James Potter e Lílian Evans – Aprendendo a Amar escrita por Emma Salvatore


Capítulo 1
Engolindo o orgulho


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!!
Sempre desejei que J.K. Rowling publicasse uma série de livros sobre James e Lílian, afinal, esse é um dos meus casais preferidos da série!
Como os livros não vieram, decidi criar a minha própria história para os dois.
Espero que gostem!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/767218/chapter/1

— Srta. Evans. Pode vir aqui um instante? – McGonagall chamou enquanto todos saíam da sala.

Lílian assentiu, já sabendo o que estava por vir.

— Srta. Evans, tenho que informá-la que a senhorita não anda muito bem em minha matéria. – McGonagall falou com pesar. Gostava muito de Lílian. – E aconselho a procurar ajuda.

— Está bem, professora. Farei isso – Lílian afirmou decidida.

Transfiguração sempre fora a matéria mais complicada para ela e parecia que vinha se tornando cada vez mais complexa.

Antes de a menina sair da sala, a professora a chamou novamente:

— Srta. Evans, se quiser a minha opinião, deveria pedir ajuda a James Potter. É o melhor aluno em Transfiguração de seu ano.

Oh, não!

Lílian deu um sorrisinho e saiu da sala. Mas é claro que ela não ia procurar James Potter! O menino mais arrogante e metido de Hogwarts. Tinha de haver outra pessoa. As suas amigas, pensou ela, com certeza poderiam ajudá-la. Lílian então correu até o Salão Principal, onde estavam jantando.

— Lene, Alice! – ofegou, sentando à mesa junto a elas.

— O que foi, Lily? – Alice perguntou preocupada.

— Preciso de ajuda em Transfiguração – a menina contou. – Pensei que vocês poderiam me ajudar.

Marlene mordeu os lábios.

— Lily, acho que não sou a melhor pessoa para ajudá-la em Transfiguração – falou meio culpada.

Lílian olhou para Alice.

— Nem olhe para mim! Sou péssima em ensinar!

Lílian suspirou.

— O que vou fazer agora?

— Você poderia pedir ajuda a James – Marlene sugeriu inocentemente.

— Ou a Sirius – disse Alice depressa, vendo a expressão da amiga.

— Não vou pedir ajuda a nenhum dos dois! – Lílian afirmou, mal-humorada. – Vou encontrar outra saída.

Mas não encontrou.

Pelo resto dia, procurou alguém que pudesse ensiná-la Transfiguração, mas parecia que o destino não estava a seu favor. Ninguém estava com disposição para ensiná-la.

Ao final do dia, já não via alternativa a não ser procurar James Potter. Decidiu, com muito pesar, que falaria com ele depois do jantar.

E foi isso que ela fez.

Esperou até o Salão Comunal estar praticamente vazio, só restando os Marotos, Alice, Marlene, Frank Longbottom e duas primeiranistas.

Hesitante, caminhou-se até os Marotos.

— Potter! – chamou sem encará-lo.

James virou-se para Lílian no mesmo instante.

— Evans! – exclamou sorridente. – Sabia que você não resistiria por muito tempo.

— Deixa de ser idiota, Potter! – repreendeu-o. – Vim falar com você porque preciso de... Ajuda.

James a encarou, surpreso.

— Ajuda? Ajuda em quê? Não conheço nada em que você não seja boa, Evans!

Lílian corou um pouco, mas felizmente James não percebeu.

— Preciso de ajuda em Transfiguração e a Profa. McGonagall falou para procurá-lo – explicou. – Claro que tentei achar outras pessoas boas em Transfiguração, mas... não consegui. Então só me restou você.

— Então quer dizer que sou sua última opção? – perguntou, parecendo magoado.

— Sim – Lílian respondeu simplesmente. – Então, Potter, vai me ajudar ou não?

James pôs a mão no queixo em uma fingida expressão pensativa.

— Não sei, Evans. Você não me procurou logo de cara, esperou não ter mais ninguém... Não sei se devo ajudá-la... Almofadinhas! O que você acha?

Sirius pareceu se divertir.

— Acho que não, Pontas! Tem que mostrar o seu valor, não é mesmo?

— E você, Aluado? O que acha? – James perguntou a Remus.

