Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 23
Poção do Amor


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou com mais um capítulo!!!

Quero agradecer ao carinho de vcs, a todos q me mandam mensagens e os comentários q me deixam muito feliz ♥♥♥♥♥

Enfim, vamos ao capítulo >>>>>>>



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Receita de cookies do amor:

— 125 g de manteiga sem sal

— 3/4 xícara de açúcar

— 1/2 xícara de açúcar mascavo

— 1 e 3/4 de xícara de farinha de trigo

— 1 colher (chá) de fermento em pó

— 300 g de chocolate meio amargo picado

— 1/4 xícara de chocolate em pó

— 1 ovo de cinzal

— Poeira de pérola

— 1 lágrima de tristeza fresca

 

— Eu tô chocada que no tempo da sua mãe já existia a palavra cookie – Sakura falou em direção à Ino.

— Não enche – a loira bufou. – Minha mãe deve ser mais nova que a sua! – afirmou com convicção.

— Disso você não tem certeza – a filha da Malévola apontou.

As duas estavam na cozinha preparando a poção do amor. Shikamaru e Kiba também estavam. Sakura havia enfeitiçado a cozinheira no final da tarde pra que ela apagasse e só se levantasse às seis da manhã do dia seguinte.

Era mais de meia noite, naquele momento todos deveriam estar dormindo e se fossem pegos estariam encrencados na certa, mas Sakura estava atenta quanto às aproximações.

Estava ficando boa com os feitiços, inclusive em criar os próprios. Aquilo era um alívio para sua magia que parecia formigar cada vez mais pedindo para ser libertada às vezes, ainda não tinha falado com os amigos sobre aquilo, mas como andava bem sob controle achava que não tinha que os preocupar com aquele assunto.

Tinha, por fim, optado por uma receita: uma que era simples de fazer e simples de quebrar quando precisasse.

Só havia um único problema.

— Tudo bem, aqui diz que precisa de uma lágrima de tristeza fresca – disse aos amigos apontando para o livro de feitiços. – E eu não choro – olhou pros amigos esperando que algum deles se manifestasse.

— Aqui uma cebola – Kiba se levantou da bancada e ofereceu.

— Não – Sakura resmungou. – Tem que ser uma lágrima de verdade.

— E qual a diferença? – perguntou confuso.

— Uma lágrima de tristeza tem mais enzimas do que uma lágrima de choro de reflexo ou provocado – Ino explicou.

Todos os três olharam para ela.

— Olha só – Shikamaru se admirou.

Ino corou envergonhada.

— Já se esqueceram das nossas outras tentativas fracassadas de fazer poções do amor darem certas? Não vamos por atalhos ou tentar burlar, dessa vez vamos seguir a receita a risca!

— E como é que vamos conseguir uma lágrima de tristeza de verdade? – Shikamaru perguntou arqueando a sobrancelha.

Ficaram em silêncio por alguns minutos e Sakura sentiu um puxão em sua magia.

— Tem alguém vindo – disse alarmada jogando um pano por cima do livro para disfarçar.

Alguns instantes depois Izumi e Hinata apareceram. As duas pararam surpresas na porta.

Sakura colocou um sorriso falso no rosto.

— O que estão fazendo aqui? – Izumi perguntou cautelosa adentrando a cozinha.

— Cookies – disse Ino também colocando um sorriso no rosto.

— À essa hora? – Izumi estranhou.

Sakura se virou de costas pra elas e fez sinal para que os meninos fizessem uma cara triste.

Foi Kiba quem falou:

— Não conseguimos provar muitos doces na festa, então pedi para as meninas fazerem pra mim. Shikamaru só está me acompanhando.

— Não consegui dormir – o filho do Jafar deu de ombros.

Funcionou. Izumi engoliu em seco.

— Tudo bem – disse por fim. – Só viemos pegar um chá.

— Noite difícil? – Sakura perguntou levianamente, continuou mexendo na massa.

— Dia difícil – corrigiu Izumi. Ela pegou dois pacotinhos de chá em um armário e dois copos cheios de água, colocou os copos no microondas e esperou dar o tempo.

Hinata se pronunciou pela primeira vez desde que havia entrado na cozinha.

— Eu quero pedir perdão – começou timidamente apertando as mãos uma na outra.

— Perdão pelo que exatamente? – Ino perguntou cautelosa.

