Family escrita por Firebird


Capítulo 8
Quem é você?


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!!! Como estão? Comigo está tudo bem!!!
Bem, este capítulo é dedicado aos fãs de Jelsa, mesmo que tenha pouco. Mas, como sabem, é o início de algo que vem por aí.
Espero que gostem!



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Elsa estava no sentada num dos bancos do vestiário, colocando o seu uniforme para as suas aulas de patinação no gelo. Estava nervosa, pois seria a primeira divisão para o campeonato de patinação entre os colégios da cidade. Terá duas apresentações para cada atleta: uma solo e outra em dupla. Elsa estava insegura de que ninguém de lá vai querer fazer dupla com ela, uma vez que é novata e não conhece ninguém.

A professora pediu que os próprios patinadores escolhessem seus pares, seja homem ou mulher. Contudo, Elsa não sabia em quem escolher, e esperou até que todos tivesse os seus pares para ela escolher o dela. Para a má sorte, ou falta de observação, o grupo de atletas era ímpar. Ela foi a única sem par. Ficou entristecida ao pensar que não poderia participar do campeonato em dupla, pois ela queria isso.

—Professora…- Chamou quando estava sozinha, e as duas se afastaram para conversar. -...Eu estou sozinha. O que eu faço?

—Não se preocupe. Hoje mesmo vai chegar uma pessoa e você poderá fazer dupla com ela.- Respondeu, e isso deixou a loura mais calma. Ainda tinha chances.

Passou um pequeno período de tempo que, para Elsa, parecia uma eternidade, pois assistir as aulas de patinação sem fazer nada a deixava inquieta. Ela queria participar.

Onde esse maldito par está?”, questionava mentalmente, demonstrando a sua impaciência.

—Parece brava!

Tomou um leve susto ao ouvir uma voz vinda do seu lado esquerdo. Estava tão concentrada nos pensamentos que não percebeu que Jack Frost está sentado ao seu lado.

—Quanto tempo está aí?

—Eu vim p’ra cá agorinha!- Respondeu com o seu sorriso galanteador que tanto irritava a loura.

Decidiu não dirigir a palavra ao menino, então chamou a professora mais uma vez, que aproximou.

—O meu par está demorando muito! Quando chega?

A professora expressou um semblante de dúvida, e até deu uma pequena risada. Achou que fosse algumas brincadeira, contudo Elsa não entendeu a risada. Então a professora explicou:

—Jack é o novo aluno de patinação. Ele será o seu par.

—COMO?!

Encarou o albino, que apenas sorria, como se estivesse achando divertido a reação da loura. Ficou mais brava, pois aí percebeu que tratava-se de uma brincadeira do menino.

—Agora que tem um par, já pode ir para os treinos, certo?

Elsa ia recusar, mas então lembrou do prêmio da dupla. Ela era a aposta da equipe de patinação no gelo, e todos esperavam que fosse a vencedora. Não queria decepcionar os outros. Para ela, isso é decepcionar a si própria.

Suspirou.

—Certo.

Os dois levantaram-se e posicionaram no centro da pista.

Como ordem da professora no início da aula, tinha de patinar normalmente segurando a mão do parceiro ou da parceira. Assim fizeram Jack e Elsa, mesmo que a albina não quisesse. Jack, por outro lado, achava divertido ver o rosto bravo da sua parceira. Como não quer perder a aposta, tentaria de muitos modos aproximar da menina, seja na patinação, seja na vida.

—Então, como está?- Perguntou tentando ser bem cortês.

—Estaria melhor se eu fizesse dupla com outra pessoa!- Respondeu, deixando explícito a sua má vontade.

—Mas não tem outra pessoa para fazer dupla com você, gatinha!

—Não me chama assim!...- Disse, já um pouco vermelha de brava. -...O meu nome é Elsa.

—Está bem…- Repentinamente aproximou seu rosto para perto do rosto da loura, quase que os lábios encostam. Passou de branca a vermelha em segundos. -...Elsa.

Sorriu de forma brincalhona e voltaram a patinar conforme o treino dado pela professora.

Ouvia-se um cantarolado vindo de dentro da sala da chefe da empresa, e todos que estavam do lado de fora ficaram curiosos. Fred, a pedido dos colegas, foi verbo que se passava. Encontrou a esposa imersa num desenho bem colorido. Aproximou para ver com mais clareza do que se tratava, então encontrou a imagem de uma menina com cabelos de ouro e olhos de esmeralda. Ficou encantado.

—É um desenho incrível, querida!

Finalmente Arianna saiu dos pensamentos a qual estava tão concentrada e parou de cantarolar.

—A quanto tempo está aí?- Perguntou, pois não tinha noção de que Fred estava do seu lado.

—Agora mesmo. Perdão por atrapalhar.

