Um Amor Como o Seu escrita por Lilissantana1


Capítulo 2
Capítulo 2 - Dança comigo?


Notas iniciais do capítulo

É fácil descobrir quando estamos fadados a nos entregar?



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Homens, mulheres, jovens em idade de casar. Passadas da idade de casar. Velhos gordos e rabugentos. Velhas fofoqueiras. Todos se acumulando em torno do salão, cochichando sobre ele. Não importava o assunto que os tivesse mantido ocupados antes, Liam sabia que naquele momento ele era o centro de qualquer comentário que escapasse daquelas bocas preconceituosas.

— Lá está ela. - ouviu Brooks dizer e seguiu a direção indicada pelo amigo. Seus olhos se depararam com quatro rostos conhecidos. A futura noiva de Rupert, a irmã dela e as amigas que tivera a oportunidade de conhecer meses antes. Elas pareciam desconfortáveis com sua presença, da mesma forma que ficaram quando acompanhou o amigo em uma visita à família de Candence.

— A senhorita Wentworth está com elas. Você ainda não a conhece. - o amigo continuou em tom ameno parecendo não notar o descontentamento do colega.

Liam, em respeito ao sócio, segurou dentro de si uma resposta azeda para o comentário. Não importava que não conhecesse, a tal senhorita Wentworth deveria ser igual a todas as outras. Esnobe, metida, mimada e cheia de caprichos. Ele apenas sorriu sabendo que o amigo compreenderia seu sorriso. Não estava ali porque queria. Sua vontade era ter ficado na capital, nas casas de jogos ou no bordel de madame Ouida, desfrutando dos prazeres que suas garotas lhe proporcionavam. Mas, Rupert insistira, tanto quanto insistira por ocasião da visita à família Behn, então ele viera, mesmo sabendo que aquele ambiente lhe era pouco, ou nada, agradável.

Eles pararam perto do grupo feminino. Fizeram a mesura adequada em cumprimento. As jovens imediatamente retribuíram o movimento. Os olhos escuros de Liam correram pelos rostos rosados e delicados. Candence e Charlotte, as gêmeas, mal o encararam. Florence, a alta, loira e pálida jovem mostrou um sorriso quase tão amarelo quanto seu cabelo. Mary não se deu ao trabalho de erguer o olhar em sua direção. Já a senhorita Wentworth, pequena, delicada, de longe a mais bela de todas, com suas faces rosadas, o encarava detidamente. Como se o examinasse.

Era um olhar metódico, certeiro e desprovido de qualquer receio. Sem querer ele sorriu abertamente. Ela era daquele tipo, do tipo que não conseguia esconder as emoções. Estava descontente, surpresa e incomodada com a presença dele ali e não escondia tal fato sob falsos melindres.

— É um prazer revê-las. - falou firme, sabendo o quanto aquela frase soava mentirosa.

— Senhor Forster. - Candence falou baixo sem encará-lo – Gostaria de apresentar-lhe minha amiga, a senhorita Mia Wentworth. Filha do visconde Wentworth. Tenho certeza de que já ouviu falar nele.

— Não tive essa honra. - ele falou fingindo um meio sorriso. - Mas, é certamente uma alegria conhecer o membro de mais uma ilustre e tradicional família inglesa.

A mesura se repetiu enquanto ele segurava a mão enluvada para depositar um beijo nada respeitoso sobre o tecido macio.

Assim que sentiu o toque firme dos lábios masculinos, Mia teve o ímpeto de puxar a mão de volta. Entretanto sabia que aquele gesto seria totalmente inadequado a alguém que recebeu a educação primorosa que a filha do visconde teve. Mesmo que o homem a quem fosse direcionado se mostrasse inadequado para beijar sua mão daquela maneira.

Será que ele não sabia? O correto seria apenas aproximar os lábios, nunca tocar. Não! Ela disse a si mesma. Certamente que sir Forster tinha conhecimento disso, agiu apenas com o intuito de chocar. Com aquele movimento ele infringia as regras tanto quanto sua aparência e seus cabelos faziam.

