James Potter e Lílian Evans – Aprendendo a Amar escrita por Emma Salvatore


Capítulo 17
N.I.E.Ms


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!! Voltei!!! Aqui está mais um capítulo pra vcs!!!



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Dois meses se passaram desde que Lílian e James enfrentaram Voldemort. Com a reta final se aproximando, os colegas pareceram se esquecer do evento e deixaram os garotos em paz, o que Lílian, definitivamente, adorou.

Mas ela andava acima do estresse normal. O final do ano letivo estava chegando, assim como os N.I.E.Ms, deixando Lílian uma pilha de nervos.

Ela tinha melhorado consideravelmente em Transfiguração e sempre fora exemplar nas demais matérias e, apesar de James lembrar a ela isso várias vezes, a garota simplesmente não conseguia relaxar.

James e Sirius, em contrapartida, estavam mais preocupados com a grande final de Quadribol, que também estava chegando. Seria o clássico: Grifinória X Sonserina. E eles não podiam se dar ao luxo de perder. Não depois do último jogo em que a Sonserina ganhou de 350 a 100.

— Não, James! Não vou assistir ao seu treino! – Lílian negou mais uma vez, sem nem sequer olhar para o namorado. – Se você não percebeu, tenho muito que estudar.

A garota apontou para a grande pilha de livros que jazia ao seu lado na poltrona do Salão Comunal.

— Ah, minha Ruivinha! Você já sabe de tudo! – James exclamou. – Você nem precisa estudar.

Lílian olhou para o Maroto com os olhos brilhando de raiva.

— Só porque você não estuda, não significa que eu vá fazer o mesmo! Os N.I.E.Ms, James, são muito mais importantes do que qualquer jogo idiota de Quadribol!

Jogo idiota?! – Sirius se intrometeu. – Ora, Lily, você não está pensando direito! Grifinória X Sonserina! Isso é tudo, menos um jogo idiota.

— Claro, Sirius. Será ele que definirá sua profissão – Lílian alfinetou.

Sirius deu de ombros, sem se importar.

— Vamos, Ruivinha! Um dia sem estudar não vai te atrapalhar – James tentou novamente.

Lílian suspirou e olhou para o namorado.

— James, eu já te prometi que iria assistir ao jogo. Mas não vou deixar de estudar para assistir aos treinos.

James suspirou, derrotado.

— Desiste, Pontas. A Ruivinha não vai – Sirius falou, dando um tapa amigável no ombro do amigo.

— Te vejo no jantar, então? – James perguntou.

— Se conseguir terminar – Lílian respondeu, apontando novamente sua pilha de livros.

James deu um beijo na bochecha da garota e saiu com Sirius.

Lílian suspirou e voltou-se a concentrar-se em seus estudos. Ela pretendia terminar Transfiguração rapidamente e continuar Poções. Porém, não tinha passado nem dez minutos e ela voltou a ser interrompida.

— Lily! Você precisa me ajudar! – Alice pediu com urgência, correndo até a amiga.

— Claro! Em que matéria? Nós podemos...

— Não tem nada a ver com Hogwarts! – Alice interrompeu-a, agitada. – Não consigo decidir o meu vestido de casamento! Escute, a mãe de Frank acha que eu deveria pedir aos...

—ALICE! – Lílian gritou, chocada. – Eu não acredito que você está mais preocupada com o seu casamento, que vai acontecer daqui a dois meses, do que com os N.I.E.Ms, que vão acontecer daqui a duas semanas! É inacreditável!

— Mas é claro que meu casamento me preocupa mais, Lily! – Alice rebateu, incrédula. – Já estudamos tudo que tínhamos que estudar. Sei que vou me dar bem. Agora, o meu casamento...

— Alice, você pode, por favor, pedir essa ajuda a Marlene? – Lílian perguntou, com cansaço. – Eu realmente preciso estudar. Não tenho essa sua confiança.

Alice mirou a amiga com atenção.

— Cuidado, Lílian. Você acabar morrendo de exaustão. E vai ser sem necessidade – dito isso, a noiva de Frank saiu, deixando a amiga presa em pensamentos.

*

— Lílian! – James surpreendeu-se ao ver a namorada chegar tão cedo ao Salão Principal no café da manhã no dia do grande jogo. – Achei que só iria te ver mais tarde.

A garota deu um selinho no namorado e sentou-se ao lado dele

— Já chega de estudar! – ela decretou, com visível cansaço. – Estou pirando, James. E não quero fazer o N.I.E.Ms com a cabeça assim.

O Maroto deu-lhe um sorriso.

— Isso aí! Você sabe que vai arrasar quando os fizer daqui a uma semana!

Lílian sorriu para ele.

— Estou realmente ficando mal acostumada com toda essa confiança – ela disse, com um sorriso sincero.

— Não estou falando nenhuma mentira, estou? – James rebateu, erguendo uma sobrancelha.

Lílian revirou os olhos e apanhou um bom bocado de ovos com bacon à sua frente.

