Fate - New World escrita por Ryujin Yuto


Capítulo 1
Capítulo 1 - Um novo começo




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Era um dia normal em Londres, o sol brilhava, as crianças e jovens iam para a escola e os adultos para o seu trabalho. Como sempre, as ruas eram bastante agitadas e o relógio da cidade assinalava as horas bastante alto. Algures pela cidade mora um jovem chamado Araya Solomon, apesar de ainda estar no ensino superior, ele mora sozinho e está se arrumando para sair. Saindo de casa ele caminha direto para a estação de ônibus, enquanto caminha ele pega do seu bolso o seu celular e uns Headphones, os colocando no celular e ouvidos, colocando uma música logo em seguida, como ele vai sempre sozinho e tanto as ruas, quanto a paragem e o ônibus vão sempre cheios, ele vai escutando música o caminho todo para se distrair. Como ele estuda em uma escola pública, não precisa de uniforme então ele simplesmente levou vestido umas Jeans, uma T-Shirt preta e uma camisa xadrez cinza, preta e branca e claro uns tênis brancos, além disso só levava consigo uma mochila preta. Chegando ao destino, ele desce do Ônibus que para em frente à escola, vários alunos saíram junto, mas ele não se importa muito com isso. 

A escola era frequentada por cerca de 10.000 alunos entre os 10 e 18 anos de idade, logo na entrada tinha a bandeira Britânica erguida e mais à frente uma faixa pendurada a dizer “22º Festival Interescolar”. A escola foi construída com pedras de tonalidade bege, mas que com o tempo foram se deteriorando e ficando com outras tonalidades. A entrada principal dava acesso a uma sala de convívio onde a maioria dos alunos se encontravam antes das aulas, de lá têm-se acesso ao bar, refeitório, sala do concelho estudantil e professores. Existem mais dois prédios ao lado, onde ficam as salas de aulas e ainda o ginásio escolar.  

A primeira aula era história, o tema era a era medieval e em algum momento, o nome “Rei Arthur” é citado e do nada o professor pergunta como seria se heróis de lendas antigas, pudessem viver na era atual, pergunta à qual ele obteve a seguinte resposta de Araya: 

  - Seria um banho de sangue. 
           Surpreso e curioso com a resposta, o professor pergunta por mais detalhes, o que recebeu como resposta foi: 
— Suponhamos que 7 heróis de épocas diferentes são trazidos para esta era, o que nós temos para lhes oferecer? A resposta é nada, cada um deles teve seus méritos em suas épocas, tudo o que teria aqui para eles seria a busca por alguém que os compreende-se e os pudesse satisfazer. Heróis antigos são como bestas selvagens, sempre querendo mais e derrubando aqueles no seu caminho, por exemplo Tesla passou por cima de Edison para criar a eletricidade e Mordred acabou Causando a morte do seu pai na tentativa de o derrubar do trono. Trazer alguém assim para o nosso mundo e esperar que tudo corra bem, é simplesmente idiotice, nós podemos ter conhecimento, mas eles têm instinto, provavelmente em pouco tempo aprenderiam a sobreviver aqui sozinhos. Isso é tudo o que tenho a dizer. 

Todos ficaram em silêncio e ninguém sequer tentou refutar os argumentos, então o professor decide falar algo: 

—É um ponto de vista interessante, eu diria, mas você falou com tanta convicção, que toda a turma se surpreendeu, até parece que estava relatando acontecimentos reais. 

Antes que Araya desse uma resposta, ouve-se o sinal para a saída e ele sai sem responder ao professor. Saindo para o intervalo, ele se encontra com o seu melhor amigo,  Takuya, um Japonês que estuda em Londres através do intercâmbio, os dois são bastante próximos e sempre se metem em encrenca juntos. 

—Ei, Araya... Araya... 

Chegando perto, ele dá uma chave de braço por trás do pescoço dele dizendo: 

—Está me ouvindo desgraçado? Estou te chamando desde lá atrás, ficou surdo? 

