All Out Of Love escrita por Jullie Santana


Capítulo 6
Mergulhando


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, voltei (toda essa rapidez por causa das 50 ameaças de morte que recebi no whats/twitter por causa do ultimo capitulo? talvez haha).

ENFIM, esse capitulo contem putaria, então se você não gosta, para de fingir que eu sei que você gosta sim. Apenas um aviso hsauhsauhsua

Outra coisa, vocês leram a letra da musica no ultimo capitulo? Recomendo, porque vai ser importante para o entendimento desse capitulo aqui, tá?

Sem mais delongas, espero que vocês gostem.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/767051/chapter/6

Quando Tony se levantou do piano, Steve estava parado ao lado do palco. Ele tinha os braços cruzados no peito e uma expressão determinada grudada em seu rosto.

— Vem aqui. – Steve estendeu uma das mãos para ele. Tony agitou negativamente a cabeça, ainda parado ao lado do piano. Suas mãos se apertaram em si mesmas. – Tony, gatinho, você pode vir até aqui ou eu posso ir até ai te buscar, sua escolha.

— Eu... – Tony começou a falar, sem se mover de sua posição.

Aparentemente, seu não movimento foi uma resposta clara o bastante para Steve. As longas pernas dele atravessaram o espaço que restava do palco em instantes. Ele chegou perto, colocou suas mãos na cintura de Tony, o levantou, como se ele pesasse menos que um saco de farinha, e o jogou sobre seu ombro, carregando-o através do palco.

Tony ouviu as exclamações de surpresa dos outros clientes. Dezenas de cabeças se virando conforme Steve se movia pelo estabelecimento com ele jogado sobre seus ombros. Ele o levou para uma escada, estrategicamente escondida na parte de trás do Comando Selvagem e a subiu sem qualquer esforço adicional. Tony não se moveu nem lutou contra aquilo.

Então, Steve o tinha visto cantar.

Aquela era apenas uma música velha, não mudava em nada a situação dos dois.

No alto da escada, ao que parecia, havia um apartamento completamente integrado. A decoração do lugar era completamente masculina e industrial, grandes janelas de vidro nas paredes e porcelanato que imitava cimento queimado no chão. Havia uma cozinha americana à sua esquerda, sofás confortáveis e uma televisão gigantesca a direita e uma cama de casal enorme mais ao fundo.

Steve fechou a porta de madeira escura, que ficava entre a escada e o apartamento, e o colocou no chão entre ele mesmo e a porta. Suas mãos grandes desceram até a cintura de Tony, trazendo-o para mais perto. Havia um olhar no rosto dele, duro, determinado, voraz.

Aparentemente, alguma coisa havia definitivamente mudado.

— O que você está fazendo, Steve? – Ele perguntou. Sua voz entrecortada, seu cérebro preso naquela linha intermediária entre ficar ali e se aconchegar no corpo do outro homem e lutar para sair e ir embora.

Tony inclinou-se para trás e olhou diretamente nos olhos azuis, colocou ambas as mãos no peito largo e parou a aproximação. Ainda assim, os corpos deles já estavam pressionados o bastante.

— Você sabe o que eu disse sobre nós dois conversando quando o expediente acabasse? – Steve perguntou. A voz dele parecia profunda demais. Tony acenou afirmativamente. – Foda-se o expediente, nós vamos conversar agora.

E de repente, Tony não queria mais ter essa conversa.

Aquele era Steve Rogers, segurando-o perto, falando com ele naquela voz profunda e usando palavrões para ilustrar seu humor.

— Eu não tenho certeza de que quero conversar agora.

— Tudo bem, só eu falo então. — Ele sequer piscou diante da negativa de Tony.

— Eu não tenho certeza de que quero isso também... – Ele tentou mais uma vez. Steve abaixou o rosto mais perto do dele, apenas alguns centímetros entre eles agora.

— Desculpe, amor, mas eu acho que nós dois já desperdiçamos tempo o suficiente. – E a voz dele parecia tão firme que fez com que um arrepio corresse para baixo, sob a espinha de Tony.

Não havia muito o que ele pudesse fazer naquela situação. Era um fato que, quando Steve queria algo, ele conseguiria aquilo de uma maneira ou de outra.

— Ok, certo. Em primeiro lugar eu quero que você saiba que o que acabou de acontecer lá embaixo não muda nada. – Tony começou.

— Amor, isso muda tudo. – As mãos de Steve apertaram ainda mais sua cintura e Tony sabia que as marcas dos dedos dele ficariam em sua pele por dias a partir dali. – Muda a porra do situação inteira o fato de que você acabou de cantar Open Arms, do Journey para mim.

