Le Passé escrita por amanda c


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde e boa noite meus queridos ♥
Tenham uma boa leitura e não se esqueçam que relacionamentos tóxicos demoram para mostrar as garras, mas quando mostras, a iniciativa de se livrar deles deve partir de vocês!
Não existe apenas namoro tóxico, mas amizades também! Qualquer relacionamento entre pessoas pode se tornar tóxico a partir do momento em que alguém não faz mais o bem para você!

O próximo capítulo é o da Adeline *----* estou tão ansiosa para esse capítulo! Juro pra vocês ♥

Até lá.



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Com os olhos ainda fechados graças ao sono e morrendo de dor de cabeça, Jaqueline se levantou da cama e usou as mãos para poder guiar-se dentro do quarto. Ela não conseguia abrir os olhos graça a grande luminosidade que havia no quarto, então, com dificuldade procurou a maçaneta da porta do banheiro.

    Uma atitude falha, já que não havia nenhuma porta de banheiro em seu novo quarto, apenas a porta que levava ao corredor. Cansada de procurar com as mãos, ficou de costas para a fonte de luz e abriu os olhos com dificuldade, coçando-os para espantar o sono aos poucos.

    Usava uma camisola de seda roxa e seus pés estavam descalços. A primeira coisa que viu ao abrir os olhos foram seus pés. As unhas dos pés estavam pintadas de preto e logo abaixo dele estava um tapete bege.

    Sentindo sua cabeça pesada por causa da dor de cabeça, olhou ao redor e notou que seu quarto estava muito diferente daquele que se lembrava. Levemente menor, com as paredes pintadas de rosa claro e todos os móveis em branco, Jaqueline franziu o cenho e colocou a mão na lateral da cabeça ao notar as fotos nos porta-retratos na cabeceira da cama.

    Haviam dois porta-retratos, sendo um com uma foto sua e outro com seus pais segurando-a no colo ainda criança. Não se lembrava daquela foto ter sido tirada em nenhum momento, ou até mesmo de haver um momento em que seus pais estivessem felizes um ao lado do outro enquanto ela estava por ali.

    Suspirou e se sentou na cama, confusa com a mudança que havia acontecido em sua vida. Sem aviso prévio a porta de seu quarto foi aberta e uma mulher gorducha e de idade entrou no local.

— Óh, bom dia senhorita Perrin. Já está acordada?— ela disse e Jaqueline franziu o cenho.

— Quem é você?

Um sorriso apareceu no rosto redondo da mulher e ela começou a recolher algumas roupas que estavam espalhadas pelo quarto da garota. Achou graça na pergunta, porém respondeu minutos depois:

— Sou a Florence, criança. Esqueceu meu nome?

Jaqueline não disse nada, apenas ficou olhando a mulher arrumando seu quarto. Não se lembrava de nenhuma Florence trabalhando em sua casa antes.

— Já que está acordada, vá tomar café da manhã. Seus pais já estão na mesa.

Uma corrente elétrica percorreu todo o corpo da loira, que arregalou os olhos e engoliu em seco. Nunca se lembrou de ter tomado café da manhã ao lado dos pais em toda sua vida. Receosa, saiu do quarto e observou melhor o corredor em que estava.

Comprido, onde sua parede esquerda inteira era feita de vidro, porém estavam tapados por cortinas brancas. A parede direita era pintada de branco e havia muitos quadros pendurados nela. Além da porta que saiu havia outra duas portas ao longo do corredor, uma delas estava aberta e Jaqueline pode ver um banheiro espaçoso, com banheira, chuveiro, duas pias e um belo vaso sanitário. Pensou se deveria lavar o rosto antes de se encontrar com os pais, para não ouvir nenhuma reclamação, porém, sua curiosidade para vê-los falava mais alto naquele momento.

Ela continuou a andar pelo corredor até uma passagem, que dava para a sala de estar e o hall da casa. Jaqueline pode notar que toda a casa era térrea e muito bem planejada. A sala de estar era tão grande que caberia três vezes seu quarto antigo nela. Uma televisão pregada na parede, havia três sofás brancos, sendo dois médios e um grande, uma mesa de centro de vidro e um lindo quadro atrás do sofá maior.

