Family escrita por Firebird


Capítulo 9
Conhecendo um pouco mais


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!!
Estou aqui, depois de um tempo postando mais um capítulo. Tô de férias, mas não conseguia caminhar com o capítulo a mais de um mês. Porém, finalmente consegui.
Não está lá essas coisas, mas espero que gostem!



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Com a chegada do fim de semana, Anna Corona estava ansiosa pelo primeiro dia de trabalho dela. A sua mãe contou que os pais de Merida, Elinor e Fergus, aceitaram em empregá-la na sorveteria deles. Levantou-se rapidamente, tomou banho, escovou os dentes, vestiu-se, arrumou o cabelo e desceu para um café da manhã rápido e caprichado. Percebe que levantou cedo demais, pois o café não estava pronto, assim como sua mãe não estava na cozinha. Pressupondo que ainda estivesse dormindo, decidiu cuidar do café da manhã ela mesma. Contudo, Anna nunca fez comida para ela e para a mãe, e não sabe por onde começar.

Bem, eu tenho quase 16 anos. Eu tenho que aprender a fazer comida sozinha!

Então, por sua conta, decidiu pôr a mão na massa e preparar o próprio café da manhã. Depois de uns minutos pensando em qual seria o café da manhã naquele dia, escolheu fazer ovos fritos com bacon e panqueca caramelizada e um suco de maçã. Pesquisou a receita de panqueca enquanto fritava os ovos e o bacon. Ao achar a receita e ver o que precisava, juntou os ingredientes e ligou o liquidificador para bater tudo, dito que no modo de preparo indicava que era pra bater no liquidificador e depois assar na frigideira. Juntou os ovos, a farinha de trigo e o leite no liquidificador e ligou-o. Contudo, um cheiro estranho de queimado pairou no ar, e a ruiva fez um semblante de dúvida e curiosidade. Foi então que lembrou dos ovos e o bacon na frigideira, e olhou para trás. Ficou desesperada ao ver fogo e fumaça escura saindo da frigideira com a comida queimada. Jogou água para apagá-lo, mas a água fez o óleo quente respingar para todos os lado, intensificando o fogo e atingir até mesmo o seu corpo, queimando-o.

Pensou que nada poderia ficar pior, contudo a Lei de Murphy consegue provar o contrário. Anna tomou o maior susto quando viu a mãe chegar como cabelo todo despenteado, roupa amarrotada e uma cara de espanto ao ver o desastre que sua filha fez na cozinha nesse um mês que viveram. Idun correu até a prateleira de panelas, do lado da geladeira, e pegou uma tampa reta e grande. Conseguiu cessar o fogo tampando a frigideira, mesmo que tenha se queimado para fazer isso.

Anna ficou atônita com a reação da mãe, que virou para a filha totalmente brava.

—ANNA, O QUE VOCÊ FEZ??

Anna, desesperada, correu até a mãe para abraçar e começou a chorar escandalosamente enquanto apertava Idun mais forte, deixando-os surpresa. Pedia desculpa várias vezes, relatando que não era isso que queria, que fez tudo sem querer.

—Eu só queria... Preparar o café da manhã… Para nós duas.- Dizia entre pausas para chorar.

Idun acalmou e também a abraçou, acariciando a cabeça ruiva da filha, e fez esta parar de chorar. Beijou a testa da menor e sibilou todos os elogios que podia dizer para Anna e a confortou. Quando viu que estava mais calma e já parando de chorar, aconselhou a não fazer comida por um tempo, ou até que aprenda a cozinhar. Isto fez a ruiva rir um pouco.

—Eu vou conversar com a Elinor e o Fergus contando que você não vai hoje e…

—Não!...- Anna a cortou, encarando com um semblante de brava para a mãe. -...Eu vou trabalhar. Como é que eu faço isso tudo e não vou?

Idun encarou os olhos vorazes de sua filha. Sabendo que ela ia persistir naquilo, mesmo preocupada com a sanidade mental dela, suspirou.

—Tem certeza?

—Sim.- Assentiu com a cabeça.

—Então está bem. Espere eu me arrumar e então nós vamos tomar café em algum lugar.

Anna alegrou-se e apertou o abraço bem mais forte, deixando Idun quase sem ar. Mas riu e retribuiu o abraço apertado dela. Idun foi se arrumar e, já pronta, as duas partiram para tomar o café da manhã delas em algum lugar.

