Midtown High School escrita por Primus 7


Capítulo 1
#1 - O Primeiro Dia é sempre ruim - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá Leitor! Seja bem-vindo a Midtown High School
Antes de começar o primeiro dia de aula, gostaria de ressaltar algumas coisas. Primeiro, que essa fanfic não se passa no MCU. É um universo nova, feito usado varias partes de outros conhecidos, tanto das hqs, quanto do cinema e televisão. Essa história é 100% focada nos alunos de MHS, os super-heróis Marvel apenas serão citados e referenciados, também podem fazer aparições especiais. Haverá romances e casais, alguns eu já pretendo formar, mas outros eu vou esperar a reação do publico.
Essa fanfic eu vou estar postando 1 vez por semana, nas próximas semanas, as quartas-feiras por volta das 11hs. Fiquem esperto ;)

Os links que eu botar entre parenteses são para trilha sonora que eu vou botar de vez em quando.



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Nova York, a cidade que nunca dorme. Um grande centro econômico e cultural de todo o continente americano. Lar de 8,538 milhões de habitantes, da Estátua da Liberdade, do Empire State Building, e de alguns dos mais MARAVILHOSOS Super-heróis que o mundo conheceu. Seres Fantásticos, Incríveis, espetaculares, fabulosos, invencíveis e poderosos que todos os dias arriscam suas vidas para derrotar todo tipo de ameaça, desde simples ladrões de bancos, até deuses-alienígenas gigantes devoradores de mundos. Mas, esta história não é sobre caras verdes, armaduras e pessoas de colãs coloridos. Isto não é uma história sobre superpessoas, mas uma história sobre pessoas supernormais. Pessoas comuns como eu e você que vivem abaixo desses grandes heróis, que sempre testemunham os seus grandes feitos e tem muitas histórias para serem contadas. Podem parecer pessoas desinteressantes de longe, mas se olhar de perto e mais atentamente, vai ver que elas também podem ser seres MARAVILHOSOS.

O verão acabou, e com ele, as férias de verão, começando assim mais um ano em Midtown High, um colégio aparentemente supernormal do Queens. Era uma segunda-feira, e como o esperado, os alunos estavam muito empolgados para o começar as aulas mais uma vez.

— Aqui estamos. Nova escola, mesma merda de sempre.  — Resmungou com tom sarcástico um jovem enquanto encarava a janela de sua limusine. Seu nome era Harry Osborn. Filho do multimilionário Norman Osborn.

— Não venha com esse sarcasmo, garoto. Você sabe bem como você chegou nessa situação. — Disse o próprio Norman Osborn. — Você querendo ou não, vai ter de arcar com as consequências de suas ações.

— Não seja tão duro com ele, Norman. — Disse sua esposa, Emily, mãe de Harry sempre sendo a voz da serenidade nas conversas em família. — Ele só está nervoso por conta por conta de estar em uma escola nova. É normal isso em adolescentes.

— O único que deveria ter o direito de estar nervoso aqui sou eu, Emily. Por ter que ver meu filho, um Osborn, herdeiro de tudo o que construí a vida inteira, ter que estudar em uma escola pública medíocre. Estudar aqui é um insulto à inteligência dos Osborn. Entretanto, talvez tal vergonha seja necessária. Para conseguir tudo na minha vida eu tive de começar por baixo. Meu pai, seu avô, nunca me deu nada, nunca me deu uma boa escola ou apoio financeiro. Tive que provar tudo a ele e a partir de agora você também terá que provar para mim também.  Então, engula esse seu choro e esse sarcasmo e me dê o seu melhor.

— Como queira Sr. Osborn. — Disse Harry mantendo ainda seu tom sarcástico. Ele abriu a porta e saiu do carro. — Até mais tarde mãe, eu te amo.

— Até mais tarde, querido. — Gritou Emily. Harry fechou a porta e caminhou até o portão do colégio.

— Você mima muito esse garoto, Emily. — Reclamou Norman. — Nesse ritmo, você vai acabar criando um monstro.

Emily Osborn não respondeu, preferiu manter o seu silencio em nome da ordem, mas em seus pensamentos profundos ela respondeu: “Alguém já está fazendo isso”

A limusine dos Osborn segue de volta a sua torre. Enquanto isso, um outro carro, dessa vez, de polícia, para em frente ao colégio Midtown.