—Não, que isso…- Abanou as mãos com a indicativa de que não estava sendo incomodada, pois para ela a presença do Fred é importante. -...É a imagem que eu lembro da menina que entreguei aos médicos, no parto…- Ficou triste, seus olhos miraram para o desenho de volta. Tocou de leve na parte do desenho de simboliza as bochechas da menina. -...Quero tanto encontrá-la...

—E nós vamos encontrá-la…- Fred pegou uma das mãos de Arianna, a que não tinha o lápis de desenho, e o beijou levemente. -...Tenha fé!

Aproximou seu rosto no de sua esposa e beijou os seus lábios finos e avermelhados, sendo correspondido. O clima dentro da sala da chefe estava esquentando, quase que eles perdem a noção do local. Arianna afastou o seu marido de leve com as mãos. Contudo, mantinha um sorriso no rosto.

—Não aqui.

Riram com rostos avermelhados. O casal sempre ficava assim por esses momentos de intimidade, o que tornava o casamento deles mais romântico.

—Bem, vou deixá-la desenhando e cantarolando essa canção que você sempre canta.

Fred se afastou e foi caminhando até a porta, porém Arianna o interceptou.

—Fred, poderia ficar no meu lugar por um tempo?...- Perguntou como forma de pedido. Ela parecia muito estressada. -...Eu queria muito relaxar a cabeça. Não pensar muito nisso.

Concordou então em ficar no lugar. Deu um beijo de despedida nos lábios e Arianna saiu da sala. Avisou aos empregados da empresa sobre a saída dela e que logo retornará, explicando o que fará e avisou que a empresa está sendo gerenciada por Fred, e todos sabem da competência que ele tem para a empresa, então assentiram com a proposta, e Arianna saiu. Sua irmã ficou curiosa com o ocorrido, mas deixou quieto.

Caminhava pensativa sobre a grande cidade de Minneapolis, que não estava tão fria por estar perto do fim do inverno. Não conseguia tirar o pequeno rosto daquele bebê que, por um tempo, ficou em seus braços, chorando como se não quisesse ir embora, como se quisesse ficar e ser sua filha. É o que a morena mais se arrepende de ter feito. Se tivesse dado um certo tempo e uma chance, teria aquela menina como sua filha. Veria crescer, falar as primeiras palavras, usar as roupas que Arianna compraria, sair com os amigos, namorar… Isso ficava preso nos pensamentos dela como uma sombra. A essa altura do campeonato, a pequena menina estaria grande, com uns 16 anos e talvez estudando para ser uma exemplar profissional da área em que mais se encaixa, seja o que for. Contudo, Arianna desejaria que a sua amada filha tivesse características similares às dela, como desenhar.

De repente, um grito fez tirar de seus pensamentos. Mirou seus olhos numa figura que estava caindo, logo a frente dela. Não tinha percebido até então. Era uma mulher de cabeleira cacheada e escura, mas não via mais nada pois estava de costas para a morena. Arianna correu para socorrê-la.

—Está machucada? Precisa de um médico?

Foi então que encarou a figura de frente. A pele pálida e os olhos acinzentados demonstravam dor, porém tentava sorrir para transmitir que estava bem.

—Não precisa disso. Obrigada.

Mas logo calou, pois sentiu outra vez a dor na região da barriga. Arianna pegou o celular que estava em seu bolso e fez a chamada, enquanto tentava segurar a mulher.

—Estou ligando para uma ambulância. Logo eles virão para cá.

A ligação foi efetuada, e os socorristas estavam vindo. Por esse tempo, Arianna tentou acalmar, trazendo ideias que fogem da dor que a mulher estava sentindo.

—Como é o seu nome?

—Gothel Lorena…- Respondeu. -...E o seu?

—Arianna Corona.

—Que nome bonito, assim como o rosto...- Deu um leve sorriso, e Arianna ficou vermelha.

—Gentileza a sua.

Porém o sorriso de Gothel logo desapareceu. Ficou desesperada, parecendo que lembrou de algo importante e que precisava cuidar logo. Tentou levantar, mas sua dor não a deixou.

—Minha filha! Rapunzel!- Sussurrava, e só a morena do seu lado pôde ouvi-la.

—A senhora precisa ficar deitada.

—Não! Minha filha precisa de…- Gemeu de dor mais uma vez, e Arianna tentou acalmá-la.

A ambulância chegou no local, que já estava com um pequeno tumulto de pessoas ao redor. Os paramédicos pediram licença para resgatar a mulher e a levaram para o hospital principal da cidade.

A professora permitiu um período de intervalo de 20 minutos para os patinadores, e sentaram na arquibancada para descansar. Elsa pegou a sua bolsa de atleta e pegou uma garrafa de água para tomar. Jack, que estava no banheiro, saiu e foi sentar ao lado da albina, para o desgosto dela.

—Você é uma boa patinadora!- Comentou, e Elsa deu um sorriso amarelo.

