James Potter e Lílian Evans – Aprendendo a Amar escrita por Emma Salvatore
Notas iniciais do capítulo
Oiii, gente!!!
Como prometido, mais um capítulo pra vcs!!!
— Lily! James! Temos novidades! – Marlene anunciou assim que entrou no Salão Comunal à noite.
— Nós também! – James exclamou com o mesmo entusiasmo.
— Certo! Vamos contar primeiro! – Marlene fez uma pausa dramática e enfim revelou: – Estamos namorando!
— Não acredito! – James gritou, rindo. – Sirius Black namorando?
Sirius deu de ombros.
— Parece que encontrei a garota perfeita – falou, abraçando Marlene por trás. – E vocês? Quais são as novidades?
James e Lílian se entreolharam com sorrisos. Eles entrelaçaram as mãos e contaram em uníssono:
— Nós também estamos namorando!
— FINALMENTE! – Sirius e Marlene gritaram, bastante animados.
Lílian e James riram.
— É isso mesmo que eu ouvi? – Remus perguntou, chegando ao Salão Comunal ao lado de Pedro. – James e Lílian estão namorando?
— Sim – Lílian confirmou sem tirar o sorriso do rosto.
— Pontas! – Remus virou-se para James. – Que poção de amor você deu para ela?
— Nenhuma, meu caro Aluado – James respondeu com divertimento. – Ela finalmente percebeu que eu sou extraordinariamente encantador para ser deixado de lado.
Lílian deu um leve tapa nele.
— Não acredito – Remus sussurrou, olhando de um para o outro. – Realmente não acredito.
— Então, prepare-se para não acreditar no que Almofadinhas tem para te contar – James falou.
— Não me diga que você também está namorando? – Remus perguntou com sarcasmo.
Sirius apenas assentiu, rindo.
— Ah, meu Deus! O mundo está perdido! – Remus exclamou, absolutamente alarmado.
— Significa então que você e Pedro também precisam arranjar namoradas – Sirius provocou.
— Eu... Eu não quero, Almofadinhas – Pettigrew sussurrou, envergonhado.
— E nem eu – Remus afirmou. – Não preciso de namorada, Sirius. Estou muito bem solteiro.
— Acho que Dorcas Meadowes e Emmeline Vance estão disponíveis – Lílian comentou, ignorando as falas de Remus e Pettigrew.
— Perfeito! – James exclamou. – Vamos armá-las com eles.
— Não conheço nenhuma das duas direito! – Remus protestou. – Se eu fosse namorar, seria com a garota que eu amasse.
— Vocês podiam pelo menos se conhecer – Marlene sugeriu. – Ou você espera se apaixonar à primeira vista?
— Espero nunca me apaixonar – o garoto confessou.
— Remus! – Lílian chocou-se. – O amor é uma das coisas mais belas do mundo. Como você pode falar algo assim?
— Se você estivesse no meu lugar, Lílian, você diria a mesma coisa – Remus garantiu com tristeza. – Acredite em mim, nenhuma garota vai me querer. E eu não poderia colocar qualquer garota em tamanho perigo.
— Perigo? – Marlene perguntou, confusa. – Do que você está falando?
— Você ainda não contou para ela, Almofadinhas? – Remus perguntou, sem nem mesmo olhar para Sirius.
— É algo seu— Sirius respondeu como se fosse óbvio. – Cabe a você contar.
— Me contar o quê? – Marlene perguntou, ficando um pouco irritada.
Remus olhou para ela e revelou com extrema tristeza:
— Sou um lobisomem, Lene.
Marlene chocou-se com a revelação e involuntariamente deu um passo para trás.
Remus soltou uma risada sem alegria.
— É justamente por causa disso que estou falando – o menino sussurrou. – Não se preocupe. Só sou perigoso na lua cheia.
— Não... Eu... Eu não estava com medo – Marlene tentou se justificar, aproximando-se do garoto cautelosamente. – Só surpresa. Você... Como?
— Fenrir Greyback me mordeu quando eu tinha cinco anos em represália a uma ofensa feita por meu pai – Remus explicou. – Desde então, me tornei seu semelhante. Meus pais tentaram de tudo, mas não há cura para a licantropia. Então, eu e meus pais nos convencemos que não teria como frequentar Hogwarts, até que Dumbledore se condoeu e apresentou uma solução: ele construiu um túnel e plantou o Salgueiro Lutador na entrada.
— O QUÊ?
— Então, toda vez por mês, Madame Pomfrey me leva pelo túnel e me deixa na Casa dos Gritos para que eu possa me transformar sozinho – Remus continuou. – Eu tentei esconder isso de James, Sirius e Pedro, mas não tive sucesso. Eles descobriram no final do 1º ano e, ao invés de me abandonar, eles se dedicaram à busca para se tornar animagos.