— Pegou seu almoço? — Perguntou uma jovem loira com uma tiara preta na cabeça.

— Está aqui atrás. — Respondeu seu pai, um homem de cabelos levemente grisalhos com olheiras profundas em seu rosto.

— Ótimo. Eu fiz sanduiche de atum com maionese extra do jeito que senhor gosta. E não vai esquecer de tomar seu remédio as 8h. Eu vou mandar mensagem depois para verificar se você tomou. — Explicou a menina.

— Pode deixar estrelinha, eu não vou esquecer.

Esse era o Capitão George Stacy. Um dedicado policial que sempre teve dificuldade em criar sua querida filha, Gwen, sem a ajuda de sua esposa já que essa o deixou há muitos anos. Mas, agora que Gwen já estava crescida, parecia que era ela que cuidava dele.

— Ok, então. Eu vou indo. Te amo muito pai. — Declarou a jovem Gwen com um sorriso encantador.

— Também te amo, Gwendy. Não deixe os garotos te chatearem, viu? — Brincou.

— Pode deixar. — Disse a jovem enquanto saía do carro.

“Ela cresceu tão rápido...” — Pensou George. Logo em seguida, recebeu de seu rádio um chamado.

Capitão Stacy, um suspeito está tentando roubar o banco HSBC na Broadway. — Disse uma voz no rádio. — É aquele tal Shocker de novo.

— Ok, já estou indo. — Respondeu.

(https://www.youtube.com/watch?v=u8KozsvP7Zc)

Enquanto isso, correndo a 80k/h, vinha um Audi A8 novinho com a teto retraído. Quem dirigia era ninguém menos que Flash Thompson, um dos maiores esportistas de Midtown. Jovem, bonito, atleta, filho de pais bem-sucedidos e o sonho de todas garotas da escola. Pelo menos é o que ele pensa de si mesmo. No banco do lado estava Kenneth McFarlane, apelidado de Kenny Kong, um jovem alto e um tanto obeso que compensava toda a falta inteligência em força bruta. Naquele momento ele estava abocanhando um de seus cinco sanduiches que sua mãe fazia para o café da manhã. No banco de trás, estava Randy Robertson, um jovem que passou a acompanhar Flash Thompson com o objetivo de se tornar tão popular quanto o mesmo. Ele era mais inteligente, mas um tanto covarde.

— Flash tá na área! — Anunciou ao estacionar o carro em uma vaga próxima ao colégio.

— É, tamo na área! — Gritou Randy seguindo a empolgação de seu parceiro. Porém, parece que ele não gostou muito.

— Randy, gritar “ta área” é um lance só meu. Crie um lance só seu e não fique usando o dos outros. — Advertiu

— Ok, entendi. Foi mal Flash.

— Droga. — Reclamou Kenny. — Comi todos os lanches que minha a mãe fez. E agora? Vou comer o que no almoço? Eu não tenho dinheiro da merenda...

— Kenny, já vi que você não amadureceu em nada nas férias... — Reclamou Flash com um tom de desapontado. — Sempre o mesmo dilema. Come o seu lanche todo antes da hora e depois tem que sair por aí mendigando merenda pra todo mundo.

— Fazer o que... eu sou assim. Eu ando sempre com fome. Além do mais, eu não faço nada de legal nas férias...

— Ele tem razão, Flash. Nenhum de nós dois tem férias tão legais quanto você. — Bajulou Randy.

— Nisso, você tem toda razão Robertson. — Concordou. — E vocês não vão acreditar no que eu tenho para contar dessas férias. Eu comecei a pegar a maior gata. Vamos ir entrando que eu conto para vocês lá dentro.

Os três saíram do Audi A8, mas quando Randy saiu, fechou a porta com muita força o que chamou a atenção de Flash.

— Robertson cuidado porra! — Gritou Flash zangado.

— Foi mal Flash. — Desculpou-se.