Arianna estava deitada em sua cama, pensativa e inquieta, enquanto que o marido estava preparando o café da manhã. Fred tentava distrair a esposa, mas nada a tirava daquele momento em que conheceu Rapunzel:

...Quem é você?- A loira perguntou, contudo a morena não sabia o que falar. Apenas encarava a adolescente abismada, não crendo na grande semelhança entre ela e a pequena bebê que entregou para a adoção.

A enfermeira adentrou ao quarto desesperada, e enfim encontrou a menina. Aproximou dela e a puxou pelo braço.

—Você não pode ficar aqui. Somente um visitante por vez.- Disse levando a loira, enquanto que ela se debatia para se soltar da enfermeira. Não queria separar da mulher de cabelos pretos cacheados.

—Espere!...- Arianna chamou, e as duas pararam para ouvi-la. -...Eu saio. Não se preocupe. E além disso, é a mãe dela. Tem esse direito.

A enfermeira soltou a menina loira, que correu até ficar ao lado da mãe. Arianna retirou o crachá de visitante e entregou para a menina.

—Obrigada!- Viu o rosto da menina se iluminar pela bondade da morena, enquanto colocava o crachá em seu uniforme vermelho e branco. Arianna sentiu que ela quase nunca viveu isso. Um sorriso sincero brotou em seus lábios.

—De nada!...- Retribuiu o sorriso. -E se não for nenhum incômodo…- O sorriso da menor foi se desmanchando, como se esperasse por algo ruim, contudo Arianna não sabia o que era, e continuou. -...Gostaria de saber o seu nome, mocinha. O meu é Arianna.

A loira voltou a sorrir, parecendo mais relaxada, embora a mais velha não sabe o que foi.

—Ah… Prazer, Arianna. O meu é Rapunzel...

—Rapunzel…- Repetia o nome todo o tempo. Não conhecia, mas gostava da sonoridade que o nome trazia. -...Rapunzel…

Ouviu o barulho do ranger da porta de seu quarto, que fez tirar de seus devaneios. Levantou levemente a cabeça para ver do que se tratava. Era seu marido, Frederic, trazendo uma bandeja contendo duas xícaras de café, um prato com panquecas caramelizadas, um prato de torradas amanteigadas e um prato com bacons e ovos. Ficou surpresa, pois não via seu marido fazer isso por muito tempo. Normalmente tomam o café da manhã no balcão da cozinha.

—Eu já ia levantar.- Disse rindo.

—Prefiro na cama mesmo, como fazíamos antes.

Pôs a bandeja no espaço da cama que estava dormindo, bom para tanto o Fred quanto a Arianna conseguirem pegar a comida. Fred sentou-se ao lado da bandeja levemente para não derrubar as xícaras de café.

—Amor…- Arianna o chamou, enquanto se posicionava e pegava a xícara para tomar um gole. -...O que acha do nome “Rapunzel”?

Fred pensou um pouco, enquanto os olhos vagavam pelo teto do quarto.

—Não é o mesmo nome daquele conto de fadas? Da menina com o cabelo grande?

—Sim, mas como nome de uma filha? Não é um nome bonito?- Colocou a xícara na bandeja.

Fred arqueou as sobrancelhas, enxergando as segundas intenções de Arianna sobre o nome.

—Por que está me perguntando isso?

—Lembra da história que te contei? Da mulher que eu socorri?

—Sim, e daí?

—E daí que a filha dela foi visitá-la no hospital. E você não tem ideia. Ela é muito parecida com a nossa filha. Cabelo dourado, olhos grandes e verdes.

Fred já imagina do que se tratava. Isso é normal na vida deles.

—isso não significa que ela é nossa filha! Existem várias garotas loiras de olhos verdes.

—Mas essa é diferente. Eu sinto.

—Você já disse isso das outras vezes em que PENSOU ser nossa filha.- Enalteceu o termo “pensou”.

—Esse é bem mais forte. Não só por mim. Ela pareceu sentir algo diferente por mim.

—Será por que você é uma estranha que estava ao lado da mãe dela?...- Ironizou, enquanto que levantava a voz. Estava de pé, ao lado da cama. -...E ela já tem mãe!

Arianna cruzou os braços.

—Não duvido que ela tenha adotado a menina. As duas não se parecem assim.

