Arlequina E Coringa Um Amor Vilão escrita por pollypneri


Capítulo 3
A fuga


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo o Coringa finalmente consegue fugir do Asilo com a ajuda da Doutora Quinzel. Ela está realmente entregue a esse romance e talvez ele não retribua da forma que ela espera.



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Dr. Quinzel

O Coringa gostou do gatinho que comprei. Ebaa! Só que e realmente, com ele internado naquele asilo não poderemos estar juntos. Por mais cruel e difícil que ele seja eu sei que ele me ama. E que vai me amar ainda mais. Eu não conheço ninguém que vai arrumar armas pra mim de forma clandestina, então, infelizmente eu terei que roubar. Afinal, minha felicidade depende disso e eu sou capaz de tudo para ser feliz com o homem que escolhi.

Acordo cedo, visto minha roupa de médica, afinal quem duvidaria de uma médica? Deixo minha moto ainda ligada na porta, afinal eu preciso correr para não me pegarem. Consigo avistar uma moça para atender. Me aproximo e ela me recebe com um sorriso:

— Gostaria de alguma arma doutora?

— Sim, uma metralhadora!

— Isso é uma arma bem pesada, você tem documentos de porte legal?

— Claro, tenho sim. Vou pegar aqui para vc, enquanto isso por favor arrume para mim e deixe abastecida de munição. Estou um pouco atrasada, tenho que estar no asilo agora mesmo. - Menti, enquanto vasculhava em minha bolsa disfarçadamente.

— Aqui está! - disse me entregando a arma e estendendo a mão para pegar um papel em branco que peguei fingindo estar com meu porte em mãos.

Quando ela foi abrir eu atirei em seu braço e saí correndo dali com minha moto. Eu estava completamente apavorada e chorando. Mas, eu não tinha outra escolha, eu tinha que ajudar o Coringa. Ele precisa sair dali, ele não teve culpa da vida difícil, é claro que ele não poderia ser diferente. Fui rápida e chegando no asilo passei pelos fundos, sem que ninguém visse joguei a arma por cima do muro no gramado. Entrei com minha moto e corri até onde estava a arma e a joguei pela janela onde era a minha sala de terapia . Deixei num cantinho escondidinha atrás da maca para que ninguém visse. Dei meia volta e entrei pela porta da frente, tudo como um dia normal. Fui para minha sala eCoringa já se encontrava lá, bati na porta, como sempre fazia e ouvi sua voz grossa e perfeita dizendo:

— Entre, doutora. 

Quando entrei ele estava com a arma já em sua mão aapontando para mim, com a camisa de força rasgada. Quando fui tentar dizer algo, fui surpreendida com um homem que me puxou pelos cabelos me levando para um quarto. Enquanto íamos passando escutei vários tiros e muitas, muitas pessoas desesperadas e morrendo. E a risada do meu amor que atirava sem pena. Explosivos, o alarme do asilo disparando e muito mais.

Aquele bruto me amarrava na cama, eu gritava para ele me soltar, e tentava empurra-lo. Mas ele tinha muito mais força que eu é claro. Quando me amarraram ouço alguem chegando com passos lentos. Era o meu amor, sem camisa, meu Deus como ele é lindo. Vinha me olhando, desarmado:

— O que temos aqui? - disse fazendo uma dancinha estranha e colocando o refletor eletrico para iluminar meu rosto.

— Eu ajudei você! - disse ainda apavorada com toda aquela situação.

— Você me ajudou? Tentando apagar a minha memória, ACHANDO QUE EU IA ESQUECER O QUE FEZ COMIGO? - disse gritando e batendo forte na maçã furioso. - Você me deixou em um buraco negro de ódio e confusão com seus remédios Dra. Quinzel.

— Vai fazer o que? Me matar Senhor Coringa? - disse ironicamente já sabendo a resposta, pois ele jamais me mataria. 

— O que? O que? - Disse meio confuso, acho que por causa dos remédios fortes que ele tomava. - Não, eu não vou te matar. Eu só vou te machucar muito, muito mesmo.- Disse pausadamente tentando me assustar, mas eu já estava acostumada com a dor. Coringa me mordia forte, eu estava cheia de machucados pelo corpo que ele fazia quando me mordia. Fora que nada doiria mais, que ficar sem ele. Se ele fosse embora dali, talvez nunca mais iria vê-lo.

— Você acha? Pois eu aguento. - Respondi, sabendo que ele faria mais uma tortura, tudo isso pra me deixar viva. Era o jeito dele de amar. Ele poderia me matar como fez com todos. Mas ele não era o tipo de homem que me colocaria em cima de um cavalo branco e sairia dali como se eu fosse sua princesa. Ele era vilão, queria fazer maldade comigo. Mas nunca me perder.

— Eu vou triturar algo até virar suco. Ah é suco, do seu cérebro!

