James Potter e Lílian Evans – Aprendendo a Amar escrita por Emma Salvatore


Capítulo 16
Repercussão


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!! Desculpem a demora, mas aqui está mais um cap!!!



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— Que assuntos vocês têm a tratar com Dumbledore? – McGonagall perguntou, encarando seriamente James e Lílian.

— Fomos atacados, professora – Lílian contou. – Por Voldemort.

Minerva abriu a boca em completo choque.

— Como... Como disse?

— Isso mesmo – James confirmou. – Voldemort e Bellatrix Lestrange foram até o bairro com intenção de assustarem os trouxas. Mas nós estávamos lá e Bellatrix pareceu achar mais engraçado torturar Lílian e foi isso que ela fez.

— James me salvou – Lílian respondeu antes que Minerva tivesse chance de abrir a boca. – Ele estava amarrado graças a um feitiço de Bellatrix, mas conseguiu convocar a varinha e me salvou.

— Você... Convocou sua varinha? – Minerva perguntou, olhando fixamente para James. Orgulho e surpresa estampados em sua face.

O garoto apenas assentiu.

— Lílian estava em perigo. Precisava salvá-la.

— Céus, Potter! Você sabe o que fez? Muitos bruxos adultos não conseguem fazer! – McGonagall exclamou, absolutamente admirada.

— Não foi nada de mais, professora. Não sei se conseguiria fazer de novo – James falou com sinceridade.

— Se eu estivesse em perigo... – Lílian olhou para James com carinho.

O Maroto suspirou e virou-se para McGonagall.

— Agora a senhora entende por que precisamos falar com Dumbledore?

— Perfeitamente. Sigam-me.

James e Lílian obedeceram à professora.

Os dois seguiram-na silenciosamente, as mãos entrelaçadas e pensamentos longe.

— Chegamos – Minerva anunciou. – Tortas de abóbora.

A gárgula de pedra se abriu, dando passagem aos garotos.

James e Lílian seguiram a professora, ainda em silêncio. Subiram a escada em espiral e, displicentemente, McGonagall abriu a porta do escritório de Dumbledore.

— Ah, minha cara Minerva! – Dumbledore cumprimentou assim que a viu. Os jovens apareceram logo atrás dela. – Vejo que não veio sozinha. Como vão, Sr. Potter e Srta. Evans?

— Dumbledore, esses alunos têm algo muito importante para te contar – McGonagall comunicou, séria.

— Imagino que tenham – Dumbledore concordou, calmamente. – Então, o que houve?

— Esses meninos foram...

— Minerva – o diretor interrompeu-a. – Não quero ser rude, mas quero ouvir deles. E seria bom se nos deixássemos a sós.

Minerva assentiu e saiu da sala um pouco contrariada.

— Sentem-se – Dumbledore convidou, apontando as duas cadeiras à frente de sua mesa. James e Lílian imediatamente obedeceram. – Então? Estou escutando.

— Voldemort e Bellatrix Lestrange apareceram no meu bairro, professor – Lílian começou.

Dumbledore fixou seus olhos azuis nos olhos verdes da garota.

— Conte-me mais – pediu, extremamente calmo e interessado.

— Estava caminhando com a minha irmã e os dementadores apareceram – Lílian continuou. – Mandei-a ir embora e conjurei um Patrono.

— Ah, sim. O professor Elfort me contou que vocês dois foram os únicos da turma a produzirem um Patrono corpóreo – Dumbledore comentou, sorrindo discretamente. – Meus parabéns.

— Obrigada – Lílian agradeceu um pouco corada. Ela pigarreou e continuou: – Mas não adiantou muito. Mais dementadores se aproximavam. E então...

— Eu apareci – James completou. – Conjurei o Patrono para ajudá-la e corri ao encontro dela. Foi mais ou menos nesse momento que Voldemort e Bellatrix apareceram.

— Imagino que essa aparição tenha aterrorizado vocês – Dumbledore disse, avaliando-os.

— Não. Por incrível que pareça, não ficamos nem um pouco aterrorizados – James respondeu com sinceridade.

— Verdade? – Dumbledore perguntou e seus olhos azuis brilhavam por trás dos óculos.

— Sim – Lílian respondeu, sentindo-se incomodada com o olhar penetrante do diretor.

— Impressionante. Continuem.

