Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos, bem-vindos!

Bom, é a primeira vez que posto uma história por aqui e ainda tô um pouquinho atrapalhada, então me deem um crédito por favorzinho!

Espero que gostem de ler tanto quanto eu estou adorando escreve-la e é isso, boa leitura! ^-^



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Os Descendentes

By~ sak12

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Prólogo

 

Era uma vez...

O ateliê real era sofisticado, todo em tons dourados para a mais alta realeza: a rainha Bela, o rei Fera e seus dois únicos filhos, Itachi e Sasuke. No momento o príncipe Itachi, o filho mais velho, acabava de terminar de se ajeitar para a sua primeira proclamação como futuro rei dos Reinos Unidos de Konoha.

— Nervoso? – perguntou Sasuke, seu irmão mais novo, que também estava se preparando no ateliê. Ele seria o futuro conselheiro real, mas somente dali á alguns anos, apenas depois que terminasse a escola.

Ambos estavam colocando seus ternos feitos sob medida apenas para aquela ocasião.

— Muito – Itachi suspirou. – Acha que a mamãe e o papai irão aprovar? – ele se referia a sua primeira proclamação.

— Mamãe sim, mas papai... – Sasuke suspirou. Se olharam, conheciam bem o temperamento do pai.

De repente a porta do ateliê se abriu e por ela entraram o rei e a rainha.

— Aí estão vocês – a rainha Bela se aproximou. – Como cresceram rápido – disse ela orgulhosa para seus dois meninos.

— Saibam que nós os criamos para serem bons governantes – Fera incentivou seus dois filhos. – Você Itachi como o futuro rei e você Sasuke como futuro conselheiro real.

— Tenho certeza que os dois juntos irão conseguir – Bela beijou cada filho no rosto e Fera afagou suas cabeças.

Itachi faz um aceno para Sasuke, era agora ou nunca.

— Mãe, Pai – Sasuke chama a atenção deles. – Itachi e eu decidimos qual vai ser nossa primeira proclamação.

— Oh, muito bem – o rei acenou orgulhoso. – E qual vai ser? – perguntou curioso.

O príncipe mais velho respirou fundo antes de dizer:

— Decidimos dar uma chance as crianças da Ilha dos Perdidos de viverem aqui no reino, entre nós – falou tudo de uma vez e surpreendeu muito seus pais.

O rei logo compreendeu e não gostou nem um pouco.

— O quê? Os filhos dos nossos inimigos vivendo entre nós?! – ele rugiu.

— Toda vez que Itachi e eu olhamos para aquela ilha sempre nos sentimos culpados – Sasuke se entrepôs na discussão.

— Vocês não têm que se sentirem culpados por nada – a rainha tentou confortá-los.

— Temos sim! – Sasuke tentou fazer sua mãe entender seu ponto de vista. – Nós os abandonamos!

— Eles não têm culpa de serem filhos de quem são – Itachi emendou.

Um silêncio se instaurou no cômodo, até que a rainha se pronunciou:

— Têm razão.

— Não pode concordar com isso! – o rei a contrariou.

— Eu dei a você uma chance, não dei? – ela perguntou retoricamente.

Contra isso o rei não pode argumentar. Itachi logo engatou seu discurso.

— Será um teste, apenas quatro crianças. Eles terão dez dias antes das aulas começarem oficialmente e a Fada Madrinha pode lhes ensinar todas as normas e tudo o que for necessário para a adaptação deles.

Bela lançou um olhar para Fera.

— Muito bem – o rei se rendeu. – Quem são as crianças escolhidas?

Itachi começou a falar calmamente para não alardear os pais, Sasuke lhe ajudaria, disso ele tinha certeza.

— Aqueles que mais precisam da nossa ajuda: o filho da Cruella de Vil – a rainha ficou surpresa ao escutar o nome. – O filho do Jafar – o rei fez uma careta. – A filha da Rainha Má – e o “grandfinale” pensou Itachi já prevendo o estardalhaço. – E a filha da Malévola.

Itachi viu sua mãe arregalar os olhos e seu pai rugir com tudo.

— Malévola?! Ela é a pior dentre todos os nossos inimigos!

— Mas a filha dela não tem culpa de nada.

— A filha da Malévola está fora de cogitação!

— Querido – Bela chama a sua atenção. – Eu confio na escolha dos dois – disse de maneira decisiva.

O rei viu que não tinha mais nada a fazer, eles estavam determinados e não poderia os deter, apenas apoiar e esperar que tudo desse certo.

— Muito bem – suspirou. – Mas se eles não se adaptarem voltarão para a Ilha imediatamente, estamos entendidos? – determinou.

— Sim senhor – os dois concordaram.

O rei e a rainha se despediram rapidamente para espera-los no palanque para a proclamação.

— Céus – o rei abraçou a rainha. – Isso vai ser um escândalo.

— Vamos ajudá-los – ela apertou os braços em volta dele para confortá-lo.