Jaqueline ficou observando aquela sala de estar durante longos minutos, até ouvir a voz de Florence atrás da sua nuca.

— Está tudo bem, senhorita?

— Si-sim. Eu só me distrai.

— Não se preocupe — ela sorriu novamente fazendo seu rosto redondo ficar pequeno.

Ela respirou fundo e viu de longe o hall da casa, sem móveis, apenas com uma grande porta que dava à saída da casa. Andando mais um pouco ela pode ver a entrada da sala de jantar e da cozinha. Havia um homem trabalhando na cozinha e ao ver Jaqueline passar começou a gritar bonjour para a garota, que achou graça.

Ao entrar, finalmente, na sala de jantar, Jaqueline encolheu os ombros e abaixou os olhos. Nathaniel estava sentado na ponta da mesa, de costas para a entrada; enquanto Isabelle estava ao seu lado direito, comendo silenciosamente.

Ao ver a filha entrar na sala, Isabelle sorriu largo e pediu para que ela se sentasse do outro lado do pai para poder comer.

Ao fazer aquilo, notou algumas coisas diferentes nos pais. Nathaniel estava com barba, usando óculos de grau e uma bela gravata cor-de-rosa. Isabelle havia deixado o cabelo crescer e estava sem maquiagem no rosto.

— Bom dia.

— Bom dia filha — Nathaniel disse sorrindo. Segurava uma xícara de café nas mãos, enquanto observava com o canto dos olhos os ombros da garota tensos — Está tudo bem?

— Si-sim.

— Não me parece bem. Quer alguma coisa em especial para comer? — ele perguntou, colocando a xícara sobre o pires e finalmente olhando Jaqueline nos olhos.

— Não, está tudo ótimo! — ela respondeu rápido, pegando um pedaço de pão e procurando com os olhos a geléia.

— Como foi seu primeiro dia no segundo ano querida? — Isabelle perguntou, cruzando os dedos e os apoiando abaixo do queixo.

— Primeiro dia?

— Ontem foi seu primeiro dia, querida — Nathaniel achou graça, deixando escapar um riso anasalado.

— Ah, é — disse confusa, finalmente passando a geléia de morango no pão — Foi tudo bem. Eu só tenho que resolver algumas coisas hoje.

— O que minha querida?

— Sabia que esse ano entrou os filhos dos amigos de vocês? — ela disse curiosa. Encarou os pais, notando que não receberia nenhuma bronca daquela vez.

— Amigos? — Nathaniel perguntou.

— Nicole, filha de Kentin e Aline. Aaron e Roger, filhos de Armin e Anne. Adeline, filha de Lysandre e Louise e Adam, filho de Lis e Castiel. Estão todos no primeiro ano — ela narrou como se estivesse explicando para uma criança.

Só de ouvir o nome de Castiel, Nathaniel sentiu suas costas se arrepiarem. Ele franziu o cenho e apontou o dedo para a menina, que olhou para o pai com ar de inocente.

— Não se aproxime desse tal Adam!

Ela olha para a mãe, que estava com uma das sobrancelhas arqueadas. Ambas começaram a rir da atitude do pai, que aparentemente ainda não gostava nenhum pouco de Castiel.

— Querido, já faz tantos anos. Não vamos privar Jaqueline de ter amigos — Isabelle diz entre uma gargalhada e outra.

Antes de terminar de comer o seu pedaço de pão, Jaqueline nota que há um jaleco branco, pendurado na última cadeira da mesa. No seu peito está escrito em letras coloridas e com um ursinho bordado ao lado “Dr. Nathaniel Perrin - Cirurgião Pediatra”.

— Vai fazer o que hoje mãe? — a garota pergunta, finalmente se levantando da mesa.

— Tenho aula para dar querida. Por quê? — Isabelle era professora de botânica na universidade da cidade. Não iria mais viajar para lugares estranhos atrás de plantas estranhas como antes. Isabelle agora ficava em casa e ajudava a filha no que ela precisava.

Jaqueline se sentia realmente em família naquele momento.

— Tenho que ir. Tenho um assunto à terminar na escola.