— “Foi mal” é o caralho! — Não bata com força na minha Vanessa

— “Vanessa”? — Estranhou Kenny

— É o nome do meu carro. Vanessa é uma dama delicada e frágil. Você tem que ser suave com ela. Tem que ir devagar. Você não pode bater nela com força entendeu? Se fizer isso de novo e te faço de bola no próximo jogo, fui claro? — Intimidou Flash.

Randy engoliu seco. — Sim.

— Ótimo. Agora vamos entrar logo nessa porra.

Atravessar a entrada pela primeira vez é como entrar em um outro universo. Daqueles que até se parecem com a realidade, mas onde as coisas não aconteceram do jeito que deveriam acontecer. Até se parecia com uma escola normal, mas era tudo novo e tudo diferente. Era mais ou menos assim que Harry via aquele lugar. Depois de ter passado semanas no hospital e alguns meses na reabilitação, era assustador enfrentar a escola e a vida comum. Ele andava pelos corredores a procura de seu novo armário, mas tudo o que encontrava eram olhares de alguns dos estudantes que o reconheciam de alguma primeira página de jornal ou de alguma capa de revista de negócios.

Depois de vários desvios de olhares, finalmente ele achou seu armário que ficava perto do “Achados e Perdidos”. Ele esvaziou parte de sua mochila colocando alguns livros e cadernos pesados que não ia precisar, depois decorou ele com vários adesivos do Capitão América e outros heróis dos tempos de guerra que adorava desde pequeno para dar um pouco de personalidade. Por último perdurou um calendário dado por sua mãe para se organizar e nunca perder datas importantes. Terminando tudo, ele fechou a porta do armário e logo em seguida foi surpreendido com leve cutucada.

 — Com licença, você é Harold Osborn? — Perguntou uma moça.

Harry se virou e se deparou com uma moça loira com um sorriso simpático, usava tiara preta, óculos, um suéter verde, tinha sardas e olhos bem azuis. Essa era Gwen Stacy, a mesma menina de aviamos conhecidos antes.

— Por favor, me chame de Harry. Só minha mãe me chama de Harold e apenas quando tá zangada comigo. — Explicou Harry.

— OK, Harry. — Compreendeu a garota. — Eu sou Gwen. Gwen Stacy. Sou a representante da sua turma. Bem... nossa turma. Gostaria de dar lhe boas-vindas ao Colégio Midtown. Então, quer alguma orientação?

— Ah, sim! — Concordou Harry. — Eu não conheço nada daqui. Um tour seria bem legal.

— Ótimo. — Disse Gwen com um belo sorriso simpático no rosto. — Por favor, me acompanhe.

Depois de cinco minutos de aula de história sobre a fundação do colégio, Gwen mostra a Harry o local de cada sala enquanto no caminho Harry sofria mais com aqueles olhares de desconhecidos que o encaravam. Não importa para onde Harry ia. O legado dos Osborns o acompanhava.

— Aqui é o laboratório de ciências. — Explicou Gwen. —  O colégio fornece  equipamentos da mais alta qualidade para seus alunos. Alguns desses foram doações generosas da...

— Deixa eu adivinhar — Interrompeu Harry. — São doações da Oscorp? Típico do meu pai. Ele deve ter barganhado com o diretor para me aceitar aqui.

— Olha... — Disse Gwen. — Não foi bem isso que aconteceu. Eu meio que faço um estágio com um de seus cientistas-chefe, Curt Connors. Verão passado eu o convenci a fazer essa doação.

— Nossa, foi mal. Eu não quis ser idiota. — Desculpou-se. — É que eu sinto que preso a isso. Como você já deve saber eu fiz várias merdas e meu pai sempre dá um jeito de fazer elas me assombrarem.

— Eu entendo.

— Mas, fala ai — Harry muda de assunto. — Para trabalhar na Oscorp e convencer o Curt a doar equipamentos para cá, você deve ser muito esperta.

Gwen fez uma expressão de orgulho e seu rosto — Bom... eu não quero me gabar, mas... — Logo em seguida se gabou. — Eu sou a melhor aluna da turma, tiro sempre notas altas, sou a nova presidente do Club dos amantes da Ciência e já ganhei a feira de ciências em primeiro lugar sete vezes, quase todas as vezes que participei.

— Quase? — Indagou Harry.

