Armadilhas do Amor escrita por Kynhaaaa


Capítulo 11
Conselho de Mãe




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POV da Rose

O que eu tinha feito? Tinha discutido com meu pai para defender o Scorp eu só podia estar doida. Depois de tudo o que disse não sabia o que fazer então peguei meu material e sai andando eu precisava pensar mais não sabia aonde ir. E também não podia fugir dos meus pais porque se antes eu já ia levar bronca imagine agora.

Quando dei por mim estava na torre de astronomia. Sem saber o porquê eu chorava. Aquilo tudo estava doendo. Escutar meu pai dizendo que eu não seria, mas sua filha me machucava muito. Mas também a ideia de ter que me afastar do Scorp estava doendo.

O jeito com que ele havia me defendido tinha me deixado muito feliz. Ele se importava comigo é não queria que meu pai brigasse comigo por ele.

— Rose – escutei minha mãe me chamando.

Não me virei não queria que ela me visse chorando. Ela se aproximou de mim e me abraçou.

— Você está chorando – ela disse espantada.

— O que meu pai disse é verdade? – foi a única coisa que consegui dizer.

— Não minha filha. Você tem que entender que foi um choque pro seu pai chegar na sala e ver você beijando o Malfoy.

— Você também vai julga-lo pelo seu pai? – perguntei me afastando dela.

— Claro que não minha filha. O pai dele errou muito, mas ele mudou e não devemos julgar os filhos por seus pais.

Eu a abracei novamente.

— Você gosta dele?

— Não sei. Tudo está acontecendo muito rápido. – nós soltamos e ficamos encarando – ele se declarou pra mim e me beijou. E desde então eu sinto a necessidade de estar perto dele. E sempre que possível beija-lo.

— É você está apaixonada – ela constatou.

— Mas não posso – perguntei desviando o olhar.

— Por que não?

— Porque o meu pai não aprovaria.

— Você não deve se preocupar com o que seu pai acha ou deixa de achar. Se você gostar desse menino lute pelo amor dele. Não desista da sua felicidade porque seu pai não aceita. Eu sei que uma hora ou outra ele vai aceitar a sua decisão. Seu pai te ama. E sempre ficara ao seu lado.

— Será?

— Minha linda quando você foi pra Sonserina seu pai se revoltou lembra? – confirmei com a cabeça – ficou o semestre inteiro sem falar com você e mandando reclamações pra Minerva dizendo que você estava na casa errada que o chapéu seletor tinha se enganado.

— Mas agora é diferente mãe. Estamos dizendo do filho do maior inimigo do papai.

— Sim. Mas ele vai virar a cara no começo, ficar um tempo sem falar com você. Mas quando ele ver que você está feliz ele vai te perdoar e vai aceitar este namoro. Eu tenho certeza.

— Nós não estamos namorando.

— Ainda – ela riu – pelo jeito que vocês agiram lá naquela sala é uma questão de dias.

— Será?

— Tenho certeza. Ele te defendeu na frente do seu pai e na frente da classe toda. Não se importou com que irá dizer.

— É, mas também depois de tudo que o pai disse sobre ele e a família dele duvido que ele vá querer olhar na minha cara de novo.

— Se ele gosta de você como eu acho que gosta, ele não vai se importar.

— Espero que você esteja certa.

Nós rimos.

— Vamos? – ela falou me estendendo a mão.

— Aonde?

— Pra sala da diretora. – ela disse ficando seria.

— Pra que?

— Pra conversarmos sobre uma discussão com o professor.

— To encrencada né.

— Provavelmente. Porque você discutiu com ele?

— É uma longa história.

— Bom o caminho até a direção é meio longo da pra você me contar.

Eu ri. Começamos a andar em direção a sala da diretora enquanto eu lhe contava tudo o que tinha acontecido começando pela detenção em que o Scorp tinha se declarado e terminando no beijo que eles tinham visto. Quando terminei já estávamos em frente a sala.

Batemos na porta e entramos. Lá dentro já nos esperavam a diretora o professor de história da magia é meu querido pai que me olhavam com cara de que iria me matar.

— Sentem-se – a diretora disse indicando os lugares onde deveríamos sentar.

Sentei ao lado de minha mãe que se sentou ao lado do meu pai. A diretora estava a nossa frente e o professor ao lado da diretora.