— Espera aí! – Marlene pediu, mais do que surpresa. – Vocês... Vocês são animagos?
Os três Marotos apenas assentiram.
— Ilegais, então seria bom se você não contasse a ninguém – Sirius pediu.
— Em que vocês se transformam? – Marlene perguntou.
— Assumo a forma de um cervo – James respondeu. – Sirius é um cachorro e Pedro é um rato.
— Meu... Meu Deus – Marlene murmurou, ainda chocada. – Lílian! Você não parece estar nem um pouco surpresa.
— Bom, Lene, eu... Eu já sabia – a garota confessou, um pouco envergonhada.
— E você não me contou nada?! – Marlene perguntou, irritada.
— James me fez jurar que não contaria – Lílian explicou. – Desculpe. Não era um segredo meu.
— E agora você já sabe – James falou, sorrindo um pouco.
— Meu Deus! – Marlene murmurou mais uma vez. – Vocês são mais geniais do que eu imaginava.
Sirius deu uma risada convencida.
— Eu sei.
Ela deu um pequeno empurrão no namorado, rindo com ele.
— Lene – Remus chamou, sério. – Não conte a Alice, está bem? Vamos... Vamos deixar entre nós. Certo?
Marlene sorriu.
— Pode contar com o meu silêncio, Remus.
*
— Lílian! – Snape chamou, correndo até a menina.
Ela tinha acabado de deixar a Torre da Grifinória, pronta para direcionar-se à saída, onde o Expresso de Hogwarts aguardava para levar os alunos para as férias de Páscoa.
— O que você quer, Snape? – Lílian perguntou, rude. – Já não falei para você não se dirigir a mim?
— Eu sei. Eu sei. É só que... Eu preciso confirmar isso – Snape hesitou. – Você e Potter... Vocês... Vocês estão realmente juntos?
— Sim, estamos – Lílian confirmou sem hesitação.
— Mas... Como? Ele... Você sabe o que ele é capaz de fazer! – Snape exclamou, exasperado. Apesar da cena romântica que vira no lago três dias atrás, ele precisava saber como sua Lílian tinha se encantado pelo idiota do Potter.
— Sei. – Lílian confirmou, sem dar importância. – Ele é capaz de morrer por mim. De se sacrificar por um bem maior. Muito diferente de você, não é?
— Lílian – Snape segurou suas mãos. – O que ele fez comigo... Não acredito que você possa ter esquecido.
Lílian soltou suas mãos com expressão de puro nojo.
— Eu não esqueci, Snape. Assim como não esqueci o que você fez com ele. E ao contrário de você, ele mudou.
— Não! Ele não mudou! – Snape protestou, desesperado. – Ele continua o mesmo, Lílian! Está enganando você!
— Chega! – Lílian exclamou calmamente. – Nada do que você fale sobre James vai me afetar. Você o odeia, Snape. Mas eu não. E, por muito tempo, não me permiti ver a pessoa maravilhosa que James é. Estava cega por causa de você. Então, vou te pedir mais uma vez, saia da minha vida.
— Lílian, você precisa enxergar...
— Lily? – James apareceu, olhando ameaçadoramente para Snape. – Algum problema?
— Não. Nenhum – Lílian respondeu com um sorriso, afastando-se de Snape e aproximando-se de James.
Eles entrelaçaram as mãos e saíram do local sem nem sequer olhar para o menino de cabelos oleosos que haviam deixado para trás.
Com raiva e tristeza, Snape observou o casal sair, parecendo absolutamente felizes, alheios ao mundo real.
O menino permitiu que uma lágrima caísse de seus olhos.
Não tinha mais volta.
Perdera Lílian para sempre.
*
— Vou sentir saudades de você – James sussurrou, beijando a bochecha de Lílian.
— Também vou sentir – Lílian sussurrou de volta, depositando um selinho na boca do namorado.
— Ai, meu Deus! – Sirius exclamou, colocando as mãos no rosto. – Vocês só estão namorando há três dias e já estão assim! Imagina quando casarem.
Lílian e James riram.
— Quando casarmos, vamos ficar juntos o tempo todo – James respondeu. – Tirando os dias que eu tiver que sair para lutar na guerra e Lílian ficar em casa.
— Quê?! Eu ficar em casa? – Lílian protestou. – É claro que não, James! Eu vou lutar com você!
— É óbvio que você não vai! – James negou veementemente. – Não vou arriscar perder você.
— E eu posso correr o risco de perder você? – Lílian questionou, colocando as mãos na cintura.
