Le Passé escrita por amanda c


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, como vocês estão?
Mais um capítulo pra vocês *--*, eu acho ele meio bobinho e tal, mas espero que vocês gostem kkk...
B



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Ninguém sabia o que fazer. Adeline estava desmaiada, Jaqueline estava prestes a chorar e Aaron não parava de rir da situação. Nicole rapidamente resolveu arrastar a amiga para dentro do banheiro e fazer com que todos ficassem por lá até que se acalmassem ou pensassem em algum plano.

— O que vamos fazer? — Adam deu um chute em uma das portas do box dos vasos sanitários. A porta abriu, ricocheteou na porta do box e voltou para o mesmo lugar como se nunca tivesse sido chutada.

— Precisamos pensar com calma — Nicole respondeu, ajoelhada no chão com a cabeça de Adeline nas suas coxas.

— Ninguém aqui usa esse tipo de roupa! Nós seremos rapidamente notados — Jaqueline falou fechando os olhos e respirando fundo, tentando se acalmar e aceitar a situação.

Os olhos de Adeline se abriram e um sorriso apareceu no rosto de Nicole. Agradeceu aos céus pela amiga estar acordada novamente e ficou de pé assim que a platinada se sentou no chão.

— “Precisam voltar para casa, precisam ser discretos, precisam ser um time, precisam achar há flor amarela, caso contrário tudo estará perdido.”  — Roger repetiu o que Tia Agatha havia dito sentada na privada do banheiro dos professores — Mon Dieu, isso não faz sentido!

— Precisamos encontrar essa tal flor! Assim vamos voltar para casa — Jaqueline disse como se fosse algo óbvio. Ela colocou as mãos na cintura e encarou cada um naquele local de cada vez.

Adam e Aaron pareciam contrariados com o plano que Jaqueline pareceu montar em sua cabeça, fazendo cada um deles se separar e procurar a flor que Tia Agatha comentou.

Enquanto todos tentavam em acordo com o que deveriam fazer Adeline retirou do bolso seu celular. Havia pensado nele só naquele momento e aparentemente fora a única a ter aquela ideia. A tela de bloqueio era uma foto de flores amarelas que tirou quando foi com seus pais passear no parque próximo a sua casa.

Entretanto no topo do celular estava escrito em ótimo francês “sem serviço”. Ela fechou os olhos e pensou o quão preocupados seus pais poderiam estar. Quanto tempo teria que ficar ali para poder voltar para casa?

— Concorda com isso Adeline? — Nicole disse tombando a cabeça para o lado. Ao fazer o movimento o lápis azul saiu de seus cabelos e caiu no chão. Os cabelos castanhos da garota se espalharam pelos ombros e rapidamente Adeline teve uma ideia.

— Tive uma ideia.

— Ela não ouviu absolutamente nada do que eu disse, não é? — Jaqueline deixou sua voz falhar de irritação.

— Nós vamos tentar nos infiltrar na escola, fingir que somos dessa época e pedir ajuda para os meus pais até acharmos a flor.

— Você está louca? — Adam disse arregalando os olhos, até então ele estava calado, apenas ouvindo as ideias que o grupo jogava no ar.

— Meus pais estudaram nesse colégio até se formarem, eles me contaram várias histórias sobre como ajudaram amigos nessa época. Se eles não souberem quem sou eu ou vocês eles com certeza vão nos ajudar.

— Não sei, é arriscado — Nicole alisou o queixo. Lembrou-se do que tia Agatha disse antes de desaparecer. Tudo poderia ser arruinado se não fossem discretos.

— Seu pai também está na escola Adam.

Adam olhou a platinada e rosnou. Sabia das histórias, já que seus pais também estavam por lá naquela época, porém não sabia se era realmente um bom plano.

— Em que ano estamos, exatamente? — Roger perguntou olhando seu celular, que também estava sem serviço.

— Talvez em 1975, ou 76 — Adeline respirou fundo.

— Isso é loucura, totalmente folie — Aaron praticamente gritou.

— Vamos fazer o que a Adeline disse — Adam não parava de encarar a platinada, que estava inquieta de um lado para o outro do banheiro.

— Como? Vamos simplesmente chegar para os pais desta folle e falar o que?

Jaqueline realmente achava seu plano melhor.

— Primeiro precisamos de roupas — Nicole respondeu antes que Adeline pudesse se pronunciar.

Então Nicole tomou a frente e começou a explicar como realmente iriam fazer com que aquele plano acontecesse de forma rápida. Roger iria com Adeline até os achados e perdidos e iriam pegar roupas para todos, que ficariam no banheiro esperando. Retiraram as jaquetas onde estava o logo do colégio e foram juntos até onde se lembravam ser a sala de Achados e Perdidos.

Não havia nenhuma pessoa no local o que ajudou eles a pegar roupa suficiente para todos e sair antes de serem pegos. As aulas já haviam começado quando Roger e Adeline voltaram para o banheiro.

— Essas roupas são tão bregas! — Jaqueline resmungou frustada, achou um macacão que lembrava jeans e rapidamente se escondeu dentro do primeiro box para se trocar.

