Family escrita por Firebird


Capítulo 6
Pais


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!!! Estou presente em mais um capítulo.
Perdão a espera, mas tive que resolver uns trabalhos da faculdade, mas agora estou aqui.
Agradeço à sakura9 pelo comentário no capítulo anterior. Se tiver mais alguém lendo, manifeste-se. Participe da nossa "conversa" e dê sugestões da fanfic. Acho que ficaria legal!
Por enquanto, espero que gostem do que tem aqui no momento!



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Passando-se os dias, o clima de Minnesota brandou. Não existia mais a camada grossa de neve, o caminhão de neve não passava mais nas ruas nem de cavar o gelo que cobria a porta das casas, contudo persiste o frio característico do estado no início do mês de fevereiro. Portanto ainda era necessário utilizar roupas aquecidas… Ou uniformes aquecidos.

Elsa e Anna estavam no colégio, depois que tiveram aula de química de reações, uma situação que elas não querem presenciar novamente de tão traumática que foi a experiência. A aula foi sobre como misturar líquidos de um tubo de ensaio para ver a reação, contudo foi problemático. O colega Jack Frost cometeu o engano de misturar peróxido de hidrogênio e iodeto de sódio, o que causou na erupção dessa reação que se espalhou por toda a sala. Os alunos tiveram que sair da sala de aula antes do horário previsto.

Os seus novos “amigos” ainda tinham um comportamento aversivo uns com os outros. Embora a união deles para ajudar o amigo Soluço tenha sido produtiva, ainda não eram tão íntimos como a vizinhas Corona-Arendelle. Jack ainda perambulava pela escola com a turma de Hóquei e, desta vez, começou a perturbar a vida da albina no colégio, Soluço continua a andar e comer sozinho e sendo humilhado pelo Hans, Rapunzel andava com a equipe de líderes de torcida enquanto fazia os trabalhos de representante discente e participava de eventos do Grêmio Estudantil, e a rebelde Merida vivia dormindo durante as aulas e andando de skate nos intervalos e nas aulas livres. Nenhum fazia o comprometimento de conviver em equipe, exceto quando se tratava de fazer o trabalho de Biologia, e isso deixa Anna e Elsa frustradas, uma vez que foram as primeiras pessoas que conheceram quando chegaram na cidade. As melhores amigas tentaram pelo menos um contato mais próximo com o Haddock, contudo parece que está sempre correndo, fugindo de algo. Isto agora elas já sabem o que é.

Durante o intervalo do almoço, as meninas estavam sentadas com a comida na vigésima mesa, enquanto que os outros “amigos” estavam na panelinha deles, quando novamente ocorreu uma cena que queriam que fosse evitada: Soluço envolvido em algum problema com Hans e os gêmeos Cabeça-Quente e Cabeça-Dura. Desta vez não envolve o uniforme do ruivo e muito menos com uma trombada indesejada, mas algo pior.

Enquanto o Soluço atravessava o refeitório distraído, Hans, que estava caminhando atrás dele, aproveitou a oportunidade e o empurrou, fazendo-o cair no chão e deixar derrubar umas folhas que estava segurando. Hans, curioso, pegou a das folhas e viu algo interessante, tanto que sorriu de forma maléfica e arqueou a sobrancelha.

—Vejam…- Chamou todos do refeitório, erguendo a folha para o alto e mostrando para os colegas. -...Parece que o Romeu tem uma Julieta!

A folha em questão tinha a imagem desenhada de uma das colegas de turma do segundo do colégio, a tão popular e cobiçada Astrid. Faz parte de várias equipes, que vai de xadrez à atletismo. Bem versátil e bonita, participa de diversos eventos e conhece muitas pessoas, sendo que a maioria desses indivíduos ou quer ser amigos dela, ou namorá-la. Soluço era um dos muitos que deseja tê-la como sua namorada. Contudo, não queria expor desta maneira os seus sentimentos.

A maioria dos alunos que assistia a cena riam como se não houvesse amanhã, o que deixou o menino ainda mais atormentado. Elsa e Anna levantaram-se com o intuito de dar auxílio ao “amigo” e mandar o Hans para a direção do colégio quando algo surpreendente para todos aconteceu: Vindo da mesa 7, a mesa dos atletas de Hóquei e caras mais cobiçados, Jack levanta de sua mesa e aproxima do Hans e dar um soco no rosto dele, deixando todos de queixo caído. Hans acabou caindo no chão pelo impacto, mas logo foi ajudado pelos gêmeos, e o ergueram de volta, já mais consciente.