— Steve, eu não cantei Open Arms, do Journey para você. – Era uma mentira. É claro que Tony tinha cantado a música totalmente para ele. 

—Gatinho, o bar estava lotado e, ainda assim, era como se só estivéssemos eu e você. 

— Você é um cara grande agora, Steve, você foi só uma sombra na qual eu me concentrei para cantar.

— Essa é a maior besteira que eu já ouvi em toda a minha vida. – Ele rebateu, não comprando a mentira de Tony nem por um segundo.

— Vamos lá, Steve, me solte e então nós podemos falar so-...

— Eu nunca quis te deixar. – Ele o interrompeu bruscamente. Seus olhos azuis nunca pareceram mais sinceros e Tony sentiu algo em seu estomago afundando.

— O-... o que? – A voz de Tony falhou.

— Não foi por sua causa, amor. – Steve continuou. – Eu nunca quis te deixar.

— Isso é o que todo mundo diz.

— É a verdade, Tony.

— Se você nunca quis ir, porque você foi? – Ele perguntou, sua voz mais alta agora. – Porque diabos você me deixou então, Steve?

— Porque eu precisei! – Steve gritou de volta, sem soltá-lo, sem se mover nem um centímetro. – Porque seu pai foi até a nossa casa e-...

— Certo. – A voz de Tony estava pingando sarcasmo agora, ele desviou o olhar. 

— Me ouve, porra! – Uma das mãos em sua cintura subiu até seu maxilar e o fez encara-lo de novo. – Howard foi até o nosso apartamento em Boston. Ele me disse que queria se reaproximar da família, me disse que ele e a sua mãe queriam ficar mais perto de você, mas desde que nós estávamos juntos, eles não tinha nenhuma oportunidade.

— Ah, por favor, Steve, você sabe muito bem que isso é besteira!

— Não, Tony, eu não sei! – Ele continuou segurando o maxilar do moreno, fazendo com que ele o olhasse nos olhos. – Você nunca falava sobre os seus pais, nunca falava sobre a sua casa ou a sua família e quando você falava eu via nos seus olhos como você queria eles por perto, como você sempre quis que eles estivessem lá por você!

Tony sentiu seu próprio corpo relaxando contra as mãos de Steve. Aquela era a verdade. Tudo o que Tony sempre quis foi que seus pais lhe dessem atenção, estivessem com ele, mesmo que apenas por alguns minutos em ligações semanais. Ele queria aquilo mais que tudo.

— Então, quando Howard me disse que eu era um empecilho para o relacionamento de vocês, eu me senti horrível Tony. – Ele completou.

O corpo de Tony deu um empurrão involuntário na direção do outro. Ele odiava que Steve tivesse se sentido assim. Ele odiava o fato de que seu pai havia conseguido convencer a pessoa que ele mais amava no mundo de que ele era um estorvo quando foi o próprio Howard quem destruiu qualquer possibilidade de uma relação familiar saudável.

— Você nunca foi um empecilho para nada, Steve.

— Sim, eu sei disso agora. – Os braços dele subiram, suas mãos envolvendo o rosto de Tony, os polegares acariciando a mandíbula dele. – Gatinho, eu sei de tudo isso agora, mas naquela época eu não sabia e minha vida estava tão complicada, Tony, tão fodidamente horrível...

E Tony se lembrava daquilo também. Ele se lembrava das semanas anteriores ao termino, onde Steve vagava pela casa, parecendo um fantasma. Ele se lembrava de perguntar, diversas vezes, o que estava acontecendo e nunca obter uma resposta apropriada. Tony pensou que talvez, Steve simplesmente tivesse parado de ama-lo.

— Você pegou o dinheiro que meu pai te ofereceu e foi embora, Steve. – A voz de Tony agora era apenas um sussurro. Uma coisinha insignificante e rachada.

— Sim, eu peguei. – Steve confirmou, nenhum indicio de vergonha ou arrependimento em suas feições. – Porque naquele momento eu precisava dele. Eu tenho juntado dinheiro, amor, todo o dinheiro que eu consigo, apenas para te devolver cada centavo do que seu pai me deu naquela época.

— Você não tem o direito de me dizer esse tipo de coisa, Steve. – Tony rebateu, ainda sussurrando. – Você não tem o direito.

— Eu tenho.

— E o que te faz pensar isso?

— Porque no minuto em que você cantou a frase Deitado ao seu lado”* olhando para mim, você se tornou meu homem de novo. – Ele afirmou.

