A Bastarda de Lily Potter - LIVRO 1 escrita por thaisdowattpad


Capítulo 31
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Capítulo Trinta e Um
O flagra de Cedrico.

No café da manhã, Tori foi surpreendida quando viu Fred, Jorge e Lino sentados com o pessoal do Time. Eles pareciam conversar de um jeito animado, o que a deixou um pouco feliz. Pouco porque mesmo se os dois grupos de amigos estivessem juntos, ainda faltavam três pessoas para ficar completo.

Logo depois, Tori e os três amigos seguiram juntos para a aula de DCAT, que seria a primeira naquele dia e dividiriam com a Corvinal. No meio do caminho encontraram Jeniffer, que se juntou ao grupo.

Assim que chegaram na sala, perceberam que Bangles já estava ali e estava meio pálido. Ele parecia tentar prender a atenção em um livro, mas com muita dificuldade.

— Bom dia, professor! — Jeniffer o cumprimentou, enquanto o olhava de maneira estranha.

— Olá, Jeniffer. Como vai? — ergueu os olhos e fechou o livro.

— Bem, e o senhor? — devolveu a pergunta.

— Bem também. Se importa de se sentar? Vou começar a aula. — apontou para o fundo da sala e se levantou.

A menina obedeceu, assim como os outros quatro que estavam juntos. Tori ainda parou na metade do caminho e olhou o professor, recebendo um sorriso tranquilizador como resposta. Ela seguiu para perto dos amigos e se sentou ao lado de Lino no mesmo lugar de sempre.

— Bom dia, classe! — cumprimentou — Sem mais delongas, vamos começar a aula de hoje. — falou e se virou para a lousa, movendo a varinha algumas vezes até o desenho de uma espécie de aranha gigante aparecer.

— Nossa! — a sala toda ficou boquiaberta.

— Incrível, não é? Mas não tão incríveis quando vocês tem o azar de cruzar o caminho delas. Apesar de serem dotadas de fala humana e entenderem perfeitamente o que falamos, as Acromântulas não são criaturas muito amigáveis, assim como não são treináveis. — explicou Bangles, agora passando a varinha em volta do desenho — Por geralmente ultrapassarem quatro metros, não é qualquer feitiço que é capaz de as repelir. O feitiço de maior sucesso é... — parou de falar quando uma tosse estranha surgiu.

Bangles tentou continuar logo depois que sua tosse parou, mas logo foi surpreendido por uma nova crise. Ele tocou a própria barriga e logo depois vomitou nos próprios pés, parando apenas com uma nova crise de tosse. Todos os alunos ficaram paralisados com aquilo, enquanto Tori pulou da cadeira e correu para ele.

— Professor! — gritou muito assustada.

Ele a encarou como se tentasse falar algo, sem sucesso. E pouco antes da menina chegar perto o suficiente, o homem caiu no chão e ficou imóvel.

— O que estão esperando? Vá alguém chamar por ajuda! — gritou para o restante da sala, enquanto se abaixava perto do corpo inerte e ficava o observando sem saber o que fazer — Professor, por favor... — choramingou baixinho.

Depois de alguns minutos muito demorados, Jorge surgiu acompanhado de Filch e Dumbledore, que estavam alarmados.

— Padr... senhor Dumbledore, ele está morto? — Tori soluçou e apontou para o corpo inerte de Bangles.

— Creio que não, Victória. Mas não se preocupe, Papoula cuidará de tudo! — Dumbledore respondeu e fez um gesto com a varinha, fazendo o corpo do desacordado flutuar — Filch, fique para cuidar da turma enquanto a próxima aula não chega. — pediu ao zelador, que assentiu com um contragosto visível.

Dumbledore saiu apressado da sala, deixando todos os rostos muito apreensivos, mas nenhum se comparando a Tori, que estava devastada.

— Todos em seus lugares e em silêncio. Um pio e serão presos de cabeça para baixo! — ameaçou Filch.

— Pio. — Fred o desafiou, causando risinhos por toda a sala.

— Moleque, você de novo? Vai me pagar! — Filch mancou até a mesa de Fred.

— Pio. — Jeniffer também se envolveu, fazendo o zelador encará-la.

— Pio. — Jorge também falou, agora sendo o foco no olhar.

