POV DA ROSE.

Quando as corujas entraram com o carreio vi a coruja do meu pai entrando com duas cartas e a entregando ao Hugo. Assim que o Scorp saiu atrás da Lys me levantei para falar com o Hugo, e aparentemente ele esperava o mesmo porque veio em minha direção.

— Papai te enviou essa carta. – ele me entregou um envelope preto – disse para te entregar quando estivesse sozinho.

— Hugo – falei sem forças – por favor, não me trate assim. Sou sua irmã

— Enquanto você estiver com aquela doninha você não é mais minha irmã.

— Ele não é nenhuma doninha – falei já irritada – ele nunca fez nada pra você para odiá-lo tanto assim.

— Mas o pai dele fez, a nossa mãe.

— Ele não é o pai dele.

Falei virando as costas e saindo. Fui até o jardim sentei em um lugar afastado e abrir a tal carta.

“Rose Jean Granger

Serei breve. Escrevo para te informar que recebi a carta do seu namorado. E já que você fez sua escolha e resolveu ficar com ele em vez da sua família esqueça que algum dia fui seu pai.

Você não é bem vinda para passar o Natal na nossa casa nem na toca, seus avos estão magoados com você e não querem lhe ver nunca mais.

Não quero que diga ser uma Weasley pois você não é. Se sua mãe te perdoa o problema e dela eu nunca perdoarei.

Ronald Billius Weasley”

Sequei uma lagrima que teimou em sair do meu olho e me levantei. Queimei aquela carta. Se ele queria assim seria assim.

Me encaminhei para a sala de história da Magia. Para completar meu dia teria que passar a próxima hora aturando aquele professor. Estava tentada a não ir, mas certamente ele iria me colocar em punição se eu matasse sua aula.

Quando cheguei a sala vi que a porta estava fechada e não havia ninguém ali, tinha um papel colado na porta “ALUNOS A AULA DE HISTÓRIA DA MAGIA ESTA CANCELADA, MANDAREMOS MEMORANDO INFORMANDO A REPOSIÇÃO.”

Suspirei aliviada. Não precisaria atura-lo. Fui em direção a biblioteca precisava ocupar minha cabeça. O Scorp devia estar com a Lys ainda então eu estudaria.

Cheguei a biblioteca e ela estava deserta. Procurei minha mesa de costume e me sentei. Antes de estudar precisava escrever uma carta. Peguei um pergaminho e uma pena e comecei a escrever.

“Vovó Molly e Vovô Arthur.

Peço desculpas se os magoei, sei que é difícil entender o sentimento que eu tenho pelo Scorp, mas queria que vocês tentassem me entender, eu lutei contra esse sentimento, mas ele e maior que eu. Eu o amo e quero ficar com ele.

Espero que um dia vocês possam me perdoar e aceita-lo.

Com Amor

Rose”

Coloquei a carta no bolso das veste e comecei a estudar. Passei uma hora na biblioteca. Sai de lá e fui direto ao corujal. Encontrei minha corujal entre a do Al e a do Scorp. Me dirigi a ela e fiz carinho.

— Salazar leve essa carta ao vovô Arthur ou a vovó Molly. Não entregue se meu pai estiver lá.

Ele deu um pio e pegou a carta e saiu voando.

Me dirigi a aula de poção, cheguei lá o Scorp e o Al já estavam, me encaminhei pra perto deles.

— Melhorou Al? – perguntei me sentando.

— Sim. A enfermeira me obrigou tomar uma poção horrível. Ou eu melhorava ou morria.

Revirei os olhos e ri.

— Você está bem? – Scorp cochichou.

— Sim.

A aula começou, pela visão periférica via que o Scorp me olhava tempo todo, eu devia disfarçar ou teria que contar a ele sobre a carta e isso eu não faria. Quando a aula acabou Al em um pulo saiu do seu banco.

— Vamos? Estou com fome.

— Vamos – falamos juntos.

Nós rimos e fomos para o salão principal.

— E sua irmã como reagiu?

Ele começou a falar entusiasmado, passamos o restante do dia juntos não tinha mais aula. Ficamos só observando o lago e conversando. Quando estava anoitecendo o Al e a Lys se juntaram a nos.

— Vamos jantar – o Scorp falou depois de um tempo.

— Vamos – Al e Lys responderam juntos se levantando.

— Vão vocês. Eu vou para o dormitório. Não estou me sentindo bem.

— O que você tem? – Scorp perguntou preocupado.

— Dor de cabeça. Vou pro dormitório dormir.

Ele pareceu desconfiado mas me deu um selinho quando me afastei.