Mas logo ele a surpreenderia ainda mais em tomar uma liberdade nunca esperada.

— Seu cartão está ocupado para a próxima dança senhorita Wentworth? - ela o ouviu dizer tão logo ergueu-se puxando para trás uma longa mecha de cabelo que deslizara para o lado quando se abaixou. - Assim que ingressei no salão percebi que orquestra é primorosa, seria uma pena deixar de usufruir de tal beleza enquanto danço com uma bela senhorita, filha de um visconde, não acha?

Quase sem conseguir falar Mia segurou firme o pequeno cartão entre os dedos. Não havia ninguém para a próxima. Nem para a seguinte. Ela queria conversar com as amigas e evitara se comprometer com quer que fosse. E agora se arrependia amargamente de tal decisão.

— Mia... - Charlotte disse cutucando o braço da amiga o mais discretamente possível. - Sir Forster lhe...

— Eu ouvi. - disse erguendo o rosto em tom de desafio, percebendo que ele esperava por uma clara recusa – Estou desocupada milorde. Poderei acompanhá-lo na próxima dança.

Se divertindo com a situação ele sorriu novamente. Aquela era a primeira vez que encontrava alguém que não inventava uma falsa desculpa para escapar de dançar com ele. Seu tiro errara ou acertara o alvo. Pois tivera apenas a intenção de testar a jovem.

— Fico satisfeito em saber. - comentou deslizando os olhos para a pista como quem não parece ter dado qualquer importância ao fato da moça ter aceitado sua proposta.

— Como o senhor muito bem percebeu, a orquestra é a melhor da região. - Candence informou sem necessidade, apenas porque precisava dizer algo.

Liam moveu a cabeça afirmativamente diante da informação. Ao que tudo indicava, naquela noite ele seria tratado com alguma cortesia. Mesmo que fosse uma falsa cortesia. Quando os olhares dos amigos se cruzaram Brooks demonstrou o contentamento em ver o sócio interagindo tão tranquilamente com as amigas de sua futura esposa. Parecia que os argumentos que utilizara para convencer o rapaz a participar do baile estavam se tornando reais.

Estava tão satisfeito que se dirigiu a noiva com um convite:

— Podemos dançar a próxima senhorita Behn?

Levemente corada Candence tratou de ser rápida em responder:

— Será um prazer milorde.

Os quase noivos permaneceram alguns segundos se encarando. Praticamente ignorando os outros membros do grupo.

— Sir Brooks. Como foi a viagem? - Charlotte perguntou dirigindo-se ao futuro cunhado, querendo aliviar a tensão no ambiente.

— Cansativa! Por sorte contei com a companhia de Liam, ou seriam horas intermináveis e ainda mais extenuantes.

A menção ao amigo colocou o grupo em silêncio novamente.

— Como está seu pai? - Mia perguntou de repente querendo esquecer que deveria dançar com Liam em poucos minutos.

— Está bem.

— Seus irmãos?

— Todos muito bem. - ele completou acomodando as mãos nas costas. A última coisa que desejava falar era sobre sua família.

— O senhor tem familiares na Inglaterra senhor Forster? - Mia se ouviu perguntar de repente.

Mesmo sem querer, seus pensamentos e olhos voltavam constante para a figura masculina parada diante dela.

Novamente surpreso ele fixou os olhos escuros nos azuis antes de responder:

— Meu avô ainda vive na América, e ele é toda a família que me resta. Os irmãos de meu pai morrerem. Nada sei da família de minha mãe. Sou filho único, e meus pais faleceram em um naufrágio quando eu tinha dezesseis anos. - pronto, lá estava toda a informação que costumava dar sobre si mesmo. Nada sobre antepassados que realizaram esta ou aquela proeza, que lutaram aqui ou ali, ou membros da realeza que perderam braços, pernas e até a vida em batalhas importantes.