—Arianna…- juntou as mãos em forma de oração, como um meio de acalmar a situação e tentar raciocinar calmamente. -...Entendo que quer muito encontrar a nossa filha, e esse sentimento eu também tenho. Quero muito conhecê-la. Mas não podemos crer que está tão próxima assim. Talvez ela nem esteja mais viva.

—Não diga isso!- Elevou as mãos até os ouvidos, tampando-os.

—Eu posso até evitar a mencionar isto, mas não signifique que isto não seja possível…- Viu o rosto de sua esposa murchar enquanto abaixava os braços. Atravessou a cama e a abraçou nas costas. -...Não se preocupe. Ainda podemos ter mais filhos. E se ela for mesmo a menina que tanto procuramos, você acha que quem ela escolherá: a mãe biológica que a deixou sozinha ou a mulher que a cuidou todo esse tempo?

Arianna já não continha as lágrimas. Deixou-as escorreu pelo rosto e pingar nos lençóis da cama.

—Mas eu não tive escolha.

—Sim, você não teve. Mas não se sabe em como ela reagiria. Talvez reaja assim.

Arianna virou para o marido e retribuiu o abraço, enquanto que eliminava todo o amargor de seu coração com o choro. Fred apenas ouvia o soluços de choro, até o momento em que a mulher separou do abraço, já diminuindo a frequência dos soluços e sem mais deixar escorrer lágrimas. Encarou seus olhos esmeralda.

—Tem razão, Fred…- Declarou com um sorriso, que foi retribuído com o sorriso do marido. -...É hora de seguir em frente.

Retornaram a tomar o café calmamente, conversando sobre diversos assuntos. Porém, embora tenha dito que deixaria isso para trás, nada tira a imagem da menina na mente de Arianna.

Anna e Idun fizeram o mesmo caminho de antes para ir à sorveteria dos DunBroch. Antes de retornar, Idun deu um beijo na testa da filha como um sinal de despedida.

—Tenta não fazer nenhum desastre.- Diz entre risos, e é acompanhada pela menor.

—Vou tentar.

—Boa sorte, minha filha!

—Obrigada, mãe.

Idun seguiu para o mesmo caminho que veio, deixando Anna sozinha em frente ao estabelecimento, nervosa e ansiosa pelo primeiro emprego que conseguiu. Inspirou e expirou forte, tentando criar coragem para continuar a caminhada. Precisava de todo apoio emocional possível, nem que seja ela própria para arranjar isso. Fechou os olhos e imaginou conseguiu conquistar o coração de todos com o seu jeito extrovertido e sua responsabilidade.

—Eu vou conseguir!

Abriu os olhos, já mais confiante, e abriu a porta da sorveteria, pronta para encarar.

Lá, viu que o mesmo atendente loiro de antes já estava uniformizado, limpando o balcão. Escutou o sino da porta e encarou. Mostrou-se levemente surpreso por ver gente já no local tão cedo, mas logo retornou a limpeza.

—Ainda não abrimos.

Anna aproximou do balcão, sorridente e otimista.

—Eu não vim tomar sorvete.

O atendente novamente parou o que estava fazendo e encarou a menina.

—Então por que está aqui?

Anna estava se preparando para responder, contudo novamente a porta da sorveteria foi aberta. A família DunBroch inteira apareceram para conhecer a nova integrante do estabelecimento. Os pais pareciam ansiosos, ao contrário dos filhos: uma menina adolescente com um grande cabelo ruivo cacheado e três pequenos meninos gêmeos, também ruivos. Pelo menos, a menina não estava ansiosa até ver quem estava lá.

—Anna!

—Oi Merida.- Acenou para a amiga.

Elinor aproximou de Anna para cumprimentar com um abraço.

—Que bom ter você trabalhando conosco, Anna. Idun nos contou que está ansiosa pelo emprego.

—Estou sim.

Esse comentário deixou o atendente loiro bem surpreso. Não imaginou que a menina do seu colégio seria a nova empregada da sorveteria. Mas logo voltou inexpressivo e voltou a limpar o balcão.

