Armadilhas do Amor escrita por Kynhaaaa


Capítulo 49
Irmãos


Notas iniciais do capítulo

Vou ser bem sincera. Eu amei escrever esse capítulo. Acho que era necessário.



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Pov do Scorp

Quando Lyra e eu chegamos em casa meu pai nos esperava sentado no sofá da sala. Ele nos observou por alguns minutos antes de dizer.

— Já estão sabendo do jantar?

— Sim – Lyra quem respondeu – por isso a Rose e o Al não vieram.

— Como foi as coisas lá.

— Surpreendentemente tranquilo – falei me jogando no sofá – o senhor Weasley está se esforçando para me aceitar.

— E o Tiago pediu desculpas a mim e a Rose.

— Ao Alvo e o Scorp não?

— Eles não tinham chegado ainda na hora que ele pediu e depois acho que perdeu a coragem.

— Eu e o Al escutamos as desculpas.

— Eu sei ele me contou. Acho que foi por isso que aceitou ir para a casa dos pais.

— Certamente sim.

— Eu sei que vocês devem estar tristes meus filhos por eles não estarem aqui. Mas devem ficar feliz pelas coisas começarem a se resolverem. Realmente o Ronald está tentando. Ele foi pessoalmente me convidar para o jantar. Só espero que ele não coloque veneno na comida.

Não conseguimos segurar e caímos na risada.

— Do que estão rindo? – minha mãe perguntou entrando na sala.

— Nada de mais querida – meu pai que respondeu – apenas estamos conversando.

Foi um sinal para que não contássemos a piada que ele havia contado.

— Acho melhor vocês dois subirem e tomarem um banho. Vamos sair daqui as sete.

— Porque tão cedo se o jantar e só as oito? – perguntei confuso.

— Vamos passar na casa dos Zambini para irmos juntos.

— Eles também vão?

— Sim. O Potter os convidou. Aparentemente querem que seu filho se redima com a Aria. O Blasio não queria muito ir mas a esposa o convenceu. Ela não quer que ela troque de escola e talvez assim aceite ficar.

— Tomara. No fim eu a julguei mal. Ela realmente gostava dela e não queria fazer nada contra mim e a Rose. Se ela resolver ficar poderá permanecer no nosso dormitório se assim desejar.

Quando terminou de falar Lyra se levantou e foi para o quarto.

— Quando ela cresceu tanto? – meu pai falou surpreso – ainda ontem era meu bebe e agora já e uma moça tem até namorado.

— Logo te dará um neto.

Ele me olhou surpreso começando a ficar vermelho.

— LYRA MALFOY – ele gritou – VENHA AQUI IMEDIATAMENTE.

Não me aguentei e comecei a rir.

— Calma pai.

— O que houve – ela perguntou descendo as escadas correndo.

— Você está gravida? – meu pai perguntou bravo.

Ela não esperava por uma pergunta daquela. Prova disso que deu dois passos pra traz.

— O senhor bebeu?

— Não mude de assunto mocinha. O seu irmão acabou de me contar.

— Contar o que pai?

— Que você está gravida.

Lyra me olhou confusa.

— Eu não disse em momento algum que ela estava gravida pai. Disse que logo ela te dará um neto. Mas não que esse logo será daqui nove meses.

Ele pareceu soltar o ar pela primeira vez em muito tempo. Ele olhou pra ela aliviado e a abraçou.

— Faça ele logo demorar uns dez anos.

Ela revirou os olhos mas não respondeu nada.

— Serio Draco – minha mãe o chamou – você tem que parar com essas crises doidas. Deixe a menina namorar em paz tenho certeza que ela se cuidará para não engravidar tão cedo.

Meu pai a olhou com uma certa irritação.

— Ela não tem que se cuidar. O que ela tem que fazer e não fazer nada.

— Você quer que ela case virgem e pura – minha mãe zombou.

— O que tem demais Astoria? Querer que minha case-se com trinta anos virgem e pura.

Lyra foi a primeira gargalha meu pai se virou pra ela voltando a ficar vermelho.

— Vou te transferir para outra escola. Você ficará longe daquele Potter o resto da sua vida.

— Mãe acho que você deve começar a se preocupar. Ele está começando a ficar louco.

Lyra disse rindo e então voltou ao quarto. Ele se virou pra nós bem surpreso.

— Como sua filha teve a audácia de falar uma coisas dessa na minha cara.

— Ela também e sua filha.

Percebi que começaria uma conversa tensa então resolvi subir e me arrumar. Próximo das sete desci e meu pai já estava na sala pronto.

