A Bastarda de Lily Potter - LIVRO 1 escrita por thaisdowattpad


Capítulo 4
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Capítulo Quatro
Você é igual à ela.

— Me xingou de quê? E por quê? — Tori ficou boquiaberta diante da possível ofensa.

— Não estou a xingando, Tori. Preste atenção: a carta não é uma pegadinha e você é realmente uma bruxa. Uma bruxa. Sua mãe e seu pai eram também, a propósito. Harry muito provável que também seja! — senhora Figg explicou aos sussurros, como se tivesse medo em ser flagrada a qualquer momento. 

— Desculpa se isso parecer pergunta de mal criada, mas... Ficou caduca, senhora Figg? — ao terminar de falar, apertou os próprios lábios para não deixar um riso escapar e parecer ainda mais grosseira.

— Não. É tudo verdade! — falou mais alto.

Pareceu se arrepender logo depois, onde encolheu os ombros e ficou olhando para os lados como se fosse ser pega a qualquer momento.

— É tudo um grande absurdo. Até mesmo para mim, que sou apenas uma criança... — a menina tocou a própria testa, pois era muita informação para um momento só.

— Você precisa acreditar. Vai perder muito se recusar o convite! — insistiu Figg, agora se levantando e indo para perto da janela da sala para espiar algo lá fora.

— Eu já não tenho nada mesmo... Virou costume, senhora Figg! — abaixou o olhar.

— Então só me resta mesmo lamentar. Espero que quando for a vez de Harry, ele acredite. Só então você vai perceber o erro que que cometeu! — se afastou da cortina e fixou o olhar em um ponto qualquer.

Aquelas palavras deixaram a Tori reflexiva. Se a carta fosse apenas uma pegadinha, por que seus tios se esforçaram tanto para evitar que ela lesse? Sabia que eles sempre tiveram problemas com humor, mas tudo estava exagerado demais. Até Duda se mostrou ser cúmplice dos pais para evitar que a carta chegasse até ela.

— Eu vou para casa, senhora Figg. Minha tia deve estar surtando. Obrigada por me receber e até logo! — pegou sua carta amassada e praticamente saiu correndo dali.

Mesmo não estando nada ansiosa para voltar para sua casa, não poderia adiar aquela conversa. Seus tios não tinham mais para onde fugir, ela sabia de tudo e faria de tudo por mais respostas.

Juntou toda a coragem possível e enfim entrou em casa, encontrando tudo na completa calmaria, apenas a TV da sala para quebrar o silêncio. Foi até lá, esperando encontrar seu tio Válter.

Para sua surpresa, era Petúnia que estava ali. Parecia que todo mundo havia deixado aquele espaço para uma conversa entre as duas. Até mesmo Harry havia desaparecido.

— Acho que a senhora andou procurando isso, não é? — desamassou a carta e ergueu para que a tia pudesse ver.

Petúnia desligou a TV e virou o rosto devagar para encarar a menina. Seu rosto era inexpressivo. 

— Conseguiu o que queria, não é menina? — diferente de sua expressão, seu tom de voz elevado revelou ainda descontrole.

— Pode parando de gritar, que é a minha vez de falar! — rebateu Tori, com uma coragem que não sabia de onde veio.

— Sua impertinente, como ousa? — a adulta se levantou e apertou os punhos.

— Eu que te pergunto, como ousa ter escondido isso de mim? Que meus pais não eram pessoas... comuns? — ergueu a carta outra vez, encarando a tia com chateação.

Não sabia o motivo, mas estava chateada. Anos com os Dursley e ela já estava acostumada a qualquer tipo de coisa ruim vindo deles, mas ainda assim o conteúdo daquela carta mexeu com ela.

— Por que você acha que eu te devia alguma satisfação? — Petúnia cruzou os braços, indiferente.

— Porque é a minha família. É a minha história e eu não sei nada! — agora lágrimas molharam o rosto da menina, muito mais por raiva do que decepção. 