Um a um, os alunos da Grifinória e parte dos alunos da Corvinal se envolveram no afronte, deixando Filch muito irritado e perdido. Ele acabou grunhindo e saiu mancando em direção a mesa de Bangles.

— Diabo! — gritou assim que pisou no vomito do professor — Volto em um instante. Estou avisando, se comportem! — ameaçou a saiu da sala.

Assim que a sala ficou livre de responsáveis, todos começaram a comentar o ocorrido. Tori seguiu ainda desnorteada em direção aos amigos, se jogando na cadeira ao lado de Lino e suspirando.

— O que foi aquilo? — Lino perguntou, enquanto encarava os outros três amigos.

— Não é óbvio? O professor Bangles capotou! — respondeu Jorge, recebendo um olhar torto de Tori — Foi mal. Esqueci que ele virou seu amiguinho nos últimos meses, mesmo dando aulas tão chatas e monótonas! — se desculpou.

— Não é culpa dele que o Ministério se intrometeu na forma que ele dava as aulas! — rebateu Tori, passando a manga no suéter nos olhos.

— É, tem isso. — o menino concordou.

A aula vaga seguiu com muito falatório, mesmo com o retorno de Filch logo depois.

◾ ◾ ◾

Nas aulas seguintes, tudo girava em torno do ocorrido ao professor Bangles, todos ansiando por notícias. Mas ninguém sabia de nada.

Pouco antes do fim da última aula antes do almoço, Tori pediu permissão ao professor Binns para ir ao banheiro e ele lhe concedeu.

Obviamente ela não foi para o lugar que disse que iria, contornando o caminho até a Ala Hospitalar mesmo se foi expulsa por Pomfrey na última vez. Seu sangue gelou quando encontrou a mulher de saída, que a recebeu com um olhar zangado.

— Não deveria estar em aula? — a curandeiro a encarou.

— Sim, mas pedi para ir ao banheiro e o professor Binns deixou. — respondeu, enquanto cruzava as mãos nas costas.

— A senhorita está um pouco longe do banheiro das meninas, notou? — arqueou as sobrancelhas.

— Eu sei, mas foi só uma desculpa para ter notícias do professor Bangles... — Tori confessou e sorriu amarelo.

— Mentir se tornou sua especialidade esse ano, pelo o que pude notar. — Pomfrey observou e voltou a sair andando.

— Olha, senhora Pomfrey, me desculpa por aquele dia. Eu realmente precisava falar com os meninos ou eles voltariam aqui todo santo dia. Eu só quis ajudar, mesmo se de um jeito errado. Eu sinto muito! — se desculpou enquanto seguia a mulher no mesmo ritmo dos passos.

— Está certo, Victória. Mas que isso não se repita. Fiquei muito chateada com a senhorita! — disse ela, enquanto encarava a menina de rabo de olho.

— Sinto muito... Mas então, como o professor está? O que ele tem? — levou a mão ao pulso num gesto nervoso.

— Está bem e devidamente tratado, só isso que vou dizer. Agora com licença! — dito isso, Pomfrey apressou os passos e logo sumiu de vista.

— Mas senhora Pomfrey... Poxa! — lamentou Tori, enquanto suspirava pesado e começava a caminhar para o Salão Principal.

◾ ◾ ◾

Assim como no café da manhã, no almoço Tori e os amigos se sentaram com o pessoal do Time. Eles estavam um pouco murchos enquanto comentavam sobre Quadribol e o quanto o placar deles estava na pior, só sendo melhorado por estarem à frente da Sonserina pelo menos.

Não querendo se intrometer no assunto deles, Lino encarou os amigos e puxou um outro assunto.

— Tori, uma coisa que você esqueceu de comentar: aquela história do namoro era verdade? — perguntou para a amiga, que largou seu garfo e suspirou.

— Bom, meninos... É sim. Foi por isso que me assustei com a aproximação repentina do Lino, eu não queria ser traíra! — a menina se explicou, um pouco murcha — E me desculpem por ter escondido isso, eu só não queria que a amizade com os senhores mudasse... — soltou um novo suspiro.

— Não vai mudar. Não no que depender de mim! — Jorge deu seu apoio, recebendo um sorriso aliviado da amiga.