—Estava apenas distraído, me largue, está me sufocando imbecil. 
Apertando ainda mais o pescoço de Araya, grita: 
—A quem é que está chamado de imbecil, ein? 
Ao fundo ouve-se uma voz feminina gritando: 

—Vão brigar pra outro lugar idiotas ou eu mando vocês de novo para o diretor. 

Meio assustado Takuya fala: 
—Ferrou, é a presidente do conselho estudantil. 
Já Araya por outro lado: 
—Eae presidente, como vai? Pode dar uma ajudinha aqui? 

Ainda mais furiosa a Presidente grita: 

—Escutem bem vocês dois, ou dão o fora daqui agora mesmo, ou eu chuto vocês até á outra ponta da escola. 

Araya e Takuya: 

—Sim Senhora 

Os dois saem correndo na direção oposta da presidente e acabam indo para o terraço da escola, era bastante espaçoso, e com altas grades de segurança para evitar acidentes, a escola permite o acesso ao terraço da escola durante intervalos ou tempos livres e inclusive colocou lá máquinas de bebidas e de comidas rápidas. Os dois chegaram bem cansados ao terraço, pois ainda é quase 1 andar de escadas para chegar lá acima, a primeira coisa que eles fazem chegando no terraço, é ir em direção às grades para se sentarem e logo após o fazerem, começaram a rir da besteira feita no corredor, ficaram rindo por uns 2 minutos, todo o dia era mesma coisa, alguém brigava com eles, eles fugiam e ficavam no terraço rindo e conversando. Depois de se acalmarem, Takuya se levanta, pousa a sua mochila e vai até à máquina de bebidas. 

—Ei, vai querer alguma coisa? 

—Têm café preto? 

 -Têm. 

 -Então, porque ainda pergunta? E não se esqueça que hoje é a sua vez de pagar. 

—Eu não me esqueço, não sou como você que supostamente se esquece da carteira em casa, durante uma semana. 

—Hmmm... Não lembro de nada assim, ter acontecido. 

—Não se faça de desentendido. 

—Tá bom, Tá bom... Dá próxima eu pago um jantar para você. Agora traz logo isso, que eu estou com sede. 

Enquanto Takuya tirava as bebidas da máquina, Araya aproveita para colocar sua mochila no chão e se levantar, se encostando às grades, apoiando as suas m

aos nelas e olhando para o céu, logo em seguida chega Takuya com as bebidas, Araya pega na dele com a mão direita e depois de abrir, coloca a mão esquerda novamente apoiada nas grades. Araya curioso para saber o que o seu amigo estava a beber, olhou para a lata e não reconhecendo a bebida, perguntou diretamente:  
—Que merda você está bebendo? 

—Como assim, é refrigerante de groselha, eu sempre bebo isto. 

—É mesmo? 

—É claro que sim, por acaso nunca reparou? 
—Não... 

—Ás vezes você me surpreende. 

—Ei... 

—O que foi? 

—Não está calor demais? 

—Não. 

—Como assim você não tem calor com essa camisa? Eu estou morrendo de calor aqui. 

Devido ao calor Takuya tirou a sua camisola Azul que dizia “Nevada”, a colocando na sua mochila, ficando apenas com a sua T-Shirt Branca, calças azuis e tênis pretos. 

—Bem melhor... 

—Ei, não vamos ficar falando do clima né? 

—Não, não, não... Vamos falar de algo muito mais interessante. 

—Tipo o quê? 

—O seu aniversário!!! 

—Eh, porquê? 

—Porque você está perto de fazer 18, será o melhor momento da sua vida. 

—Você está mais entusiasmado do que eu. Sabe muito bem, que quando eu fizer 18, nada de bom de bom me espera. 

—Ah, é mesmo. Me desculpe. Eu tinha esquecido completamente sobre esse assunto, já decidiu o que fazer com o dinheiro da herança que vai receber? 