— Não dou a mínima. E sorte a sua que conseguiu ser mais esperta e roubar uma das cartas, porque eu nunca te contaria uma única palavra. Tudo estava ótimo sem esse mundo de aberrações para se intrometer em nossas vidas! — deu de ombros e falou.

— Não adianta falar nada, tia. Nada vai mudar minha decisão. Eu vou para essa tal de Hogwarts sim, a senhora e o tio Válter querendo ou não. Nunca perderia essa chance única de contrariar os dois! — secou as lágrimas e abriu um sorriso travesso.

Petúnia ameaça avançar.

— Cuidado! — gritou Tori, assustando a adulta — Eu sou uma bruxa e posso explodir essa casa se você relar em mim de novo! — continuou, em um falso tom de preocupação.

Inesperadamente, a adulta não tentou avançar outra vez. Ela ficou parada encarando a sobrinha, onde sua expressão era um misto de nojo com raiva.

— Era de esperar que você fosse como sua mãe. — Petúnia falou — Esquisita, anormal... Com certeza uma aberração da natureza! Não sei por que Válter e eu tentamos impedir o inevitável... — o olhar tornou-se vago.

— Por que vocês fizeram isso, tia? O que há de tão assustador na magia? — perguntou Tori, enquanto se aproximava de mansinho da tia — Eu nunca usaria esse dom para fazer algum mal à senhora, ao meu tio e ao meu primo, que mesmo não fazendo questão, são minha família! — tocou o braço da tia e se encostou, percebendo-a ficar rígida diante do toque.

Foram poucos segundos, mas que pareceram horas. Em anos, aquela era a primeira vez que Tori conseguia se aproximar de sua tia daquela forma. Foi algo tão inédito, que seu coração começou a palpitar. Por um momento, tentou imaginar que todo o sentimento doloroso em ser órfã não existia e isso deu certo.

Até a realidade retornar e Petúnia se afastar com rapidez.

— Você é igual à ela... Igual à ela! — refletiu um pouco mais baixo, mas suficiente para a sobrinha ouvir.

— Que bom que sou igual à "ela", e não igual à senhora! — rebateu, tudo para voltar a monotonia de sempre e esquecer o que havia acontecido ali para não desestabilizar ainda mais sua tia.

◾ ◾ ◾

Mesmo sendo sábado e não tendo trabalho, Tori se levantou cedo e deixou o irmão adormecido no armário deles.

Trocou o pijama por roupas normais, calçou seu único par de tênis e pegou o que restara de sua carta. Estava ansiosa para saber como responder e resolveu esperar a senhora Figg dar algum sinal de que estava acordada, para ir até lá saber mais.

Para sua surpresa, assim que saiu de casa, encontrou a vizinha espiando a janela. Acenou para ela e apontou em direção a porta, para que fosse recebe-la.

— Eu acredito! — Figg mal abriu a porta e Tori desabafou sua empolgação — Acredito na carta, acredito nas coisas que a senhora me falou, acredito que sou uma bruxa, que meus pais eram e que Harry também será. Acredito e quero responder a carta o mais rápido o possível. Acredito, acredito, acredito! — deu pulinhos.

— Shhh... Alguém pode te ouvir, seja mais discreta. — a velhota reclamou, assustada — Entre! — deu espaço para a menina entrar.

— Desculpa, eu mal dormi essa noite doida para encontrar a senhora. Espero que saiba como me ajudar, levando em consideração que sabe sobre "aquele" mundo e sobre eu ser "aquilo".— obedeceu sua vizinha e tentou ser mais discreta.

— Sim, eu sei. Mas vai ter que entregar a carta sozinha. Se seus tios verem uma coruja saindo daqui, vão desconfiar e nunca mais deixarão Harry aqui. E eu não posso me afastar do Harry. Não ainda. — se afastou da porta após tranca-la.

— Por quê? — Tori fez uma careta de dúvida. 