Lino e Fred se entreolharam e ficaram calados. Jorge acertou uma cotovelada no irmão, que soltou um guincho e retribuiu com um cascudo nele.

— Depende muito de quem seja seu namorado. Não vou aguentar nenhum chato de galochas só porque você aguenta! — Fred avisou, enquanto esfregava o local atingido.

— Quem é? — perguntou Lino.

— Os senhores tem de me prometer que não vão perseguir ele. Ele é legal e não merece comer os doces malucos que os senhores inventam! — pediu, um pouco insegura que aquilo seria mesmo concedido.

— Fala logo, senhorita. — insistiu Fred.

— Ok... É o Cedrico! — Tori respondeu e segurou o pulso.

— Aquele sem graça do Cedrico? Francamente, Tori... — reclamou Jorge, fazendo uma careta descontente.

— Não era você que não queria saber dessas coisas? Muda de opinião muito rápido... — Lino também reclamou, enquanto pegava seu garfo e cutucava a comida.

— Eu não tive culpa, aconteceu... E não comecem a brigar comigo, por favor. Eu já estou no limite de tanta briga! — a menina suplicou e seus olhos se encheram de lágrimas.

— Tem razão. — Fred concordou com ela — Lino, pare de frescura. Ninguém é obrigado a retribuir seus sentimentos! — revirou os olhos.

— Tudo bem. Só é estranho. Mas tudo bem, eu não poderia mesmo competir com o Diggory. Ele é meio bobo, mas é inteligente, parece ser bonito na opinião da maioria das meninas do nosso ano e também deve ser bem sortudo. — deu de ombros e ficou um pouco desanimado.

— Quanto elogio, Lino. Está apaixonado pelo Cedrico? — debochou Jorge, causando risos no irmão.

— Cale a boca, tapado. Gosta tanto de caçoar dos outros, mas nunca te vimos com ninguém também! — rebateu Lino, agora sendo sua vez em rir.

— Toma. — Tori debochou e começou a rir junto com o menino.

— Oras, minha beleza toda não é para qualquer uma não! — se justificou Jorge, dando de ombros.

Aproveitando que os amigos entraram em um assunto aleatório e meio bobo, Tori se levantou de seu lugar e foi para o espaço vago ao lado de Olívio, que havia terminado sua conversa e estava desanimado.

— Tudo bem? — iniciou a conversa com uma pergunta bem óbvia.

— Não muito. O goleiro reserva não tem tanta sincronia quanto eu tenho com o time. Ele não treinou o tanto que eu treinei, não podemos culpá-lo, ele está tentando. Provavelmente vamos perder o Taça, mesmo Carlinhos sempre pegando o Pomo. Sonserina está péssima tanto quanto estamos, o que nos serve de consolo. Corvinal ou Lufa-Lufa levando, por mim tudo bem, mas eu preferia a Grifinória mesmo... — Olívio desabafou e empurrou seu prato para frente, disposto a não mais comer.

Tori tocou a mão dele com as suas duas e apertou de leve, tentando passar seu apoio.

— Não fique assim, Olívio. Ano que vem o senhor vai voltar para o time e a Taça de Quadribol será da Grifinória. Só não fique com essa cara chocha. É só uma fase, não é senhor mesmo que diz? — ela o consolou, enquanto dava tapinhas nas costas da mão do amigo.

— É, tem razão. — ele conseguiu rir.

— Eu sempre tenho! — gabou-se e jogou os cabelos para trás.

◾ ◾ ◾

A semana seguiu com as aulas vagas do professor Bangles, algumas delas sendo ministradas pelo professor Snape, para o contragosto de todos. O sumiço do professor de DCAT fez com que Tori acreditasse que Pomfrey mentiu sobre o estado de saúde dele, o que a deixou murcha e preocupada durante todos os dias.

No sábado, acordou muito antes que todos, cerca de uma hora antes do café da manhã, e caminhou de fininho para os terrenos de Hogwarts. Assim como da outra vez, tomou cuidado com Hagrid enquanto seguia para a Floresta Proibida e conseguiu passar pela cabana sem ser vista.

A contagem de cerca de vinte árvores foram chegando, quando Tori começou a ouvir passos e foi obrigada a sacar sua varinha. Ela prendeu a respiração e ergueu o braço, apontando para frente.