O microondas apitou e Izumi se virou para abrir os pacotes de chá e o colocá-los na água.

— Por não ter defendido vocês – disse Hinata enquanto isso. – Vocês duas sempre são tão legais comigo e eu sequer consigo enfrentar meu irmão. Queria ter tido coragem e eu peço perdão por não ter tido – fungou.

Era daquilo que precisavam. Sakura se aproximou mais dela fazendo com que ela ficasse de costas para a receita e se preparou para pegar a lágrima que estava vindo.

— Eu sei como deve ser difícil pra você ter um irmão como o Neji, não se preocupe. Mas se isso te deixa melhor: é claro que a gente te perdoa, não é sua culpa.

— O que a avó da Karin falou foi tão injusto – chorou. Ali estava.

— Oh querida – se aproximou enxugando uma lágrima. – Está chorando por nós? Você não sabe o que seu gesto significa – discretamente balançou o dedo em cima da receita despejando a lágrima.

— O chá está pronto – disse Izumi timidamente.

Hinata pegou o copo e tomou devagar se acalmando aos poucos.

Sakura esperou pelas duas terminarem.

— Mais calma? – perguntou Izumi para Hinata.

— Sim, obrigada – respondeu ela. – Eu já vou indo dormir.

Izumi esperou ela sair antes de se virar para Sakura.

— Eu acho que ela está para ter um colapso nervoso à qualquer momento – suspirou.

— Porque diz isso? – Sakura perguntou cautelosa.

— Você sabe que o irmão dela não é dos mais fáceis.

E como sabia, aquela tarde ele enfim havia se revelado para todos.

Sakura suspirou e se controlou pra não revirar os olhos em frente à Izumi.

— Os pais dela não notam não? – sacudiu a cabeça indignada.

— Eu não faço ideia – suspirou Izumi.

Os demais ficaram quietos.

— Não duvido nada que Neji deve se disfarçar bem em casa – disse a filha da Malévola azeda. E mudou de assunto. – Mas e você? Tudo bem? – ergueu a sobrancelha.

— Estou sim, não se preocupe – se ergueu apressadamente do banquinho para escapar logo da sala. – Não demorem muito, se mais alguém vier apaguem as luzes e por favor – pediu indo rapidamente em direção a porta –, limpem tudo antes de saírem. Chyo não é fácil com relação à essa cozinha.

— Pode deixar, não se preocupe – respondeu Ino.

— Boa noite – Izumi se despediu.

Esperaram não escutar mais os passos da garota.

Sakura voltou a mexer na massa e falou aos amigos:

— Ino, papel manteiga. Meninos, forno.

— Eu estava pensando – disse Ino uns minutos depois de colocarem a massa no forno: – não acha melhor testar em alguém antes? Sei lá, vai que dá errado ou tenha algum efeito colateral?

Sakura ponderou. Realmente, não queria que nada de mal acontecesse com Sasuke.

— E o que sugere?

Shika pensou nas possibilidades.

— É melhor serem duas pessoas que a gente saiba o que está acontecendo imediatamente.

— Quem são os alunos mais populares e que estejam solteiros? – divagou Kiba colocando a mão no queixo.

— Eu estava pensando em dois professores – disse Shikamaru.

— Boa – aprovou Ino. – É impossível não saber sobre os professores, todo mundo comenta.

— Tipo o professor Kakashi e a professora Kurenai? – questionou Kiba.

— A professora Kurenai é namorada do professor Asuma – falou Shikamaru.

— E como é que você sabe disso? – Kiba perguntou embasbacado.

— Todo mundo sabe disso – Shika revirou os olhos.

— Por mais que eles tentem disfarçar – acrescentou Ino.

Kiba se voltou para as meninas e elas lhe olharam como se fosse óbvio.

— Então quais professores?

— Professor Obito - Ino bateu o punho na mão. – Ele é caidinho na professora Rin.

— Mas ela é afim do professor Kakashi – avisou Shikamaru.

— E o professor Kakashi não é afim de ninguém – acrescentou Sakura.

— Se dermos para o professor Kakashi e para a professora Rin, o professor Obito pode ficar pior como pessoa do que já é – Ino analisou. – Mas se dermos para o professor Obito e para a professora Rin, o professor Kakashi não vai se importar.