—Provavelmente reabrir o laboratório de pesquisas do meu pai, ele ainda está lá, apesar de inativo não foi demolido, então ainda espero conseguir recuperar ele. Mas ainda assim, existe muito mais além do dinheiro que os meus pais me deixaram. Ideais, sonhos, provavelmente até segredos que eu desconhecia até agora. Para ser sincero é meio assustador saber que tudo o que resta da sua família, é você e a sua velha casa que foi deixada por piedade, por isso que eu quero tentar reerguer aquilo que o meu pai levou uma vida a conseguir. 

—Nesse, caso me deixe ajudá-lo, eu já tinha dito, não foi? Apesar de os meus pais quererem que eu me forme em medicina ou direito, eu não quero nenhuma dessas coisa, porém ajudar você em um centro de pesquisa, até que não me parece má ideia, eu sempre gostei de pesquisar, mas nunca podia ir muito a fundo em algo por falta de recursos, então se for com você, eu acredito que pode dar certo. 

Araya fica espantado com tamanha declaração, ele dá um sorriso e se vira para o lado de fora do terraço, com a bebida na mão direita e agarrando as grades com a esquerda, ele responde com satisfação: 

—Sendo assim, você será o meu vice-presidente, ter alguém em quem confio nesta nova fase que se aproxima, vai ser muito reconfortante. Sinceramente, eu nunca achei que você fosse se voluntariar para me ajudar dessa forma. 

Takuya também se vira para o lado de fora e com um ar meio abatido fala: 

—Considere isso como uma promessa e também um pedido de desculpas. 

—Um pedido de desculpas? 

—Isso mesmo, um pedido de desculpas por não ter estado ao seu lado 2 anos atrás. 

—Espere aí, 2anos atrás.... 

—Isso mesmo, falo da época em que o seu pai morreu, eu não pude ficar ao seu lado e o apoiar, quando você sempre fez o mesmo comigo, quando você mais precisou, eu não tive a coragem de me aproximar e desde então tudo mudou, você mudou. 

—É verdade que eu fiquei muito abatido na época, mas isso não mudou quem eu sou. 

—Para ser sincero, eu também achava isso ao princio, mas com o tempo eu notei essa mudanças. Você passou a se isolar mais da sociedade, fala mais friamente e evita quase sempre contato com outras pessoas além de mim, ou da galera do clube de atletismo. E eu acredito firmemente, que se naquela altura, eu lhe tivesse apoiado, provavelmente tanto de você não se teria perdido. 

—Takuya, não se engane. É verdade que eu me fechei mais para a sociedade, mas não é por sua causa ou por causa do acidente, com o tempo eu percebi que não se pode confiar em todo mundo e que às vezes, por mais que confiemos em alguém, seremos traídos à mesma, isso é tudo. Não quero dizer que vou me afastar de você ou de outras pessoas, apenas não vou fingir ser amigo de todo o mundo como antes.  

—Opa, olhe as horas, melhor a gente ir andando antes que cheguemos atrasados. 

Araya pega na sua mochila e coloca uma das alças sobre o ombro direito e vai em direção à porta, deitando a lata em um caixote que lá tinha pelo caminho.  

Takuya ainda meio pensativo sobre a conversa, pega na sua mochila e vai atrás do seu amigo ainda com a lata na mão. 

—Ei, Araya. 

—Hmm, o que foi? 

—Está livre na hora de almoço? 

—Estou sim porquê? 
—Faz tempo que a gente não almoça junto e além disso você paga. 

—Ei, espere aí, eu disse que pagava, mas não disse que era hoje. 

—Bom, eu tomei essa iniciativa por você, te vejo no almoço. 

—Aquele desgraçado... vai acabar me falindo de vez...  

