Armadilhas do Amor escrita por Kynhaaaa


Capítulo 25
Brigas




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POV DA ROSE

O Scorp saiu e me deixou ali na enfermaria com meus primos e irmão.

— Eu não acredito que você disse que ele podia ficar – Thiago estava inconformado.

— Thiago cale a boca e suma daqui – eu falei irritada.

— Eu só vim porque achei que você tinha terminado com aquela doninha depois do tapa que você deu na cara dele.

— Não e da sua conta o que aconteceu. Nós não terminamos e se depender de mim não terminaremos agora suma daqui.

— Acho que e bom todos saírem – a enfermeira disse irritada – pode ficar apenas um.

Eles começaram a discutir quem ficaria.

— Chega – o Hugo gritou – eu sou o irmão dela eu vou ficar.

— Mas vocês estão brigados – a Lilyan disse.

— Eu vou ficar. Preciso falar com ela sumam.

Todos saíram. A enfermeira terminou de me examinar e saiu deixando nos dois sozinhos. Ele pegou uma cadeira e sentou ao meu lado.

— Rose você me desculpa?

— Pelo que Hugo?

— Por ter ido contra você e não ter te apoiado. Hoje eu vi que o Malfoy realmente te ama.

— Viu?

— Sim. Um cara que se joga na agua para salvar uma menina que a menos de uma hora tinha lhe dado um tapa na cara tem que amar ela de verdade.

Foi como se eu tivesse levado um soco no estomago. O Scorp não vai me perdoar.

— Não sei se fara diferença agora. Ele está puto comigo. E com razão eu dei um tapa na cara dele no meio do salão principal.

— Porque você fez aquilo?

— A Isabelly me fez acreditar que ele havia passado a noite com ela.

Ele riu.

— Isso não e verdade. O Scorp não desceu pro jantar. Mas eu vi ela e aquela amiga dela no jardim ontem à noite.

— Que horas?

— Era uma da manhã.

— E o que você fazia no jardim a essa hora?

— Nada – ele ficou vermelho.

— Hugo?

— Coisa minha Rose não se preocupe, nada ilegal.

Ele riu. A enfermeira entrou na sala segurando um copo.

— Tome menina. Ai já pode ir.

— O que é isso? – perguntei em dúvida.

— Uma poção vai te ajudar a melhorar. Beba sem medo e vá.

Bebi em um gole só tinha um gosto horrível de peixe podre quase vomitei tudo. Devolvi o copo pra ela e sai da enfermaria acompanhada do Hugo.

— Vou para o dormitório trocar de roupa e tentar falar com Scorp.

— Boa sorte.

Ele saiu em direção ao salão comunal da Grifinória e eu caminhei para as masmorras. Quando cheguei o salão comunal estava praticamente vazio exceto pelo loiro deitado no sofá olhando para o teto.

— Scorp – chamei me aproximando dele – podemos conversar? – pedi quando ele me olhou.

— Va trocar de roupa primeiro. Você está toda molhada.

— Você vai me esperar aqui?

— Vou.

— Só vou trocar de roupa e desço.

— Tome um banho quente. Eu esperarei. – ele disse secamente.

Subi os degraus de dois em dois cheguei no dormitório peguei minha roupa e corri para o banheiro. Eu precisava pensar o que falar pra ele. Eu havia ferido o ego dele e devia desculpas pra ele. Fui impulsiva de mais. Tomei um banho super rápido me troquei e desci. Ele estava sentado agora e olhava para a lareira.

— Você quer conversar aqui mesmo? – perguntei me sentando ao seu lado.

— Pode ser.

Ficamos em silencio um tempo os dois esperando o outro falar.

— Se você veio aqui pra escutar algo de mim podemos encerrar por aqui. Eu não fiz nada de errado tenho minha consciência limpa. Agora se você tiver algo a me dizer diga. – ele disse ainda sem me olhar.

— Eu sei que pisei na bola, sei que devia ter conversado com você ter te dado o benefício da dúvida, mas eu fiquei com ciúmes morrendo de ciúmes.

