Armadilhas do Amor escrita por Kynhaaaa


Capítulo 9
Estranha




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POV do Scorp

Depois que pedi ajuda ao Al o professor de história da magia chegou nos mandando entrar.

— Depois da aula mandamos uma carta ao meu pai – ele falou já se encaminhando pra sala

— Tudo bem. – uma esperança crescia em mim

Entramos na sala e eu e o Al nos encaminhamos para o nosso lugar de sempre. Assim que me sentei olhei para o lado e vi que a Rose estava sentada ao meu lado. Ela nunca se sentava conosco sempre era na última fileira de carteiras e o mais afastado de todos possível.

— Al –chamei ele baixinho – sua prima está bem?

— Acho que sim. Por quê? – ele a olhou.

Ela parecia estar em outro mundo. Ela olhava pra frente mais não prestava atenção no que o professor falava. Ela devia estar pensando em alguma coisa, pois nem percebeu que a olhávamos e que falávamos dela.

— Ela está estranha.

— Ela está assim desde que o senhor a beijo ontem. – ele esperou por uma resposta mas eu nada disse – se bem que até hoje a hora que íamos para o salão principal tomar café ela estava normal. Ela ficou estranha depois que vocês ficaram sozinhos. O que você fez com a minha prima?

— Eu não fiz nada. Ela que me beijou – a última parte disse mais pra mim do que pra ele.

— Então quer dizer que vocês se beijaram de novo?

— Sim. Mas ela fugiu de mim depois. Disse que estava roubando um beijo que eu havia lhe roubado antes.

— Ela disse isso?

— Disse – respirei fundo – eu acho que sua prima só me beijou pra brincar comigo. Agora que ela sabe o que sinto por ela.

— Scorp – ele falou sério – minha prima está com medo.

— Medo do que?

— Medo de tudo. Do sentimento que ela sente por você. Do que pode acontecer se vocês ficarem juntos e se não ficarem. Ela tem medo do meu tio. E deve ter mais um monte de coisa. Você vai ter que ter um pouco de paciência com ela.

— Eu terei.

 

POV DA ROSE

Eu não sabia o que fazer. Queria poder ajudar o Scorp, mas não sabia o que poderia fazer para ajudá-lo. Não estava prestando atenção na aula, só conseguia pensar no que eu poderia fazer pra ajuda-lo.

Tinha consciência que todos me olhavam e eu sabia por que, afinal eu nunca sentava próximo de ninguém, nas aulas geralmente sentava na quarta e última fileira da sala e com duas carteiras vazia a minha volta, ninguém se atrevia a sentar perto de mim e eu não gostava de sentar perto de ninguém. Mas por algum motivo que eu não sei explicar hoje eu estava sentada na segunda fileira ao lado do Scorp. Ele conversava com meu primo que estava sentado ao seu lado.

— Rose Weasley – alguém me chamava só que eu não conseguia ainda me concentrar – Senhorita Weasley.

— Rose – escutei o Scorp me chamando e me trazendo de volta à terra – o professor esta te chamando.

Olhei para frente e dei de cara com um professor extremamente bravo me encarando com raiva.

— Me desculpa senhorita Weasley se minha aula esta entediante – ele ironizou.

— Esta desculpado – falei com desdém – mas não se preocupe já assisti aulas piores – dei um sorriso debochado.

A sala inteira olhava aquela cena segurando para não rir.

— Se não está contente com a minha aula por que não se retira?

— Porque tenho a esperança de que algum dia o senhor irá perceber o quanto é desqualificado para nós ensinar. E ai resolva pedir demissão.

— PRA MIM JÁ CHEGA. DETENÇÃO.

— Ai que novidade – falei juntando minhas coisas – eu tenho culpa que algumas pessoas não aguentam escutar a verdade.

Sai da sala e bati a porta. Não tinha muito que fazer e não queria ficar pensando mais no Scorp, então fui para a biblioteca. Havia poucos alunos lá, mesmo assim procurei a mesa mais afastada que tinha. Peguei meu livro de história da magia e comecei a ler. Apesar do bate-boca com o professor eu amava essa matéria, sempre achei que aquele professor era desqualificado para dar esta aula. Ele não conhecia todo assunto, muitas vezes não sabia responder as minhas perguntas, as aulas eram muito monótonas e muita gente chegava a dormir durante elas.

— O que você faz aqui? – escutei Lyra perguntando enquanto se sentava.

— Acho que não te devo explicação – falei sem desviar minha atenção do livro.

— Desculpa – ela disse se levantando – e que achei que depois do que aconteceu éramos amigas.

— E por que você iria querer ser amiga de alguém como eu?

— Porque não? – ela me olhou confusa.

— Eu sou grossa, arrogante, debochada, encrenqueira, vivo na detenção e ainda por cima sou uma Weasley.

— E o que isso tem haver?

— Setenta por cento das pessoas deste colégio tem medo de se aproximar de mim achando que vou mata-las ou algo do gênero. Vinte e cinco por cento esta parte corresponde aos alunos da Sonserina me odeia por ser uma Weasley. – expliquei calmamente.

— Pera ai! Falta cinco por cento.

— Esses cinco por cento corresponde a minha família eles são os únicos que não tem medo de mim.

— E eu não posso fazer parte desses cinco por cento? – ela perguntou sorrindo.

— Você está falando sério?

— Porque não? Eu não ligo se você é tudo o que disse ou se você é uma Weasley. Você tem personalidade e eu gosto. – ela falou se sentando novamente.

— Mas nós dividimos o dormitório há quatro anos e nunca conversamos.

— Bom eu achava que você me odiava por eu ser uma Malfoy.

— Diferente do meu pai eu acredito que as pessoas mudam, e que seus filhos não devem pagar pelos atos de seus pais.

— Então podemos ser amigas? – ela falou esticando a mão para que eu a apertasse.

— Mas você tem que estar ciente que eu não sou um exemplo a ser seguido.

— Eu não ligo.

— Amigas então – eu disse apertando sua mão.

Olhei meu relógio de pulso e vi que já estava na hora da minha aula de Aritmancia.

— Tenho que ir. Tenho aula agora.

— Vai lá, nos vemos no almoço.

Peguei minhas coisas e levantei.

— Você não te aula agora Lyra?

— Tenho. Mas eu não estou com sono – ela disse debochada.

— E o que isso tem haver? - perguntei confusa.

— E aula da história da magia. Só é bom assistir se estiver com sono – ela riu.

— Somos mais parecidas do que eu imaginei.

Deixei-a na biblioteca lendo e fui em direção a minha aula.

Cheguei à sala e todos já haviam entrado. Logo que entrei localizei o Al e o Scorp, fui até eles.

— Posso me sentar com vocês?

— Rose Weasley, pedindo para sentar conosco? – Al falou fingindo espanto.

— Que é? Minha mãe me deu educação ta.

Ele riu.

— Claro que pode – o Scorp falou ainda sem me olhar parecia concentrado no seu livro.

Sentei-me entre eles já que o Al sentava-se em frente ao Scorp.

— Você está ferrada. – o Al decretou assim que eu me sentei.

— Posso saber por quê?

— Você bateu boca com o professor.

— Não é a primeira vez que faço isso priminho.

— É, mas ele falou que vai chamar sua mãe.

— Que? – praticamente gritei – ta brincando né?

— Então quer dizer que Rose Weasley tem medo de alguém? – o Scorp me olhou pela primeira vez.

— Só da minha mãe.

Em uma atitude inteiramente infantil lhe mostrei a língua.

— Quem mostra língua quer beijo. – ele disse sorrindo.

— Talvez eu queira mesmo.


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