Ouviram o alarme tocar anunciando que os cookies estavam prontos.

Quatro grandes cookies prontinhos. Usariam três e um teriam que guardar.

— Tudo bem – disse Sakura colocando cada cookie em um saquinho separadamente. – Amanhã vou dar um jeito de deixar os dois a sós e fazerem eles comerem os cookies. Vão ser nossas cobaias.

.

.

.

No dia seguinte...

A sala dos professores estava cheia.

— Como é que vou dar os cookies pra eles? – Sakura bufou tentando pensar em alguma coisa.

— Vou causar uma distração – disse Shikamaru. – Kiba, vem comigo – puxou o amigo. – Fique atenta a Rin e ao Obito – se afastou rapidamente.

— Aqui, Sakura – disse Ino lhe entregando os cookies sem feitiço.

— Obrigada. 

Sakura mentalizou: cookies enfeitiçados estavam no bolso direto do casaco e os sem feitiço no bolso esquerdo.

A filha da Malévola respirou fundo e foi até a sala dos professores junto da filha da Rainha Má e bateu na porta, como a loira tinha as melhores notas da academia achou melhor que fizessem isso juntas.

— Pois não? – Kurenai abriu a porta.

— Posso falar com a professora Rin? – Sakura perguntou timidamente.

Não demorou muito para a professora surgir. Olhou de uma a outra com a sobrancelha erguida.

— Em que posso ajudar? – cruzou os braços.

— Eu vim me desculpar, sinceramente dessa vez – disse Sakura. – Não deveria ter causado tanto tumulto em sua aula como fiz.

— Já cumpriu o castigo, não precisa fazer isso.

— Eu vim fazer uma oferta de paz – Sakura disse calmamente.

O alarme soou alto da sala dos professores e levou um susto, Ino pulou ao seu lado. Por que o barulho era tão alto ali?

— Venham fazer alguma coisa ou aqueles dois vão destruir a minha cozinha! – a voz de Chyo gritou de um monitor.

Os professores saíram apressados. Inclusive o professor Obito que parou no batente da porta, olhou para Rin e tornou a entrar na sala nem um pouco preocupado com o que a cozinheira disse.

Kurenai também permaneceu na sala.

Sakura retomou a fala:

— Como eu disse, vim fazer uma oferta de paz – e tirou um dos cookies enfeitiçados que estavam embalados. – Para a senhora, fui eu mesma que fiz.

— Senhorita – a professora a corrigiu.

— Para a senhorita então – Sakura corrigiu com um tom de voz controlado.

Obito apareceu na porta de supetão como se estivesse escutando o tempo inteiro. Ele realmente devia se controlar mais, por um momento quase sentiu pena da professora Rin, mas ela era tão obcecada por Kakashi quanto Obito por ela.

— Aceita um professor Obito? – ofertou o outro cookie enfeitiçado a ele. Se virou pra Kurenai que também observava a situação. – Quer um professora Kurenai? – deu um dos que estavam sem feitiço a ela.

Os três olharam com muita desconfiança. A filha da Malévola ainda estava com o sorriso de esperança que tinha ensaiado, e não era um sorriso falso, estava mesmo com esperança de que desse tudo certo.

— Não, obrigada – Rin recusou erguendo a mão pra lhe devolver a embalagem.

Ok, plano B então.

Desfez o sorriso lentamente.

Ino a imitou, enrijecendo a postura.

— Tudo bem – se fez de triste. – Não aceite nada dos vilões, já entendi – se afastou dos professores indo até Ino. – Podem jogar fora se quiserem, eu não ligo – sua voz ficou embargada. – Eu já tô indo pra sala Ino.

Kurenai abriu rapidamente a embalagem e mordeu o cookie. Sakura se virou pra ela surpresa e se curvou mostrando seu agradecimento.

— Está delicioso, você tem mais aí? – a professora perguntou.

— Sim – tirou mais alguns dos cookies que Ino fizera e entregou a ela. – Muito obrigada – agradeceu a ela.

— Eu que agradeço por comer algo tão gostoso, acho que Asuma vai adorar – disse a professora.

Sakura se virou ao ouvir mais uma embalagem sendo aberta, era Obito.

— Está um pouco doce demais pra mim – comentou enquanto comia.

— Você nunca foi fã de doces – disse Rin ao abrir a embalagem e ela mesma comer seu cookie.