— Estamos juntos a pouco tempo, mas nesse pouco tempo nunca dei motivos pra você desconfiar de mim. Você pode perguntar ao seu primo a mais de um ano eu não fico com ninguém, porque a única garota que me interessa nessa vida e você. Porque logo agora que eu tenho você eu iria começar a ficar com outras.

Não sabia o que dizer. Ele estava certo ele tinha todo o direito de estar puto comigo eu havia pisado na bola.

— Sabe o que e mais difícil pra mim – ele me olhou e vi que seu olho estava vermelho – e ver que você não confia em mim. Que você acha que eu sou um cretino porquê e isso que eu seria se eu te traísse.

— Não. Não penso isso. Eu agi por impulso.

— E valeu a pena?

— Não. Desculpa Scorp eu sei que errei. Eu devia ter confiado em você.

— Você não só não confiou em mim como me agrediu na frente da escola toda. Você acha isso certo?

— Não. Sei que agi errado.

Eu olhava pra ele mas ele voltara a olhar para o chão.

— Mas a Lys fez o mesmo com o Al e ele a perdoou.

— Em algum momento eu disse que ela agiu certo? – ele estava bravo com a comparação – não, não falei porque não acho certo o que ela fez. Ela errou também, só que se eu pudesse escolher escolheria um suco na cara que um tabefe.

Ele me olhava magoado.

— Desculpa.

Olhei pra baixo com vergonha.

— Desculpa, desculpa, desculpa – ele batia a mão na perna enquanto falava – você acha que essa palavra vai resolver tudo. Vai apagar o tapa que me deu vai resolver seus problemas. Não vai você vai precisar de mais que apenas ficar repetindo isso. Pedir desculpas por pedir não resolve os problemas.

Ele se levantou e foi saindo, segurei ele pelo braço e o puxei de frente pra mim.

— Eu errei Scorp, errei por ser explosiva errei por não ter visto que elas estavam armando contra nós, mas eu errei principalmente por ciúmes. Eu fiquei sem chão quando ouvi ela dizer que tinha transado com você, fiquei louca desesperada foi a pior dor que eu podia sentir Scorp. Eu nunca senti o que sinto por você por ninguém, e isso me assusta, me assusta porque se um dia você resolver procurar outra eu não terei forças pra seguir em frente. Hoje eu consigo ver que todos esses anos que eu te importunei fiz pegar detenção comigo era somente pra poder estar perto de você inconscientemente eu já queria estar com você. Eu não quero te perder por uma burrada dessas, sei que errei e prometo que no futuro tentarei ser mais calma, pensar antes de agir.

— Rose se você tivesse conversado comigo esta conversa de agora não estaria acontecendo. Você devia ter conversado comigo antes de tomar qualquer atitude precipitada.

— Pra mim e difícil falar. Eu estou só aqui nessa escola a algum tempo e aprendi a me virar assim.

Não conseguia mais olhar para aqueles olhos cinzas se eu continuasse a encarar iria tentar beija-lo então desviei o olhar.

— Você não está mais sozinha – ele puxou meu rosto carinhosamente e me beijou.

— Ai Isa, ela está pegando a sua baba – aquela voz insuportável.

Soltei o Scorp e me virei fui pra ir em direção a elas mas ele me segurou.

— Isabelly quando nós ficamos? – ele perguntou me segurando.

— Ontem – ela disse sorrindo – você não lembra? – ela parecia ofendida

— Só se você sonhou. Por que eu não sai do meu quarto e tenho como provar.

— Mas – ela gaguejou – nos encontramos você e o Potter no lago negro.

— Você está louca não sai do dormitório ontem. O Zambine e o Goyle são testemunhas eles beberam conosco até as dez e saíram eu e o Al ficamos acordados até a uma que foi a hora que eles chegaram rindo dizendo que tinham pego umas meninas e enganado elas pra levarem elas para cama.

Eu comecei a gargalhar havia entendido o que estava acontecendo. As duas se entreolharam.

— Sabia que o professor de poção ensinou os alunos que faz o curso avançado a fazer a poção polisuco. Por coincidência o Zambine faz está aula comigo e nós fizemos a poção juntos. Ele me disse mesmo que ia aproveitar essa poção pra pegar uma putinha daqui só não sabia que era vocês.

As duas ficaram brancas. O Scorp começou a rir atrás de mim.

