Armadilhas do Amor escrita por Kynhaaaa


Capítulo 28
Conversas




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Caminhamos até o lago negro em silencio e depois nos sentamos.

— Quando sua mãe me disse que estava com o menino Malfoy e que meu irmão havia surtado não imaginava que era tanto assim. Porque você não me procurou querida. Você sabe que pode contar comigo pra tudo.

Ela me olhava com ternura.

— Eu sei madrinha. Mas não queria te envolver nessa briga. E uma briga minha.

— Mas eu estou do seu lado.

— Fiquei com receio que as vezes não ficasse – falei desviando o olhar – ele é um Malfoy.

Ela riu.

— E desde quando isso fez diferença pra mim querida. O Scorp frequenta a minha casa desde o primeiro ano de Hogwarts.

— Meu pai acha que as pessoas não mudam. Mas pela forma que o senhor Draco me tratou lá dentro ele mudou

— Rose o que seu pai não entende e que o Draco sempre precisou ser daquela maneira. Ele cresceu em um ambiente onde ser arrogante prepotente e “sangue puro” era um orgulho mas isto não quer dizer que ele concordava com as coisas que fazia e dizia. Muitas vezes era só para agradar o pai dele.

— Como foi tão fácil pra você e o tio Harry aceitar o Scorp?

— Rose o que ninguém sabe e que eu e a Astoria éramos amigas em Hogwarts. Apesar de em público eu e o Malfoy nos odiamos naquela época era eu quem ajudava eles a se encontrarem. Mas ninguém podia saber o pai de Draco estava ao lado do Lord das trevas e ele próprio estava sendo obrigado a matar Dumbledore.

— Você sabia que ele estava sendo obrigado a matar Dumbledore?

— Claro que não. Ele só dizia a Astoria que tinha que cumprir uma ordem do Lord senão sua mãe seria assassinada. Mas ele lutou até o último momento para não fazer.

— E não o fez. Snape fez.

— Sim. Draco sofreu muito no decorrer daquele ano. A Astoria me contava que constantemente ele tentava terminar com ela com medo que alguém descobrisse do namoro deles e tentasse fazer algo com ela. Eu nunca contei isso ao seu pai. Mas quando terminou a guerra Astoria me procurou e pediu ajuda. O Draco havia fugido com a família e ela estava desesperada querendo o encontrar. Eu contei ao seu tio Harry tudo o que sabia e ele nos ajudou a encontrar o Draco. Sem que ninguém soubesse ele ajudou o Draco a provar sua inocência.

— Por que não contaram ao meu pai?

— Não e obvio querida? Seu pai sempre foi cabeça dura. Não valia pena comprar uma briga naquela época. Então mantemos o segredo. Quando Al e o Scorpio se tornaram amigos para nós não houve problemas seu tio já havia resolvido todos os problemas com o Draco. Mas seu pai, foi na nossa casa brigar conosco, onde já se viu o Al ser amigo do Scorp.

— Quando foi isso?

— Na segunda semana que vocês estavam aqui. O Thiago estava revoltado pelo Al estar na Sonserina por ser amigo do Scorp e por eu e o Harry não nos importamos. Ai ele mandou uma carta ao seu pai e ele surtou. Tivemos uma briga bem feia e até hoje eu e seu pai não conversamos direito. Ele e cabeça dura e eu também.

— Não entendo tia. Se vocês são bem resolvidos com isso porque o Thiago é assim. Porque ele trata eu e o Al mal por estarmos com o Scorp e a Lira?

— Ele está te tratando mal? – confirmei com a cabeça e ela respirou fundo – eu vou matar o Thiago, ele já passou dos limites. Seu primo por ser afilhado do seu pai acabou convivendo muito com ele e ai acabou pegando as ideias do seu pai, que os Malfoys não prestam, que quem vai para a Sonserina e o pior tipo de gente e por ai vai.

— Tenho pena do Al. Antes de virmos pra cá o Thiago era um herói pra ele. Quando eles nos contava o que aprontava aqui o Al se imaginava aprontando junto com ele. E agora o Thiago nem olha na cara dele.

— Al e um menino muito bom – ela disse orgulhosa -ele me pede para eu não me meter na briga deles. Mas agora o Thiago passou de todos os limites. Vou pôr um fim nesse preconceito dele.

— Tia por favor não. Deixa essa história pra lá. Eu e o Thiago ficamos muito tempo sem conversar eu sempre soube que essa paz que estabelecemos entre nós era temporária.

— Mas ele precisa aprender uma lição.

— E ele aprenderá, mais cedo ou mais tarde. Você não vê meu pai?

— Você tem razão. Bom mas eu não vim falar sobre isso. Vim te dizer que sua avó quer que você e o Scorp passe o natal na Toca.

— Eu agradeço o convite e sei que ele também. Mas eu já aceitai passar o Natal na mansão Malfoy e sei que o Scorp quer ficar com a mãe depois de tudo que aconteceu. Então eu ficarei lá com ele.

— Tudo bem. Mas prometa que ira nos visitar um dia. Você terá uma semana de folga então prometa que passara um dia com sua madrinha e sua vó.

— Prometo.

— Toma – ela tirou uma carta do bolso e me entregou – sua avó me pediu para te entregar.

Olhei o envelope e reconheci a letra da vovó. “Para minha amada Rose”. Sorri vendo o envelope.

— Vou abrir mais tarde.

Eu queria ler aquela carta sozinha.

— Ok – ela se levantou – vamos que agora eu quero conhecer minha nora.

Me levantei e voltamos para a enfermaria. Fomos conversando. Falávamos de tudo que aconteceu nos últimos dias. Quando chegamos na enfermaria ouvimos conversas.

— Tio Draco eu posso dormir na sua casa algum dia nessas férias? – o Al perguntou todo serio

— Ta louco. Nem pensar.

— Você não tem amor na vida né filho. – tia Gina falou entrando na enfermaria.

— Tenho. Só não entendo porque não posso dormir lá. Todos os anos eu passo uma noite lá assim como o Scorp passa em casa.

— As coisas mudaram. Agora você namora a minha filha. Diga-se de passagem contra a minha vontade.

— Mas a Rose vai dormir lá. E ela namora o Scorp.

O Al parecia uma criança protestando.

— Mas ela não é nenhuma pervertida.

— E ela vai dormir no quarto da Lys – Astoria completou.

— E eu no do Scorp. Tudo resolvido.

— Você não dormirá lá Alvo Potter – tia Gina se meteu – não quero neto e não confio em você para deixa-lo tão próximo dessa inocente menina.

Eu me segurei para não rir. Olhei pra Lys que estava sentada ao lado do Al vermelha de vergonha parecia querer mata-lo.

— Cala a boca – ela falava baixinho.

— Seu filho não tem amor a vida – Draco falou sério a tia Gina.

— Puxou ao pai – ela completou rindo. – porque você e a Lyra não me acompanham até a sala da diretora.

— Claro mãe.

Eles saíram os três juntos.

— Você tomou café Rose? – senhor Draco perguntou me olhando serio.

— Estou sem fome.

— Você precisa comer. E a Astoria também. Porque não vão ao salão principal comer enquanto eu fico com o Scorp.

— E uma boa ideia querido. Você me acompanha Rose.

— Claro – falei com um sorriso sem jeito.


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Notas finais do capítulo

mandem pelo menos um oi kkkk



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