— É que teve uma vez no quarto ano que eu fiquei em segundo lugar. Ocorreu um equívoco nas decisões dos juízes que decidiram premiar um outro trabalho escolar, um bem medíocre, feito por um aluno medíocre que se acha o maioral mesmo tendo cérebro de ervilha. — Disse Gwen com um tom de raiva e muita arrogância como se até hoje não se conformasse com os fatos. — Mas, quem se importa com o passado não é mesmo? — O sinal finalmente toca indicando o início da primeira aula. — Parece que sinal está tocando. Rápido, me acompanhe até a nossa turma.

Harry então acompanhou Gwen até sua sala. No meio do caminho ele viu vários jovens se apressando para pegar as coisas do armário antes de irem a aula. A primeira aula é de matemática com a Senhorita Eastman, conhecida por ser muito rigorosa com a presença dos alunos. Por sorte, Harry e Gwen foram os primeiros a chegar na sala. Logo em seguida veio mais alguns alunos e depois seguido por Flash Thompson e sua pequena grande turma que compunha além de Kenny e Randy que vimos mais cedo, outras duas garotas, Liz Allen e Sally Avril. Estes eram cinco dos alunos que representavam a “nobreza” do colégio Midtown. Eram sempre os mais cobiçados, os mais ricos, os mais talentosos, os mais atraentes, eram sempre os “mais alguma coisa”. Flash Thompson era o líder, o macho alfa. Talentoso no futebol, rico, atraente, adorado e respeitado por todos, como um “Balder”, do mundo dos homens. O apelido “Flash” era por ser o mais rápido durante os jogos. Kenny e Randy eram seus fiéis escudeiros já Sally e Liz eram suas tietes. No geral, eram todos bajuladores que existem apenas para aumentar o ego daquela criatura. Se ele fosse medido, seria do tamanho de um planeta.

— Hardy? Felícia Hardy? — Questionou Randy. — A Felícia Hardy? Filha do Walter e Lydia Hardy?

— Essa mesmo. — Confirmou Flash.

— É sério isso? — Duvidou Sally. — Essa garota é tão chique que faz a Kim Kardashian parecer humilde. Ouvi dizer que ele não usa a mesma roupa duas vezes na vida.

— Mas, Flash, como você conheceu uma garota como ela? — Questionou Liz.

— Meu pai tem feito negócios com eles. Por conta disso, nossas famílias têm se encontrado muito ultimamente. Ai, durante um churrasco, rolou em clima e... bem vocês conseguem imaginar.

— Cara, você tão sortudo. — Disse Kenny. — Faz tudo parecer tão fácil.

— Tudo é fácil quando se é alguém como eu, Kenny. Alguém único e grandioso. — Se gabou.

— Galera, mudando assunto... — Randy deu uma olhada discreta para as cadeiras da frente, onde Harry estava sentado desenhando algo na mesa com sua lapiseira enquanto ouvia música com seus fones de ouvido. — Sabem quem tá na nossa sala, sentado bem ali?

— Quem??! — Perguntaram todos ao mesmo tempo.

— Harry Osborn. — Respondeu.

— Harry Osborn?! — Disse Sally com expressão de chocada. — Ele é tipo um herdeiro bilionário. O que ele estaria fazendo em uma escola? Ainda mais uma como a nossa?

Liz bufou bem baixinho. — Amiga, você não acompanha as notícias, Sally? Ele foi preso alguns meses atrás.

— Pelo que? — Perguntou Sally novamente chocada.

— Ele dirigiu drogado. — Completou Randy. — Causou um baita acidente. Repercutiu em todos os jornais. Segundo meu pai, nem o noivado de Reed Richards com a Sue Storm repercutiu tanto na mídia.

— Sinto pena dele. — Disse Sally

— Eu também. — Concordou.

O nome “Osborn” ficou ecoando pela mente oca de Flash o que o fez ficar um tanto calado. O que não era comum. — Aí, que tal darmos boas-vindas ao novato? Acho que ele iria se dar bem com a gente...

Flash se levantou com sorriso confiante e foi até a frente da sala e se aproximou da cadeira de Harry onde se apresentou: Oi, eu sou Flash.