—Que foi isso, Frost?! Você 'tá doido?!

Frost segurou Hans pela gola do uniforme e o encarou bravo.

—Se for humilhar o Soluço mais uma vez, eu acabo com você.

Nesse tempo, Merida saiu da mesa das meninas do Basquete e a Rapunzel também saiu da mesa das líderes de torcida. Elsa e Anna correram até o Soluço para perguntar se ele estava bem, enquanto que a DunBroch e a Lorena posicionaram ao lado de Jack.

—Qual é, Jack? Somos amigos.

—Nem que eu morresse nós seríamos amigos!- Jack falou lentamente essas palavras, como um modo de esta mensagem ficasse frisada na mente do ruivo.

Empurrou Hans, que acabou sendo derrubado. Levantou-se sozinho e ajeitou o uniforme, enquanto encarava bravo aquela turma. Os gêmeos posicionam-se ao lado de seu “líder”.

—E agora, covarde?- Merida o provocou, dando um passo em sua direção, o que deixou intimidado, mas não deixou transparecer.

—Então a sorveteira decidiu esquentar as coisas?- Riu, sendo acompanhado pelos colegas ao redor.

—Qual é a sua, idiota?- Rapunzel xingou o colega desprezível, que apenas riu e a encarou de cima a baixo.

—E a sua, adotada?

Essas palavras foram o suficiente para que o colega Jack pulasse em cima de Hans, derrubando-o no chão e desferindo socos em diversas partes do corpo. Todos nem ousaram impedir a briga, muito pelo contrário, estavam adorando a cena e até apoiaram. Os únicos perplexos pela cena eram os “amigos” que tentaram parar. Contudo, o barulho cessou quando chegou o orientador do colégio, o Easter, ou Coelhão, um cara pouco paciente e muito mal humorado que conhece o jeito dos atletas de Hóquei. Decidiu levar Jack e Hans para a direção, contudo Rapunzel, Merida e Soluço, Anna e Elsa acharam um absurdo e reclamaram, porém isto as fizeram ser levadas para a diretoria, e acabou que todos os sete foram levados até o diretor Norte.

Os engenheiros da empresa Pitt's estavam terminando a obra do orfanato da rua Hamilton para enfim inaugurá-la no fim do mês. As senhoras responsáveis por tomar conta dos órfãos ficaram agradecidas com os empregados, que expressaram a satisfação por deixar um grupo feliz.

Idun e Arianna conversavam sobre um projeto que pretende produzir num futuro próximo, enquanto que os outros colegas conversavam sobre a nova conquista. Agdar e Fred, no entanto, não paravam de encarar as duas irmãs que estavam concentradas, principalmente o ruivo, e este detalhe o melhor amigo notou.

—Pelo visto a paixão voltou.- Comentou sendo indiscreto, e riu do próprio comentário. Seu amigo, no entanto, tentou se explicar.

—Não é nada, Fred!

—E tenta negar. - Riu mais ainda, e algumas pessoas passaram a encarar os dois, incluindo as irmãs que pararam de discutir e ficaram curiosas sobre o assunto dos melhores amigos.

Enquanto Agdar tenta silenciar o amigo, Arianna percebeu um leve rubor nas bochechas da irmã caçula, e, com um sorriso de lado, decidiu provocar Idun.

—Algum progresso?

—Progresso de quê?- Idun perguntou aparentemente confusa.

—De você e do Agdar?- Riu desta vez, e deixou a irmã mais ruborizada.

—Não tem nada acontecendo.- Deixou escapar um suspiro, o que levantou mais suspeitas para Arianna.

—Eu vejo, irmãzinha. Não sou boba...- Encarou seriamente para a caçula, que acabou encarando o chão e começou a mexer freneticamente o pé no chão de areia. -...Eu lembro como Agdar te deixava sem jeito. Ele provocava você seja de propósito ou não…- Abraçou a irmã, que ficou surpresa com a atitude da mais velha. -...E hoje eu vejo que ele ainda te afeta de alguma maneira.

Desfez o abraço e a encarou, e Idun finalmente tomou coragem de erguer os olhos para a irmã.

—Nós tivemos uma história. Filhas…- Suspirou novamente por lembrar do passado: seu namoro, seu casamento e o parto das filhas. -... Não posso ignorar que uma parte de mim está com ele. E é uma parte muito importante.

Arianna deduziu que Idun estivesse falando de Elsa, mas ainda pressente que é além disso.

—Vocês pretendem voltar?