Enquanto se dirigia para a próxima sala de aula, ele vai pelo corredor que não tinha quase nada, apenas meia-dúzia de salas, mas era o corredor que leva à diretoria e quando passava por lá,a porta estava entreaberta e ele ouviu o seguinte: 

—” 5 dos 7 mestres já foram escolhidos, esta noite é a última para decidir os participantes, queremos que você seja um deles.” 

Achando a conversa familiar ele se encosta à parede e continua escutando. 

—” Quais exatamente são os vossos termos e o que eu ganho em troca?” 

—” Isso é bem simples, você se junta a nós, nós fornecemos o catalisador e em troca pode ter o que quiser e se nos trouxer o Santo Graal, concederemos uma parte do seu poder a você, o que acha?, não é um mau negócio.” 

—” De fato, dá que pensar... tudo bem, eu aceito, mas com uma condição.” 
—” E qual seria?” 
—” Eu decido que servo vou invocar, se vou lutar nesta guerra louca, quero pelo menos saber o que me espera quando invocar o meu [“parceiro”].” 

—” Tudo bem, parece que temos acordo então.” 

Quando Araya se preparava para sair dali em silêncio, a sua mochila escorrega do ombro e acaba caindo no chão fazendo bastante barulho, alertando assim as pessoas dentro daquela sala. Em questão de segundos, Araya conseguiu pegar na mochila e correr cerca de 20 metros até ao banheiro masculino, entrando e se escondendo lá, para ter a certeza que não o viam ali perto. Ao mesmo tempo as pessoas que estavam dentro daquela sala, saíram para ver se encontravam alguém espiando, uma delas era o diretor da escola, um homem perto dos seus 40 anos e de aparente boa forma física e sem cabelos grisalhos, sendo eles todos pretos. A outra era um homem perto dos seus 20, muito provavelmente não era funcionário e muito menos estudante. Quando eles viram que não estava ninguém, voltaram para dentro da sala e fecharam a porta por precaução, continuando lá a sua conversa. 

Enquanto isso no banheiro masculino Araya recuperava o folego da corrida e do susto, quando se acalmou, ele pousou a sua mochila no chão, foi até ao lavatório mais próximo, girou a torneira e lavou a cara com água fria, depois de limpar o rosto, ele olha para o seu reflexo no espelho à sua frente e pensa: 

   - 6 dos 7 mestres já foram escolhidos, como eu pude deixar passar tanto tempo? Se eu não me apressar, acabarei perdendo a minha chance. 

 -Está decidido então, esta noite farei a invocação, até lá tentarei não levantar suspeitas, com certeza eles sabem que alguém esteve lá, mas como não usei nenhuma habilidade mágica não devem me reconhecer, então por ora vou agir como se nada tivesse acontecido. 

Depois de se decidir, ele pega na sua mochila e vai direto para a próxima aula. O tempo passou e chegou a hora de almoço, mal ele saiu da porta principal, o seu melhor amigo já estava esperando por ele para irem almoçar. 

—Você já está aqui? E eu a pensar que ia conseguir me livrar de você... 

—É, eu sei, também te amo, agora vamos indo que eu estou cheio de fome. 

—Ei, espere aí não saia dizendo essas coisas estranhas. 

—Sim,sim... 

—Agora vamos... 

Takuya sai empurrando Araya para que ele se despachasse, enquanto Araya se debatia e reclamava das piadas do seu amigo.  

Eles foram almoçar a uma pizzaria ali perto, enquanto Takuya pedia até ficar satisfeito, Araya reclamava dizendo que não ia pagar aquilo tudo, no fim a conta foi de quase de 30 libras e enquanto Takuya saia de lá feliz e de barriga cheia, Araya saia de lá com uma mistura de desespero e raiva, ele reclamou o caminho todo até à paragem de ônibus dizendo que o seu amigo exagerou nos pedidos e que ele que vai pagar tudo nas próximas semanas. 