— Sinto muito. - ela ainda disse, mas na verdade não sentia. Fora cortês, a resposta pouco lhe interessava.

— Obrigado. - ele retribuiu, mesmo percebendo que ela estava apenas sendo educada.

— Liam vive há muitos anos na Inglaterra. Desde que nos conhecemos ele nunca foi à América.

— Seu avô deve sentir sua falta. - Candence comentou balançando o leque suavemente.

— Ele é um homem ativo e ocupado. - além de nunca ter aceitado muito bem o neto mestiço, mas ninguém precisava saber disso ele disse a si mesmo - Trocamos correspondências frequentemente, e ele veio me visitar algumas vezes.

Mia ouvia cada informação com redobrada curiosidade. Como Brooks se aproximara daquele homem? Como eles ficaram tão amigos? Por que se tornaram sócios? Era óbvio e claro para qualquer um que os dois eram totalmente diferentes.

— O senhor não se sente só aqui? Sem parentes? - Florence insistiu.

Sem amigos. Mia completou mentalmente.

— Posso não ter parentes de sangue, mas certamente tenho um irmão de alma. - ele comentou observando Rupert, parado ao seu lado. E seu olhar tinha um carinho fraternal tão grande que foi impossível passar desapercebida a sinceridade contida naquela frase. - Isso já alivia a ausência de familiares.

Os últimos acordes ecoaram pelo salão encerrando de vez o quase interrogatório pelo qual Liam passava. Logo os dançarinos dariam espaço para outros casais. Entre eles estariam Candence com o noivo e Mia com sir Forster. Percebendo o erro que cometera em aceitar dançar, Mia passeou mentalmente por suas mais inusitadas desculpas na tentativa de escapar de um parceiro inconveniente, mas, antes que tivesse chegado a uma decisão, percebeu uma presença firme, alta e perfumada ao seu lado. Era ele que cruzara por suas amigas e chegava para cobrar a dança.

A mão morena, com dedos longos e bonitos se estendeu para ela. Sir Forster pretendia segurar sua mão? Ele não podia! Ela o encarou decidida e passou o braço pelo dele. Em passos firmes ele a conduziu para a pista, onde outros pares se colocavam. Mia podia sentir todos os olhares sobre ela. O que estariam pensando? O que estariam falando? O que seus pais falariam? Será que compreenderiam o que ela fizera?

A garota delicada que ele carregava tranquilamente para a pista de dança estava tensa, podia sentir sua mão a apertar-lhe inconscientemente o antebraço. Bem como o modo como ela evitava olhar em volta, sabendo que todos a encaravam, talvez a julgando pelo comportamento.

— Ainda há tempo de retornar ao seu lugar senhorita Wentworth.

Mia o ouviu dizer em tom baixo antes de parar na pista.

— Senhor...?

Liam parou de caminhar, ele estava muito sério. A liberou de seu apoio, pois logo tomaria seu lugar diante dela. Mas antes tinha algo a dizer:

— Se sua intenção em aceitar esta dança foi a de manter sua boa educação e honra imaculadas. Saiba que já o provou, não precisa levar a cabo uma situação que lhe é desagradável.

Sem saber o que dizer ela o encarou firme. Os olhos azuis faiscando com algum sentimento a se apoderar dela. O corpo estremeceu levemente. Ele parecia ter adivinhado seus pensamentos.

— Aceitei seu convite, e pretendo levar minha decisão até o fim. Se o senhor não se incomodar. - retrucou enquanto tentava manter o olhar dele debaixo do seu. Mesmo que a cabeça masculina estivesse vários centímetros acima da dela.

— Seja feita sua vontade. - ele concordou com uma reverência, logo afastando-se para se posicionar diante dela.