— Acho que sim, Pontas. Se fosse ao contrário, Evans te ajudaria – Remus respondeu, sério.

Lílian mordeu o lábio. Será que ela ajudaria?

— Bem, sobrou para você, Rabicho. Devo ou não ajudar a Evans?

Rabicho olhou para os lados. Não sabia responder e nem queria, na verdade.

— Eu acho que... – começou. – Acho que... Não. Não deve ajudá-la.

Remus percebeu o sorrisinho de Sirius. Ele estava por trás da resposta de Rabicho.

— Ótimo! Então não vai me ajudar! Com licença – Lílian falou irritada, se afastando.

Porém, James a segurou pelo braço, impedindo-a de seguir seu caminho.

— Calma aí, Evans. Eu ainda não disse a minha opinião – o menino falou, aproximando-se.

Lílian cruzou os braços em uma clara demonstração de impaciência.

— E então?

James deu um enorme sorriso.

— É claro que eu vou te ajudar!

Lílian tentou parecer indiferente, mas não conseguiu esconder o sorriso que se formava em seus lábios.

— Bom! Então, começamos amanhã? – perguntou.

— Depois do almoço. Te vejo na biblioteca! – James confirmou e se afastou, dando-lhe uma piscadela.

Secretamente satisfeita, Lílian subiu para o seu dormitório.

Não sabia o porquê, mas sentia que as aulas com James Potter não seriam tão ruins quanto ela imaginava.

*

James piscou para Lílian assim que a viu no Salão Principal. Ela desviou o rosto, mas não antes que Marlene e Alice percebessem.

— Então, você realmente pediu ajuda ao Potter? – Alice perguntou, um pouco hesitante.

— Sim – Lílian respondeu simplesmente. – Preciso passar nos N.I.E.Ms de Transfiguração, não é mesmo?

— Não parece que você queira passar nos N.I.E.Ms, Lily - comentou Marlene, ligeiramente distraída.

— O que você quer dizer com isso? – Lílian perguntou com um leve tom de irritação.

Marlene, porém, apenas deu de ombros.

— Bem, isso é você que tem que descobrir, não?

— Marlene McKinnon, você está querendo insinuar que...

— Potter – sussurrou Alice, interrompendo qualquer que fosse a bronca de Lílian.

Ela olhou para a direita e viu o garoto saindo do seu lugar para se sentar perto dela.

— Então, Evans – ele falou pegando uma torrada na frente dela. – Eu acabei de descobrir que vou ter treino de Quadribol depois do almoço. Então, creio que nossa aula tenha que ser modificada. O que me diz depois do jantar?

— E por que você não pode faltar ao treino de Quadribol?

James olhou para Lílian, incrédulo.

— Por quê?! Ora, Evans! Estamos a duas semanas da partida Grifinória-Sonserina e você quer que eu falte ao treino?! Você quer que a Grifinória perca?

Lílian deu de ombros.

— Bem, não faz diferença para mim – mentiu.

— Lílian! – Marlene protestou.

Alice deu um risinho. Sabia que a amiga estava apenas provocando.

James olhava para Lílian, aturdido.

— Você não pode estar falando sério!

— Bem, Potter. Vejo você depois do jantar, suponho – disse, indiferente, levantando-se da mesa com os livros em seus braços.

James observava a garota sair do Salão Principal em uma espécie de transe. Depois, voltou-se para Alice e Marlene:

— Ela não estava falando sério, estava?

*

— Parece que vocês precisam treinar mais, Potter – Lílian comentou quando James chegou à biblioteca. – Estavam horríveis. Desse modo, a Grifinória não vai ganhar da Sonserina.

James abriu um sorriso.

— Então, você esteve assistindo ao nosso treino?

Lílian deu de ombros e virou-se de costas para esconder seu pequeno sorrisinho.

— Talvez.

— E você se importa com a Grifinória. Não quer que percamos! – James exclamou tão entusiasmado que Lílian não pôde evitar sorrir.

— Bom, Potter, vamos deixar Quadribol de lado e vamos ao que realmente interessa – Lílian falou, apontando para os livros. – Não sei se você sabe, mas eu realmente quero passar nos N.I.E.Ms de Transfiguração.

— Então vamos começar! – James exclamou, sem tirar o sorriso do rosto.

