Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 15
O museu (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Olá seus lindos!
Muito boa tarde (e um delicioso almoço)!

Mais um capítulo pra vcs!!!
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— Vamos Sasuke! – Naruto o chamou.

— Pode ir na frente – disse ao amigo.

Sasuke parou perto do campo, lançando um olhar para a arquibancada. Viu a filha da Rainha Má sentada junto com a filha do Aladdin e a filha da Mulan. Suspirou. Queria que Sakura estivesse com elas, mas não sabia bem o porquê.

Soube que ela teve que ir ao museu naquele sábado como atividade extracurricular obrigatória por ter brigado com a professora Rin na aula de Donzelas em Perigo. Balançou a cabeça disfarçando a risada que queria sair, ela era tão espirituosa e brigona, mas a conversa – se é que podia chamar assim – com o professor de artes no dia anterior o preocupava. Ele queria ajudá-la e o faria sem pestanejar.

Ultimamente lembrar de Sakura o deixava em estado eufórico e o coração batendo forte em seu peito.

Caminhava calmamente para o vestiário, para colocar o uniforme do time, quando Karin apareceu do nada e pulou em seu pescoço.

— Sasuke! – ela gritou em seu ouvido e aquilo o incomodou.

Se desvencilhou dela.

— Eu tenho que ir Karin.

— Eu só quero te desejar boa sorte – ela o beijou e saiu correndo.

Sasuke nunca se sentiu tão incomodado e errado por beijar a namorada. Ainda estava meio bravo com ela. Ela parecia que vivia em uma bolha. Estava realmente pensando em terminar com ela. Suspirou derrotado continuando seu caminho.

Depois do jogo teria que ir para o palácio de seus pais. Haveria um jantar importante com alguns outros reis. Só voltaria na noite do dia seguinte.

E por algum motivo que não sabia explicar queria falar com Sakura antes de ir, mas seria impossível, já que ela só voltaria no final da tarde com os outros. Por que não poderia esperar até amanhã? Só ansiava em poder encontrá-la.

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Ino estava sentada com as meninas esperando o jogo começar. Aquilo era novo para si, a empolgação e animação, que dificilmente havia na ilha, era estranho e bom ao mesmo tempo. Os alunos cantavam em rimas – que Tenten disse ser marchinhas – bem alto, fazendo com que muitos acompanhassem.

Logo os garotos entraram no campo vestidos em seus uniformes e o pessoal da arquibancada gritou e urrou bem alto. As líderes de torcida começaram a fazer uma espécie de coreografia bem divertida e os alunos cantavam alto acompanhando a música.

A filha da Rainha Má viu Kiba e Shikamaru ao longe. O primeiro parecia completamente nervoso e parecia que ficaria no banco. Já o segundo estava com a cara de tédio de sempre. Ino balançou a cabeça em negação ao vê-lo bocejar. O amigo não tinha jeito.

Ela escutou a voz da filha da Bela Adormecida no microfone gritando e animando ainda mais o público. Ino não gostava muito dela, mas tinha que admitir que a garota sabia o que estava fazendo.

Fora seus amigos, viu os outros garotos com quem tinha aula circulando pelo campo, dentre eles estavam Sasuke, Naruto, Gaara, Kankurou e Sai, ele acenou de longe, mas apesar de mirá-la não tinha certeza se o aceno era para si. Desviou sua atenção para o garoto de cabelos cumpridos no campo, perto de Gaara. Aquele era o filho da Rapunzel, se lembrou de quando o olhava quando acontecia algo importante na televisão, ele era realmente muito lindo.

Queria ter tido a oportunidade de falar com ele antes. Mas agora era tarde, se Sakura conseguisse pegar a varinha nada mais ali importaria e provavelmente todos os odiariam.

Ino olhou bem em volta, prestando atenção aos detalhes, se despedindo do paraíso que era aquele lugar. Focou sua atenção para as pessoas, logo depois. As meninas que estavam ao seu lado, Temari e Tenten, haviam sido muito legais, poderia até considera-las suas amigas, mas sabia que amigos não deveriam mentir uns para os outros e muito menos tentar destruí-los.

