Pov. do Scorp.

Ficar deitado naquela cama não havia me ajudado então tomei um banho gelado pra tentar esquecer tudo que estava acontecendo. Tomei um banho rápido terminei coloquei uma calça de moletom cinza e fiquei sem camisa. Deitei novamente na minha cama esperando que o sono pudesse vir. A porta do dormitório foi aberta por Alvo Potter meu companheiro de quarto e meu melhor amigo por incrível que pareça.

— E pelo visto sobreviveu à detenção - ele falou rindo e se sentando na sua cama. – como foi? – ele parecia uma criança. Mas eu não posso culpa-lo afinal desde que eu descobri minha paixão por sua prima ele tenta me ajudar.

— Eu contei a ela. – falei colocando o travesseiro na cabeça.

— Contou o que? – ele perguntou confuso.

— Como o que Al – falei me sentando – contei que a amo.

— E ela? Como reagiu?

— Não sei. Depois que a beije sai de lá e a deixei sozinha.

— Como assim você a beijou?

— Eu falei tudo o sentia por ela e depois a beijei.

— E porque saiu de lá?

— Fiquei com medo do que ela pudesse fazer.

Ele começou a rir.

— Por que você está rindo idiota?

— Sua cara de apavorado. Como se a Rose fosse te lançar uma maldição da morte por causa de um beijo.

Ele ria como uma criança. Estava quase lhe dando um soco na cara quando alguém bateu na porta.

— Salvo pelo gongo – falei me levantando e indo abrir a porta – estava a ponto de te bater.

— Você não teria coragem de bater no seu priminho – ele disse em tom de deboche.

Abri a porta ao ver quem batia meu coração acelerou. Era ela. Estava parada na minha porta enrolada num roupão de ceda vermelha que escondia um pijama daqueles bem sexy. Ela me olhava de cima para baixo e mordia o lábio. Parou por um instante no meu abdome.

— Rose – o Al falou de traz de mim tirando nós dois de nossos pensamentos – o que está fazendo aqui? – ele perguntou contendo um riso.

— Vim falar com o Scorp – ela respondeu tímida.

— E sobre o que você veio falar com ele? – ele falava debochado.

Virei-me pra ele e já me imaginei socando a cara dele quando o que ela disse me deixou preocupado.

— É a Lyra. – ela disse preocupada.

Voltei-me imediatamente para ela.

— O que tem minha irmã?

— Ela está lá chorando chamando por você.

— Chorando? – perguntei confuso, a Lyra não era de chorar ainda mas na frente dos outros.

— É ela chegou com uma carta na mão.

Ao escutar isso tudo fez sentido provavelmente meu pai havia mandado uma carta pra ela também contando o que havia acontecido afinal minha irmã era a sua princesinha a menina dos seus olhos.

— Scorp – escutei a voz do meu anjo me trazendo de volta à terra – ela quer te ver.

— Mas eu não posso ir ao dormitório dela é proibido.

— Não se uma das donas do dormitório permitir. Vem.

Ela me pegou pela mão e foi me puxando para seu dormitório. Olhei para trás e vi que o Al nos seguia com um ar preocupado.

Entramos no dormitório dela e minha irmã estava deitada na cama abraçada à própria perna chorando.

— Lyra – chamei-a da porta mesmo.

Ela me olhou ainda chorando e se sentou na cama.

— Scorp.

Fui até ela e a abracei.

— A mamãe – ela falava soluçando – a mamãe fugiu.

— Que? – escutei a Rose falando atrás de mim.

— Calma Lyra. Tudo vai ficar bem – disse a soltando e a olhando nos olhos – o papai te contou?

— Não – ela pegou uma carta do bolso das suas vestes – ela mesma me contou. – disse me entregando a carta.

Desdobrei a carta que havia muitas manchas de lagrimas provavelmente da própria Lyra e comecei a ler.

“Filhinha.

Eu sei que deve estar surpresa por estar te escrevendo já que não faço isso habitualmente, mas é importante.

Não sei se seu pai já contou a ti e a seu irmão sobre meu sumiço. Se ele ainda não o fez deve estar tentando protegê-los afinal ele e um pai maravilhoso.

Querida não me entenda mal eu não fugi por não amar vocês. Pois eu amo todos vocês.

Mas como você sabe eu estou muito doente e não tive coragem de contar ao seu pai e ao seu irmão. Não queria deixar esta responsabilidade nas suas costas mas já que você descobriu sobre a minha doença resolvi te contar o que está acontecendo. Descobri um tratamento para a minha doença e resolvi fazê-lo mas para isto tenho que ir para outro país. Eu tentei contar para seu pai mas acabamos brigando novamente então arrumei minhas malas e sumi. Ele deve estar se sentindo culpado por meu sumiço.

Peço-te minha pequena que me entenda e que cuide do seu pai e do seu irmão, sei que é pedir muito que guarde este segredo. Mas se puder não conte a eles sobre a minha doença. Se não conseguir guarda o segredo não se preocupe eu te entenderei.

Bjs de sua mãe que te ama muito

Astoria Greengras Malfoy.

P.S mande um beijo para os homens da minha vida. Scorp e Draco Malfoy. Vocês três são tudo pra mim.”

Ao terminar de ler a carta não sabia o que fazer. Ela me olhava tentando conter o choro e ao mesmo tempo com uma cara de quem se desculpas por ter guardado o segredo. Olhei para trás e vi que a Rose e o Al estavam surpresos com o que eu tinha acabado de ler. Eu também estava.

— Que doença é essa? – perguntei ainda confuso sem saber o que fazer.