— Senhorita Rose você pode me dizer o que aconteceu na aula de história da magia.

— Eu discuti com o professor – disse simplesmente.

— Por quê?

— Bom ele ficou incomodado de eu não estar prestando atenção na aula dele.

— É a senhorita não prestava atenção na aula por quê?

— Eu me distrai um pouco pensando na vida.

— A sala de aula não é lugar para se pensar na visa.

— Eu sei senhora diretora. Mas eu não era a única que fazia isso. Aliais eu sou a única pessoa que presta atenção na aula dele normalmente, já que o restante dos alunos estão sempre conversando ou dormindo na aula dele. E a primeira vez que eu me distraio e ele já veio invocar comigo, ele nunca se incomoda com isso. Pode perguntar pra todos os outros. Já levei dez detenções na aula dele, por solicitar que ele pedisse pra que alguns alunos da lufa-lufa que conversavam durante a aula se retirasse, mas ele nunca se importou com isso, dizia que eu era petulante por pedir algo do gênero e que ele era o professor e sabia o que fazia. Por isto ele nunca chamou meus pais das outras vezes e nem pediu que eles fossem comunicados, pois ele sabia que estava errado. Agora dessa vez como ele estava certo porque eu faltei com o respeito ele quis que eles fossem chamados.

A diretora me escutava com atenção tentando descobrir se o que eu dizia era verdade ou não.

— O que ela diz é verdade professor? – ela perguntou severa.

— É obvio que não diretora – ele falava com certa dificuldade.

— Tem certeza. Sabes que é muito fácil que eu descubra se o que ela disse e verdade ou não.

— Minerva – meu pai se pronunciou pela primeira vez – a Rose pode ter muitos defeitos. Mas ela nunca foi de mentir sempre assumiu seus erros. Não teria porque mentir agora.

— Eu sei senhor Weasley. – ela sorriu amável pra ele – a Rose pode ter vários defeitos mas mentir não está incluso neles.

— E o que a senhora fará a respeito disso? – minha mãe perguntou.

— Esta não e a primeira reclamação que tenho estão tomarei providencias. Fiquem tranquilos. – ela sorriu. – o senhor pode se retirar – ela disse olhando para o professor – depois conversamos.

— Nós também podemos ir? – minha mãe falava se levantando.

— Na verdade queria conversar com vocês um minuto.

Todos esperaram que o professor se retirasse para poder continuar.

— E sobre a Rose? – meu pai perguntou bravo.

— Na verdade não. – ela deu um suspiro profundo – queria pedir um favor pra vocês.

— Peça.

— Rony – ela começou amável – eu sei que você e o Draco não se davam muito bem mas.

— Eu não aprovo – meu pai interrompeu – não quero minha filha perto da doninha Junior.

— Pai.

— Depois conversamos. Desculpa Minerva mas se era sobre isso que queria conversar acho que acabamos aqui.

— Na verdade não é sobre isso. – ela falou seria – eu nem sabia que seus filhos estavam envolvidos.

— Então o que é? – minha mãe perguntou confusa.

— Hoje mais cedo o Draco apareceu aqui. Ele está um caco, sua mulher fugiu e até hoje ele não sabia o porquê.

— E fácil saber por que – meu pai falou com desdém – ela não aguentou mais viver com ele. Afinal todos sabem que eles se casaram por conveniência.

— O senhor está enganado Rony. Mesmo que ninguém saiba desde os tempos da escola o Draco era apaixonado pela Astoria e ela correspondia. Os dois só não assumiram este sentimento durante o penúltimo ano da escola, porque o Draco já havia sido obrigado e se juntar aos comensais e ele não queria a colocar em perigo.

— Mas então o que aconteceu para que ela fugisse?

— Ela descobriu que estava doente um pouco antes dos filhos virem pra Hogwarts este ano. Apenas a filha mais nova sabia disso, ela não queria contar ao marido tinha medo de como ele reagiria. E pelo que entendi tinha certeza da sua morte. Mas cerca de um mês atrás ela descobriu um tratamento em outro país.

— Ela foi sem dizer nada a ele? – minha mãe perguntou surpresa.

— Ela não sabia como contar. E não queria criar falsas esperanças, então achou melhor agir assim.

— No que podemos ajudar?

— Gostaria de saber se vocês não podem tentar localiza-la com ajuda do ministério.