—Bem…- Elinor retornou a fala. -...Já que será a nossa nova sorveteira, é nosso dever apresentar a Família DunBroch!...- Pegou a mão da ruiva e a trouxe para perto dos seus familiares. -...Este é o Fergus, o pai…- Apontou para o grande homem ruivo com uma camisa de uma calça entre as cores verde e vermelha. Ele acenou e Anna acenou de volta. -...A Merida você já conhece. É a nossa filha mais velha…- Apontou para a segunda amiga que fez em Minnesota. Merida bufou, aparentemente incomodada. Como Anna conhece um pouco da Merida, imaginou que se tratava da apresentação. -...E esses são os caçulas: os trigêmeos Hamish, Harris e Hubert.- Apresentou os três pequenos irmãos da Merida. Os três possuem o mesmo rosto, e Anna não conseguia distinguir os meninos, mas todos eles aparentavam já ter 10 anos.

—Muito prazer! Meu nome é Anna Corona. É muito bom estar aqui ajudando vocês.

—E tem também o Kristoff, nosso atendente. Ele que vai orientar você nas tarefas daqui, Anna.

Anna cumprimentou Kristoff, que acenou com a cabeça inexpressivo e preparou a caixa do dinheiro. Os DunBroch e a Anna ficaram constrangidos com a atitude do loiro. Merida aproximou da amiga sussurrou no ouvido da ruivinha.

—Ele é sempre assim.

Fergus olhou no relógio exposto na sorveteria, em cima da porta de entrada.

—Bem, precisamos ir. Se tiver algum problema, contate a Merida para nos informar. Tudo bem?

Anna e Merida assentiram com a cabeça, e os DunBroch saíram da sorveteria, deixando apenas Anna e Kristoff no estabelecimento. Encararam-se sem dizer uma palavra por certos segundos, que deixou Anna desconfortada. Estava nervosa pelo primeiro dia de trabalho, e não sabia o que fazer.

—Ahn… Olá!...- Acenou com a mão, tentando amenizar o clima. -...Não sei se lembra de mim. Eu…

—Lembro sim. É amiga do Frost agora, não é?

Anna encarou o loiro, pensando na seguinte frase dele. “Amiga” não seria a palavra adequada para descrever a sua relação com o albino, mas que realmente gostaria que acontecesse. E não apenas com ele.

—Ahn… É. Mais ou menos… Mais pra menos.- Deu uma risadinha tímida.

Kristoff chamou a ruivinha com o dedo, que logo o seguiu para a porta que estava atrás do balcão de atendimento. Lá, tinha um corredor pequeno com mais duas portas a direita, duas portas a esquerda e uma porta no final do corredor. Enquanto que Anna olhava atentamente as portas, Kristoff dava as instruções:

—Da direita, a primeira porta leva a um galpão, que contém os ingredientes adicionais do sorvete como cobertura e os pacotes de colheres e potes de sorvete, e a segunda porta, um banheiro. Da esquerda, a primeira é onde ficam os uniformes, e a segunda é onde guardam os restos para levar ao lixeiro. E lá atrás…- Apontou para a porta do fundo, que era maior que as outras e era de metal, enquanto que as outras eram de madeira. -...É a geladeira. É onde ficam os sorvetes.

Anna ficou sempre atenta a aquilo que o seu “chefe” dizia. Kristoff continuou:

—Tenta que usar um traje específico para entrar lá. Ok?

Anna assentiu com a cabeça, mas ergueu o braço.

—Uma dúvida: Onde conseguem os sorvetes?

—Alguns são encomendados de fábricas de sorvete que os DunBroch financiam. Porém há outros que os próprios DunBroch produzem na casa deles. Tem um lugar grande específico para a produção do sorvete deles.

Anna sorriu, satisfeita com a resposta. Mas estava ainda na dúvida sobre sua função.

—Então, o que eu posso fazer por hoje?

Kristoff mirou seus olhos para o fundo do corredor de forma vazia, pensando numa ideia sobre a nova empregada.

—Você pode começar varrendo o chão, enquanto que eu fico no balcão. Depois invertemos. Tudo bem?

Anna sorriu de orelha a orelha e o agradeceu.

—Talvez, futuramente, nos tornamos grandes amigos.

Anna caminhou até a porta onde ficam as roupas e pegou uma. Não deu para ela perceber a careta que Kristoff fez quando disse que eles seriam “amigos” no futuro.

Idun estava caminhando perto de sua casa, quase chegando nela. Passou o caminho todo pensando em como sua filha se sairia no seu primeiro emprego. Lembrou quando a própria morena conseguiu trabalhar pela primeira vez: Foi num restaurante perto do centro também. Era a garçonete e lavava os pratos, e começou a trabalhar também no ensino médio, com o intuito de conseguir o dinheiro para ela e seu namorado na época conseguirem comprar a casa deles, enquanto que os pais deles deixavam o dinheiro deles para pagar a faculdade de Idun.