Idun pensou nessa possibilidade desde que Elsa e Agdar atravessaram a porta de sua casa pela primeira, e pensa ainda mais com passar do tempo, quando as suas filhas tornaram-se melhores amigas e os pais passaram a trabalhar juntos, como colegas. Ela possui seu jeito inteligente e ele possui seu jeito forte. Funcionaria perfeitamente, contudo não se sabe se o ex-marido deseja a mesma coisa, ou se os erros do passado fossem repetidos.

Não conseguiu responder a tempo, pois sentiu algo vibrando no bolso da sua calça. Era o celular recebendo chamada, e reparou que seus colegas Stoico, Valka e Agdar também receberam. Pela coincidência, imaginaram de sejam problemas com o colégio dos filhos. Atenderam, e visto que estava certos, pediram a licença para Arianna para resolverem os problemas no colégio. Pelo que entenderam, seus filhos foram parar na diretoria por conta de uma briga.

Rapidamente os adultos (Agdar, Elinor, Fergus, Idun, Stoico e Valka) chegaram ao colégio Saint Mary, local a qual todos estudaram. Foram direcionados pelo inspetor para a diretoria. Lá, eles encontraram o diretor Norte sentado atrás de uma grande mesa e os sete sentados de costas para eles, mas que rapidamente viraram-se para encarar os pais.

—Boa tarde, pais!- Diretor Norte os cumprimentou calorosamente, sorrindo para todos os rostos confusos dos pais.

—Boa tarde, diretor!- Responderam em uníssono ao cumprimento do diretor, contudo não estavam tão alegres quanto Norte. Ainda não sabiam o que tinha acontecido com seus filhos.

Diretor Norte levantou-se de sua cadeira, e bem naquele momento entrou mais uma pessoa. Uma mulher de aparência jovial com uma pele bem branca, olhos acinzentados e cabelo pretos enrolados. Logo após chegar à sala, clamou:

—Cadê a minha filha!?

Todos os adolescentes direcionaram o olhar para a pequena loira de cabelo extremamente comprido, que ficou constrangida. Rapunzel levantou a mão e o abanou, com o intuito de chamar a atenção de sua mãe.

—Estou aqui, mamãe.

A mulher correu em direção à filha, abraçou e logo questionou, quando desde do abraço:

—O que aconteceu?

Diretor Norte pediu calma.

—Ainda falta mais uma pessoa.

—Não, não falta.

Surpreendendo todos, entrou um homem ruivo, com bigode e cavanhaque, pela porta da sala. Vestia um terno escuro com sapatos pretos, e tinha olhos bem verdes. Elsa e Anna logo imaginaram que fosse pai do Hans, mas o que não pensaram é que seus pais o conheciam.

—Hugo South-Island!?

Ele caminhou lentamente até o ex-casal. Mostro um sorriso cínico a eles.

—Agdar, Igun. Não acredito que voltaram…- Ele apresentava estar tranquilo. -...Idun, você continua sendo uma das mulheres mais lindas que já vi…- Tentou aproximar a sua mão no rosto dela, contudo ela se afastou. Não queria a aproximação, e Agdar, que não gostou também. -...E Agdar…- Virou para o ruivo. -... Esse bigode é novo?

Agdar não respondeu, apenas encarou. Sua expressão não era a das melhores, e isso, de alguma forma, fez com o que o South-Island alargadas ainda mais o sorriso dele.

Diretor Norte levantou as mãos, e isso chamou a atenção de todos. Gostaria que aquele momento não se estendesse por muito tempo, uma vez que tinham que resolver a tão problemática briga que fizeram os filhos serem levado para a diretoria. Trouxeram mais cadeiras para os adultos, que sentaram-se, e assim pôde finalmente começar a reunião.

—Então pais, os seus filhos foram levados na diretoria por conta de uma discussão durante o intervalo do almoço.

—Culpa dele!- Os seis adolescentes apontaram para o ruivo, que estava sentada entre o Jack e a Rapunzel.

Os adultos ficaram curiosos pela atitude em conjunto de acusar o aluno. E surgiu um tumulto a qual era difícil entender o que se falava. Norte levantou as mãos e o barulho cessou. Finalmente pôde perguntar:

—Por que o South-Island é culpado?

—Porque ele pratica bullying no Soluço…- Merida a primeira a levantar a voz para contar a história. -...E chamou a Rapunzel de adotada. Então o Jack tentou intervir…

Os pais exclamaram de repulsa, não acreditando que alguém realmente disse tal atrocidade.