Tony se inclinou para trás, até onde as mãos firmes de Steve o permitiram.

— Não, eu não me tornei.

— Sim, gatinho, você se tornou. – Ele respondeu, e havia um sorriso adornando seus lábios agora. – Você precisa que eu fique* e eu vou ficar com você.

— Pelo amor de Deus, Steve. Foi só uma música! – Tony tentou se afastar outra vez, mas as mãos firmes o mantiveram no lugar. – Você acha realmente que nós vamos voltar a ficar juntos?

— Ficar juntos? Não. – Ele disse, felicidade vazando através de suas feições. – Não, amor, nós vamos voltar a ter um relacionamento. Nós somos casados.

— Você é um idiota. – Tony afirmou, observando o sorriso de Steve crescer ainda mais. – E pare de sorrir para mim, nós não estamos juntos outra vez!

— Me dê uma boa razão pela qual nós não devêssemos estar juntos?

— Hum, eu não sei. – Ele se ajustou nos braços de Steve. – Quem sabe porque você terminou comigo, quebrou meu coração, e me deixou sozinho para reconstruir minha vida sem você por dez anos, Steve!

— E eu vou te compensar por tudo isso, vou te compensar por cada um desses momentos. – Ele respondeu, havia tanta certeza em sua voz que Tony sentiu-se tremer sobre seus pés.

— E quando eu não for o bastante outra vez, Steve? Quando você precisar do meu dinheiro outra vez e só eu não mais for o suficiente? Você vai pegar o que você precisa e ir embora outra vez? Você vai arrancar a pessoa que eu mais amo de mim de novo?

— Isso quer dizer que você ainda me ama?

Steve o puxou para mais perto, nivelando suas respirações.

Amava. Eu superei isso. Meu ponto er-... – Tony parou de falar quando as mãos de Steve voltaram para sua cintura. Ele se aproximou, deixando apenas alguns centímetros entre suas bocas.

— Essa conversa acabou.

Steve fechou a distância entre eles juntando seus lábios em um beijo quente e urgente.

— Eu machuquei você, eu sei. Isso nunca vai acontecer de novo.

Ele sussurrou na boca de Tony.

— Eu te prometo, amor. Eu nunca, nunca vou te machucar outra vez.

Steve distribuiu pequenos beijos estalados pelos lábios e mandíbula de Tony.

— Nós vamos conversar mais tarde e eu vou te contar sobre o que aconteceu e o porquê de eu precisava daquele dinheiro. 

As mãos dele entraram por baixo da camiseta de Tony, esfregando a pele quente, fazendo rastros de desejo incendiarem o corpo dele.

— E eu nunca vou te machucar outra vez.

Tony enroscou os braços ao redor do pescoço de Steve e se impulsionou até que suas pernas estivessem ao redor do quadril dele. As mãos de Steve desceram imediatamente para agarrar sua bunda enquanto a barba arranhava seu pescoço.

Ele o carregou através do apartamento, sua boca ainda trabalhando no pescoço do outro. Tony sabia que haveriam marcas no dia seguinte, marcas que talvez ele não conseguisse esconder apenas com maquiagem, ainda assim, ele não disse sequer uma palavra sobre isso. Não demorou muito até que Tony estivesse caindo de costas na cama de casal com o corpo de Steve pressionado no seu.

A boca dele voltou para cima, finalmente capturando a de Tony outra vez. Suas línguas dançando enquanto Steve sugava cada pedacinho do que restava da sanidade de Tony. As mãos dele arrancando sua camisa, desabotoando os jeans em tempo recorde. Foi apenas quando a camiseta foi arrancada que o olhos de Steve se prenderam no aparelho brilhante e metálico no centro do esterno de Tony.

— Por favor, Steve, nós podemos falar sobre isso outra hora... – Tony implorou com urgência. A testa de Steve se franziu por um instante, antes de suavizar então foi como se eles nunca tivessem sido interrompidos.

Todo e qualquer pensamento coerente simplesmente desapareceu quando Steve puxou o pau de Tony para fora da cueca boxer e o envolveu em seu punho. Ele apertou os olhos com força, sentindo os dedos compridos ao redor de sua glande, estimulando seus pontos sensíveis e Steve engoliu cada um dos gemidos carentes e necessitados em sua boca.

E de repente, o toque parou. Tony abriu seus olhos abruptamente, pronto para protestar, apenas para ser agraciado com a visão do loiro se despindo.