Dei um sorriso, ele colocou um cinto em minha boca para eu segurar e me eletrocutou na cabeça. Vários pensamentos me vieram à mente, como cenas de um filme, e eu me via com ele em várias delas, vestida de palhaça como ele costumava fazer, com pele pálida como a dele. Como se eu fosse sua rainha. Aquilo doía demais. Mas os pensamentos que vinham à minha mente eram perfeitos. Eram o que eu queria. E isso me deixava muito, muito feliz. 

Coringa soltou o aparelho eletrocutor, e saiu correndo dali, depois de me desamarrar completamente. Eu não poderia deixa-lo ir embora. Como assim? Depois de tudo que eu fiz? Estou completamente apaixonada por ele e do jeito que ele vive, se eu deixá-lo partir, nunca mais irei vê-lo. Ele nem poderia me encontrar já que o Asilo Arkham foi destruído por ele mesmo e ele não sabe onde moro.

Peguei minha moto e corri, avistei o carro incrível e roxo dele, sabia que era dele, pois ele era diferente e tinha o visto na porta do asilo quando cheguei com a metralhadora pela manhã. Corri muito com a minha moto e passei do lado dele olhando. Ele colocou a mão no rosto e virou pro lado, não acreditando que eu estava lá e talvez não querendo isso. Isso me deu muito raiva, eu demonstrei meu ódio dele naquele momento. Acelerei mais e parei na frente do carro dele derrapando toda minha moto, pois não dava tempo de frear e eu estava desesperada demais para pensar bem. E mais uma vez ele provou que me amava: ele parou o carro. Ele não me matou (de novo), ele não me quer mal. Ele não assume, porque ele não sabe o que é sentir isso. Mas ele está sentindo AMOR por mim. E eu sei porque sei tudo que se passa com ele. Afinal, eu fui terapeuta dele. 

Ele freou quase em cima de mim que fiquei parada esperando para saber se ele iria me matar. Então ele disse:

— É você! - como se ele não soubesse que era eu desde o início. Típico dele por ser tão orgulhoso.

— VOCÊ ME FEZ DE IDIOTA ESSE TEMPO TODO! - Gritei. Dando um soco no capô do carro, chorando, com raiva.

— Nervosinha. - Ele respondeu, sendo sarcástico. Descendo do carro.

— Todos os teste, todo aquele papo, toda iniciação. Eu te amo, eu me apaixonei. - Disse gritando desesperada, e chorando. Que raiva!

— Ta bom, ta bom, ta bom, cala a boca. Eu não gosto desse papinho chato de amor. - Respondeu tentando me acalmar. De repente bateu palma e disse:

—Tive uma ideia, tenha a mente sã. Eu tinha um grande plano de matar todos daquele asilo e você doutora. Não tenho mais planos. - Disse contando sua história já querendo me descartar de vez. Coloquei minhas mãos em seu rosto e disse:

— Mas e a promessa que você fez? - me referindo à promessa que ele fez de ficarmos juntos.

— Promessa, promessa HAHAHAHAHA - Respondia quando fomos interrompidos por um caminhoneiro intrometido.

— Saiam logo daqui, que merda! - disse o caminhoneiro. Eu estava com muito, muito ódio, de mim mesma e de tudo. Peguei uma arma que estava no blazer do coringa e atirei no caminhoneiro. Precisava continuar essa conversa. Já nem sei o que estou fazendo. Eu estou completamente apaixonada e com raiva. Por que ele não me quer? Parecia tudo tão real.

— Eu ia te avisar para não fazer isso! - Disse coringa para o caminhoneiro morto. - Que tal amigos? - Me disse olhando para a arma que eu estava apontando na testa dele. Queria matar ele. Ele n poderia fazer isso comigo! Não, não mesmo!

— Vamos, me mate. Vamos, vamos, vamos, vamos. - Ele dizia sabendo que eu seria incapaz de fazer isso com ele.

— Uma arma não te dá medo, mas o meu coração te assusta? - disse desafiando ele para se entregar.

— VAMOS! - Disse me desafiando à matá-lo. Pegou a arma de minha mão, desativou o gatilho e riu - HAHAHAHAHA - riu apontando a arma em sua cabeça. concluiu tudo dizendo: Se eu sou louco, você é insana. Vai! Vamos embora!

Entrei dentro do carro dele com ele e partimos. Ele ria, eu estava ainda muito confusa, com ódio, duvidas, apaixonada, eu amo esse homem, foi tudo tao rápido não sei o motivo de tudo isso, mas fomos destinados a estarmos juntos. Eu nasci para ele. Eu não tenho culpa e ele também não. Simplesmente esse era o nosso destino. Ele dirigia acelerado, então perguntei: 

— Para onde estamos indo?

— Você vai ver, em alguns minutos chegaremos lá HAHAHAHAHAHAHA. - Respondeu sorrindo

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Fiquem por dentro e acompanhe a história... Logo, logo vou postar o capítulo 4



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