— Voldemort nos contou o que pretendia fazer e disse que tinha ficado impressionado conosco – James revelou.

— Quando eu me apresentei, Bellatrix pareceu ter ideia de se divertir às minhas custas – Lílian estremeceu ao lembrar de que tipo de diversão ela fora submetida.

— A Maldição Cruciatus? – Dumbledore perguntou baixinho.

Lílian e James assentiram.

— Bellatrix me incapacitou e torturou Lílian – o garoto contou, olhando para baixo.

— E quem os salvou? Sirius Black? – o diretor perguntou, olhando para os dois intensamente.

— Não. Foi James – Lílian respondeu, olhando para o namorado com carinho. – Ele conseguiu convocar sua varinha e incapacitou Bellatrix, me salvando.

Dumbledore arregalou os olhos para o garoto. Um brilho de surpresa perpassou os olhos azuis do diretor.

— Eu só fiz isso porque Lílian estava em perigo – James justificou-se rapidamente, não dando chance do senhor falar nada. – Precisava salvá-la, professor. Estava determinado. Então me concentrei e convoquei minha varinha. Não sei exatamente se conseguiria fazer isso de novo.

— É claro – Dumbledore murmurou, sem desgrudar os olhos do Maroto. – Continuem, por favor.

— James me salvou e Voldemort olhou impressionado para ele – Lílian continuou.

— Para nós— James corrigiu. – Você não estava fisicamente bem, mas mesmo assim se levantou e o enfrentou.

— Muito impressionante – Dumbledore murmurou bem baixinho.

— Ele queria que nós nos aliássemos a ele, professor – James revelou calmamente, encarando os olhos azuis penetrantes de Dumbledore. – Ainda quer.

O diretor observou os dois com bastante atenção por alguns minutos. Sob os olhos do diretor, Lílian sentiu que estava sendo despida, sentiu que ele estava avaliando toda a sua vida.

— Não me surpreende – Dumbledore, por fim, falou. – Voldemort está sempre à procura de aliados fortes, o que vocês, certamente serão.

— Não! – James contestou. – Jamais nos aliaríamos a ele!

Dumbledore sorriu para o garoto.

— Sei que não. Mas isso não os torna menos valiosos, pelo contrário, só mostra o quanto de coragem e determinação vocês dois têm. Não importa em qual lado, serão aliados valiosos.

— Estamos do seu lado, diretor – Lílian garantiu.

Dumbledore sorriu mais uma vez.

— E aprecio muito isso. Vocês não têm ideia de como a quantidade de Comensais da Morte vem aumentando nos últimos anos. É bom ver que o nosso lado também está ganhando forças.

— Vamos lutar até a morte se for preciso – James assegurou, segurando a mão de Lílian com confiança.

— Sei que vão – Dumbledore concordou. – Eu tenho observado vocês. Digo, os alunos do sétimo ano em geral. Mas o grupo de vocês me chamou particularmente atenção.

— Por quê? – Lílian perguntou.

— Consigo ver quão fortes vocês são. Vocês são determinados. Consigo perceber que não aceitam as injustiças. Vejo que lutariam até a morte pelo que acreditam. São exatamente pessoas assim que venho procurando.

— Para quê, professor? – James ousou perguntar.

— Vocês saberão. Muito em breve – Dumbledore garantiu com um sorriso triunfante. – Talvez mais cedo do que imaginam.

*

Durante a semana que se passou, James e Lílian atraíam olhares para todos os lugares em que iam. De algum modo, a notícia de que o casal tinha enfrentado Lord Voldemort se espalhou pela escola e os colegas os olhavam com admiração.

Os membros da Sonserina não conseguiam acreditar que os dois tinham escapados vivos. Não conseguiam acreditar que Voldemort deixara Lílian escapar com vida. Apesar de surpreso, Snape estava aliviado. Lílian dera sorte, ele supunha. E se alegrara com isso.

Os professores o tratavam com mais respeito do que o normal. Os garotos tinham acabado de completar 18 anos e já foram capazes de enfrentar o Lorde das Trevas e sair com vida. O fato de James ter sido capaz de convocar sua varinha também não passara despercebido.

Sirius estava ansioso para a próxima aula de Defesa Contras as Artes das Trevas. Qual seria a desculpa do professor agora? James e Lílian provaram que a idade não mede nada.