Desviou a atenção para os meninos. Sasuke e sua gentileza, Naruto que a havia tratado bem, Gaara e Kankurou que apesar de galanteadores, não foram maus. Neji, o garoto com quem não conseguira conversar e Sai, que fazia seu coração bater um pouquinho rápido em seu peito, mesmo sendo filho da Branca de Neve.

Iria sentir falta de todos, mesmo tendo se passado tão pouco tempo. Poderia ter sido verdadeiramente feliz ali, toda aquela calmaria e paz. Tudo era sempre tão limpo e organizado, tão diferente da Ilha. Mas depois que os vilões invadissem Konoha, nada mais seria o mesmo.

— Você está bem? – Tenten perguntou.

— Sim – respondeu surpresa, não havia percebido que ela e Temari estavam prestando atenção nela em meio à agitação.

— Parece preocupada – Temari reparou.

— Estou preocupada com Sakura, só isso – não era mentira.

As duas riram.

— Ela se estressa tão fácil – disse Tenten.

— Sim – Temari concordou. – Ela precisa aprender a relaxar mais.

Ino riu com elas e suspirou, tratando de disfarçar e aproveitar ao máximo o tempo que lhe restava.

Internamente pedia para que Sakura não conseguisse pegar a varinha. Deveria se sentir culpada pelo desejo, mas não conseguia. Gostava demais de estar ali e queria ficar mais um pouco.

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“Droga” Sakura resmungou em pensamentos, havia alarmes ligados a magia e não conseguira ver depois de usar tantos feitiços um após o outro. “Agora já era” deu de ombros.

Pegou a varinha e tentou fazer algum feitiço que desligasse o alarme, mas não estava funcionando. Tentou outro e nada. Qualquer coisa que tentava não funcionava.

“Será que estou tão fraca assim?” se questionou, mas não podia ser isso, testou e uma chama verde saiu de sua mão.

Não demorou para constatar o óbvio: aquela varinha era falsa.

“Que droga!” exclamou em pensamentos cheia de raiva.

Seus feitiços não iam durar muito mais, tinha que pensar em algo rápido para se safar do contrário lhe mandariam de volta para a ilha e aí sim estaria frita, sua mãe não lhe perdoaria pelo fracasso.

“Pensa Sakura” se concentrou e olhou ao redor.

Viu a cópia do cetro da sua mãe e teve uma ideia, não muito boa, mas aquilo tinha que servir.

Rapidamente tocou em todos os objetos daquela sala disparando os alarmes, assim não saberiam que só encostara na varinha. Tentou refazer a magia da Fada Madrinha, o que foi difícil, pois eram feitiços muito habilidosos. Estava esgotada após usar tanta magia de uma vez só e temia não conseguir enganar a própria Fada caso fossem procurá-la ou ela fosse até ali.

Logo se concentrou em seu plano. Pegou a cópia do cetro da sua mãe e esperou que chegassem até ela, fazendo seu modo atuação entrar, algo que era herdado de seu pai. Trapaça, enganação e enrolação eram com ele mesmo. Só desfizera os feitiços que ela mesmo usara, a partir daquele momento a câmera de segurança estaria gravando.

— Sakura? – Chouji é quem chegara afobado na sala.

— Oi – respondeu. – O que é esse barulho todo? – perguntou inocentemente.

— São os alarmes de segurança, você não devia estar tocando nisso – avisou ele.

— Por que não? – se fez de sonsa. – Não há nenhuma placa que diz que não pode como os objetos das outras salas – comentou sem entender. – Sou eu quem está causando isso? – perguntou surpresa e colocou a cópia do cetro de volta no lugar.

— O que está acontecendo aqui? – Izumi e um homem que parecia um segurança chegaram na sala no exato momento que Sakura devolvia o cetro a seu lugar, a filha do diretor parecia completamente aterrorizada.

— Me desculpa, eu não sabia – Sakura começou a se justificar.

— Você estava tentando roubar alguma coisa? – Izumi perguntou engolindo em seco.

— O quê? Não! – Sakura negou. – Eu jamais faria isso, eu só estava vendo o cetro que parece o da minha mãe, não sabia que não podia pegar, quer dizer, não tem nenhuma placa de aviso.

— Vamos resolver isso na escola – disse Izumi dando o assunto por encerrado.