Sasuke terminou de se arrumar e tentou animar o irmão:

— Hey, o pior já foi.

— Não meu irmão – negou Itachi. – O pior ainda está por vir.

Já prevendo que a reação de seu povo à sua primeira proclamação não seria muito diferente da dos seus pais.

 

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Na borda de uma praia havia uma jovem deitada na areia. Ela olhava para cima, tentando ver através da nuvem cinzenta da barreira um pedacinho do que ela imaginava ser o verdadeiro céu. Às vezes conseguia ver alguns pontinhos brilhantes do que deviam ser as estrelas das histórias que ouvira falar.

Ela tinha o costume de ir até aquele lugar para pensar e descansar. Dificilmente alguém lhe incomodava. Tinha os cabelos na altura dos ombros, cor de rosa, os olhos verdes de sua mãe e as orelhas pontudas herdadas pelo seu sangue de fada, não era tão alta, mas isso não importava, o que importava era que seu nome era Sakura e ela era filha da Malévola.

“Está escurecendo...” foi o que a jovem pensou se levantando e sacudindo a areia da praia da roupa que usava “Acho melhor eu ir...”, a brisa fria do mar a fez se arrepiar enquanto calçava seus coturnos e iniciava a caminhada até o cais.

Sendo filha da Malévola, a dona daquela parte do território da ilha, era notório que os moradores não tirassem os olhos de si, tanto por medo como por respeito, mas naquela vez havia algo de diferente.

As vielas e ruas normalmente eram escuras com seus pedregulhos gelados, mas enquanto Sakura andava entre elas a luz piscou algumas vezes e ascendeu de uma vez. Houve muito tumulto por parte dos moradores para conseguirem aproveitar a pouca energia elétrica que raramente funcionava, apenas quando algum membro da realeza fazia algum comunicado importante para todos os reinos e isso incluía a Ilha dos Perdidos.

Para a jovem não fazia a menor diferença ter energia ou não, isso não alterava em nada na sua vida.

— Sakura! – uma garota loira, da mesma idade que Sakura, apareceu em seu caminho.

— Ino – Sakura a cumprimentou.

— Vem cá – ela lhe puxou sem dar chance alguma da garota negar. Ela estava mais animada que o normal.

A jovem logo se viu dentro do mercadinho Yamanaka em questão de segundos. Havia algumas pessoas lá dentro, todas com pressa. O pai de Ino a cumprimentou com a cabeça em sinal de respeito e logo voltou as suas tarefas.

— A realeza vai fazer um comunicado – Ino lhe informou a puxando para dentro de sua casa. – A luz tem ido e vindo o dia inteiro. E eu estou muito curiosa para ver o que eles têm a dizer – dizia tudo muito empolgada. – Parece que o rei vai passar a coroa para o filho mais velho, o príncipe Itachi – disse ela sonhadora.

Sakura suspirou. Ino era sua única amiga e não sabia dizer quando haviam se tornado amigas, apenas o eram desde que se lembrava e pronto.

— Não posso demorar – Sakura a advertiu.

Logo se viu dentro da sala da casa da amiga. A mãe de Ino, a Rainha Má, estava sentada no sofá de frente para a TV.

— Fiquem quietas, as duas – ela mandou.

Na televisão passava as imagens e a história dos Reinos Unidos de Konoha, o lugar onde todos os reis e rainhas, príncipes e princesas, e é claro, a plebe vivia em paz e harmonia, desde que o rei Fera e a rainha Bela se casaram e decidiram unir todos os reinos dos contos de fadas e banir os vilões e todo tipo de pessoa ruim para a Ilha dos Perdidos, lugar onde viviam agora, inclusive os descendentes dos vilões, pois muitos anos haviam se passado desde então.

Enquanto a história era contada Sakura desviou a atenção, odiava Konoha com todas as suas forças por deixa-la lá e todos os outros filhos dos vilões na miséria. Só havia energia elétrica quando havia algo de importância – de acordo com o governo de Konoha – que eles quisessem compartilhar, fora isso viviam a base de velas e lamparinas a gás; água potável tinha que ser comprada pelos barqueiros humanos nojentos que se aproveitavam da situação; a comida era comprada pelos mesmos barqueiros, mas havia alguns poucos mercados como o de pai de Ino que cultivavam e produziam os próprios alimentos, que eram poucos e escassos; a ilha em si era um nojo e, se não fosse pelos vilões terem demarcado seus territórios, seria um verdadeiro caos também.

Sakura desviou sua atenção para a amiga que suspirava.

— Aquilo é que é um verdadeiro príncipe, olha só o cabelo dele – elogiava o rapaz na televisão para quem Sakura fez careta. – O filho da Rapunzel.

— Tinha que ser o filho dela mesmo, né?! – Sakura ironizou, o cabelo cumprido só podia ser herança da mãe.