— Muito obrigada – Sakura agradeceu mais uma vez. – Ino me ajudou a fazer.

— Não foi nada – disse a amiga.

— Bom, vou ver porque estão demorando tanto pra voltar do refeitório – disse Kurenai se afastando.

— E a gente já vai indo – disse Ino puxando a amiga. – Até depois – se despediu.

Se afastaram indo para o refeitório.

— O que será que eles aprontaram? – Ino estava curiosa com o que Shikamaru havia inventado.

Sakura se virou sutilmente e observou Obito e Rin se olhando intensamente.

.

.

.

Depois de toda a confusão as amigas foram para a sala.

Ino sentiu seu peito fisgar de tristeza. Lá estava Neji, rindo de algo que Karin acaba de lhe dizer.

— Olha os futuros vilões aí – saudou Karin maliciosamente. – Acho que vou pedir umas dicas a professora Rin.

— Você não precisa de mais dicas – disse Neji pegando a mão dela.

E ali mesmo os dois se beijaram.

A sala entrou em polvorosa, aquele seria o assunto do dia, até da semana talvez. Mas, para a filha da Malévola, se tudo desse certo, o assunto da semana seria outro.

Sakura puxou Ino para se sentarem ao fundo.

— Os dois estão de castigo por quebrar as regras dentro de sala de aula – Tsunade anunciou gelidamente ao entrar na sala e presenciar a cena.

Os dois nem ligaram.

— Eu pensei que a gente fosse amigo pelo menos – resmungou Ino. – Eu fiz todo o dever de casa dele – se segurou para não chorar.

— Eu não queria dizer, mas... – Sakura cantarolou.

— Não – Ino implorou.

— Eu te avisei – terminou a sentença. – Mas não se preocupe, vamos dar o troco – disse Sakura apertando a mão dela.

— Como? – ergueu o olhar curiosa.

— Assim – a filha da Malévola olhou em volta da sala discretamente e por baixo da cadeira estendeu uma das mãos em direção a Neji e pronunciou: – Preste atenção e não durma, que tudo o que ele não tenha feito, suma.

Agora era esperar.

A Fada Madrinha chamou um por um em sua mesa para corrigir os deveres.

Quando chegou a vez de Ino, Neji teve a ousadia de rir na cara dela.

— Babaca – Ino xingou quando sentou de volta em seu lugar.

Tsunade tinha lhe cumprimentado, pois até aquele momento fora a melhor nota da turma.

E quando chegou a vez de Neji...

— O que é isso? Não fez os deveres? – indignada.

— O quê? Claro que fiz! – exclamou ele.

— Seu caderno só tem as cópias que pedi, não os resultados – rebateu a Fada.

Neji lançou um olhar irritado para Ino e a filha da Rainha Má é que sorriu na cara dele.

— Por não ter feito o que foi pedido, pegará três castigos e uma advertência pela negligência com seus deveres – Neji tentou falar, mas a Fada gesticulou uma das mãos fazendo com que nenhum som saísse de sua boca.

Os demais prenderam o riso.

— Para eu ter certeza de que não vai trapacear – passou a mão por cima da capa fechada. – Ninguém, além de você, poderá tocar neste caderno. Terá que fazer os seus deveres sozinho, caso contrário farei com que repita a matéria. Pode retornar ao seu lugar.

E continuou a chamada.

— Obrigada amiga – Ino agradeceu.

— Fique mais esperta – Sakura avisou. – Ninguém mexe com a minha amiga e fica por isso mesmo.

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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?! Espero q sim!

Notas:
♦ Enfim temos a poção do amor, devo dizer q misturei ingredientes pra fazer cookies de verdade e a poção do amor de Harry Potter, kkkkkkkk
♦ lágrima da Hinata (filha da Rapunzel aqui) sendo usada, no filme é a lágrima da filha da Mulan
♦ Professora Rin e professor Obito sendo usados como cobaias, no q isso vai dar?
♦ E professora Kurenai como álibi, assim não se suspeita de cookie nenhum...
♦ Karin e Neji assumindo o "namoro"
♦ Neji tendo o q merece (ao menos um pouquinho)

PS: no próximo vai ser o Sasuke enfim!!!

Beijinhos e até o próximo capítulo ♥♥♥



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