— Mais calmo?

Ele apenas confirmou com a cabeça.

— Quando você tiver uma filha entenderá.

— Vai demorar então.

— Espero que sim. Caso contrário o Weasley te mata e eu não irei te defender.

Ele riu.

— Vai ficar do lado do seu inimigo.

— Não somos mais inimigos. E sempre ficarei do lado de um pai de menina nestes casos independente quem for o pai.

Escutamos passos vindo da escada logo Lyra e minha mãe se juntavam a nós.

— Vamos? – minha mãe disse.

— Vamos.

Fomos até a garagem e pegamos um dos carros e do meu pai e fomos em direção a casa dos Zambine.

— Pai – Lyra chamou – o Blasio também tem carro?

— Tem sim. Depois que eu mostrei a ele os meus ele resolveu compra também.

Fomos até lá quando chegamos meu pai apenas buzinou e ficamos esperando.

— Não e melhor ir lá ver se estão vindo? – Lyra disse impaciente.

— Se você quiser pode ir. Eu e que não me arrisco entrar ai.

— Por que? – eu quem perguntei.

— Blasio me mandou um pergaminho agora pouco. Aparentemente Aria não estava nem um pouco contente em ir. Parecia estar se recusando. Provavelmente por isto não saíram ainda.

Sem dizer nada Lyra desceu do carro e foi até a porta da casa batendo na porta, minutos depois alguém abriu a porta e ela entrou.

— Será que ela vai conseguir convencê-la?

— Elas dividiram o quarto por alguns dias. Se alguém pode e a Lyra – eu respondi meu pai.

— Você não conhece sua filha. Quando ela coloca uma coisa na cabeça nem Merlim tira.

Nos rimos e ficamos esperando. Cerca de vinte minutos depois todos saíram, Lyra veio para o nosso carro sorrindo.

— Para quem não tinha nenhuma amiga começo do ano agora tenho várias.

Ela sorriu.

— Fico feliz em ouvir isso – minha mãe disse carinhosamente.

— Não sei porque vocês duas nunca se entenderam antes – meu pai disse ligando o carro.

— Temos um ano de diferença. E nunca chegamos a conviver muito, e pra ser sincera nunca tentei me aproximar dela. Ela sempre foi popular demais.

Meu pai assentiu e saiu com o carro vi que o carro do senhor Zambini nos seguia de perto. Chegamos na casa dos Weasleys e ela estava toda iluminada com decoração de natal. Era um sobrado com um grande jardim no meio do subúrbio trouxa de Londres.

Esperamos os Zambines e então fomos até a porta da frente. Minha irmão tocou a campainha e então esperamos. Alguns minutos depois o senhor Weasley abriu a porta.

— Que bom que vocês chegaram. Entre – ele deu um sorriso meio forçado. – meninas a Rose e a Lilyan estão lá em cima no quarto dela se quiserem subir e a primeira porta a esquerda.

— Scorpio e Zambine – ele falava me olhando. – Alvo, Hugo e Tiago estão na biblioteca, se quiserem ir até lá e aquela porta – ele então apontou uma porta.

— Obrigado.

Falei indo até a biblioteca achando melhor não contrariar, quando entramos na sala Hugo e Al conversavam e riam enquanto Tiago parecia meio nervoso quando nos viu ele falou.

— Ela veio.

Percebi que o Al segurou para não rir do desespero do irmão.

— Graças a irmã dele – Anthony apontou pra mim – elas ficaram vinte minutos conversando. Então ela resolveu vir.

— Aonde ela está.

— Seu tio falou pra ela ir lá pro quarto da Rose junto com as outras garotas.

Ele foi em direção a porta.

— Tiago – Al o chamou – eu sei que sou a ultima pessoa no mundo a qual você vai querer escutar um conselho amoroso mas se eu fosse você não iria lá agora.

— Por que?

— Elas estão em quatro garotas. Provavelmente falando mal de você. Acredito que não tenha muita chance de sair vivo desse encontro. Espere um momento em que ela esteja sozinha e ai você tenta falar com ela.

Ele analisou o Al por alguns segundos e então voltou a se sentar.

— Eu queria ter feito isso hoje de manhã – Tiago falou nos olhando – mas vocês chegaram depois que eu conversei com elas e ai eu perdi a coragem depois de tudo que me disseram. E quando chegamos aqui não achei certo conversar apenas com o Al. Eu ofendi vocês dois por muito tempo e então em mais do que justo que eu me desculpasse com os dois ao mesmo tempo.

Eles nos olhou esperando alguma resposta. Como nada aconteceu prosseguiu.