—Discordo!...- Hans levantou de sua cadeira. -...Jack me deu um soco quando estava resolvendo uma situação com o Haddock.

Quando tentavam dialogar, Stoico sussurrou no ouvido de Agdar:

—Este é o menino que vocês me contaram?

—Aparentemente sim…- Respondeu num sussurro de volta. -...E ainda é filho do South-Island.- Expressou um certo desgosto ao citar o sobrenome do pai de Hans.

Voltaram a atenção aos filhos e ao diretor.

Norte tentava apaziguar os alunos, que começaram a discutir pelo real “culpado” da situação, e os pais não entendiam o que acontecia. Foi quando que Hugo levantou as mãos, direcionando a atenção para ele.

—Vejo que não conseguimos entrar num acordo, uma vez que a discussão foi iniciada por um motivo superficial…

—Superficial!?...- Valka exclamou, expressando raiva no tom de sua voz. -...Hugo, o seu filho destratou o meu!

—Mãe, não é para tanto.- Soluço demonstrou um tanto envergonhado pela superproteção.

—É, Valka. O Soluço é um Haddock!- Stoico exaltou seu filho na fala, o que o deixou menos interessado.

Hugo riu, e os outros presentes ao seu lado expressaram o semblante de dúvida e agonia pelo gesto.

—Valka…- Hugo disse. -... Não é culpa de meu filho se o seu não consegue se defender. E, se eu puder lhe aconselhar, eu colocaria para trabalhar o quanto antes. Aí quem sabe ele fará algo de útil…- Dirigir-se para Norte. -...Bem, apesar de tudo, aceito que meu filho tome alguma advertência de 3 dias em casa para que ele aprende a estudar…- Encarou o filho, que ficou constrangido por ter que tomar advertência. -...E eu tenho que voltar ao trabalho. Vamos, Hans?

O filho assentiu bufando e saíram da sala, e deixou os outros sem argumentar a tempo. Valka rosnou baixinho, e foi apoiada pela Elinor, que colocou o braço em volta de seu ombro. Valka não gosta de seu filho ser ridicularizado. Não era a primeira vez em que o seu filho se envolveu em problemas com o South-Island, mas sempre que vá ao colégio defendê-lo, nunca surtiu nenhum efeito. E o marido não o defende, dizendo que o filho é forte o suficiente para fazer tal tarefa.

Visto que a reunião não foi da maneira que Norte desejou, dispensou todos os alunos e pais para retornarem aos seus trabalhos e tarefas. Elinor, Fergus, Stoico e Valka despediram-se de Agdar e Idun e foram para as suas funções. O ex-casal disse que logo irão voltar a empresa. Precisavam conversar com o diretor Norte, e então pediram para que as filhas fossem para as aulas. As mesmas consentiram e despediram dos pais.

Quando as filhas saíram, sobrou apenas o diretor Norte e o ex-casal. Norte retornou a sua cadeira e permitiu que os ex-alunos do colégio sentassem à frente dele.

—Então, Sr. Arendelle e Srta. Corona, vejo que as suas filhas estão estudando aqui, na mesma escola em que vocês estudaram.

—Sim, e é isso que queremos falar…- Agdar falou com um certo peso no coração. Estava receoso em contar ao diretor aquilo que eles queriam guardar por mais tempo. Inspirou fundo e decidiu revelar. -...Elsa e Anna não sabem que são irmãs.

A reação do diretor, contudo, não foi de espanto, como o ex-casal imaginou que fosse. Ele encarou os dois por mínimos segundos e depois sorriu, surpreendendo-os.

—Eu já sabia.

A reação dos dois foi resultado de risos para o ex-professor: Ficaram tão surpresos que tombaram o corpo para trás e com o peso, a cadeira virou e ambos caíram no chão. Um ajudou o outro na hora de levantar e depois retornaram aos assentos em frente ao Norte.

—Como soube?- Idun perguntou.

—Quando as duas foram recepcionadas, no primeiro dia de aula, elas mesmas declararam que uma não era irmã da outra…- Respondeu, e depois mostrou um semblante de curiosidade. -...O que é estranho. Elas se davam tão bem!

—É…- Agdar concordou, e um pequeno sorriso formou em seus lábios. -...Elas ficaram amigas bem rápido.

Norte deu um sorriso sincero e acolhedor para os dois, mostrando que estava feliz pelas filhas de Agdar e Idun.

—Eu não contarei nada…- Disse a frase que os deixou aliviados. -...Mas espero que falem para elas a verdade.