Quando a noite finalmente chegou, Araya começou a preparar tudo para a invocação mesmo não sabendo se o 7º mestre já tinha sido escolhido. No porão da casa, usando tinta vermelha ele desenha uma chave de Salomão para usar como círculo de invocação, por sorte a sua casa ficava por cima de uma Linha Ley, então como o porão era a parte mais baixa da casa, ele fez todos os preparativos lá. Além do círculo, ele ajustou a hora para realizar a invocação na hora em que o fluxo de mana era mais forte, quando a hora chegou ele pegou em uma caixa que estava fechada faz muito tempo e lá dentro tinha uma parte da armadura do grande herói dos contos de Ramayana, do próprio herói Hindu Rama, colocando a braçadeira no centro do círculo, ele começa o ritual. 

—Herói de tempos longínquos, ouça o meu chamado;
        -Eu sou a sua espada, você é o meu escudo;
        -Através deste ritual, eu invoco a sua ajuda;
        -Você me serve e eu o sirvo;
        -Siga a minha voz e venha para este mundo;
         -Faça deste lugar um teatro dourado e crie a sua peça;
         -Se levante como um soldado e caia como um Rei;
         -Engane a morte, engane o mundo;
         -Ouça o meu chamado e apareça.

Enquanto ele recitava o seu cântico, ele começou a sentir um ardor através dos seus circuitos mágicos, era como se ele estivesse queimando por dentro, a dor só aumentava à medida que o ritual seguia e por momentos pareceu que ele estava em outro lugar e que alguém estava lá lhe estendendo a mão, Araya estende a dele e no momento em que apertam as mãos ele “volta” para o porão de sua casa. Quando ele regressou estava um homem de joelhos perante ele que logo se apresentou: 

—Servo Archer, ao seu serviço. 

O servo ali parado de joelhos, tinha cabelos longos da cor do sol, uma pele branca e um corpo pouco definido, ele trajava o que parecia ser uma simples armadura branca, apesar dos seus olhos terem uma cor flamejante, o seu olhar era frio, mas ao mesmo tempo esperançoso. 

Vendo que teve sucesso ao invocar o servo, Araya se apresenta:                                                  

 -O meu nome é Araya Solomon, sou aquele que o o invocou para este mundo. 
—Entendo, acho que deve me apresentar devidamente para formarmos o contrato. O meu nome é Rama, o herói Hindu dos contos de Ramayana. Com isto o nosso contrato está concluído.  

No momento em que Rama profere estas palavras, Araya sente um forte ardor no peito esquerdo, era como se estivessem fazendo uma marca nele a ferro quente, quando a dor acalmou e ele olhou, se deparou com os seus selos de comando, a cor era vermelha e o seu formato era de uma espécie de punhal ao centro e um par de 3 asas, uma de cada lado do punhal. 

—Rama não é mesmo? 

—Sim. 

—É meio repentino, mas vamos sair, é necessário você ter uma ideia da cidade. 

 -Entendido, devo me desmaterializar? 

 -Não é necessário, coloque isto no dedo. 

Araya tirou do bolso um anel com uma joia verde e com uma espécie de runas e o estende para Rama. 

—Não se preocupe, esse anel serve para evitar que o inimigo sinta o seu poder mágico, eu uso um igual, veja. 

Araya levanta as costas da mão direita para Rama, lhe mostrando o anel. 

—Geralmente uso ele durante o dia, já que frequento demasiados locais públicos, ele não impede você de usar as suas habilidades, mas dependendo de como o usa pode até servir para reduzir o seu poder. 

—Mas não seria mais fácil, eu apenas me desmaterializar? 

—Dependendo do ponto de vista, sim. Porém esta é uma cidade grande e mesmo que você saiba sobre ela devido a receber todas as informações do Graal, conhecer ela pessoalmente, vai lhe dar outra visão dela, ajudando a formar pontos estratégicos, ver ela com os seus olhos e sentir ela com o seu corpo vai ser muito melhor do que apenas receber as informações. Fora que eu ainda sou um estudante, você não vai andar colado a mim o dia todo vai? Com esse anel, vai poder andar pela cidade sozinho e coletar informações como se fosse uma pessoa normal. Além disso, mesmo que eu seja parado por outros amigos, eu consigo me virar sozinho, confie em mim.