— Vou buscar o pergaminho e a pena. Feche as cortinas para não ter risco de alguém nos espiar! — ignorou a pergunta e desapareceu em outro cômodo.

Sozinha, Tori ficou observando as muitas fotografias de gatos nas prateleiras da sala. Sabia que a velhota amava tanto os bichanos, que havia reservado um quarto só para eles.

Achava tudo um exagero, mas cada um reage diferente ao amor. Figg reagia aos seus gatos tratando-os como filhos. Tio Válter reagia ao Duda comprando mais brinquedos do que os dois braços do menino eram capazes de brincar. Ela reagia ao Harry tentando ser madura para cuidar dele, ao invés de simplesmente ser criança e brincar, tudo para não deixá-lo sentir o tempo todo a falta da figura materna.

— Aqui está. Venha escrever! — Figg voltou e seguiu para a mesa da cozinha.

— O que escrevo? — Tori correu e se sentou em um dos lugares da mesa.

— Que aceita, oras. — a mulher riu — Informe seu nome também. Se quiser ser formal, pode ser! — continuou, colocando um pedaço de pergaminho diante da menina.

— Está bem... — pegou a pena e molhou no tinteiro, conforme a vizinha indicou — Que coisa antiga. Será que lá no mundo você-sabe-o-quê não conheceram as canetas ainda? — reclamou.

— Escreva logo, antes que te vejam saindo daqui. Daqui a pouco os vizinhos começam a acordar... — apontou para o pergaminho e esperou.

— Desculpa, senhora Figg. Acho que perco o foco quando estou empolgada! — lamentou Tori e soltou um risinho.

Então focou no papel e começou a escrever.

◾ ◾ ◾

Como em filmes de terror, Tori saiu da casa de sua vizinha de fininho, temendo ser atacada por um "monstro" a qualquer momento e não conseguir entregar sua carta. Ou pior, alguém descobrir que Figg era sua cúmplice nisso. Mesmo não sabendo o motivo, não queria que a mulher se encrencasse e não pudesse mais ver Harry.

— Cometeu algum crime? — uma voz a surpreendeu.

— AHHHH! — gritou de susto — Ahm, senhor Thompson... oi! — suspirou aliviada ao reconhecer o policial que havia conhecido aquela semana.

— Tudo bem? Parece estar fugindo. — o rapaz quis saber.

— Sim, estou bem. E como o senhor ainda não ficou sabendo por minha legião de "fãs" que eu sou esquisita naturalmente? — apontou para as casas vizinhas à sua.

— Não ligo muito para boatos. — Akin sorriu, achando graça no sarcasmo da menina.

Assim que abriu a boca para continuar a conversa, Tori avistou uma coruja passar por cima de sua casa. Tocou a carta presa no elástico de sua saia e sorriu de um jeito animado.

— Preciso ir agora, senhor Akin. Minha tia está com dores terríveis nos joanetes e vou ajuda-la em casa hoje. Então... tchau! — foi andando de costas enquanto sorria amarelo.

— Melhoras para ela, menina determinada! — o policial usou o mesmo apelido do segundo encontro entre os dois.

— Não sou determinada... Sou só a Tori mesmo, sem nada de especial! — o corrigiu e tocou na maçaneta da porta.

— Tudo bem,  Tori. — assentiu, mas não se afastou dali.

Para o desespero da menina, que queria logo entregar a carta e acabar logo com isso. Não confiava muito em sua sorte e sabia que se demorasse muito, perderia aquela carta como a outra.

— O senhor não tem outro lugar para ir não? — perguntou Tori, ainda sorrindo amarelo para não parecer grosseira.

— Estava esperando você entrar. Só para ter certeza de que chegou em casa bem. É meu dever, sabe? — nem sequer fez menção em se afastar.

— Obrigada. Então... eu já vou. Tchauzinho! — abriu a porta, entrou e ainda espiou Akin antes de fechar a porta totalmente.