— Malfoy eu deixei que o ódio e raiva que meu tio sentia por sua família guiasse minhas atitudes. Por vezes te chamei de comensal e outras diversas ofensas a você e sua família. Sei que apenas te falar que me arrependo não vai mudar nada que apenas o tempo vai mostrar que eu mudei e me arrependi. Mas mesmo assim quero pedir perdão por tudo.

Olhei para o Al sem saber o que responder. Ele parecia tão surpreso quanto eu.

— Se seu arrependimento e sincero por mim está tudo bem.

— Obrigado – ele se virou para o Al. – Alvo todos esses anos eu me comportei como o pior irmão do mundo. Fui preconceituoso, fútil, orgulhoso e egoístas. Te tratei mal e te afastei de mim e consecutivamente de toda família. Sei que todas as vezes que você se recusou de ir para casa no natal foi apenas para evitar qualquer briga entre nós. Você não deixou que em momento algum nossos pais interferisse na nossa briga e nem comprasse seu lado, eu sei que por diversas vezes pediu a nossa mãe que ela não se metesse, que um dia iriamos resolver. Sei que no começo você até tentou simplesmente me ignorar e apenas dar a outra face, mas eu não te dei paz, até que tirei você do seu limite e você passou a bater de frente comigo, passou a me enfrentar. Mesmo todas as vezes que discutíamos no final quando íamos cada um para o seu lado eu sentia orgulho de você. Orgulho por você ter coragem de ser alguém que eu nunca tive coragem. Coragem de bater de frente, de não se importar com a casa que você ia ou que amigos faria. Você tinha convicção que nossos pais apoiariam e por isso você nunca abaixou a cabeça. E eu senti inveja por não ser como você.

Ele parou um instante observando o irmão. Eu acompanhei seu olhar e vi que o Al perecia perplexo.

— O pior que eu poderia ter feito foi atacar sua namorada daquele jeito no Natal. Eu passei de todos os limites aceitáveis e mereci que você me batesse merecia até muito mais que aquilo. E apesar de doer muito todos os socos que você me deu o que mais me doeu foi ver o Malfoy te defendendo te ajudando agindo como eu deveria agir com você agindo como seu irmão. Sei que eu não mereço jamais te chamar assim, e se você nunca na vida me perdoar eu irei entender – ele se aproximou do Al - mas eu quero, quero não eu preciso – então ele se ajoelhou e abaixou a cabeço – te pedir perdão por tudo, tudo mesmo. Todas as ofensa, brigas. Por ter te privado de passar natais conosco e por nem ao menos estar com você para comemorar seus aniversários. Eu te amo meu irmão e imploro que um dia você consiga me perdoar.

Eu, Hugo e Anthony olhávamos a cena sem saber como agir. Vi uma lagrima escorrer pelo rosto do Al mas ele trato de disfarçar e segurar as demais que queriam cair.

— Tiago fica em pé –ele esperou o irmão levantar para continuar – quando eu era criança meu maior sonho era ir para Hogwarts queria viver com você todas as aventuras que você me contava. Sempre falávamos nas férias que íamos deixar nossa mãe louca com tanto pergaminho da diretora. Mas quando eu cheguei lá as coisas mudaram, eu fui pra outra casa e fiz um novo amigo. Aquilo pareceu inaceitável para você. E por muito tempo eu tentei te entender mas chega um momento em que em que temos que dar um basta e por isso eu comecei a reagir. A te responder. Eu sofri muito esse tempo. E a única pessoa que u realmente tive ao meu lado todos os momentos foi o Scorp. Ele foi meu irmão por todos esse tempo. Esteve junto comigo e me apoio. E mesmo quando eu não dizia como realmente me sentia eu sei que ele sabia. Nós podemos voltar a conversar e até nos entendermos, mas se um dia eu precisar de ajuda de um irmão será a ele que eu irei recorrer. – ele parou um segundo para tomar folego – Mas apesar de tudo isso e muito mais coisas que eu não acho necessário falar eu sempre vou te amar e você nunca deixara de ser meu irmão.

Tiago olhou pra ele surpreso e o abraçou, percebi que ele chorava enquanto o Al continuava firme. Escutei a porta ser aberta mas como ninguém disse nada me virei para ver quem é, Gina estava parada a porta com a mão na boca chorando.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Apesar de não ter nada Rose x Scorpius eu acho que era necessário essa redenção com o Al.

Nossa ta sendo muito difícil me despedir dessa fic. Não sei se conseguirei fazer do próximo capítulo o último.
Então digam o que acharam.



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