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O salão estava grandioso, todo trabalhado em tons dourados, Sasuke observou, tudo feito para demonstrar a riqueza e o poder daqueles que estavam na festa: apenas a nobreza; reis, rainhas, príncipes e princesas. Aquela visão não agradava muito a Sasuke, poderiam usar toda aquela riqueza para outros fins que não para demonstrar poder. Ainda havia povos que passavam fome nos reinos, animais correndo risco de extinção e a própria natureza entrando em colapso por causa da vontade de uns em ter poder.

Sasuke respirou fundo. Sempre fora assim e ele não via quando aquilo poderia ter fim, pelo menos, não tão cedo. Avistou a mãe e foi até ela. Só a mãe sabia lhe acalmar e dizer o que era necessário.

— Capricharam, hein?! – comentou incomodado.

Ela lhe abraçou.

— Que bom que chegou – ela lhe deu um beijo na testa. – Sei que a visão deste salão não lhe agrada, assim como não agrada a mim, mas sabe que é necessário – falou resignada.

— E como está Itachi? – resolveu mudar de assunto.

— Extremamente nervoso – suspirou a mãe. – Muitos nobres ainda não concordam com a primeira proclamação dele, e sua também,  de deixar os filhos dos vilões habitarem nosso reino e viverem entre nós.

Sasuke já esperava pela resposta.

— Eles são boas pessoas – disse.

— Eu confio em você, meu filho, e em Itachi também – a mãe apertou sua mão para lhe dar conforto e ergueu o olhar para as pessoas naquele salão. – E acredito que escolheram a melhor proclamação que Konoha precisava. Está na hora de superar o passado e seguir em frente.

Aquilo aqueceu o coração de Sasuke, sua mãe sempre fora sua maior inspiração.

Avistou Karin ao longe e puxou a mãe para dançar disposto a manter distância da namorada o máximo que conseguisse.

— Por que está fugindo de Karin? – sua mãe perguntou. "Ela não deixa escapar nada", pensou.

— Eu – ele não sabia bem o que dizer, então apenas seguiu o coração. – Eu não vejo mais como nosso namoro pode dar certo. Quer dizer, eu nunca a amei – ele a rodopiou.

— Disso eu sempre soube – a mãe comentou seguindo os passos.

— Eu vou terminar com a Karin – despejou de uma vez, por mais que soubesse que ela não era muito a favor do namoro, nunca havia se mostrado contra também.

A Rainha ficou em silêncio por alguns segundos.

— A única coisa que eu quero saber é: por que só agora você decidiu isso, meu filho? – ela estava curiosa.

— Bem... – ele ficou corado por um instante e seus olhos brilharam ao falar: - Tem uma pessoa... e... eu acho... que gosto dela... muito...

A rainha gostou de ver o semblante do filho, era algo que ele nunca havia demonstrado antes.

— E como essa pessoa é? – perguntou curiosa.

— Incrível – respondeu sem pestanejar. – Ela é tão forte, decidida, determinada – disse sonhador –, meio brigona também – ele riu parecendo se lembrar de algo. – Ela luta pelo que acredita e bate de frente quando acha que algo não está certo.

— Difícil alguém ser assim nos dias de hoje, quando todos querem evitar conflitos – analisou a rainha.

— Ela é diferente – disse Sasuke.

— Então é ela? – perguntou sorrindo.

— Sim – retornou o sorriso da mãe. Eram muito parecidos.

— Posso saber o nome? – perguntou curiosa.

Sasuke hesitou.

— Ainda não – a rainha lhe lançou um olhar questionador. – Eu não quero criar falsas esperanças, não sei se ela sente o mesmo por mim – suspirou.

— Meu filho, você é  um  príncipe!

— Eu já te disse mãe, ela é diferente. Ser um príncipe não faz a menor diferença no momento. Deixa eu falar com ela primeiro.

— Tudo bem – a rainha concordou.

Observou seu filho mais novo, ele parecia com a cabeça longe, podia apostar que estava pensando na moça de quem acabara de lhe falar, ele tinha um sorriso doce nos lábios, os olhos brilhavam, era o rosto de alguém apaixonado. A rainha torcia para quem quer que fosse a moça fizesse seu menino feliz.

Sasuke ainda estava dançando com a mãe quando viu o pai saindo do salão acompanhado de um empregado no momento em que as cornetas tocavam anunciando o jantar.

