu to muito ferrado. — Murmurou Randy para vento mas ninguém se importou. Então ele corre para o Sr. Murch o único com autoridade para impedir tal disputa.

— Professor, vai deixar isso acontecer?

— É só uma disputa amigável. Não faz mal a ninguém. — Respondeu sem tirar a atenção de sua revista.

— Menos ao meu bumbum que vai sofrer até o final do ano.

Flash olhou para os seus colegas que lhe convenceram de que seria uma vitória muito fácil e garantida. — Eu topo.

Os dos jovens apertaram as mãos selando um acordo inviolável entre ambos. Harry preocupado imediatamente desceu os degraus da arquibancada e se aproximou de seu amigo.

— Peter, o que você tá fazendo? — Sussurrou no ouvido do amigo.

— O que você falou. Estou “jogando o jogo dele”

— Não foi bem isso o que eu quis dizer.

— Relaxa. Eu dou conta.

— Eu sei que eu não te conheço tanto assim, mas Peter, você não faz o tipo atlético.

— Serio, Harry. Relaxa. A minha tia sempre diz que eu sou uma caixinha de surpresas. Eu dou conta.

Todos os estudantes se sentaram sobre a arquibancada para testemunhar tal evento. Alguns começaram a fazer pequenas apostas e a maioria estava a favor de Flash cuja a superioridade física. Liz e Sally junto a algumas líderes de torcida começaram a gritar o nome de seu campeão. Kenny e outro rapazes desembuchavam ofensas ao rival de seu amigo. Até a comportada Gwen Stacy entrou na brincadeira. Ela ativou a câmera de seu celular pois tinha um forte pressentimento de algo bem vergonhoso e humilhante estava prestes a acontecer diante de seus olhos e não iria deixar passar. Apenas uma minoria de poucos estudantes, todos os cdfs e Harry que torciam a favor do jovem e pequeno Parker.

Mesmo com muito contra ele, Peter não perdeu o foco. Ele tirou seu agasalho para ter mais mobilidade e respirou bem fundo para se concentrar em seu objetivo. Flash fez alguns aquecimentos, estalou os dedos e deu gritou para agitar a torcida. Os dois foram até o centro da quadra, onde um garoto atuava como juiz segurava a bola entre os rivais. Os dois se encararam olho no olho. Flash deu uma leva risada demonstrando sua autoconfiança na vitória enquanto Peter apenas manteve a mesma expressão. O juiz deu sinal, jogou a bola para cima e dois jovens pularam juntos para alcançá-la. O atleta esperava que fosse ele o primeiro a pegar a bola, mas por uma reviravolta inesperada, foi Peter que conseguiu pegar a bola. Ninguém sabia como, mas Peter Parker conseguiu pular mais alto que Flash Thompson.

Quicando a bola, Peter correu para a cesta, mas Flash conseguiu bloqueá-lo. Parte da torcida começou a gritar o nome de Peter, o que o distraiu por um instante, abrindo a oportunidade para Flash tentar tomar sua bola, mas, novamente de maneira surpreendente, Peter se esquiva para o lado sem nem deixar de quicar a bola. Ficando cada vez mais raivoso, Flash começa a partir para cima do jovem nerd, mesmo assim, ele esquiva novamente.

— Ajuda ele, Osborn! — Gritou Randy desesperado para Harry mesmo ele estando do seu lado.

— Ajudar quem? — Disse Harry com expressão confusa.

Flash tenta mais duas vezes roubar a bola de Peter e nas duas ele falha. Percebendo o raro momento de vantagem, Peter começa a brincar com seu valentão. — Ok, ok. Você ganhou. Toma a bola ai. — Disse o garoto ao entregar a bola diante dos olhos do rival. Flash aproveita a oportunidade para roubar a bola o mais rápido possível. Entretanto, havia ao errado. Flash puxava a bola com toda a sua força, mas havia alguma coisa que prendia a bola nas mãos de Parker. — Pega logo, não tenho o dia todo. — Brincou. Flash puxou com toda sua força, mas tudo o que aconteceu foi escorregar e cair de costas para trás.

Thompson rapidamente se levanta ainda não desistindo. Ele novamente parte para cima do rapaz, mas quando ele se aproximou o suficiente, o rapaz faz um falso arremesso que faz Flash virar rapidamente para procurar a bola no alto o que o deixa distraído por uns curtos instantes. O suficiente para Peter arremessar a bola nas costas de Flash e depois quicar de volta para suas mãos automaticamente. A raiva só crescia em Flash, enquanto Peter só sorria com sarcasmo. Veias saltavam da cabeça do atleta, ele bufou e gritou enquanto corria em direção de Parker. Pretendendo apelar para o peso corporal como em um jogo de futebol americano. Flash pulou em cima de Peter, mas mais uma vez ele consegue esquivar, dessa vez por baixo e tudo que Flash consegue é cair de cara no chão. Com seu rival no chão, o jovem Parker convergiu toda a sua concentração à cesta e começou a correr ferozmente em sua direção enquanto batia na bola com uma confiança nunca mostrada antes. Quando chegou um pouco depois do meio da quadra, ele saltou, tão alto, como se fosse um jogador de basquete profissional e permaneceu no ar como se estivesse na lua e para encerrar, ele enterrou a bola como se aquilo não fosse nada para ele e caiu no chão com joelhos flexionados, como se tivesse feito um pouso de super-herói.

O impossível havia acontecido e a plateia ficou perplexa. O que haviam testemunhado, era o que se podia chamar de Incrível. Não, seria sensacional, ou melhor ainda, ESPETACULAR! Ninguém esperava por tal reviravolta: Nem mesmo Harry que agora estava com um sorriso boquiaberto e as mãos na nunca; nem mesmo Gwen Stacy, que filmou todo o ocorrido em seu celular e ficou com o rosto tão congelado que nem ao mesmo piscava, ou mesmo Randy que pulava chorava de alegria e alivio por saber que tinha se safado dessa. Até mesmo o Sr. Murch, que até então, nunca tirou os olhos de suas revistas, olhava com cara espanto. Todos trocaram expressões de choque entre si. Mas, apesar de ninguém sequer desconfiar de como tal milagre foi realizado, de como um Davi, derrotou um Golias, uma coisa todos ali, inclusive Peter e Flash, tinham total certeza: De agora em diante, as coisas em Midtown High não seriam mais as mesmas e que muitas surpresas e desafios lhe aguardavam pela frente.

No próximo capitulo:

O segundo dia é ainda pior”

Peter conquista o respeito dos alunos de MHS e acredita que seus dias de azar acabaram. O que ele não espera é que sua rival lhe guarda uma pequena surpresa.


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Notas finais do capítulo

Lembrando novamente, para vocês deixaram seu comentário ;)

Um aviso importante: Na semana que vem, provavelmente, eu não vou estar postando o próximo capitulo, pois, preciso avançar na escrita.



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