Armadilhas do Amor escrita por Kynhaaaa
POV DO SCORP
— A Rose ta estranha. – falei enquanto íamos pro salão principal.
— Logico que não – Lys falou colocando a mão no meu ombro – relaxa mano. Vocês estão tão bem, não coloca coisa na cabeça. Né Al?
O Al não me respondeu prestava atenção da mesa da Grifinoria. Segui seu olhar e vi que sua irma conversava com o irmão da Rose e pareciam discutir, ela bateu a mão na mesa e se levantou vindo em nossa direção.
— Preciso falar com você agora – ela falou quando se aproximou do Al. – Oi Lys oi Scorp – ela disse quando viu nossa cara – vem.
Ela saiu o puxando pelo braço. Lys me olhou confusa.
— Sua cunhada me da medo – falei rindo.
— A mim também – ela riu e fomos pra nossa mesa.
— Então mandou a carta que escrevemos pros nossos pais?
— Mandei – ela respondeu sorrindo – não vejo a hora de irmos pra casa no natal.
— Eu também. Só e uma pena que ficarei sem ver minha ruiva.
— Ue chame ela pra ir lá em casa. Tenho certeza que a mamãe vai adorar conhece-la.
— Não tenho tanta certeza assim.
— Porque?
— E obvio né Lys. Ela e uma Weasley. – falei triste
— Você leu a carta da nossa mãe com atenção?
— Claro que li.
— Você prestou atenção na parte em que ela disse que podemos chamar alguém para ir lá que será bem-vinda.
— Li Lys mas isso não quer dizer que ela está falando da Rose.
— Claro que é. O pai deve ter contado o que aconteceu. E a mamãe sempre soube que você gostava dela.
Me engasguei com o suco na hora.
— Como assim sempre soube.
— Scorpius era visível seu amor por ela. Sempre que o Alvo falava dela quando vocês estavam em casa você mudava de atitude. A mamãe me disse uma vez quando conversávamos sobre o Al que tinha medo de você sofrer dela nunca corresponder o seu amor por ela. Mas ela corresponde.
Ela sorriu ao fim.
— Mesmo que nossos pais aceitem ela em casa Lys. O pai dela nunca permitiria que ela fosse lá. Vamos um passo de cada vez, quando o pai dela conseguir me chamar pelo nome em vez de doninha quem sabe eu chame ela pra ir lá. Mas então a mamãe sabe do Al também – falei arqueando as sobrancelhas e encerrando o outro assunto.
— É claro que sabe. Eu contei a ela. Precisava de conselho e não tinha amigas então pedi ajuda a ela.
— Não e fácil ser uma Malfoy né.
— Não. Mas agora eu tenho a melhor amiga que eu possa querer e ela e uma Weasley.
Rimos juntos. Terminamos de jantar.
— Acho melhor irmos pro salão comunal. A conversa do Al com a irmã deve demorar – falei me levantando.
— Você tem razão.
Chegamos no salão comunal e nos despedimos cada um indo para o seu dormitório. Esperei até que o Al chegasse.
— O que aconteceu? – disse assim que ele entrou.
— Nada de mais. Minha irmã e exagerada.
Ele deitou na cama.
— Mas o que é? Tem a ver com a Rose?
— Scorp desculpa mas não posso falar por enquanto. E coisa de família. Quando eu resolver te falo.
— Então tem a ver? So me diz isso.
— Não sei direito o que está acontecendo. Acredito ser exagero da minha irmã. Porque se fosse algo a Rose já havia te contado.
— Mas me diz o que é – pedi desesperado.
— Deixa eu conversar com a Rose primeiro.
— Tá – eu disse vencido.
Não dormi direito a noite toda. Ficava sonhando com a Rose terminando comigo. Levantei cinco horas da manhã coloquei uma calça de tactel e uma camiseta qualquer, coloquei meu tênis e sai pra correr, correr sempre me ajudava a pensar e a relaxar. Não sei quantos quilômetros havia corrido mas minha camiseta já estava totalmente molhada. Sentei um pouco em frente ao lago negro e fiquei pensando. O que será que estava acontecendo com ela. Porque não havia me contado. Por que o Al não me contou também? Devia ser alguma coisa séria. Eu esperaria até a noite se o Al não me dissesse nada iria perguntar diretamente para ela. E não iria aceitar nada mais que a verdade. Me levantei decidido. O sol já havia nascido então já devia estar atrasado. Corri novamente para o salão comunal e quando cheguei lá Lys e Rose estavam sentadas, provavelmente esperando eu e o Al.
— Aonde você estava – Rose me perguntou quando me viu entrando.
— Fui dar uma corrida.
— Por que não me chamou? – ela se aproximou e me deu um selinho – adoro correr.
— Precisava esfriar a cabeça. Vou tomar um banho – dei um beijo casto nela.
Fui em direção as escadas mas ela segurou minha mão me fazendo virar.
— Está tudo bem? – ela tentava me ler com os olhos – entre nos?
— Claro minha linda – eu sorri – só estou suado não quero te sujar. Vou tomar banho já encontro vocês.
Subi dois degraus por vez, a pergunta dela significava que ela não tinha a intenção de terminar, seja lá o que for que está acontecendo ela ainda quer ficar comigo. Abri a porta do quarto com tudo e acertei alguém que estava atrás.
— Está tentando me matar? – O Al disse com a mão no nariz.
— Foi mal não sabia que tinha alguém atrás da porta.
— Estava te procurando.
— Atrás da porta? – perguntei incrédulo.
— Não idiota eu estava abrindo a porta mas você abriu com tudo. Mas estava indo te procurar. Saiu cedo correr – ele perguntou olhando minha roupa suada – precisava pensar?
Concordei com a cabeça e fui para o banheiro. O Al me conhecia como ninguém. O dia que assumi meu sentimento pela Rose pra ele tinha levantado as 4 da manha pra correr, correr sempre me ajudava. Entrei no banheiro e tomei um banho rápido me troquei desci a escada, estava chegando nos últimos degraus e escutei sem querer a conversa deles.
— Conta pra ele.
— Ele não precisa saber disso – ela disse parecendo segurar o choro
— Mas Rose.
— E coisa minha. Não quero que ele se culpe. Esse assunto morreu aqui. Nenhuma palavra sobre isso.
Escutei ela saindo e então desci. O Alvo estava encostado no sofá de cabeça baixa.
— Al.
— Você escutou alguma coisa?
— Só o final. O que ela não quer que eu saiba?
— Não posso te dizer ela quem tem que te contar.
— Por favor Al nós somos amigos você sabe o quanto eu a amo. Eu só que ajuda-la.
— Eu sei Scorp mas ela e minha amiga e não quero trair a confiança dela. Ela me pediu para não te contar não vou contar – ele foi saindo e então se virou – ela não disse que eu não poderia te dar um conselho. Convide ela pra passar o natal com você.
Dito isso ele virou as costas e saiu e eu fiquei sem entender nada.
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