Eu não podia acreditar que Douglas Maldonado havia me rejeitado dessa forma. Havia gasto minutos me produzindo, não que fosse exatamente para ele, porque eu adorava me produzir, mas ele mal olhou e foi simplesmente dormir.

— Ridículo

Saio do quarto e vou para o meu. Se ele está pensando que eu sou mulher de ser deixada de lado, está muito enganado. Amanhã irei para o clube, com certeza terá algum divertimento para mim. Não preciso dele mesmo.

*

Me espreguiço na cama. Tomo um susto ao ver que dormi demais. Já passava do meio dia. De novo a imagem de Douglas me rejeitando não saí da minha cabeça. Não consigo parar de pensar nisso

— Olá, meu amor. Dormiu bem?

— Bem até demais – eu não ia deixa-lo ver o quanto me abalou ontem a noite

— Que bom. Bráulio servirá o almoço dentre trinta minutos. Ah, eu esqueci de avisar que hoje receberei uma amiga, o nome dela é Silvia Ferrato

— Está bem.

Ele sai e minha vontade de quebrar o cinzeiro é grande, mas me controlo.

Olho meu reflexo no espelho safisfeita. Douglas não iria resistir e mandaria essa amiga embora. Para minha surpresa ao descer já encontro os dois de conversinha e sorrisos

— Paola, quero que conheça minha amiga Silvia. Silvia está é minha esposa

Ok. Ela era arrumada. Sou muito mais eu, obviamente.

— Como vai, queridinha? É um prazer receber uma amiga do meu marido que será minha também, espero.

— Vou bem, claro. Douglas e eu somos amigos há anos.

Ela dá um selinho nele. E o desgraçado ainda sorrir. Douglas Maldonado você vai me pagar muito caro.

— Fico feliz em saber disso

Continuamos a conversar sobre a amizade dos dois. Douglas não para de olhar para ela, sempre prestando atenção. Enquanto que comigo parece desinteressado. Sinceramente me seguro para não perguntar do porquê deles não terem se casado, visto a afinidade evidente. Não gosto nada disso e menos ainda de estar sobrando.

— Bom, eu preciso ir visitar amigas no clube. Adeus

Eu falo e nem se viram para prestar atenção em mim. Que raios estava acontecendo aqui? Será que eles tinham um caso? Por que mesmo eu me importava com isso? Ele podia ter um, eu teria vários.

Ao chegar no clube haviam homens de todo o tipo. Ricaços, sarados, do tipo gigolô.. enfim, as opções eram variadas. Comecei a conversar com senhor Raúl, em determinado ponto da conversa eu parei de prestar atenção não que fosse ruim, mas o fato de Douglas me ignorar e ainda por cima trazer aquela mulher para nossa “lua de mel” me irritou. Era só isso.

— Paola és uma mulher muito distinta. Estou encantado com tu

Sorrio de forma sensual, mas sem um pingo de vontade de continuar ali.

— Eu venho já

Nunca mais voltei. Sai para beber com uma turma de amigos até que um homem bem mais velho começou a flertar comigo e eu acompanhei até o quarto. Ele me beijava com paixão

— Você me deixa doido. Seu corpo cheira tão bem

— Iremos nos divertir muito

*

Chego em casa e tudo está escuro. Bráulio deve estar dormindo. Sigo as escadas. A luz do quarto de Douglas está acesa, acabo ouvindo som de voz de mulher

— O que significa isso?

— Meu amor, que saudade.

— Paola! Douglas sentiu uma dor nas costas e me pediu uma massagem. Mas já estava de saída

Fulmino Silvia com o olhar.

— Você não vai continuar o que ela estava fazendo?

Vou é matar você, desgraçado.

— Claro

Subo em cima dele e começo a apertar com força seus músculos das costas de propósito.

— Ai Paola!!

— Bem feito

Ele se vira me fazendo cair por cima dele, acabo apoiando minhas mãos em seu peito.

— O que se passa contigo?

— Você... Esquece

Fujo para meu quarto, onde eu possa pensar no que está acontecendo comigo.