Obviamente, a compleição muscular de Steve sob suas roupas não foi exatamente uma surpresa (Tony já tinha sentido tudo aquilo através do tecido). Os vincos do abdômen trincado, a linha V delineando seus quadris e a leve penugem de pelos claros descendo através do cos da cueca boxer. A maior surpresa foram as tatuagens. Desenhos coloridos e intrincados cobrindo os braços fortes, seguindo pela linha dos ombros e descendo em seu peito. Foi ali que os olhos de Tony pararam. Do lado esquerdo, sobre o musculo definido, havia uma rosa feita inteiramente de engrenagens e metal. Exatamente igual a rosa mecânica que Tony fez para Steve doze anos atrás. O primeiro presente que ele deu àquele garotinho magricela e lindo da estação de metrô.

— Eu quero fazer tantas coisas com você que eu nem sei por onde começar. – A voz rasgada dele tirou Tony de seus devaneios. Suas pupilas estavam tão dilatadas que a parte azul havia se tornado apenas um anel fino.

Ele terminou de puxar as roupas de Tony para fora, seus dedos apertando a pele macia das coxas dele. Separando-o. Expondo-o diante de si.

— Eu preciso que você me diga que você quer isso, gatinho.

E Tony sabia, ele sabia que no instante em que ele dissesse que não Steve iria larga-lo e se afastar o mais rápido possível. Ele sabia. E foi exatamente por isso que ele apertou suas mãos nos antebraços de Steve, trazendo-o para mais perto, friccionando o pênis dele, ainda sob a cueca, com a parte inferior de suas coxas.

— Eu quero que você me foda, Steve.

Foi o bastante para fazer a cabeça de Steve mergulhar na direção dele outra vez.

A ponta da língua contornou os mamilos de Tony, sugando-os em sua boca, fazendo com que o moreno se arqueasse em sua direção. Suas mãos se moveram através dos músculos das coxas torneadas até sua bunda e ele a apertou. O tecido da cueca boxer de Steve estava roçando contra o pênis duro de Tony, fazendo-o se contorcer nos lençóis.

Ele desceu os beijos através do peito e abdômen do moreno, marcando-o enquanto as mãos envolveram suas coxas outra vez e as mantiveram abertas.

— Você confia em mim então? Você confia em mim para fazer o que eu quiser com você? – As palavras fizeram cocegas contra a barriga de Tony e ele se contorceu outra vez.

— O que exatamente você pretende fazer comigo?

Havia um sorriso quase diabólico na face dele quando sua boca desceu até a virilha do outro, envolvendo os lábios macios sobre a glande dele apenas por alguns segundos antes de soltá-lo.

— O que eu pretendo fazer com você? – Ele circundou o pênis de Tony com uma das mãos outra vez, massageando-o para cima e para baixo. Dolorosamente lendo. – Gatinho, eu vou fazer você gritar tanto que amanhã, quando você acordar na minha cama, você vai estar sem voz.

Os olhos de Tony se fecharam outra vez quando a língua de Steve serpenteou por seu pênis sensível. Ele o engoliu por inteiro, fazendo Tony gritar e se contorcer, antes de solta-lo outra vez. Ele levou os próprios dedos a boca, sugando apressadamente, lambuzando-os de saliva antes de leva-los até a bunda de Tony, contornando sua entrada. Provocando.

— Isso aqui é meu, gatinho. – Ele afundou um dos dedos na carne macia, encontrando o ponto sensível de Tony com uma precisão absurda. Fazendo com que o moreno agarrasse os lençóis sob seus dedos. – Você é todo meu.

O indicador se movimentou no interior de Tony por alguns instantes antes de antes do dedo médio se juntar a mistura, Steve agitou-os juntos, acariciando aquele mesmo ponto que fazia Tony querer se abrir ainda mais, se dividir ao meio por aquele homem.

— Eu quero você de quatro, amor. – Ele mandou, retirando os dedos do moreno abruptamente e antes que pudesse pensar racionalmente, o corpo de Tony já estava se movendo para a posição indicada.

Nunca houve um tempo em que Steve não fosse mandão em todos os aspectos de sua vida, e a disposição de Tony para cumprir as ordens dele era algo quase natural.

Ele colocou os joelhos e cotovelos na cama, mantendo a bunda no ar e o rosto enfiado nos travesseiros macios enquanto ouvia Steve se mover pelo cômodo atrás dele, tirando a cueca finalmente, rasgando o plástico metálico da camisinha, se preparando.

            Tony sentiu a mão grande se fechar sobre sua nuca por um momento antes das pontas molhadas dos dedos escorregarem por sua coluna, causando arrepios por todo seu corpo.