Sakura voltou sua atenção para a amiga que continuava a suspirar para os outros membros da realeza que passava. Ino tinha os cabelos loiros e o sorrido do pai, só, todo o resto era herança de sua mãe, a Rainha Má, inclusive seus olhos azuis e seu corpo esguio, capazes de levar rapazes a fazerem loucuras e o que ela mais quisesse. Se a Rainha Má tivesse sido bela um dia como Ino o era agora, Sakura entenderia como ela levara reinos a loucura. Até chegar Branca de Neve, e esse era um nome proibido na casa da amiga.

— Ah! O príncipe Itachi – Ino soltou um gritinho.

— Se controle – a mãe de Ino repreendeu a atitude da filha. – Os rapazes é quem deve gritar por você e não o contrário.

— Sim mãe – Ino concordou e sorriu.

— Não sorria – a Rainha Má a impediu. – Dá rugas – Ino murchou na hora horrorizada com o fato de arranjar rugas tão cedo.

Sakura revirou os olhos e segurou a língua para não soltar nenhuma piadinha.

Reinos Unidos de Konoha— alguém que Sakura não estava a fim de identificar se pronunciou na televisão. – O príncipe Sasuke— Sakura percebeu a amiga se controlar ao seu lado para não soltar um gritinho. – E o príncipe Itachi, nosso futuro rei.

Dois jovens muito parecidos subiram ao palanque. Os filhos da Bela e a Fera. Um era obviamente alguns anos mais velho do que o outro e Sakura presumiu que aquele fosse Itachi, o futuro rei. O mais novo parecia ter mais ou menos a sua idade.

— Acho melhor eu ir – Sakura se levantou.

— Espera mais um pouco – Ino pediu.

— Sabe que eu não tenho paciência para essas bobagens – ela repudiou.

— Calem-se as duas, eu quero ouvir – a Rainha Má se irritou.

Sakura controlou a boca para não dizer que não importava o que eles dissessem, nada mudaria a situação da ilha e de quem vivia nela, porque ninguém mais ligava ou dava a mínima para a existência deles, fora da ilha era o felizes para sempre agora. Mas apenas estalou a língua irritada.

Reinos Unidos de Konoha, muito obrigado— o príncipe começou seu discurso. – Eu quero agradecer pelo apoio de todos vocês, meus súditos. Por sempre se esforçarem para convivermos em harmonia e por me aceitarem de bom grado como seu futuro rei— o público presente aplaudia de pé o discurso.

Sakura era boa em ler pessoas, afinal, era especialista em descobrir a diferença entre a verdade e a mentira, e ela podia dizer com certeza que aquele príncipe estava nervoso e não é porque era tímido.

Portanto, como primeira proclamação eu quero dizer que— ele respirou fundo. O irmão mais novo estava ao seu lado e deu um tapinha nas costas do mais velho, demonstrando seu apoio. – Eu convido quatros jovens da Ilha dos Perdidos para viverem aqui em Konoha e reintegrarem a nossa sociedade— o público entrou em choque.

— AH! – Ino gritou empolgada ao seu lado.

— Cale-se Ino! – A Rainha Má ralhou.

Peço para que tenham a mente aberta para esse assunto. Os filhos dos vilões não têm culpa pelo que seus pais fizeram— o príncipe mais novo tomou a frente. – Como futuro conselheiro real, eu digo que não devemos mais dar nossas costas para aqueles que precisam de nós.

Sakura arqueou a sobrancelha. A chance de deixar a ilha era boa demais para ser verdade. Mas logo se lembrou quem era ela: a filha da Malévola. Nunca permitiriam que algo relacionado á vilã, principalmente sua filha, entrasse em contato com Konoha.

Amanhã, às dez horas— o futuro rei retomou a palavra. – Se esses quatro jovens aceitarem o convite, serão trazidos para Konoha e frequentarão a escola como todos os outros jovens do nosso reino.

O público ainda estardalhava não aprovando a atitude do príncipe.

Ilha dos Perdidos— o príncipe olhou diretamente para a câmera. – As crianças convidadas são: Kiba, o filho da Cruella de Vil— o público aumentou o alarde. – Shikamaru, filho do Jafar — ouviram vais ao fundo. – Ino, filha da Rainha Má.

— AH! EU VOU PARA KONOHA! – Ino gritou alto ao pular do sofá.

Sakura deu as costas para a TV e quando chegou perto da porta paralisou.

E Sakura, filha da Malévola— quase não dava mais para ouvir nada e Sakura se voltou para a televisão vendo muitos guardas tentando conter o público enraivecido. – Estão todos convidados— a televisão desligou e tudo voltou ao mais profundo breu.

— Nós vamos para Konoha juntas – Ino gritou pulando ao seu lado e pegou sua mão. – Temos que arrumar nossas malas – ela continuou a tagarelar, mas Sakura não prestou atenção.

Não tinha certeza do que havia acontecido ali.

Pela primeira vez, Konoha estava estendendo a mão para a Ilha dos Perdidos.

E Sakura não sabia se isso era bom ou não.

 

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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero muito que sim!
Se tudo der certo até o próximo sábado ♥



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