Aquele menina, que ele acreditava ter entre dezoito e vinte anos, cultivava a boa educação e a malfadada honra britânica acima de qualquer coisa. E faria o sacrifício de dançar com ele apenas para provar isso. Acomodando o corpo passou as mãos pelos cabelos afastando-os do rosto e sentiu o movimento dos fios no meio das costas. Aquela era uma das heranças de sua mãe, os cabelos finos lisos e longos. Fora ela quem os mantivera compridos durante sua infância e adolescência. E após a morte dos pais ele decidiu preservá-los como uma forma de homenagem. Mas, eles também serviam como provocação. Diferentemente da senhorita Wentworth, ele não se incomodava em chocar.

De qualquer forma, observou detidamente o rosto rosado, e os lábios delicados, tudo indicava que eles tinham ao menos uma característica em comum, a teimosia. Concluiu antes que os primeiros acordes da música tivessem início.

Ele a observava, apenas a ela e a mais ninguém. E os olhos escuros eram como brasas sobre os dela. A música vigorosa fazia sua respiração acelerar. Mia já não sabia o que mais sentia, se os movimentos, se os toques involuntários que os corpos deles produziam, se o ar perfumado e másculo que escapava da casaca dele, se a mão grande a envolver a sua. De fato foi com enorme alivio que ouviu a melodia findar. Nunca em sua vida uma dança parecera tanto com tortura.

— Obrigada! - agradeceu inclinando-se controlando a respiração agitada, ele deu um passo em sua direção estendendo o braço desta vez.

— Obrigado pela gentileza. - a voz masculina retribuiu em um tom rouco quando esteve junto dela. Ele também estava ofegante. Mia constatou e trancou um suspiro dentro do peito, agora era só voltar para junto das amigas, responder as perguntas que certamente se seguiriam e... esquecer completamente o que acontecera naquela fatídica noite.

Mas ele ainda tinha algo a dizer:

— Nem todas cumpririam com a palavra empenhada.

— Não sou uma dessas meu senhor. - mesmo que ela tivesse pensado em ser.

— Folgo em saber senhorita Wentworth. - ele concluiu fazendo um reverência sem tirar os olhos dos dela.

Um longo e fino arrepio deslizou pela coluna feminina. Aquele olhar penetrante parecia vasculhar sua alma. Graças aos céus tal acontecimento tinha poucas chances de se repetir, pois se ele insistisse em convidá-la ela usaria de uma boa desculpa para recusar. Tentou sorrir enquanto segurava o braço masculino pensando que faltava pouco para aquela situação constrangedora passar quando se voltou para as colegas e percebeu que o grupo aumentara, sua mãe já estava ali. Com ar desagradado no rosto delicado. Pelo jeito o interrogatório começaria cedo.

— Mia! - ouviu tão logo esteve próxima o suficiente para que a mulher lhe dirigisse a palavra sem precisar alterar o tom de voz.

— Mamãe... a senhora conhece o sócio de sir Brooks? - enquanto falava Mia largou o braço do rapaz – Este é o senhor Forster... senhor Forster, gostaria de lhe apresentar minha mãe, a Viscondessa Amélie Wentworth.

As mesuras se seguiram as exigências sociais. E ao contrário do que Mia pensou que aconteceria, sua mãe agiu com tranquila naturalidade diante do homem.

— Senhor. É um prazer conhecê-lo pessoalmente.

O estrangeiro nada disse. Apenas sorriu com cortesia.

— Viscondessa! Como tem passado?

Era Brooks quem se aproximava com um sorriso simpático nos lábios estreitos.

— Muito bem! E você meu caro?

— Aproveitando esta noite quente.

A viscondessa balançou o leque tão logo ouviu a palavra quente. Como se a simples menção ao calor a fizesse senti-lo.

— Tem feito muito calor ultimamente. - ela concordou. - Por isso não compreendi o motivo que levou sir Fielding a programar este baile aqui, onde sabemos, há tão poucas possibilidades de ventilação. A casa de campo certamente seria mais adequada. Pois o clima ameniza em um ambiente amplo onde a brisa desliza pelo espaço.