Sirius e Marlene não demoraram a chegar, assim como Alice, Frank, Remus e Pettigrew.

— Lílian! – Sirius espantou-se. – Finalmente largou os livros?

— Cala a boca, Almofadinhas! – a garota disse, sem olhar para o amigo.

Os olhos de Sirius se arregalaram.

— Ei! Desde quando você pode me chamar de “Almofadinhas”?

— Ah, Sirius! – Marlene exclamou, sentando-se ao lado de Lílian, esforçando-se para não rir. – Chateado com isso?

— Lílian vai ser minha esposa algum dia – James falou, abraçando a namorada. – Portanto, tem todo direito de compartilhar nossos apelidos.

— Esposa, é? – Lílian ergueu uma sobrancelha. – Não sabia.

James sorriu para ela.

— Só espere, minha querida Ruivinha – ele sussurrou, encostando sua testa na dela.

— Todo mundo está olhando, Pontas! Controle-se! – Sirius reclamou, de cara fechada, sentando-se ao lado do amigo. – Afinal, você ainda precisa se concentrar para o grande jogo.

— Ah, é! É claro – James desvencilhou-se de Lílian e voltou-se para seu prato cheio de torradas.

— Para que ele precisa de concentração? – Lílian perguntou, numa leve imitação de James quando dizia que ela deveria parar de estudar. – Vocês sabem muito bem que esse jogo já é de vocês.

*

Depois da vitória no último jogo do semestre, a Grifinória passou a semana inteira em festa. McGonagall tivera que visitar o Salão Comunal todas as noites para garantir que os alunos fossem para cama no horário. Principalmente, dois veteranos em particular: James Potter e Sirius Black.

Os Marotos eram os líderes da animação. Com o uso secreto – até mesmo para Lílian e Marlene – do Mapa do Maroto, os garotos surrupiavam cerveja amanteigada e uma boa quantidade de doces da cozinha, alimentando a algazarra da Grifinória.

Não bastando, Sirius e James não conseguiam se conter nas provocações aos colegas da Sonserina. Lílian ralhou com eles uma vez, mas sob a justificativa de James de que essa seria a última oportunidade, a garota cedeu.

Snape nunca borbulhara de tanta raiva. Além de aguentar as costumeiras provocações de seus inimigos, tinha que aguentar também o aval que Lílian dera para isso. Ele não conseguia entender como o Potter tinha mudado tanto a garota. E ele começava a achar que nunca entenderia.

As comemorações cessaram quando os N.I.E.Ms e os N.O.Ms bateram na porta. Até mesmo James e Sirius passaram a se preocupar e começaram a acompanhar Lílian e Marlene nas muitas revisões que as garotas faziam.

Remus preferia estudar sozinho em seu canto, o que não passava despercebido por Sirius. O jovem Black se perguntava por que ele estava se isolando.

Pettigrew, entretanto, estava à beira de um colapso nervoso. Não tinha um só dia que ele não chorava por causa dos exames. Na cabeça do garoto, ele já estava reprovado e condenado a permanecer em Hogwarts para sempre enquanto seus amigos saíam, felizes e realizados.

— Acalme-se, Rabicho! – Sirius ralhou com ele pela milésima vez durante a semana. – Nós já te garantimos que você não vai reprovar!

— Você não tem como garantir isso, Sirius – Pettigrew argumentou, roendo as unhas. – Não é você que vai corrigir as provas.

— Não importa, Rabicho. Eu sei que você não vai reprovar – o Maroto afirmou com convicção.

— Mas você não tem como...

— Rabicho, você vai passar! – James exclamou, irritado. – Agora, cala a boca e me deixe estudar.

Envergonhado, Pettigrew voltou-se para os seus cadernos, contorcendo as mãos violentamente.

Lílian tirou os olhos do livro por um instante e se aproximou do garoto. Com delicadeza, tocou seu ombro. O menino espantou-se.

— Não fique tão nervoso, Pedro – a menina aconselhou docemente. – Sabemos que você vai passar porque sabemos que, apesar de você não achar isso, você está se dedicando. Confiamos em você. Eu confio em você.

Os olhos de Pettigrew marejaram e ele imediatamente olhou para baixo.

— Obrigado, Lílian – agradeceu baixinho.

Lílian sorriu.

— Disponha. Afinal, é para isso que serve os amigos. Um apoia o outro.

Pettigrew se contorceu.

— É, deve ser – murmurou sem coragem de olhar para Lílian.

Sorrindo, a menina voltou ao seu lugar e continuou a focar no que estava fazendo. James ofereceu a mão a ela, que prontamente aceitou.

Marlene estava com a cabeça apoiada no ombro de Sirius, que passava os braços delicadamente em suas costas.

Pettigrew contemplou a cena por um breve momento. Estava muito claro que, apesar dos esforços, ele não pertencia a esse grupo.

Engolindo em seco, o menino tocou seu braço esquerdo.

Pedro Pettigrew pertencia a outro grupo.


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Notas finais do capítulo

E aí??? O que acharam???
Comentem!!!