James Potter e Lílian Evans – Aprendendo a Amar escrita por Emma Salvatore


Capítulo 25
Epílogo parte I - Sirius Black


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente!!! Agora, vou começar a postar o epílogo, que será dividido em 7 partes: Sirius Black, Remus Lupin, Pedro Pettigrew, Severo Snape, Alice e Frank Longbottom, Petúnia Dursley e Harry Potter. Alguns capítulos talvez fiquem maiores a depender da necessidade do personagem contar sua parte em relação ao desfecho do casal Potter. Espero q gostem!!!



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Sirius derrapou sem nenhum cuidado em frente à casa dos Potter em Godric's Hollow. Tirou o capacete desajeitadamente.

— Não, não, não. – murmurou, empalidecendo ao ver o estado da casa à sua frente; estava completamente destruída.

Ele correu para dentro, quase tropeçando em algo.

— NÃO! – gritou, quando percebeu que esse algo era, na verdade, alguém.

O corpo sem vida de James Potter estava tombado na entrada, impedindo a passagem.

— JAMES! – Sirius berrou, jogando-se no corpo do amigo. – NÃO!

Sirius tremia e sacudia o corpo de James como se, assim, pudesse fazê-lo despertar de um sono profundo. Contudo, James não estava mergulhado num sono profundo... James estava... E o motivo de tudo aquilo... A causa dessa infelicidade ia além, muito além, de Lorde Voldemort.

— Me... Me perdoe – Sirius murmurou baixinho no ouvido do amigo. – Me... Me p-perd-ooe. Prometo... farei... f-farei o c-certo...

Com bastante esforço, Sirius saiu de cima de James e subiu a escada. Precisava achar o corpo de Lílian também.

Ou será que...

James não poderia ter morrido em vão. Deveria ter tentado protegê-la. Deveria ter morrido protegendo a família. Lílian poderia estar...

Tão logo Sirius alcançou o patamar de cima, as esperanças se esvaíram. Ele arfou e se segurou no batente da porta para não cair. O corpo de Lílian jazia bem ao lado do berço de Harry. Os olhos dela, assim como os do marido, estavam bem abertos, opacos, sem vida.

— Lílian – Sirius murmurou, caindo ao seu lado.

Tocou-lhe o rosto com as mãos trêmulas, procurando alguma reação; Lílian estava tão fria quanto James.

— Não... Não...

As lágrimas finalmente desceram pelo rosto de Sirius.

Seu melhor amigo estava morto. Seu irmão, sua família... Sirius perdera absolutamente tudo que mais lhe importava em uma noite. Enterrou seu rosto nas mãos, permitindo-se sentir a dor da perda. E a dor da culpa. Os Potter estavam mortos. Lorde Voldemort os matara. Mas não o fizera sem ajuda. E Sirius sabia exatamente quem o ajudara. E quem permitira essa ajuda...

Sirius sobressaltou-se quando uma mão tocou-lhe o ombro e obrigou-o a levantar. Já estava com a mão na varinha quando percebeu que o estranho era Hagrid.

— Hagrid! Que é que você faz aqui?! – logo em seguida, reparou o embrulho nos braços de Hagrid. Os olhos verdes bem vivos de Lílian o encaravam... – Harry? Ele... Como?

Sirius aproximou-se e Hagrid deu-lhe um abraço de quebrar as costelas numa clara tentativa de consolo.

— Sinto... Sinto m-mui-to – ele dizia, enquanto afagava as costas de Sirius. Tremia tanto quanto o bruxo e as lágrimas se embrenhavam na sua grande barba.

Sirius chorou nos braços de Hagrid, não se importando, pela primeira vez, com o aperto que o homem lhe dera.

— Que... Que vou... Que v-vou f-fazer, Hagrid? – ele perguntou, enquanto soluçava. – Minha v-vida... Tudo que eu mais... A-acabou...

Hagrid separou-se de Sirius e o encarou com intensidade sob as lágrimas.

— Você vai sobreviver a isso, Sirius – ele falou com uma firmeza que não sabia ser possível. – Você vai sobreviver. Harry vai precisar de você...

Sirius olhou imediatamente para o embrulho nos braços de Hagrid. Ele apressou-se para pegá-lo, mas Hagrid o afastou.

— Não. Dumbledore ordenou que eu o levasse para a casa dos tios trouxas.

— Dos tios?! – Sirius repetiu, estarrecido. – Ora, Hagrid, eles odiavam Lílian! Nem sequer tiveram mais contato com os Potter depois do anúncio de Lílian. A irmã dela ficou louca, pelo que eu soube. Não teve nem a decência de responder à carta que Lílian lhe enviou quando Harry nascera. Me dê o Harry aqui, Hagrid, eu cuidarei dele.