—Tudo bem, vou confiar. Além disso,este item parece ser bastante útil, mas me diga, onde conseguiu algo assim? 

—Como é que eu posso explicar? Hmmm... digamos que foi feito por um “amigo” e dado como presente. É um pouco difícil de acreditar, eu sei, mas explicar tudo demoraria muito tempo, então fica para outra altura. 

 

Rama após ouvir e decidir confiar no seu mestre, coloca o anel no indicador esquerdo, ocultando assim a sua mana, fazendo ele parecer uma pessoa normal, perante os outros magos. 

Logo após eles saem de casa e andam um pouco pelas ruas de Londres e quando eles chegam perto do Big Ben, ao ver a sua altura, Rama se lembra da capacidade visão da classe Archer e imediatamente pergunta o seu mestre: 

—Mestre, qual seria o lugar mais próximo e alto desta cidade? 

—Hmmm... O lugar mais próximo fica a uns 5 km de onde estamos, mas porquê? 

—A classe Archer tem uma enorme capacidade de visão, se eu for para um local bastante alto, provavelmente terei uma vista de boa parte da cidade. 

 -Isso facilita muito as coisas, mas como estamos a pé, levará cerca de uma hora para lá chegarmos e se usarmos magia para chegar mais depressa, podemos acabar tendo problemas. 

Enquanto caminhavam, Rama se maravilhava com a cidade, mesmo ganhando conhecimento do mundo moderno através da invocação, ver com os próprios olhos era outra sensação, ele não parava de fazer perguntas sobre os edifícios, comidas, doces, parecia até uma criança em corpo jovem, naquele pequeno espaço de tempo, o olhar frio que ele tinha após a invocação acabou sumindo, mas chegando ao seu destino, a sua atitude muda novamente para um modo de agir mais frio. 

—Chegamos, aqui é o lugar mais alto da cidade. 

—Isto não é um edifício privado? como vamos chegar no topo? 

—Por incrível que pareça, é um edifício comercial, é chamado de “Heron Tower” e aparentemente não está ninguém de guarda, podemos entrar e chegar no topo sem problemas. 

Chegando no topo, dava para ver claramente boa parte de Londres, Rama conseguiu ver mais da cidade em poucos minutos do que em dias de visitas guiadas. A visão era deslumbrante, várias luzes acesas davam um contraste magnifico á noite, naquela noite, quem estivesse olhando a cidade daquela forma jamais pensaria que as ruas de Londres estariam prestes a virar um campo de guerra.  

—Já memorizou tudo? 

—Sim. 

—Então vamos indo, amanhã é outro dia. 

—Desculpe, mas eu gostaria de ficar mais um pouco observando esta paisagem, faz tanto tempo que eu não vejo algo assim, acho que passei tempo demais no campo de batalha. 

Araya, tinha conhecimento da história de Rama pois o seu pai era fanático pela mitologia Hindu, sendo assim ele acabou lhe contando várias histórias e a do herói de Ramayana não foi exceção, Araya quando garoto, sempre admirou essa história e por isso, ele sentiu que não seria capaz de negar o pedido do servo, acabando por se juntar a ele. 

—Sendo assim, acho que não tenho escolha, vou me sentar aqui e apreciar junto com você. 

   E sem dizer mais uma única palavra, os dois ficaram admirando aquela paisagem, até as luzes começarem a se apagar e eles decidirem ir embora, apesar de ter sido por pouco tempo, Araya e Rama estavam realmente aliviados, eles ficaram de tal maneira focados na paisagem, que para eles horas foram minutos, provavelmente foi e será o momento mais relaxante que os dois terão em muito tempo. 


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