— Será que houve algum problema? – a rainha comentou com o filho estranhando a reação do marido. – Não posso ir, preciso estar aqui com Itachi – do contrário chamariam a atenção.

— Pode deixar que eu vou – Sasuke avisou e discretamente seguiu o pai até a biblioteca do castelo, ficou atrás da porta ouvindo.

Se assustou quando ouviu a voz de Sakura, parecia vir de um tipo de gravação ou monitor.

— Eu não sabia! – disse Sakura exaltada.

— Você estava roubando! – acusou o diretor.

— Para que eu iria querer roubar algo que eu sei que é falso?! – devolveu.

— Chega! – o rei deu uma basta na discussão. – Sempre soube que isso daria errado – continuou. – Meus filhos lhe oferecem uma chance e na primeira oportunidade você tenta nos roubar?

— Eu não estava roubando nada! – negou Sakura.

— Então como a senhorita se explica?

— Eu estava vendo – Sakura exasperou. – Quer dizer, eu vi o cetro lá e fiquei chocada em como parecia igualzinho ao da minha mãe, então o peguei, não sabia que não podia tocar e, tipo, nem havia placa avisando, mas eu sei que aquele é falso porque o verdadeiro está com ela lá na Ilha.

Houve um momento de silêncio onde Sasuke pôde ouvir o pai caminhando de um lado para o outro.

— E você quer que nós acreditemos que suas ações foram todas movidas a uma possível saudade da sua mãe? – era a voz do diretor que Sasuke ouvia naquele momento.

O príncipe gostaria de ver o rosto de Sakura no momento em que ela respondia:

— Pode ser difícil para vocês acreditarem, mas ela ainda é a minha mãe.

Houve mais uma pausa. Sasuke sentiu o corpo tencionar ao escutar a frase proferida pelo pai:

— Eu deveria mandá-la de volta para Ilha.

 Sasuke ouviu uma risada de Sakura, era fria e amarga, muito diferente da risada que as vezes tinha o prazer de tirar dela, antes de ela continuar:

— Fácil para o senhor falar, afinal, teve sua segunda chance, não é mesmo?! E não está me dando nem a primeira.

Decidiu interferir naquele momento.

— Iria tomar uma decisão sem falar com Itachi ou comigo, meu pai? – viu seu pai virar surpreso para si e também viu Sakura e o diretor da escola por uma tela, ela parecia resignada.

— Eu disse que deveria, não que iria – ressaltou para o filho.

— Ela está dizendo a verdade! – Sasuke se virou surpreso para a tela ao escutar a voz de Chouji.

— Mas que invasão em minha sala é essa?! – o diretor gritou irritado.

— Desculpe-me pai, não consegui impedi-lo – Izumi parecia apavorada.

— Deixe que o garoto fale – disse o rei.

— Sakura está dizendo a verdade, se ela estivesse querendo roubar teria fugido do museu assim que o alarme tocou, mas ela só estava vendo o cetro, ela nem sabia que o alarme tinha disparado porque ela estava segurando o objeto – disse tudo apressadamente.

— E você Izumi? – o rei perguntou a moça.

Izumi não olhou para o pai em momento nenhum enquanto respondia ao rei.

— Ela está dizendo a verdade, majestade, sequer ofereceu resistência a usar algemas ou ser acompanhada por um dos seguranças do museu – disse resignada.

 Só agora Sasuke reparava que Sakura estava mesmo usando algemas.

— Tirem isso dela agora mesmo – ordenou e Chouji se apressou, mas o diretor o impediu.

— Vossa majestade – tentou dizer.

— A garota não é culpada, liberte-a – interrompeu o rei. – Escute bem, filha de Malévola, estou lhe dando mais uma chance, espero não me arrepender.

— Muito obrigada – ela se limitou a responder.

— Meu filho e eu precisamos ir agora – informou desligando o monitor. Depois se virou para olhar o filho e Sasuke conhecia aquele olhar, iriam conversar depois, quando a festa estivesse encerrada. 

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero q sim

Notas do capítulo:

♦ Quanto tempo vcs acham q ainda dura esse namoro do Sasuke e da Karin?
♦ E essa declaração do Sasuke, hein? ♥♥♥♥♥
♦ SasuSaku finalmente ta chegando!!!

Beijinhos e até o próximo sábado ♥



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