Harry tira seus fones de ouvido e direciona sua atenção ao jovem estranho que estava a sua frente.

— Ah oi, eu sou...

— Harry Osbron. — Interrompeu Flash. — Sei quem é você. Na verdade, acho que toda escola sabe quem é você.

— Não consigo imaginar o porquê né? — Ironizou.

— Escuta. Começar em uma escola nova escola é difícil para todo mundo. Hábitos novas, colegas novos, professores novos... Mas, não ter que ser tão difícil assim.

— O que você quer dizer com isso?

— Olha, Harry, você vacilou no passado. Tudo bem, você superou isso. Mas, as pessoas ainda te olham estranho, não é?

— Nem me fale. — Concordou Harry. Foi só o que recebi nesses minutos que estou aqui.

— E é por isso que estou aqui. Quero lhe oferecer uma oportunidade. Uma que poucos recebem nessa escola. Quero que fique com a gente.

— “A gente”? — Questionou o jovem Osborn.

— Eu, Kenny, Sally, Liz, os atletas, e as líderes de torcida... Se andar com a gente ninguém vai olhar pra você com aquele olhar de estranheza, muito pelo contrário, vão te admirar assim como todo o resto nós e ai então as coisas vão ficar bem mais fáceis eu garanto.

— Entendi. — Respondeu Harry com um tom irônico e um sorriso falso.

Então Flash completou — Pense nisso como forma de fazer amigos. Você não vai querer ficar amigo da pessoa errada, não é mesmo?

Mais uma vez Harry balançou a cabeça e fingiu concordar. — Tem toda razão.

— Bom... se você quiser é só se juntar a nós na nossa mesa na hora do almoço.

A senhorita Eastman chega em sua sala onde fecha a porta, anunciando a começo da aula. — Senhor Thompson, por favor sente-se em seu devido lugar.

Flash obedeceu e voltou à sua cadeira com seus colegas, enquanto vários outros estudantes da turma fizeram o mesmo. — Por favor, todos sentem-se em seus lugares. Vamos começar a chamada. Prestem a atenção, pois quem não responder vai levar falta. Senhorita Stacy. — chamou a professora pela sua aluna mais dedicada e confiável.

— Sim, Senhorita Eastman. — Respondeu a mesma.

— Por favor, faça a honras. — Ordenou a professora enquanto entregava o caderno de faltas.

Ao pegar uma caneta, a jovem loira intelectual, começou a chamar pelo nome de cada um de seus colegas estudantes.

— Cindy Moon

— Aqui. — Disse a mesma.

— Ok. Clayton Cole.

— Aqui. — Disse o mesmo.

— Ok, então. Debra Whitman.

A sala tinha um pouco mais de vinte alunos e quase todos estavam presentes naquela hora. Quase todos. Faltava um único aluno. Um que não estava ausente por alguma doença ou algo assim, e sim porque apenas estava muito atrasado. Onde ele estava? O que ele fazia? Bem, ele estava atrás de um prédio, vizinho à Midtown High e bem... ele estava trocando de roupa, tomando todo cuidado para não ser visto.

— Gloria Grant.

— Presente.

— Ok. Gwen Stacy...Presente. — Disse ao dar visto no próprio nome.

Enquanto isso, nosso aluno atrasado, ao terminar de se arrumar, salta da altura daquele prédio de 5 andares e cai de pé sem levar um arranhão. Logo, ele começa a correr a toda velocidade tentando chegar a aula antes de seu nome aparecer. Enquanto isso, chamada continuava.

— Harry Osborn. — De repente todos os alunos voltaram seus olhares para Harry provocando um silencio constrangedor de um segundo.

— Hum.. Presente. — Disse ele mesmo, mas com uma falta de jeito.

O jovem aluno atrasado agora corria pelos corredores feito um Forrest Gump tentando chegar na aula a tempo.

— Laurie Lynton.

— Presente! — Disse a mesma com um tom de animação desnecessário.

— Liz Allen.

— Aqui.

Fazendo a curva quase escorregando, ele chega ao corredor da sala e parte de direto para a porta.

— Peter Parker.

Naquele instante, ele abriu a porta e entrou com tanta velocidade e mal jeito, que acabou tropeçando nos próprios pés e deu belo beijo de boca no chão não tão limpo da sala de aula.