—Você também é, Jack.

Um silêncio pairou entre os dois, sem saberem o que falar. Elsa tomou um pouco da água da garrafa e ofereceu para o loiro ao seu lado, que aceitou. Depois de tomar, devolveu e agradeceu.

—E aí, não quer me conhecer?- Jack perguntou para Elsa com um sorriso maroto no rosto.

—Não.- Respondeu rispidamente.

—Ah não!?...- Perguntou ironicamente, e Elsa acenou com a cabeça. -...Então não gostaria de saber o porquê de eu ajudar vocês, em vez de ficar do lado do Hans?

—Porque Hans é um ridículo?- Respondeu com uma pergunta retórica, e fez Jack ri de lado.

—Isso também, mas eu tenho uma história muito forte com a minha família…- Observou o rosto da loura, que demonstra desinteresse. Na verdade, nem encarou o rosto dele. Apenas olhava para a pista de gelo. -...Não quer saber?

—Eu não perguntei nada.- Olhou no relógio de seu celular pra ver quanto tempo tinha até o fim do intervalo. Não aguentava mais aquela história.

Jack pensou em desistir, mas então lembrou de algo, pois seu rosto se iluminou.

—Eu vi você e seu pai patinando na pista com aquela sua amiga e a mãe dela. Vocês duas estão querendo juntar os dois pais?

Isto fez Elsa virar e encarar os olhos gélidos do menino, indignada. Como ele soube? Ouviu de onde? Ele esteve perseguindo a sua família? Essas perguntas passaram por milissegundos enquanto encarava o sorriso cínico do albino. Pensou nas palavras com precisão para que, ao perguntar, não deixar explícito a verdade por trás disso.

—Quem é você? E por que você acha isso?

Jack riu de lado, zombando da loura.

—Bem, se quiser saber mais, é só sair comigo. Talvez num dia desses. E quem sabe eu não conte para mais ninguém.

Visto que era um tipo de chantagem, Elsa ia retrucar, mas a professora de patinação chamou os alunos para retornarem à pista, o que significa que o período de intervalo terminou.

No fim da aula, Elsa e Anna encontram-se no portão principal do colégio para voltarem juntas, e decidiram esperar a Merida para acompanhá-la também. Elsa então conta do que ouviu do Jack sobre a história dos pais delas.

—Como ele soube?- Anna perguntou surpresa.

—Eu não sei, mas ele disse que nos viu na pista. Então acho que ele estava nos perseguindo e ouviu nossa ideia.

—A parte da perseguição faz sentido, pois ele anda atrás de você em todos os cantos.- Cobriu o riso com a mão, e irritou a melhor amiga.

—Anna, para!

Um vulto amarelo passou por elas como se fosse o vento, e foi impossível determinar quem era. Ficaram assustadas, e pensaram que tratava de algo extremamente forte. Depois, elas viram Merida se aproximando das melhores amigas. Ela estava com um semblante de tristeza.

—Merida, você viu um vulto passar aqui a pouco tempo?- Anna perguntou.

—Sim…- Respondeu, e suspirou, tornando o ambiente ainda mais suspeito. -...Era a Rapunzel.

—Sabe o que aconteceu?- Desta vez, a loura perguntou.

—Ela recebeu ligação do hospital da cidade, contando que a mãe dela está lá, pois foi encontrada caída e reclamando de uma forte dor.

Arianna estava dentro de um quarto do hospital, sentada ao lado da cama em que Gothel descansava. Embora estivesse dormindo calmamente, a pouco tempo estava gemendo e se contorcia de dor, foi no momento que a enfermaria passou no quarto e a medicou para dormir.

A morena mantinha um livro em mãos, intitulado “Orgulho e Preconceito”, aquele que deu origem ao filme com a Keira Knightley. Lia atentamente, absorvendo as mensagens trazidas por aquele caderno de história, a sua favorita desde adolescente. Pensava por um momento se a sua filha também amava ler. Esse momento de leitura foi interrompido pela porta do quarto sendo aberto de forma súbita. Seus olhos elevaram à figura cansada e suada a sua frente, com o uniforme do colégio que estudou durante o colegial. Mas a surpreendeu pelas seguintes características: rosto angelical, pele levemente bronzeada, olhos de esmeralda e cabelo longo e dourado.

Características iguais às da menina que entregou para a adoção.

A menina, assim que apareceu, exclamou:

—CADÊ A MINHA MÃE!?

Ao avistar, correu até ao lado dela. Foi quando finalmente notou a presença de uma outro pessoa, que, estranhamente, a fez lembrar de alguém.

—Quem é você?


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. O próximo contará com mais histórias.
Espero que tenham gostado do capítulo, comentem para saber se está tudo bom aí.
E como será os próximos depois dessa? Logo vocês verão.
Hasta la vista, babies!



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