Contou alguns minutos mentalmente, perdendo as contas várias vezes devido ao nervosismo, e só então tocou a maçaneta de novo e puxou a porta.

Quase tomou um cascudo no rosto, de alguém que iria bater na porta naquele instante.

— Ai que susto, esquisita! — reclamou Abigail.

— O que foi? Vai me infernizar até em minha própria casa? Não aguentou esperar acabar o fim de semana? — Tori resmungou e tocou sua carta escondida, temendo perdê-la para a colega de classe igual a primeira.

— Calma, eu infelizmente vim em missão de paz! — avisou a menina — Minha mãe quer te agradecer pelo o que fez por mim, mesmo eu não achando grande coisa... Enfim, ela quer que você vá almoçar em casa. — explicou, visivelmente forçada em estar ali.

— Piada, não é? Acha mesmo que eu vou a algum lugar com a senhora? Acha que vou correr o risco de... sei lá, ser vendida para o tráfico de pessoas? Agradeça sua "mãe" por mim! — dito isso, puxou a porta para fecha-la.

— Espera. — Abigail segurou a porta — Não sei que tipo de monstro demonstrei ser para você nos últimos anos, mas eu não venderia nem um cachorro, quanto mais uma pessoa. Aliás, nem sei qual louco te compraria... Enfim, isso não é uma pegadinha, minha mãe quer mesmo te ver. Eu não tenho nada a ver com isso, só tive de vir buscá-la com o motorista... — apontou para o carro estacionado na calçada.

— De qualquer forma, esquece. Meus tios não deixariam! — mentiu, torcendo para que sua expressão de lamento soasse verdadeira o suficiente.

— Quem te disse um absurdo desse, Tori? — Petúnia surgiu de repente, toda simpática — Olá. Abigail McGregor, não é? — estendeu a mão.

— Sim, senhora Dursley. — a citada abriu um sorriso todo doce.

Tori fez uma careta diante tanta falsa simpatia. Conhecia bem sua tia e conviveu o suficiente com Abigail para saber que sorriso doce não era bem a cara delas.

— Eu ouvi que sua mãe quer ver Tori. Fique a vontade para levá-la, eu não vou impedir como ela pensa. Talvez por me esforçar tanto para educar três crianças, eu pareça muito rígida. Mas eu nunca negaria o convite de uma coleguinha de escola da minha sobrinha favorita! — a tia tocou o ombro da sobrinha e aumentou ainda mais o sorriso.

— Que ótimo. Tudo resolvido então? — comemorou Abigail, agora encarando sua colega de classe.

— Quase. — Petúnia respondeu — Tori irá apenas vestir uma roupa melhor, pois foi pega de surpresa e está apenas com trapos. Entre, que vou servir um refresco enquanto ela se arruma! — empurrou a sobrinha e guiou a visita com toda educação do mundo porta à dentro.

— Mas tia, eu não tenho roupas melhores... — estranhou Tori, parada próxima a escada.

— Tem sim. Suas roupas já secaram, lembra que lavei ontem? — piscou discretamente para que fosse acompanhada na mentira — Vá ao banheiro, que eu já levo a roupa! — mandou.

Completamente confusa, Tori subiu para o andar de cima rumo ao banheiro. Realmente não possuía roupas bonitas e de sua idade, todas as saias e vestidos que tinha eram roupas que sua tia não queria mais e adaptava para que coubesse nela.

Então não fazia ideia de onde sua tia encontraria roupas melhores para ela àquela hora da manhã. E estava muito em cima da hora para pegar uma roupa velha e fazer alterações no tamanho.

Assim que entrou no banheiro, ela caminhou para a privada e a usou como acento enquanto esperava o milagre de sua tia.

◾ ◾ ◾

Quando estava quase cochilando sentada, Petúnia apareceu trazendo consigo um vestido infantil, com detalhes em azul e flores pequenas em amarelo e roxo.