Os dois sentaram-se à mesa da biblioteca e começaram a estudar.

James tinha um jeito próprio de explicar, Lílian percebeu isso. E, de maneira alguma, ficou chateada; ela estava gostando. A garota não soube dizer quanto tempo passaram na biblioteca, mas quando Madame Pince os expulsou, tudo o que ela sabia é que tinha sido pouco tempo.

— Mesma hora amanhã? – Lílian perguntou enquanto os dois caminhavam em direção à Torre da Grifinória.

James fez uma careta.

— Não vai rolar, Evans. Talvez na sexta-feira.

Lílian parou abruptamente e o encarou.

— O que você tem de tão importante amanhã? – perguntou, pondo as mãos na cintura. James adorava esse gesto.

— Não posso contar.

— É alguma garota?

— Não.

— Então, é o quê?

— Já disse, Evans. Não posso contar.

James retomou a caminhada e Lílian, bufando, foi atrás dele.

— Ótimo! Sexta-feira então! – a menina deu-se por vencida.

Os dois haviam acabado de chegar ao retrato da Mulher Gorda quando ouviram um grito.

— Não! Não! Por favor! – uma menina gritava.

Lílian e James se entreolharam.

— Fique aqui – o menino sussurrou em voz baixa, mas não foi ouvido.

Os dois já estavam com a varinha em punho, sendo guiados pelos gritos da garota.

Cruc...

Estupefaça! – Lílian bradou e um garoto sonserino caiu no chão, inconsciente.

Os outros dois companheiros levantaram a varinha na mesma hora, ao passo que a menina – uma primeiranista da Lufa-Lufa – correu aos prantos em direção ao seu Salão Comunal.

Lílian teve um choque ao perceber quem era um dos sonserinos.

— Severo.

Snape olhou para ela um tanto embaraçado, mas quando notou James, seu olhar passou a transmitir raiva e confusão.

— O que vocês pensam que estavam fazendo?! – James gritou. – Vocês estavam lançando uma Maldição Imperdoável!

O companheiro de Snape, Avery, sorriu.

— E daí?

E daí?! Só isso é suficiente para levar você para Azkaban! – Lílian gritou, chocada. – E vocês estavam machucando uma menininha! O que ela fez para vocês?!

Avery sorriu novamente.

— Ela era sangue-ruim. Uma nojentinha sangue-ruim como você, Evans.

— Olhe seu... – James se precipitou, mas Lílian o segurou.

Avery não tirava o sorriso presunçoso do rosto. Voltou-se para o colega inconsciente.

— Snape, me ajude a levar Mulciber até o dormitório. Estou vendo que a nossa diversão acabou por hoje.

Snape tirou os olhos de Lílian e ajudou Avery a carregar Mulciber. Antes de sair, porém, Avery voltou-se para Lílian:

— É melhor ter cuidado, sangue-ruim. O Lorde das Trevas não perdoa gente como você.

James tentou atacá-lo, mas Lílian o segurou novamente.

— Por que você me segurou?! – perguntou quando os três sonserinos já não podiam mais ser vistos.

— Porque não quero que você arrume encrenca por causa deles – Lílian respondeu e não havia nada além do absoluto nojo em sua voz. – Não se esqueça de que você é Monitor-Chefe.

James bufou, irritado.

— Esses projetos de Comensais da Morte não podem sair impunes!

— E não vão! – Lílian garantiu. – Falaremos com a Profa. McGonagall amanhã. Agora temos que voltar para a Torre da Grifinória.

James assentiu, ainda irritado.

Quando os dois entraram no Salão Comunal, James puxou o braço de Lílian.

— O que foi? – perguntou, confusa.

— Eu só... É só que... – o menino suspirou e olhou no fundo dos olhos verdes da garota. – Só toma cuidado. Não quero ver você... Bem... Sofrendo alguma coisa.

Lílian sorriu.

— Vai precisar de muito mais que três sonserinos idiotas para me derrubar. Tenha certeza.

James sorriu também e a menina subiu para o dormitório.

Depois de uns minutos, James também subiu para o dele. Ele realmente queria acreditar que Lílian estivesse falando a verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam???
Comentem!!! Beijos!!!

PS: postarei os cinco primeiros capítulos por hoje. Prometo postar um capítulo por semana.