— Mas porque ele não procurou nossa ajuda antes?

— Não é obvio Hermione. Vocês sempre foram inimigos no colégio. Ele achou que vocês se negariam a ajudar.

— E achou certo – meu pai disse ficando em pé.

— Diga por você Rony – minha mãe falou firme – pois eu vou ajudar e tenho certeza que o Harry também, já que o Scorp e o melhor amigo do Alvo é o Harry nunca se incomodou com isso.

— Ele que se vire. Não soube cuidar da mulher então que a procure sozinha. Eu não ajudo.

— Como você pode ser tão rancoroso pai – falei me levantando e o olhando com decepção – por que você não consegue acreditar que as pessoas mudem? Coloca-se um pouco no lugar dele. O que o senhor faria se fosse obrigado a fazer alguma coisa pra salvar a vovó e depois tivesse que pagar por isto o resto de sua vida? E se a mamãe sumisse é ele fosse a única pessoa que pudesse te ajudar a acha-la, você recusaria a ajuda dele pelo que ele foi no passado.

— Rose – ele tentou me recriminar.

— Eu sei que provavelmente o senhor vai ficar meses ou até anos sem falar comigo e sem olhar para a minha cara pelo que você viu lá na sala, isso vai me doer muito pode ter certeza, mas mesmo assim eu vou te amar. E você continuará sendo meu herói. Sei também que você me julgara se por acaso eu resolver lutar por este sentimento que tenho no meu peito não posso fazer nada pra mudar isto. Mas te peço, te peço não, te imploro que o senhor ajude a achar a senhora Malfoy. E não pense que estou pedindo isto pelo Scorp porque não é só por causa dele. Eu divido o quarto com a Lyra, filha do senhor Malfoy, a única menina da Sonserina que não se importou em dividir o dormitório comigo, por eu ser uma Weasley, e a única menina do colégio que não é da família que quis ser minha amiga.

Ele me olhava sem saber o que dizer.

— Eu vi o desespero dela quando ela soube o que estava acontecendo. E me coloquei no lugar dela. Eu seria capaz de tudo para encontrar minha mãe. E eu sei que ela quer ajudar mas não sabe como. Por favor, o ajude.

Depois de ouvir esta última parte ele só me olhou e se encaminho para a lareira sumindo logo em seguida pela rede de flur. Minha mãe me olhou e sorriu.

— É muita informação pra ele de uma vez só. – ela riu – Minerva fica tranquila falarei com o Harry e sei que ele ajudara. E quanto a você minha filha – ela se aproximou de mim e me abraçou. – quero te dar um presente – ela pegou sua bolsa e tirou de lá um livro – e de um dos meus autores trouxa favorito.

Olhei o livro e na capa e li o título: ROMEU E JULITA. William Shakespeare.

— Você irá gostar. Acho que se encaixará muito na sua história com o Scorp. Eu só peço a Merlin que não tenha o mesmo desfecho.

Ela deu um sorriso franco e me deu um beijo na testa.

— Cuida do seu irmão ta.

— É mais fácil ele cuidar de mim – eu disse rindo.

— É você tem razão. Diz a ele que lhe mandei um beijo. E que não vejo a hora de chegar o natal pra ter vocês por perto.

Ela se encaminhou pra lareira e sumiu em seguida.

— Pode ir senhorita Rose.

— Obrigada diretora.

Sai da sala e me encaminhei ao meu dormitório queria começar a ler aquele livro agora mesmo, já tinha perdido aula mesmo. Não tinha ninguém no salão comunal da Sonserina então resolvi começar a ler ali mesmo. O livro era muito lindo. E a história até era parecida com a minha e a do Scorp, famílias rivais, amor proibido. Mas eu não era uma princesinha como Julieta, mas o Scorp parecia realmente com o Romeu, disposto a lutar pelo amor.

Cheguei a uma parte do livro que uma frase dita por ele me chamou muita atenção “O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem.” Ele tinha razão o que nossos sobrenomes tinha haver com o nosso sentimento, isto não importava. Fechei o livro e neste momento decidi. Eu vou deixar esse sentimento florescer e se preciso lutarei pra que fiquemos juntos. Mas primeiro eu tinha que resolver como faria isso, afinal eu não podia simplesmente chegar nele e beija-lo e dizer que resolvi tentar, ou será que podia?


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