Nathaniel se despede da filha e Isabelle diz que em dez minutos elas estariam saindo de carro, já que a mais velha que dá uma carona para a Tissot Perrin.

Não iria esquecer nunca das malditas palavras que aquelas duas cobras haviam espalhado pela escola toda antes de levar a suspensão da professora de Ciências. Aquelas duas cobras não podiam ser consideradas suas amigas e Jaqueline sabia muito bem o que iria fazer antes das aulas começarem.

Considerava aquelas meninas suas melhores amigas, porém, espalhar que ela havia perdido a virgindade no primeiro dia de aula com o professor de Saymon não era apenas uma piada. Elas queriam arruinar a reputação da loira e humilhá-la de uma forma horrível.

De uniforme e já alimentada, Jaqueline teve a companhia da mãe até o portão da escola. Nenhuma das duas falaram nada em todo o caminho, porém, ao parar o carro Isabelle diz:

— Tome cuidado, querida. Você parece estar estressada hoje.

Jaqueline sorri para mãe e alisa o rosto da mulher com carinho.

— Vou organizar minha vida hoje mãe. Nada mais de ser a princesinha da escola. Eu cresci.

Ao dizer isso saiu do carro e Isabelle deu partida no carro para continuar seu caminho até a universidade. Paradas, próximo ao grêmio estudantil, estavam as duas “melhores amigas” de Jaqueline.

Ambas usavam a saia escolar muito acima do permitido e a blusa parecia estar apertada demais para a quantidade de peito que ambas tinham. Elas adoram mostrar o corpo “acidentalmente”.

— Bonjour Jaquet — a morena diz sorrindo ao pronunciar o apelido que haviam dado à Jaqueline no primeiro ano.

— Não me venha com Jaquet. Vocês são duas faltas — Jaqueline diz parando de andar ao ficar de frente às duas garotas. Os punhos fechados e o cenho franzido. Ela desejava bater naquelas duas cobras, porém não o faria no meio da escola.

— O que fizemos Jaquet? — a outra garota, essa loira, diz com o ar inocente.

— Vocês querem espalhar para toda a escola sobre minha virgindade, né?

As duas garotas arregalaram os olhos e se encararam surpresas. Aquele era um plano apenas das duas para derrubarem “o reinado” de Jaqueline e finalmente conseguirem a atenção que tanto desejavam.

— Co-como assim? — uma delas diz, ficando vermelha.

— Vocês são pessoas horríveis, sabia? Não são bonitas, não são sexy e tão pouco amadas — ela estava realmente enfurecida. Com o canto dos olhos pode ver Aaron e Adeline passando pelo corredor, seguidos por Roger e Nicole.

— Ninguém precisa de amigos como vocês! Vocês são verdadeiras inimigas! Enquanto estão juntas, nem dá pra perceber que falam mal uma da outra. Sabia, querida Diane, que ela fala que você tem uma bunda do tamanho de um elefante? — ela continuou a falar, usando toda a ironia que conseguia escarrar — E você, sabia querida Lia, que ela fala que você tem dentes de cavalo?

Ao terminar de falar, simplesmente se virou de costas para as meninas que começaram a discutir entre si. Sua mochila acabou batendo no corpo da tal Lia, que perdeu o equilíbrio e caiu sobre o corpo da outra. Nesse meio tempo, ambas começaram a se estapear e puxar os cabelos uma da outra. Já distante o suficiente para observar o espetáculo, pode ver os professores intervindo na briga das garotas e separando-as à força.

— O que você fez? — Nicole perguntou se aproximando da loira.

— Terminei com uma amizade tóxica.

Nicole sorriu e abraçou a loira, que retribuiu o abraço com o mesmo carinho. Ela não precisava de amigas como Diane e Lia, já que ela havia encontrado amigas tão maravilhosas como Adeline e Nicole.

— Você está bem? — Aaron perguntou. A loira viu de soslaio que o gêmeo mais velho acabara de sair de uma sala de aula seguido de Adeline. Sentiu pena do rapaz, já que era nítido o fora que levou da baixinha.

— Por quê não estaria? — ela sorriu e encarou os amigos — Vamos atrás do Adam, estou preocupada com ele.


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Notas finais do capítulo

Sem glossário.



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