Hagrid afastou-o novamente.

Não. Dumbledore ordenou que eu o levasse para a casa dos tios – repetiu com severidade.

— Ora, Dumbledore não deve ter falado sério! – Sirius exasperou-se; não podia perder Harry também. Deixá-lo à mercê dos tios trouxas seria descumprir a promessa feita a James e Lílian. Não podia suportar traí-los assim... – Eu sou o padrinho dele, Hagrid. Sou eu quem deve cuidar dele. James e Lílian queriam isso.

— Desculpe, Sirius – Hagrid pediu com sinceridade. – Mas não posso descumprir as ordens de Dumbledore.

— HAGRID! – Sirius gritou com frustação, andando pelos destroços da casa com aflição, sentindo os últimos vestígios do Feitiço Fidelius se esvair... Feitiço Fidelius.

Sirius parou de chofre. Pettigrew, o traidor, o culpado pela morte de seus melhores amigos, estava solto, estava livre... Ele não podia escapar... Apenas Sirius sabia da verdade, apenas Sirius poderia vingar os Potter... Deixar Hagrid levar Harry era o mais certo a se fazer no momento. Quando tivesse acabado de fazer o que precisava ser feito, procuraria Dumbledore e resolveria o problema da tutela de Harry. O acerto de contas não demoraria muito...

— Tudo bem – o bruxo virou-se para Hagrid, inesperadamente. – Leve-o. Pode usar a minha moto. Preciso resolver algumas coisas. Irei procurar Dumbledore logo depois que estiver feito...

Hagrid olhou para Sirius com desconfiança. O meio-gigante percebera o brilho que se apoderou dos olhos de Sirius... era algo diferente do que jamais habitara nos olhos do homem.

— Você tem...

— Leve-o, Hagrid – ele repetiu. – Leve-o na minha moto. Será melhor. Irei procurar Dumbledore mais tarde.

Sirius aproximou-se de Harry e depositou um beijo suave em sua testa.

— Nos veremos em breve, Harry – prometeu. – Cuide dele, Hagrid.

Hagrid assentiu e Sirius deixou imediatamente a casa; a varinha já em punho.

*

— PEDRO! – Sirius berrou assim que o encurralou em uma pequena viela trouxa. – SEU RATO IMUNDO! COMO VOCÊ PÔDE?!

— S-Si-rius – Pettigrew gaguejou, colocando as mãos trêmulas para trás.

Sirius empunhou a varinha para ele, a raiva evidente em cada traço de seu rosto jovem. Sirius nunca sentira tanta raiva como agora... Como pudera ter se enganado... Como pudera acreditar que aquele rato era seu amigo...

— VOCÊ...

— JAMES E LÍLIAN, SIRIUS?! – Pettigrew berrou mais alto, atraindo atenção dos trouxas que passavam pela viela. – COMO PÔDE?!

O rosto de Sirius assumiu uma coloração branca e se contorceu diante da mentira deslavada.

— COMO VOCÊ OUSA?! – berrou em resposta, lívido de raiva.

Já estava se preparando para murmurar um feitiço e acabar com a vida miserável do homem à sua frente. Contudo, Sirius fora surpreendido por um grande clarão e a rua inteira explodiu. Ele percebeu quando Pettigrew desapareceu pelo bueiro na forma de rato...

Ele riu, uma risada sem vida, sem alegria. Pedro fugira com seus iguais, com os ratos. Conseguira se safar mais uma vez, exatamente como um roedor imundo fazia quando era apanhado...

Sirius não teve tempo de pensar em procurá-lo em outras partes da cidade. Vários feitiços o atingiram ao mesmo tempo e ele tombou, inconsciente.

Quando acordou, percebeu onde estava... O que acontecera...

Com um grito de fúria, ele pensou em Pedro e jurou que iria se vingar. Os dementadores deslizaram rapidamente até a sua cela e ele reviu os corpos mortos de James e Lílian... reviu o dia em que sugerira a eles a utilização de Pedro como Fiel do Segredo... quando desconfiou de Remus...

Sirius deu um novo grito, mas agora era de lamento, de dor, de culpa... Sentiu os dementadores aproveitarem desse banquete de sofrimento e não ofereceu nenhuma resistência.

Enterrou o rosto nas mãos enquanto pensava em como falhara com James e Lílian.


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Notas finais do capítulo

E aí??? O que estão achando???



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