A Bastarda de Lily Potter - LIVRO 1 escrita por thaisdowattpad


Capítulo 21
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Capítulo Vinte e Um
Natal em Hogwarts.

Os dias passaram lentamente até a chegada do feriado. Todos estavam ansiosos para o Natal e comentavam isso a cada semana de dezembro que ia chegando ao fim.

Até que chegara o dia em que os alunos embarcariam no Expresso de Hogwarts, tornando o café da manhã muito barulhento.

— Tori, vamos ir falar com a McGonagall agora? Parece que ela já terminou o café! — Olívio perguntou para Tori, que vagou o olhar até a mesa dos professores e assentiu.

— Vamos sim. — sorriu e puxou as pernas para se levantar.

Os dois amigos caminharam para onde a professora estava sentada. A mesma ficou os encarando com curiosidade, enquanto iam chegando cada vez mais perto.

— Bom dia, professora! — Olívio sorriu todo simpático.

— Bom dia, senhor Wood, senhorita Evans! — cumprimentou aos dois.

— Bom dia, professora McGonagall! — Tori respondeu, abrindo um sorriso nervoso enquanto apertava seu pulso.

— O que desejam? Não creio que pararam de comer só para me cumprimentar. — a mulher os encarou por cima dos óculos.

— Tem toda razão, professora. Nós viemos com um objetivo! — Olívio ainda sorria — Um pedido, na verdade... — confessou.

— Pois diga logo, que o café está quase para terminar! — ela cruzou as mãos sobre a mesa e esperou.

— Tori recebeu um convite de almoço dos meus pais no Natal. — o menino começou.

— Muita gentileza deles, mas até onde me lembro Evans não tem autorização para sair. — McGonagall o lembrou.

— Nós sabemos, mas... — ele tentou continuar, mas foi interrompido.

— Se veio pedir para que ela saia sem autorização, estamos perdendo tempo aqui. Está fora de cogitação! — negou.

— Mas professora, o chalé dos meus pais é em Hogsmeade, é aqui perto e nós não iríamos demorar! — Olívio insistiu em argumentar.

— Os senhores não vão mesmo demorar... Porque Tori não vai! — disse McGonagall, decidida.

— Ela vai ficar sozinha, pensa na tristeza dela... — o garoto dramatizou.

A professora olhou para Tori, que estava inexpressiva encarando a conversa dos dois. Quando reparou estar sendo observada, ela fez cena usando um biquinho de mágoa.

— São regras da escola, infelizmente. Se eu liberar um aluno, outros vão querer ter o mesmo direito e eu ficarei encurralada na situação. Evans não vai sair e não adianta insistir! — dito isso, McGonagall se levantou — Com licença, senhores! — se retirou dali.

Olívio ficou visivelmente chateado enquanto seguia a professora com o olhar, até que ela sumisse por uma porta atrás da mesa dos professores.

— Não fique assim, Olívio. Eu vou ficar bem. São só uns dias e eu vou até usar eles para estudar. Nem vou ver o tempo passar e logo todos estarão de volta! — Tori tentou consolar o amigo, que estava com uma expressão contorcida entre raiva e chateação.

— Ainda assim, não é justo! — protestou, enquanto voltavam para a mesa da Grifinória.

— Minha tia costuma dizer que a vida não é mesmo justa... — soltou um risinho ao se lembrar da tia.

De volta à mesa, Olívio foi para junto dos amigos do time e Tori foi para junto dos seus.

— E aí, como foi? — Rita perguntou assim que a menina se sentou.

— Ela não deixou. — Tori suspirou e ficou com uma expressão um pouco murcha.

— Eu disse! — lembrou Fred, enquanto soltava uns risinhos maldosos.

Tori lançou um olhar desagradável para ele, depois o desviou e puxou as pernas para fora do banco outra vez.

— Terminei de comer. Com licença! — se levantou e saiu apressada para fora do salão.

Assim que encontrou uma das muitas escadas do castelo, ela se sentou no degrau e ficou encarando seus joelhos. Um tempo depois não os enxergava direito, devido as lágrimas que dificultavam sua visão.