Brooks moveu o rosto em direção ao amigo.

— Liam e eu estávamos falando sobre isso. Sempre supomos que o ar do campo seja mais fresco que o da cidade, porém, este ano tem se mostrado atípico. Aqui como lá, o calor está escaldante.

— Sim, o senhor tem razão... escaldante. - a viscondessa repetiu a palavra enquanto observava a filha.

— Uma limonada gelada ou um bom sorvete sempre aliviam o calor. - Liam disse atraindo o olhar da mulher sobre si.

— Certamente. - foi tudo o que saiu dos lábios da viscondessa antes que ela se dirigisse à filha. - Mia, gostaria que você visse a senhora Dornat, ela está de saída e perguntou por você.

— Claro mamãe. - a jovem aceitou de pronto e voltando-se para os demais pediu licença.

Liam observava a cena encantado com a capacidade de mãe e filha em manter as aparências. De demonstrar educação e cortesia quando ambas desejariam estar distantes da presença dele. Era a primeira vez que alguém se preocupava tão abertamente em manter a postura a fazer o que realmente queria.

— Obrigada pela dança senhor Forster.

Ele ainda ouviu Mia dizer antes de se afastar completamente. Aquela menina mimada o surpreendia a cada novo movimento. E essa surpresa era bem vinda. Ele sentia vontade de desafiá-la, ver até onde era capaz de ir para manter sua postura de moça bem educada.

— Mia é muito bonita. - Rupert sussurrou perto do ouvido do amigo aproveitando que o grupo feminino, incluindo sua futura noiva, se distraíra com a viscondessa.

— Vamos pegar um pouco de suco. - a voz de Charlotte os pegou de surpresa.

— Esperamos aqui. - Brooks informou inclinando-se cortês.

— Pensei que você estava praticamente noivo. - Liam comentou assim que as garotas se afastaram.

Batendo com a mão no ombro do amigo o filho do barão falou:

— Não me censure. Ela jamais olharia para mim. Mia está acima de qualquer um aqui.

Os olhos estreitos de Liam se apertaram até se tornarem dois riscos. Ele não conseguia compreender isso.

— O pai dela é apenas um visconde.

Rupert soltou uma risada divertida.

— Apenas, você diz? Mas está enganado meu amigo, não é sobre a família, a linhagem, a aristocracia, ou o sobrenome que estou falando.

Os olhos de Liam seguiram para as costas estreitas e empinadas, a nuca delicada da garota que se afastava em passadas elegantes.

— É sobre o que então? - ele acreditava que sabia, mas precisava ouvir da boca do amigo.

— Ela é inatingível. Muitos já tentaram. Mia é muito exigente. Jamais se casará com qualquer homem. Não fique incomodado com meu comentário, mas mal acreditei quando ela aceitou dançar com você.

Os lábios carnudos se abriram em um imenso e caloroso sorriso.

— De forma alguma meu amigo! Até eu me surpreendi... talvez tanto quanto a mãe dela ficou surpresa.

Diante desse comentário Brooks percebeu que o amigo estava se divertindo naquele ambiente. Liam sempre era capaz de rir de si mesmo. O que tornava a convivência deles extremamente agradável, e também o fizera ver a vida sob um novo prisma.

De longe, Mia observou de relance os rapazes enquanto a mãe começava seu discurso sobre a inapropriada dança de minutos atrás. Liam sorria, um sorriso amigável e gentil em direção a Brooks enquanto batia aquela mão que segurara a dela contra o ombro do outro.

Rupert, o gentil e sempre amigável Rupert parecia ter encontrado um bom amigo, ou irmão de alma como bem dissera o senhor Forster. Havia uma camaradagem explicita entre os dois. Mia podia notar isso no comportamento deles. E de certa forma se sentia agradecida. Finalmente alguém via no garoto ruivo e sardento o que ela e Candence sempre viram.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo em alguns dias.
BJO, espero q acompanhem.