— Ah, pronto! Começou! – Sirius murmurou com um suspiro de tédio. – Vocês ainda não são casados, está bem? E James, você é muito idiota se acha que vai impedir a ruivinha de lutar.
Lílian deu um sorriso convencido para James.
— Até parece que você vai deixar Marlene lutar – James resmungou.
— Como se ele conseguisse me impedir – Marlene murmurou.
— É óbvio que eu não nem tentar vou impedi-la – Sirius afirmou. – E prefiro que ela esteja ao meu lado na Batalha do que longe de mim, sozinha.
— Frank e eu vamos lutar juntos – Alice falou, com a cabeça encostada no ombro do noivo. – Seremos Aurores, como vocês já sabem.
— Também penso em ser Auror – Lílian comentou. – Eu realmente quero ajudar as pessoas. Quero lutar contra esses imbecis. Você não vai me tirar isso, James.
O garoto suspirou.
— Tem razão. É melhor que lutemos juntos de qualquer forma. Eu vou ser um Auror.
— Não quero nem imaginar a tragédia que pode nos acontecer – Frank murmurou baixinho. – Essa guerra está trazendo tantas perdas. Fico pensando se nós falharmos, o que vai acontecer com a geração de nossos filhos? Será que haverá mundo para eles?
— Não seja pessimista, Frank – Marlene pediu. – Vamos vencer Voldemort.
— Não estou sendo pessimista, Lene. – Frank contrapôs. – Só estou compartilhando um temor a que venho tendo. Essa guerra já dura anos e não temos nenhuma perspectiva. Se falharmos, se não derrotarmos Você-Sabe-Quem agora, o que será de nossos filhos? Ainda haverá mundo para eles?
— Entendo o seu lado. Realmente – Lílian falou compreensiva. – Mas eu não posso pensar assim. Precisamos vencer essa guerra. Nem que para isso tenhamos que sacrificar nossas vidas.
James apertou sua mão com força.
— Não vai chegar a tanto – garantiu. – Prometo que nada vai nos acontecer.
Lílian sentiu um tremor no coração. Aquela péssima intuição voltara com força.
A garota sorriu para o namorado, mas tinha o pressentimento de que James estava errado. De que James não conseguiria impedir uma morte.
*
— Aquelas ali são a sua mãe e a sua irmã, não é? – James perguntou quando ele e Lílian desembarcaram na Estação King's Cross.
— Sim – a menina confirmou. – Quer ir falar com elas?
— Sim – James respondeu. – Você já conhece os meus pais. Preciso conhecer a sua família também.
Juntos, James e Lílian caminharam em direção a Petúnia e Amélia. Lílian correu para os braços da mãe.
— Que saudades, minha querida – a mulher murmurou nos cabelos da jovem.
— Quem é esse, Lílian? – Petúnia perguntou, olhando para James com extremo desprezo. – Outro anormal que nem você, suponho.
— Sou James Potter – James se apresentou para Amélia, ignorando completamente Petúnia.
— Ah, o famoso James Potter! – Amélia exclamou com alegria. – Parece que enfim se entenderam, não é?
— Estamos namorando, mamãe – Lílian murmurou um tanto corada.
— Que maravilha! – Amélia exclamou.
— Pensei que você o odiasse, Lílian – Petúnia comentou, seca.
— Descobri que não o odeio – Lílian respondeu, olhando apaixonadamente para James.
— Já desconfiava disso, querida – Amélia confessou. – O jeito que você falava dele... Sabia que não era ódio. Fico feliz de vocês estarem juntos.
James e Lílian sorriram um para o outro.
— Mamãe, nós temos que pegar papai no hospital – Petúnia lembrou, extremamente mal-humorada. – Podemos ir logo?
— Papai vai sair hoje? – Lílian perguntou, animada.
— Vai, querida – Amélia respondeu com um sorriso. – Agora, para ser mais exata.
— Então vamos! – Lílian exclamou e logo se voltou para James – Me escreva, está bem? E não apronte muito com Sirius.
— Não se preocupe, Ruivinha. Vou me comportar – James garantiu com um sorriso maroto. – E vou te escrever todo dia.
Lílian sorriu e James depositou um beijo em sua testa.
— Boas férias, Lily.
— Para você também.
James se afastou e Lílian voltou-se para a mãe e a irmã.
— Podemos aparatar se quiserem – sugeriu. – Vai ser mais rápido.
— Não. Vamos de carro – Amélia determinou. – Sabe que não gosto disso.
Lílian suspirou e assentiu.
Ela seguiu a mãe e a irmã até o carro que se encontrava logo à frente da Estação King's Cross.
A menina estava bastante ansiosa. Finalmente seu pai estaria bem. Seu pai iria para a casa.
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