— Lembrando que esse vestido não é seu, é só um empréstimo. Se sujar, rasgar ou qualquer outra coisa, estará encrencada para o resto de sua vida! — a mulher avisou, antes de entregar o vestido.

— Se não é meu, por que vou ter que usar? Aliás, por que você tem um vestido de criança? — Tori quis saber.

— Porque não quero que pessoas como os McGregor pensem que seu tio e eu somos desleixados, que deixam os sobrinhos fazerem visitas vestindo trapos. Agora vista-se, e rápido! — empurrou para a sobrinha a roupa e um par de sapatos combinando.

Saiu dali e fechou a porta.

— De quem será esse vestido? — refletiu Tori, encarando a roupa que teria de usar.

◾ ◾ ◾

— Tia, por que esse vestido tem cheiro de naftalina? — Tori surgiu na sala, onde sua tia e colega da escola conversavam.

Assim que olhou para a sobrinha, Petúnia ficou paralisada. A boca se abriu um pouco e ela murmurou algo que ninguém seria capaz de ouvir. Por fim, os olhos ficaram marejados, demonstrando uma emoção que somente ela poderia entender.

— Tia? — a sobrinha a trouxe de volta à realidade.

— É que seu guarda-roupa tem muita umidade, esqueceu? — piscou algumas vezes e disfarçou, dizendo a primeira coisa que veio à mente.

— Mas a senhora não disse que lavou roupa ontem? — estranhou Abigail.

— Sim, mas não achei nada apresentável e tive que recorrer ao guarda-roupa mesmo. E por sorte encontrei esse vestido, que é uma graça! — Petúnia mentiu, agora evitando encarar sua sobrinha.

— É muito lindo mesmo, tia. — Tori tocou no tecido e sorriu — E espero que sua mãe goste, Abigail! — deu uma volta e faz graça.

Obviamente nem a tia, muito menos a colega acharam ou demonstraram graça. 

— Acredite, ela não repara nem em mim, que sou maravilhosa, acha que vai reparar no que você veste? — resmungou Abigail, enquanto revirava os olhos — Enfim, vamos logo. Tchau, senhora Dursley. E obrigada pelo refresco! — entregou o copo e praticamente arrastou Tori pelo braço.

◾ ◾ ◾

— Abigail, por que falou aquilo sobre a sua mãe? Quando você me disse que ela me convidou, pensei que fosse uma mãe legal... — perguntou Tori, após minutos em silêncio dentro do carro.

— Não fale comigo antes que entrarmos em minha casa. Não sei se esqueceu, mas eu ainda não te suporto, esquisita! — respondeu Abigail, ríspida.

O motorista deu uma olhada pelo retrovisor, desaprovando aquele atitude da menina.

— Espero que ela não seja uma versão original sua... — murmurou a visita.

— O que disse? — Abigail pareceu não entender.

— Nada. Eu gosto de falar sozinha. Sou esquisita, lembra? — mentiu e abriu um sorriso amarelo.

— Af, que esse dia acabe logo! — cruzou os braços, emburrada.

— Abigail, sabe que eu também não estou feliz em estar aqui com a senhora. Eu preferia estar no meio de um fogo cruzado, do que indo para a sua casa. Então já que concordamos uma com a outra nisso, será que não dá para ter uma trégua? — pediu Tori, já cansada daquela birra toda.

— Não vou ser legal com você! — Abigail encarou a colega como se tivesse ouvido a coisa mais absurda do mundo.

— Ótimo. — tirou o cinto de segurança e se inclinou para falar com o motorista — O senhor pode parar? Eu vou voltar para casa! — avisou.

— Tudo bem... — concordou a menina — Uma trégua sim, mas que termina assim que minha mãe sair de perto. É isso ou nada! — impôs suas condições. 

— Feito! — Tori voltou a colocar o cinto.

O silêncio voltou a dominar o ambiente pelo restante do caminho. 

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