— Ah não, Tori. Não, não, não. Não precisa chorar, eu só estava brincando! — Fred surgiu correndo e se ajoelhou na frente dela — Me desculpa, senhorita. Por favor! — suplicou.

— Fique calmo. Não estou chorando pelo o que disse. Estou chorando porque isso me fez cair na realidade e isso doeu... — fungou — Eu aceitei o almoço no Olívio porque isso ia me distrair do orgulho dos meus tios, que não me deixaram ir para casa para ficar com o Harry como em todo Natal. Agora vou ficar lembrando que ele está sozinho, que vai passar vontade de comer a ceia toda dos Dusrley sozinho, que ninguém vai abraçar ele pela manhã... Eu achei que já tinha me acostumado com a distância, mas eu só estava disfarçando e ainda dói muito! — escondeu o rosto nas mãos e voltou a chorar.

O amigo acabou se sentando ao lado dela e a abraçando todo desajeitado. Ele não disse nada, só ficou dando seu consolo em companhia.

Se afastou apenas quando ouviu passos se aproximando dali, então se levantou e ficou cochichando por alguns minutos.

— Tori? — Fred a chamou um tempo depois.

A menina ergueu o rosto e viu que não só Fred, como Jorge e Lino também estavam ali. Os três se aproximaram para agachar diante da menina.

— Queremos que fique com o Mapa do Maroto durante o feriado. Aí quando estiver chateada, você sai para explorar o que quiser! — foi Jorge quem falou dessa vez.

— Perderam o juízo? Eu não quero uma detenção de presente de Natal! — ela secou o rosto com a manga da blusa.

— Não vai acontecer nada, fique tranquila. É só você não deixar de olhar para o Mapa, aí vai saber quem está se aproximando de onde você está. É tão simples! — Fred explicou.

— Simples para os senhores, que já estão acostumados com detenção. Eu não quero mais problemas. Eu vim com a intenção de ser tão boa quanto meus pais eram, mas não consegui ser boa em nada até agora. Então por enquanto vou ficar quieta, sem mais problemas! — Tori balançou a cabeça em negativa.

— Você quem sabe. Mas de qualquer forma, guarde com você. Não podemos correr o risco da nossa mãe encontrar. Ela arrancaria nosso couro! — tirando o mapa que estava preso no elástico da calça, Jorge entregou para a amiga.

— Vai ficar no fundo do malão, já logo aviso! — disse, enquanto pegava e também o escondia na cintura.

A conversa foi finalizada com a saída dos alunos do salão principal, que estavam mais barulhentos do que antes. Tori se afastou da escada e ficou perto dos amigos.

— Acho que já vamos, então vamos nos despedir. — Lino olhou a movimentação e depois para os amigos.

— Dá aqui um abração, nossa chorona favorita! — Fred puxou Tori para um abraço.

— Esperem por mim! — disse Jorge, pulando nas costas do irmão e quase o derrubando.

Tori riu das trabalhadas dos dois e se afastou um pouco, temendo que eles caíssem em cima dela.

Pouco tempo depois as meninas chegaram para a despedida e o grupo ainda teve alguns minutos de risos, até Carlinhos aparecer e começar a direcinar os alunos do primeiro ano até a saída.

A despedida foi mais fácil do que Tori imaginava. Mas ficar sozinha já começava a trazer lembranças de Little Whinging até ela.

Sua única saída foi correr para a comunal da Grifinória para procurar algo para se distrair.

◾ ◾ ◾

Na véspera do Natal, um jantar especial seria servido para todos aqueles que ficaram em Hogwarts. Ainda assim, os alunos não se animaram muito. Isso incluía Tori, que estava cansada de revisar matérias para ocupar a mente. Seus amigos faziam muita falta.

Enquanto caminhava preguiçosamente para dentro do salão principal, Tori pensou estar delirando. No lugar das quatro mesas havia apenas uma. Ela chegou a olhar em volta procurando as outras três, mas não viu nada além de uma gigantesca árvore toda enfeitada e outros detalhes natalinos.

— Olá, Victória. — uma voz conhecida a cumprimentou.

Ao se virar, Tori se deparou com Dumbledore, que usava vestes avermelhadas. Ela sorriu um pouco ao assemelhar o homem ao Papai Noel.