A vigésima árvore chegou e Tori acabou encontrando alguém de costas, erguendo seu braço e prestes a atacar. Foi quando a pessoa se virou, deixando visível um rosto conhecido e que fez a menina soltar um suspiro alto de alívio.

— Professor Bangles... — guardou sua varinha outra vez e caminhou até ele — Onde é que andou? Todos sentiram sua falta! — perguntou.

— Olá, Victória. Eu estive melhor no mesmo dia, mas Dumbledore achou melhor que eu tirasse uns dias de descanso. Resolvi voltar hoje, mas antes vim dar uma olhada no nosso amiguinho aqui... — Bangles explicou, enquanto se inclinava para a gaiola e a abria.

Assim como da outra vez, o Barrete-Vermelho saiu de fininho, olhando tudo ao redor com curiosidade. Primeiro olhou para Bangles, para só então focar em Tori e avançar. Ele correu tão rápido quando antes, pulando sobre a menina e a derrubando.

Em vez de atacar, ele passou as garras pelos fios longos e avermelhados da menina, como se os tivesse penteando.

— Totó, já disse que tem que parar de ser tão brutinho! — se divertiu e se sentou, permitindo que a criatura continuasse mexendo em seu cabelo.

— Incrível isso. Um quase matou o outro e ainda assim se tornaram amigos! — o professor gargalhou e apertou o queixo.

— Ninguém resiste ao meu charme... — Tori se gabou, mas foi surpreendida por um puxão no cabelo — Ai! Tudo bem, eu estou brincando, Totó. — riu.

— Acho que precisamos ir, antes que Hagrid nos encontre na metade do caminho! — disse o professor, se abaixando perto da gaiola outra vez e a fechando — Hoje é dia dele caçar na floresta, pois o chapéu está perdendo a cor avermelhada. Mais tarde ele retorna. — avisou.

— Trate de se comportar por aí, Totó! — Tori o afastou dos cabelos dela e se levantou.

O Barrete-Vermelho encarou as duas pessoas com certa curiosidade, antes de se virar a sair correndo pela floresta.

— Eu sempre tenho medo dele não voltar. É uma boa criaturinha, afinal... — a menina suspirou.

— Não era boa, mas se tornou. Só que você deve saber que não devemos confiar totalmente, então não tente vir até aqui vê-lo quando eu não estiver. Não quero que seja surpreendida! — Bangles colocou sua bolsa no ombro e fez um gesto com a varinha, fazendo o chão sugar tudo que iria deixar ali.

— Me desculpa, professor. Eu só fiquei preocupada dele estar sozinho todos esses dias. Por isso eu vim. — se desculpou, enquanto começavam a caminhar de volta para os terrenos de Hogwarts.

Os dois caminharam por algum tempo, conversando sobre a Floresta e fazendo uma espécie de revisão sobre coisas que estudaram nas semanas anteriores.

O papo estava divertido, quando ouviram alguém se aproximando sem a intenção em disfarçar. Tori cogitou ser Hagrid, mas pelos passos leves parecia alguém bem menor. Bangles ergueu a varinha e ficou em posição de ataque, causando estranhamento na menina.

Até que um rosto conhecido surgiu, fazendo os dois baixarem a guarda.

— Cedrico, o que está fazendo aqui? — Tori o encarou, ofegante de surpresa.

— Eu é que te pergunto! — resmungou — Tori, aqui é proibido para os alunos, esqueceu que aqui tem várias criaturas que podem te matar? — tremeu enquanto olhava pelos ombros.

— Sim, e eu estava estudando para me defender de cada uma delas. Não se preocupe. — a menina mexeu os ombros.

— Tori... — Bangles interveio.

— Professor, não vamos ter uma boa desculpa agora e Cedrico é muito esperto. Já era! — se virou para o adulto e jogou os braços para o ar — Ele é confiável, não vai nos entregar. Deixa comigo. — pediu.

— Entregar o quê? Desses passeios estranhos por aqui? E por que o professor Bangles está aqui, quando todos pensavam que ele estava morrendo? Tori, me explique! — Cedrico a encheu de perguntas e cruzou os braços.

— Cedrico, esse era meu segredo que tanto tive medo de contar para as meninas. Estou tendo aulas práticas com o professor Bangles, porque ele viu potencial em mim e tal... — Tori explicou, indo para perto do menino.