A aula finalmente veio na sexta-feira à tarde. Junto a Sirius, Marlene, Remus, Alice, Pettigrew e Frank, o casal entrou na sala, atraindo os olhares de todos os presentes.

— Como? – Lílian ouviu uma garota de Corvinal sussurrar para a amiga.

Ela suspirou e encostou o ombro em James. Não era novidade essas reações. Mas era, com certeza, cansativo.

— Boa tarde, turma! – Elfort saudou ao entrar.

Seus olhos pararam imediatamente em James e Lílian. Ele abriu a boca para falar algo, mas tornou a fechar. Ele se posicionou em frente à turma sem tirar os olhos do casal.

Sirius percebeu que o professor lutava contra a vontade de fazer um comentário. Com um sorriso debochado, o Maroto comentou:

— Então, somos muito novos para enfrentar Lord Voldemort, não?

Elfort olhou imediatamente para Sirius e replicou:

— Sim. Vocês são. Potter e Evans evidentemente tiveram sorte.

Sirius bufou.

— Eles enfrentaram Lord Voldemort e saíram vivos! Não sei se isso se adequa à sorte— o menino rebateu com raiva.

— Sim, Sr. Black. Foi sorte. – Elfort afirmou, categórico. Logo em seguida, virou-se para James e Lílian – Foi insanidade o que fizeram. Podiam ter sido mortos.

— O que o senhor esperaria que nós fizéssemos? – James perguntou, chocado. – Não procuramos Voldemort. Ele nos encontrou.

— Deveriam ter fugido. Era a atitude mais inteligente, sem dúvidas – Elfort sugeriu como se fosse óbvio.

— Fugir? – Lílian repetiu, incrédula. – Desculpe, professor, mas se o senhor não tem coragem suficiente para...

— Não se trata de coragem, Evans! – Elfort exclamou, lívido. – Trata-se de sobrevivência! Vocês poderiam ter morrido!

— Mas não morremos, morremos? – James desafiou.

Sorte, Potter! Vocês tiveram sorte – Elfort afirmou.

— Sabe o que eu acho, professor? Acho que o senhor desconta suas frustrações na gente – Sirius sugeriu, encarando Elfort com atenção.

— Ora, Black! Faça-me o favor! Vamos voltar para a aula, certo? Onde paramos? Ah, sim! Patronos! Afastem as cadeiras, vamos continuar!

*

— Lílian! – Snape chamou, quando Lílian e James caminhavam para a Torre da Grifinória à noite.

— O que você quer, Ranhoso? – James perguntou, segurando com mais força a mão de Lílian.

Snape ignorou-o e voltou a sua pergunta à garota:

— Como aconteceu? Você está bem?

— Se você se refere ao fato de termos sido atacados por Voldemort e Bellatrix, sim, estamos ótimos – Lílian respondeu, devolvendo o aperto de James.

— Como se você se importasse, não é, Ranhoso? – O Maroto provocou.

— Tem razão. Com você, eu não me importo – Snape devolveu.

— E nem comigo – Lílian constatou. – Com certeza, a sua única preocupação é como uma sangue-ruim como eu conseguiu sobreviver ao ataque do Lorde das Trevas.

— Não! Claro que não, Lílian! – Snape negou veementemente. – Me importo com você. Demais! Você não tem ideia.

— Se você se importasse, não se uniria aos Comensais da Morte – a garota afirmou.

— Você não sabe como eles são realmente...

— Sei! Sei sim! – Lílian cortou-o, com indignação. – Já os conheci! Avery me torturou! Será que você se esqueceu, Snape? Bellatrix também. Acho que tenho uma boa imagem de como são os seus queridos Comensais da Morte.

Snape engoliu em seco. Ele estava sem argumentos.

— Vamos, Lily. Não precisamos perder tempo com mais um caso perdido – James falou e os dois se afastaram do menino.

Snape observou-os partir. As mãos estavam entrelaçadas, como era costume agora.

Toda vez que os via, seu coração se partia. Porque toda vez, Snape fazia sempre a mesma constatação.

Sua Lílian se fora.

 


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Notas finais do capítulo

E aí???
Comentem!!!
Ps: ficarei sem postar pelas próximas duas semanas, mas voltarei logo depois!!! Beijooossss