O ex-casal, embora assustados com a cobrança, assentiram. Ficaram felizes pelo apoio do diretor de não contar a ninguém sobre o segredos deles.

Após isso, despediram-se e retornaram aos seus compromissos com a empresa. Contudo, tinham que pensar mais sobre a decisão de contar para Elsa e Anna a verdade sobre a família deles.

Rapunzel andava por um beco estreito, depois da aula que teve e da confusão que aconteceu no colégio. Agradecia por não estar nevando. Pioraria a sua condição de voltar para casa. Seu humor já foi abalado pelo comentário do ruivo durante o almoço. Às vezes, ela pensa em fugir. Não quer mais ver as pessoas daquele colégio. Lutou muito e parece que não valeu nada.

Parou, inspirou, expirou, e voltou a caminhar. Não quer deixar ser abalada pelos colegas, mas ela passou por coisas piores até chegar onde chegou.

No fim do beco, havia uma escada de ferro que levava até uma janela fechada. Subiu por ela, abriu a janela e adentrou ao local. Era um quarto pequeno, com uma cama de casal e cheio de livros no chão. Jogou a mochila no canto da parede e sentou no canto da cama. Pôs-se a chorar a partir do momento em que lembrou do dia em que do orfanato em que foi criada. Via as crianças menores sendo levadas por uma família que as amava. Nunca teve isso. Nunca foi amada. Nunca teve mãe e pai.

Mas então lembrou de Gothel. Tinha fugido do orfanato com 10 anos e perambulava pela cidade em busca de comida e água, e a única que lhe ofereceu foi a mulher de cabelos pretos cacheados. Levou até a sua casa pequena e a criou por um curto período, antes de serem expulsas pelo aluguel atrasado. Gothel não conseguia dinheiro o suficiente para cuidar da casa com a Rapunzel. Procuraram por um lugar e acharam o apartamento abandonado, a qual vivem atualmente. Deu-lhe comida, pôs um nome pois não tinha antes, fez a documentação dela com o seu sobrenome, conseguiu um pouco de dinheiro para pagar a prova da bolsa de estudos do colégio e vibrou feliz ao ver que ela conseguiu entrar na St. Mary. Ela não tinha família até encontrar Mamãe Gothel, e a agradece todos os dias por adotá-la, algo que não conseguiu dentro do orfanato.

Gothel aparece na janela, o que tirou Rapunzel de seus devaneios. A mulher estava com dificuldade em subir e gênia de dor, então foi ajudar a mãe adotiva.

—Obrigada!- Gothel disse, assim que conseguiu subir e entrar no quarto.

Rapunzel caminhou com a Gothel até a cama e a pôs a deitar. A mulher carregava uma sacola com frutas, as que não conseguiu vender. Então Gothel sentiu uma dor exuberante na barriga. Gemeu ainda mais, o que assustou a filha. Perceberam que o estado dela estava piorando.

—Fique forte!- Rapunzel pediu desesperadamente.

Gothel encarou a filha nos olhos, e lhe mostrou um sorriso para acalmá-la.

—Está bem…- Disse. -...Eu vou viver o suficiente para você, Rapunzel. Talvez mais alguns dias, quem sabe.

—Não diz isso!

Ela tentou parecer que não ocorria nada com ela, porém não conseguia, pois a expressão facial mostrava a dor que estava sentindo. Sua filha debruçou em cima de seu tronco e começou a chorar. Não sabia o que fazer. Sem ela, o que seria a pequena Rapunzel?

Gothel acariciou a nuca de Rapunzel. e fez um pequeno pedido, e a filha a encarou:

—Cante aquela canção, filha. A que você me ensinou.

Ela realizou o seu desejo com total vontade, que mais parecia um pedido à Deus para a cura de Gothel.

Brilha, linda flor.

Teu poder venceu.

Traz de volta já.

O que uma vez foi meu.

Cura o que se feriu.

Salva o que se perdeu.

Traz de volta já.

O que uma vez foi meu.

Uma vez foi meu.

Quando voltou, viu que a mulher adormeceu. Ficou aliviada, pois pensou que chegaria o seu dia. Mas não sabia quando esse dia chegaria e não sabia como reagir, nem o que fazer.


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Notas finais do capítulo

Bem gente, é isso. É esse final muito triste e injusto, mas que dá indícios de como será os próximos capítulos. E teve destaque a história triste de Rapunzel.
Espero que tenham gostado, e comentem aqui, para que eu possa ter uma noção de como que a história está para vocês.
Hasta la vista, babies!



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