— Olá, senhor Dumbledore. Quanto tempo não conversamos! — devolveu o cumprimento.

— Sim, sim. Por isso eu resolvi passar o Natal aqui esse ano. Não seria justo eu te convencer a vir para Hogwarts e depois abandona-la, não é mesmo? — cruzou as mãos nas costas.

— Não se preocupe, senhor. Eu estou sobrevivendo à ausência dos meus amigos e pretendo continuar. — sorriu o mais verdadeiro que conseguiu.

— Vamos nos sentar? O jantar já vai começar! — ele a chamou para se aproximar da única mesa.

— Senhor, por que uma única mesa? Isso acontece todos os anos? — perguntou Tori, enquanto se sentava em um lugar vago e estranhava o fato do Diretor se sentar ao seu lado.

Essa atitude pareceu causar estranheza em todos os outros alunos ali presentes, que cochichavam e não disfarçavam o olhar curioso.

— Esse ano resolvi fazer algo diferente, levando em consideração que poucos alunos ficaram. Para ninguém ficar só, achei que uma única mesa seria útil para um jantar agradável. — o velhote explicou.

— Jantar agradável... entendo. — o olhar da menina vagou até Marcus Flint, que havia se sentado em sua frente e parecia mais emburrado que o normal.

Dumbledore se levantou e bateu um talher em uma taça algumas vezes, atraindo a atenção de todos da mesa.

— Boa noite à todos. Boa noite! — cumprimentou a todos — Antes do banquete, tenho algumas palavrinhas: suco de abóbora, coxa de frango, tortinhas. Obrigada! — e voltou a se sentar.

Assim como no começo do ano, muitos soltaram risinhos discretos. Tori se distraiu encarando essas pessoas, então quando voltou a olhar para frente reparou que a mesa mudou de cálices e recipientes vazios, para comidas de todos os tipos. 

Todos se deliciavam do banquete, até mesmo os funcionários. Tori cutucava a comida, mas quase não comia. Seu pensamento estava distante. Pensava não só em Harry tão solitário quanto ela, mas no quanto seus amigos deveriam estar se divertindo. Pensou até em Abigail e em Akin.

Mas seus pensamentos foram interrompidos por Flint, que tentava pegar uma coxa de frango que estava distante de onde ele havia se sentado. Como estava perto dela, Tori pegou o recipiente e o estendeu para perto do garoto, que ficou um pouco sem reação com aquela atitude. Mesmo surpreso, ele se serviu e então desviou o olhar, sem ao menos agradecer.

Tori colocou o recipiente no lugar logo depois, voltando a atenção para seu prato.

◾ ◾ ◾

Assim como na primeira noite em Hogwarts, Tori não conseguiu dormir após o jantar. Ela tentou ler algum livro, chegou a ler inteiro, mas tudo o que conseguiu foi que seus olhos ficassem queimando. Mas o sono, que é bom, não veio.

Irritada, a menina chutou seu edredom para longe e pulou da cama. Seguiu direto para o malão e o abriu, revirando tudo dentro até encontrar o diário misterioso. Mas algo surgiu antes disso.

O Mapa do Maroto estava ali e parecia atrair a mão de Tori como um imã. Ela tentou se afastar, mas ficou exatamente no mesmo lugar.

— Ah, não... — ela gemeu quando acabou o pegando e fechando o malão outra vez — Caramba, eu não acredito que vou fazer isso! — brigou consigo mesma enquanto calçava seu tênis e pegava sua varinha.

Mesmo contrariada por sua própria imprudência, Tori desceu para a sala e seguiu direto para a saída. Estava tão envergonhada por estar quebrando as regras sozinha, que nem cumprimentou a mulher do quadro, como sempre fazia.

Se afastou um pouco dali, até que parou e tirou o Mapa do elástico do pijama. Também pegou sua varinha, sempre escondida em sua perna.

— Juro solenemente não fazer nada de bom! — disse, tocando no mapa com a ponta da varinha.

Linhas foram delineando o velho pergaminho até tomar alguma forma. Uma saudação apareceu.

Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas

têm a honra de apresentar

O MAPA DO MAROTO

Então Tori pôde começar seu passeio desonesto.

Ela começou por um corredor repleto de quadros, pois adorava conversar com eles e ouvir histórias. Talvez ouvindo histórias seu sono enfim iria aparecer.

Mas depois de um tempo acabou ficando apenas entediada.

Acabou indo parar no banheiro da Murta, mas para seu grande azar a amiga fantasma não estava ali. Provavelmente enfiada dentro dos canos do castelo.

Decepcionada em não ter um plano para seu passeio pelo castelo, Tori saiu do banheiro da Murta meio cabisbaixa. Mas sua expressão mudou quando um gato surgiu em seu caminho.

— Meu Deus, é a madame Nor-r-ra! Caramba! — Tori gemeu e saiu correndo dali.

Sua intenção era correr de volta para sua comunal, mas uma olhada por segurança para o Mapa do Maroto revelou que Filch estava parado exatamente naquele andar.

— Por que eu fui inventar de sair sozinha? Eu sabia que isso não ia dar certo! — reclamou consigo mesma enquanto ia para o lado oposto.

Acabou pegando as escadas e descendo para o térreo, descendo um pouco mais logo depois. Um novo susto aconteceu quando o nome de Snape começou a se mover até ali.

Apavorada, Tori saiu correndo e parou diante da primeira porta que encontrou. Moveu a fechadura desesperadamente até que concluiu que estava trancada.

— Alohomora! — apontou a varinha para a fechadura e a porta se abriu.

Tori a fechou assim que entrou e ficou um tempo encostada, enquanto tentava se lembrar como respirar.

Recuperada, ela entrou dentro daquela sala pouco iluminada e ficou segurando sua varinha, pronta para usá-la caso alguém, ou algo, tentasse atacá-la.

Mas nada apareceu, a não ser um espelho velho e meio sujo.

Tori se aproximou devagar dele para olhar seu reflexo, mesmo se nunca foi vaidosa. Sua varinha e o Mapa caíram no chão quando ele viu o que refletia ali além de seu rosto surpreso.

— Mãe? Pai? — ela arregalou os olhos e estremeceu.

A imagem de Lily e Tiago Potter refletidas no espelho assentiram como resposta para a pergunta da menina.

Ela caiu de joelhos e ficou imóvel, enquanto lágrimas molhavam seu rosto e dúvidas faziam sua cabeça doer.

◾ ◾ ◾

Tori sabia bem que nos últimos meses havia crescido alguns centímetros, mas não sabia que havia crescido tanto a ponto de sua cama parecer minúscula e ela amanhecer na manhã de Natal com as pernas sem espaço para se alongar.

Querendo analisar suas pernas, a menina abriu os olhos, que protestaram contra a luz do dia que entrava pelas cortinas, e olhou para os pés de sua cama. Sua boca abriu em um perfeito "Oh" quando reparou que eram presentes que estavam a impossibilitando de esticar as pernas.

Muito eufórica, ela pegou cada uma das caixas e foi abrindo. Rasgou as embalagens e foi observando cada presente que havia ganho.

Rodou pelo quarto segurando todas as fitas de cabelo que Rita havia comprado para ela, depois desfilou pelo quarto com o caderno de desenho que Lino havia a presenteado e os livros sobre Quadribol que Angelina e Alicia deram a ela, todos apoiados no topo da cabeça como em um treinamento de modelos. Tirou e jogou sua blusa do pijama para um lado qualquer, substituindo-a por um suéter rosa claro e com um enorme T rosa escuro na frente, sendo esse feito por Molly Weasley, também comeu os docinhos que ela enviou junto e só então desacelerou para observar o maior presente, e único que havia deixado a embalagem intacta.

Primeiro pegou sua varinha, temendo que algum monstro fosse sair de uma caixa tão grande e pesada. Depois puxou as fitas e foi rasgando o embrulho, até um bilhete cair de dentro. Tori o pegou e leu.

"Enquanto não tiver idade o suficiente, não use isso sem a presença de um adulto ou até que aprenda a mexer. Espero que eu te conheça tão bem quanto acho que conheço e que tenha acertado no presente. Feliz Natal."