Idun odiava ter que ficar até tarde para limpar os pratos, mas gostou das amizades que fez, sem contar que esse esforço era para ela e Agdar, que estavam ansiosos para casar e criar a história deles.

Agdar… Depois desses anos todos, ela sente que voltou a ser adolescente e aqueles sentimentos que escondeu vieram a tona e, embora não tivesse desejado isso, ela pensa na possibilidade de viver esses momentos novamente.

Idun estava já na rua de casa, vendo o imóvel, quando viu duas pessoas paradas na porta. Não imaginava que, além de pensar no seu amor do passado, ainda vê-lo na porta de sua casa com Elsa novamente, embora isso tenha se tornado comum entre os Arendelle-Corona. Ela se perguntava:

O que será que estão aprontando desta vez?

Aparentemente eles não tinham a visto, até Elsa virar a cabeça e notá-la, do outro lado da rua. Idun foi aproximando da casa, e Elsa chamou o pai para virar de costas.

—O que estão fazendo tão cedo?- Idun perguntou, cruzando os braços e tentando parecer séria, porém mantinha um sorriso fino em seu rosto. Parou na calçada de sua casa

—Oi Idun…- Elsa cumprimentou, aproximando da mais velha. -... Pensamos em passar o dia no centro. A Anna não está?

—Não. Acabei de levá-la para o primeiro emprego dela.

—Sério? Onde?- Desta vez Agdar que perguntou, aproximando das duas.

—não sorveteria da Elinor e do Fergus. Tinha conversado antes com eles sobre isso.

—Nossa… E ficamos aqui na porta uns quinze minutos e ninguém nos atendeu.- Agdar comentou, rindo.

—É, eu levei Anna já tem um tempo. Acho que se passaram 30 minutos desde que saímos.

O trio passou a encarar uns aos outros, esperando que um deles fosse falar algo. Por fim, Idun disse:

—Bem, ainda podemos ir no centro. Mas eu aconselho a deixar Anna trabalhando tranquila. E então, vocês querem?

Agdar e Elsa encararam-se e, visto que os dois concordaram com a ideia, os três foram passear até o centro.

Jack Frost acordava de sua cama e, como de costume, sempre tarde. Nunca foi de acordar cedo nos fins de semana. Acordava pelas 10 ou 11 da manhã, e era só para o encontro com a turma do skate, com quem compartilha com a ruiva DunBroch. Levantou e foi para o banheiro da sua suíte, uma nos tons de azul e branco, como escolheu a muito tempo. Gostava de dormir naquele quarto que tanto lembrava o seu antigo antes da mudança.

Após ir no banheiro fazer as necessidades e cuidar da higiene bucal e corporal, desceu as escadas, já arrumado com um gorro, blusa azul, calça de mesma cor e sapatos All-Star preto para tomar o café da manhã.

Direcionou a cozinha e encontrou com sua família já limpando os talheres e saindo da cozinha. A mesma família que o adotou depois das dificuldades que passou.

—Jack, finalmente acordou!- Um senhor grande com um longo sorriso e olhar de encanto cumprimentou o albino com um forte abraço.

—Oi Norte…- Retribuiu o abraço. -...Eu vou sair daqui a pouco.

—Mas já?...- Uma mulher esbelta, com os olhos violetas claros e cabelo colorido, perguntou surpresa. Foi até o mais novo para dar um abraço. -...Mas acabou de acordar.

—É que eu tenho treino com o pessoal do skate.

—Vê se não apronta, moleque!- Disse o homem robusto com o cabelo cinza. Apresentava estar irritado, mas Jack sabia que esse é o jeito dele.

—Tranquilo, Coelhão.

—É Aster!!

Jack sabia que ele sempre fica irritado por chamá-lo de “Coelhão” ou de “Canguru”.

O pequeno homem de roupas amareladas estava abanando a mão para Jack, em sinal de cumprimento, que foi retribuído pelo albino. E todos despediram-se dele, deixando-os sozinho na cozinha tomando o café da manhã.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso!
Bem provável que, nesse fim de ano, que o próximo capítulo só vem em 2019. Até lá, espero que tenham gostado do capítulo que apresentei a vocês aqui. E espero que estejam bem.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo...
E...
Hasta la vista, babies!