            — Você fica tão lindo assim, gatinho. Todo empinado e pronto pra mim. – Ele sussurrou no ouvido de Tony ao se posicionar atrás dele. – Tão lindo.

            A cabeça do pau, completamente lambuzada de lubrificante, provocou a entrada já sensível de Tony. O moreno sentiu suas paredes internas se contraindo em excitação, pequenos pontos de luz branca dançaram sobre seus olhos fechados e pressionados no travesseiro. Tudo ali cheirava a Steve. Tudo parecia certo.

            — Por favor, Steve, por favor, me fode. – As palavras saíram abafadas pelo tecido, mas ele soube que elas tiveram o efeito esperado quando as mãos grandes apertaram sua cintura.

            Levou apenas um segundo para que o pênis dele esteja completamente enterrado na bunda de Tony. A deliciosa queimadura dos músculos e a sensação de amplitude fazendo-o gritar.

            Lagrimas encheram seus olhos. Depois de dez anos, aquela foi a primeira vez que ele se sentiu completo. Cheio. Verdadeiramente preenchido.

            — Você é tão apertado, gatinho. Fodidamente apertado no meu pau. – Steve parecia perdido nas sensações, mergulhado em seu próprio mundo de prazer pessoal. – Gostoso para caralho.

            Ele se moveu lentamente, experimentando a sensação antes de estabelecer um ritmo. Steve sempre foi enorme onde realmente importava e, ainda que Tony gostasse de um pouco de dor, começar devagar era a melhor forma de fazer seu corpo se acostumar com a invasão.

            Aos poucos, os movimentos dele foram criando mais velocidade, as mãos se apertaram na cintura de Tony enquanto ele entrava e saia do corpo dele, seu pau batendo em todos os lugares certos à cada estocada e fazendo com que a mente do moreno mergulhasse naquela sensação maravilhosa de prazer à deriva.   

            Os gemidos de Tony eram altos. Uma mistura estranha entre o nome de Steve e gritos de prazer todas as vezes em que sua próstata foi atingida no processo. Uma das mãos dele desceu cegamente, procurando o próprio pênis para se dar algum alivio, mas Steve o impediu, prendendo seus pulsos no travesseiro com uma das mãos enquanto mantinha o quadril de Tony empinado com a outra. Ele dobrou corpo grande sobre as costas do outro, nivelando o abdômen trincado contra a coluna dele.

            — Steve, por favor, me deix-... – A voz dele rachou, perdida em sensações.

            — Não, você vai gozar só com o meu pau na sua bunda, gatinho. – Ele distribuiu pequenos beijos pela nuca e coluna à sua frente, sem perder o ritmo.

            — Steve, eu não sei se eu consigo-..., por favor... 

            — É claro que você consegue, amor. – Ele garantiu acertando sua próstata com mais força dessa vez, fazendo Tony gritar e se contorcer sob seu corpo. – Você foi feito para isso. Feito para gozar no meu pau.

            E foi isso. A junção do cheiro de Steve preso em suas vias respiratórias, das mãos dele o mantendo cativo, da voz dele em seus ouvidos e finalmente do pau dele enterrado em si que fez com que Tony caísse no abismo mental do melhor orgasmo que ele já teve em toda a sua vida. Sua visão se apagou por um instante, seu cérebro parecia afundado em melaço e a única coisa mantendo seus joelhos dobrados foi a mão de Steve, que ainda estava apertando seu quadril quando ele soltou um gemido profundo e gozou também.      

O loiro ainda distribuiu alguns beijos preguiçosos nas costas dele antes de sair lentamente. Tony o observou, pela visão periférica enquanto ele tirava a camisinha e dava um nó na ponta, jogando-a na lata de lixo próxima a parede. Em menos de trinta segundos, ele estava de volta na cama, ajustando o corpo mole e satisfeito de Tony em seus braços e os posicionando de maneira que ambos tivessem o maior contato pele com pele possível.

Tony ronronou feliz e enfiou o rosto em um dos bíceps tatuados.

— Aí está você, gatinho. – O sorriso era mais que evidente em sua voz. – Eu senti tanta falta de você ronronando para mim depois do sexo.

Tony não respondeu. Os motivos do apelido estupido que Steve havia lhe dado eram a última coisa em sua mente no momento. Pela primeira vez em muito tempo, ele estava feliz, e aquilo foi o bastante por enquanto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Steve esta citando frases da música “Open Arms”, do Journey.

Então gente, espero que vocês tenham gostado do capitulo, me contem o que vocês estão achando da historia e desculpa qualquer coisa aí :D

Até mais.