Curiosa com aquelas palavras, a menina terminou de abrir a embalagem e um enorme sorriso quase rasga sua boca ao revelar o conteúdo ali.

Uma máquina de costura trouxa de porte médio era o seu misterioso e gigante presente.

— Ai meu Deus! — apertou as bochechas de tanto espanto — Eu não acredito que... Não, é impossível que seja presente deles. Será? Não pode ser. Mas e se for? Ahhh, obrigada tio Valter e tia Petúnia! — supôs e abraçou a caixa da máquina.

Mesmo em meio a tanta bagunça, Tori acabou trocando de calça rapidamente e calçando seu tênis de sempre. Também amarrou parte do cabelo com uma das fitas que ganhou de presente e guardou sua varinha no esconderijo, indo apressada para a porta. A arrumação do quarto poderia ficar para depois.

Assim como na madrugada, Tori saiu correndo em direção às Masmorras. Ela entrou na mesma sala e correu para o espelho, dando uma voltinha e desfilando para mostrar seu visual.

— Estou bonita, mãe? — se aproximou do espelho.

O reflexo assentiu e sorriu muito.

— Pai, concorda com ela, não é? — fez biquinho e o homem assentiu, também sorrindo — Queria entender porque os senhores não falam comigo, também queria entender o que fazem nesse espelho... — se sentou e cruzou as pernas, abaixando o rosto.

A menina ficou um tempo assim, enquanto mexia no cadarço do tênis. Ficou pensativa e quieta até uma ideia surgir em sua mente e ela voltar a acelerar outra vez.

— Eu vou pesquisar na biblioteca. Lá tem mesmo a resposta para tudo! — sorriu toda animada — Volto mais tarde, meus amores! — tocou o espelho uma última vez e então correu para a saída.

Mesmo sem o Mapa do Maroto, Tori saiu caminhando pela Masmorra tranquilamente. Pelo horário, todos deveriam estar tomando café da manhã, dando passe livre para ela.

— Suponho que esteja perdida aqui, Evans! — a voz de Snape a surpreendeu e causou um gelo em suas costas.

— Professor... — se virou sorrindo muito — Eu estava justamente te procurando! — mentiu e foi para perto do adulto.

— Sei que estava aprontando alguma. Não me faça passar por bobo, que não tenho paciência para isso! — rosnou, impaciente.

— Calma, eu só vim com boas intenções, senhor... — fez biquinho e encarou o professor — Vim te dar Feliz Natal! — dito isso, o abraçou torcendo para não ser azarada ou perder mais pontos para a Grifinória.

Mas assim como na primeira vez, Snape ficou congelado com a atitude da menina. Ele não se moveu por um bom tempo, até que Tori se afastasse e o olhasse.

— Feliz Natal, Sev. — sorriu, só então percebendo sua gafe — Quer dizer... Professor Snape! — se corrigiu.

— Saia da minha frente! — ele gritou, assustando a menina — Sai! Agora! — apontou para a saída das Masmorras.

Sem se quer questionar, Tori saiu correndo dali rápida como um raio. Correu tanto que seu laço acabou soltou do cabelo e saiu voando pelo térreo. Até que alguém o pegou e, estranhamente, entregou para ela.

— Obrigada... Flint! — Tori não sabia se sorria ou não.

— Viu um fantasma? — Flint perguntou, curioso.

— Vi o professor Snape! — tocou o peito e o sentiu muito acelerado — Quer dizer... Não que ele seja um fantasma, porque não é, eu só... Bem, eu... — se atrapalhou.

— Não precisa se explicar, Tori! — o garoto sorriu de maneira simpática.

— Ok... — Tori sorriu de volta, um pouco nervosa.

— Quer me contar o que está te deixando tão inquieta? Porque eu sei que tem algo. É melhor desabafar ou vai explodir! — ele pareceu ler os pensamentos dela — Você quem sabe. Eu só estou dizendo que estou disponível, mesmo isso sendo a coisa mais estranha do mundo! — deu de ombros.

— O senhor conhece algo sobre espelhos mágicos? — perguntou Tori, logo após olhar entre os ombros para se certificar que estavam sozinhos ali.

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