Nicole estava segurando uma saia vermelha e longa enquanto esperava a loira sair do box para finalmente poder tirar a saia azul do uniforme. Como a camisa social branca não possuía nenhum logo escolar pensou em continuar a usá-la.

Os rapazes riram da grande maioria de roupa que acharam por ali. Calças de boca de sino, blusas masculinas decotadas demais e estampas coloridas e engraçadas; porém, rapidamente acharam alguma coisa para vestir e um por um se encaminhou ao segundo box.

O terceiro box ninguém pensou em entrar já que fora de lá que foram sugados para 1975.

Adeline foi a última a se vestir, colocando um vestido por cima da camisa branca. Todos estavam se sentindo fantasiados, já que nenhuma daquelas roupas eram de seu tempo.

— O vestido ficou muito bem em você — Adam disse encarando Adeline, que sentiu suas bochechas corarem aos poucos.

— Os pais de Adeline e Adam são da mesma sala então não temos como nos separar, então vamos esperar o termino da aula e vamos conversar com Louise.

— Quem é Louise mesmo? — Jaqueline perguntou enquanto Nicole falava.

— Mãe da Adeline, que vai nos ajudar.

Não demorou muito para o último sino tocar anunciando o fim das aulas. Assim que ouviram o barulho de portas se abrindo e a movimentação no corredor principal todos saíram do banheiro e respiraram fundo. Mesmo Adeline sendo filha de Louise estava com medo de não reconhecer a mãe com 16 anos, mesmo reconhecendo Lysandre.

— Ela tem cabelo castanho, olhos azuis e é bem baixinha — Adeline disse olhando os rostos que passavam por eles. Nenhum era familiar até o momento.

— Mon Dieu! — Jaqueline arregalou os olhos e repetiu baixinho “mon dieu” mais dez vezes. Depois de todos perguntarem mais de duas vezes o que estava acontecendo, Jaqueline se escondeu atrás do corpo de Adam. Ninguém estava entendendo nada antes de ver um rapaz e uma garota passarem por eles. O rapaz era mais alto que a menina, que possuía os cabelos castanhos e as bochechas estavam vermelhas de vergonha; já o outro tinha os cabelos tão loiros quanto os de Jaqueline.

— O que foi Jaqueline? — Adeline perguntou mais uma vez, vendo a menina encarar o casal assustada.

— Aquele é o meu papa.

Todos se entreolharam preocupados.

— Com a sua mãe? — Roger questionou, colocando a mão sobre o ombro da loira.

— Não… Não sei quem é aquela.

— Vamos continuar a procurar Louise, ok? Sem distrações.

Todos concordaram com Roger, mesmo com uma Jaqueline assustada sendo arrastada pelo grupo.

Finalmente Adeline viu sua mãe, ela estava com os cabelos soltos e usava uma tiara prendendo a franja para trás. Os cadernos sendo apertados contra o peito graças à vergonha chamaram atenção dos garotos, que se sentiram estranhamente excitados pela cena.

Ela conversava com o mesmo rapaz de roupas estranhas, até mesmo para a época em que estavam. Louise e Lysandre conversavam e era nítido que ambos se gostavam.

— Você vai lá — Adam empurrou Adeline para frente — São seus pais.

Ela fuzilou o colega de turma com os olhos e tentou pedir ajuda para os outros, que concordaram com o moreno.

Ela respirou fundo e deu um único passo, porém sentiu uma dor aguda nas nádegas. Alguém havia a empurrado e ela já estava no chão, chamando atenção de todos que estavam em volta, incluindo seus jovens pais.

— Me perdoe — um rapaz de cabelos castanhos e olhos estranhamente semelhantes aos de Nicole estava com o rosto vermelho de vergonha. Fora ele que por acidente empurrou Adeline fazendo-a cair no chão.

Aaron ajudou a menina antes que o estranho pudesse fazer algo.

— Vocês são novos? — ele notou que a garota não estava sozinha, o grupo todo atrás da platinada parecia ser novo.

— Si-sim — Nicole respondeu sentindo suas mãos suarem frio. Era Kentin com 16 anos, aquele era seu pai jovem bem na sua frente.

— Me perdoe, eu estava correndo já que a Aline disse para encontrá-la no jardim… — Kentin começou a falar e então notou que não era apenas os novatos que estavam prestando atenção, mas sim todos seus colegas de turma que haviam acabado de sair da sala de aula.

— Não tem problema — Adeline respondeu rápido, notando a aglomeração de pessoas ao redor. Louise olhou curiosa para a própria filha e enviou um sorriu acolhedor;

— Estavamos procurando Louise, na verdade — Roger tentou desviar a atenção de todos e funcionou já que a garota deu um passo a frente e tombou a cabeça curiosa.

— Sou eu.

— Precisamos da sua ajuda — Aaron disse engolindo em seco notando dois gêmeos se aproximarem do círculo de pessoas que havia se formado graças à queda de Adeline. Ele reconheceria os cabelos azuis de seu tio Alexy em qualquer década — Podemos ir para outro lugar a sós?


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Notas finais do capítulo

Glossário: Francês — Português
Mon Dieu — Meu Deus, céus, Minha Nossa
Folie — Loucura
Folle — Louca, doida, maluca



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