— Presente. — Respondeu grunhindo de dor.

— Ausente. — Ousou escrever a loira enquanto sorria maldosamente.

— Mas o que??! — Disse Peter inconformado. — Eu respondi a chamada. Por que me deu um ausente?

— Senhor Parker, as regras da escola são claras. — Explicou a professora. Os alunos têm que estar na aula antes do sinal tocar e não depois. Você chegou atrasado então levará falta nessa aula.

— Entendi professora.

— Espero que isso não se repita, Senhor Parker. Odiaria ter que descontar da sua nota. O senhor é jovem muito esforçado e brilhante. Agora por favor sente-se.

Peter sentou-se em sua cadeira, limpou seus óculos que sujaram com chão e depois fez uma careta feia para a jovem Stacy, que lhe respondeu, mostrando-lhe a língua. Logo em seguida, veio o Flash...

— Ai Parker Molenga. — Gritou Kenny. — Qual o gosto do chão ein?

Todos da sala começaram a gargalhar pelo deboche, menos é claro Peter que abaixou a cabeça para evitar a vergonha, mas ao fazer isso, revelou a etiqueta que estava para fora, indicando que sua camisa estava do avesso.

— Ai, Galera! — Gritou Flash, olhem ali, o Parker vestiu a camiseta do avesso. O cara não sabe nem se vestir.

Novamente todos riram só dessa vez ainda mais alto deixando o jovem Parker ainda mais envergonhado.

— Ordem! — Mandou a professora. — Não vou tolerar gracinhas de nenhum tipo na minha aula. Senhor Parker, por favor, vá ao banheiro e dê um jeito nessa camisa.

— Sim professora. — Concordou.

— E francamente, tenha mais atenção na hora de se vestir. Agora voltemos a chamada.

Naquela hora, passou um pensamento na mente do jovem Parker. Algo lhe dizia que dias com muito azar lhe aguardavam pela frente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Algumas informações para te ajudarem a entenderem a cronologia dos eventos desse universo.

Há 2 anos, Tony Stark anunciou ao mundo que é o Homem de Ferro em uma história de Origem idêntica ao Primeiro filme dele.

Há 1 ano, o Quarteto Fantástico surgiu com um origem semelhante a do Universo Ultimate. Reed e Sue anunciaram o seu noivado há 8 semanas.

Há 8 meses ocorreu o primeiro relato da presença do Demônio de Hell's Kitchen. Mas, apenas nas últimos 2 meses ele se tornou mais ativo devido a crescente rivalidade entre máfias.

Há 7 meses, o Doutor Stephen Strange sofreu um acidente de carro. Atualmente se encontra viajando pelo mundo procurando cura para suas mãos.

Há 6 meses os foi formada a iniciativa Vingadores. A razão de seu união é muito parecida com a do filme, mas com formação clássica das HQs (Hulk, Thor, Homem de Ferro, Homem Formiga e Vespa, Capitão América ainda está congelado em algum lugar.)

Há 5 meses, Hulk saiu dos Vingadores e está desaparecido. Bruce Banner foi declarado morto após seu incidente há 1 ano e meio que levou a criação do Hulk, que ainda está sendo caçado pelos militares.

Há 4 meses os mutantes e os X-men foram expostos para o mundo e com isso uma enorme ascensão do pensamento anti-mutante. Os EUA estão prestes a botar uma lei que obriga o registro de mutantes e aprovar o projeto Sentinela.

Há 3 meses, o Homem-Aranha foi visto pela primeira vez e desde então tem sido visto com mais frequências. Sua origem é semelhante com a do Universo Ultimate, mas ainda não enfrentou nenhum Duende.

Há 1 Mês, Danny Randy foi encontrado vivo próximo ao Tibete. Sua origem é mesma das HQs porém ele é mais jovem.

Há 2 semanas, Luke Cage lançou seu comercial promovendo sua atividade como Herói de Aluguel. Sua história de origem é a mesma das HQs, mas ele também é mais jovem (por volta de uns 19 anos).

Semana passada, Frank Castle perdeu sua família e se encontra hospitalizado e inconsciente. .



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