— Isso é egoísta demais. Enquanto aos outros alunos? Dane-se eles? — o Lufano se irritou mais ainda.

— O professor continua dando aulas teóricas e é tão bom quanto em aulas práticas... — argumentou Tori, um pouco sem jeito.

— Ouvir não é o mesmo que praticar. Estou decepcionado e não sei se quero fazer parte disso! — tentou se virar para sair dali, mas foi puxado pelo braço.

— E continuaria decepcionado se o senhor fizesse parte das aulas? — abriu um sorriso amarelo, enquanto o soltava.

— Bom, eu... — ponderou um pouco.

— Tori, eu teria que começar do zero com ele. — Bangles se intrometeu, deixando claro que aquela ideia não era muito boa.

— Não se preocupe, professor. Eu faço um resumão para ele e de noite o senhor ensina a prática. Até onde eu sei, Cedrico é um aluno em destaque dos primeiranistas da Lufa-Lufa, vai pegar tudo mais rápido do que eu! — defendeu sua ideia.

— Bom, isso é. — concordou o professor.

— Então! — a menina sorriu animada.

— Eu não disse que queria. E não quero fazer parte dessa confusão toda, não quero me encrencar. Tori, você está muito frita se alguém descobrir isso! — Cedrico tocou os cabelos e os bagunçou de um jeito nervoso.

— Mas não vão saber. O senhor está em um lugar proibido assim como eu estou fazendo algo proibido. Estamos no mesmo barco. Se nos entregar, o professor e eu vamos te entregar também! — a menina tirou uma carta da manga e o encurralou.

— Ah, droga! — soltou os braços ao lado do corpo, derrotado.

— Agora eu que te peguei, não é mesmo? — a menina riu.

— Tudo bem, tudo bem... Eu aceito, mas saibam que não estou feliz com isso. É errado! — ele aceitou, mesmo contrariado.

— Errado é impedir o aprendizado. — Bangles se envolveu outra vez.

— Exatamente. — Tori soltou um risinho e encarou o namorado — O que foi isso na sua perna? — reparou um pequeno rasgo no joelho da calça.

— Nada, eu só levei um tombo terrível tropeçando numa raiz ali atrás. Mas estou bem. — disse Cedrico, erguendo um pouco a perna e puxando a fenda do tecido, revelando um pequeno corte.

— Tenho uma boa Poção para isso. Um momento. — Bangles se abaixou e começou a revirar sua bolsa.

O adulto mal se abaixou, quando algo pulou muito rápido por cima dele, passando por cima de Tori e caindo sobre Cedrico. Ele caiu, ao mesmo tempo que a menina gritava ao reconhecer quem estava ali e o professor sacava sua varinha.

— Totó, não! — gritou Tori, enquanto ia acudir o namorado.

Mas o Barrete-Vermelho acabou sendo levitado por magia, sendo puxado para longe de Cedrico que, por sorte, não havia sido mordido.

— O que é isso? Espera... Totó? — Cedrico gritou um pouco irritado, enquanto se levantava do chão.

— Morte ao desavisado... — Bangles e Tori falaram ao mesmo tempo, assim como riram.

— Esse é o Totó e ele é um Barrete-Vermelho. Ele estava caçando para tingir o gorro dele, que está quase sem a cor vermelha, e então deve ter se atraído por seu sangue. Mas não se preocupe, ele é gentil e não vai mais atacar o senhor! — a menina explicou, enquanto encarava a criatura que tentava a todo custo se livrar da magia.

— Aplique sobre o ferimento de Cedrico, que vou segurar o "Totó" por aqui até que vocês estejam em segurança. — o professor pediu e voltou a caminhar para dentro da Floresta.

— Céus! — o menino se sentou, um pouco desnorteado — Aulas particulares secretas, aulas particulares secretas e na Floresta Proibida, um Barrete-Vermelho como mascote, um Barrete-Vermelho com o nome de Totó... Tori, você é completamente maluca! — jogou as mãos para o ar.

— Não se preocupe, Cedrico, está tudo sob controle! — ela sorriu para tranquiliza-lo enquanto se abaixava e colocava a poção no ferimento.

— Não sei não. — ele duvidou, enquanto encarava o rosto otimista da namorada

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