— Eu vou matar ele por me por nessa enrascada.

A porta do dormitório foi aberta e os dois adentraram o salão comunal rindo.

— Então quer dizer que você usou mesmo a poção? – perguntei olhando para o Zambine.

Ele me olhou surpreso e depois ao restante das pessoas na sala.

— Como descobriram? – ele perguntou confuso.

— Eu tenho certeza que não passei a noite com ela. – Scorp falou sério – ela tem certeza que eu passei. Disse que vocês estavam conosco e saíram. A Rose juntou o resto.

— Você disse que não se deitaria comigo - o Zambine passou mexendo no cabelo da Isabelly -- mas ontem parecia bem contente enquanto eu te fodia.

Tudo foi muito rápido, a Isabelly virou e deu um soco na cara dele, ele caiu com tudo no chão e ela pulou em cima dele e começou a bater nele. Rita olhou para o companheiro dele e entendeu que era com ele que havia passado a noite e desmaiou.

— Devemos ajudar? – Scorp perguntou no meu ouvido.

— Claro – sai o puxando para o corredor.

Quando chegamos lá vi o monitor chefe da Grifinoria.

— Está a maior briga ali dentro acho melhor você intervir. – falei mantendo a porta aberta.

Ele entrou correndo na sala e eu e o Scorp saímos de lá.

— Eles agiram muito mal – falei assim que me sentei perto do lago negro. – eles quase estragaram nosso namoro e enganaram aquelas trouxas.

— Se chegar no ouvido da diretora poderão ser expulsos.

— Elas podiam ir junto.

O Scorp me puxou para o seu colo e começou a fazer carinho no meu cabelo.

— Então você já pensou naquele assunto? – ele perguntou me olhando.

— Qual assunto? – perguntei confusa

— Sobre passar o natal comigo ou um dia lá em casa. Não quero ficar longe de você tanto tempo.

Ele me beijou a testa e naquele momento eu decidi.

— Vou passar as festas na sua casa.

Ele sorriu e me beijou.

— Será que seus pais vão me aceitar lá?

— Tenho certeza que sim.

Ele sorria de orelha a orelha parecia uma criança que havia ganhado o brinquedo que queria.

— Que bom que vocês fizeram as passes. – Lys falou se sentando.

— Por que você está com este sorriso bobo Scorp?

— A Rose vai passar o Natal lá em casa Al. Ela aceitou.

Ele não se continha de alegria.

— Aff que saco – a Lys protestou.

Me sentei confusa.

— Que foi. Achei que éramos amigas. – falei a encarando.

— E somos. Mas você não estará lá como minha amiga e sim como minha cunhada então não vai largar o Scorp e eu vou ficar sozinha já que o Al não vai passar as festas toda lá.

Ela fez um biquinho e eu ri. Dei um abraço nela.

— Vamos ficar juntas sim. Afinal você não acha que eu vou dormir no quarto do Scorp né.

— Não? – ele perguntou tristemente.

— Apesar do meu tio dizer que a Rose não e mais filha dele se ele descobrir que ela está na sua casa dormindo no seu quarto ele vai lá e te mata.

Fuzilei o Al com o olhar e ele percebeu ter dito de mais.

— Quando seu pai disse isso? – Scorp perguntou sério.

— Lys vamos lá ver se o almoço já está sendo servido – Al falou puxando a mão da namorada.

— Depois eu me acerto com você língua grande. – falei enquanto eles saiam. – meu pai de mandou uma carta.

— Que carta? O que está escrito? Eu quero ler.

— Você não pode ler.

— Por que Rose.

— Por que eu queimei ela. Não queria ficar relendo.

— Então o que dizia? – ele me encarava – Rose me conte o que dizia a carta.

— A carta dizia que se eu tinha escolhido ficar com você eu não era mais filha dele. E que não e pra mim usar mais o sobrenome dele.

— Que mais? – ele insistiu.

— Nada.

— Rose me conte eu preciso saber de tudo. Quero te ajudar.

— Ele disse que meus avos não querem mais me ver.

— Ele deve estar mentindo.

— Porque mentiria.

— Pra te magoar Rose.

— Não quero ficar falando disso Scorp.


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