Family escrita por Firebird


Capítulo 3
Passeio


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, pessoas!! Nesse clima de eleição, estou postando mais um capítulo, pois finalmente consegui tempo para focar um pouco nas minhas histórias.
Aqui, depois de uma semana de aula, finalmente terão um tempinho para relaxar e aproveitar a cidade mais populosa de Minnesota.
Espero que gostem!
PS: Ah! Gostaria de agradecer à sakura9, que comentou o capítulo passado. Espero ver mais comentários seus, linda!



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Minnesota nevou ao longo da semana, esfriando o clima do estado. Porém parou justamente no fim de semana, e a família Corona encontrava-se nos aposentos de seu vizinho, a família Arendelle. Anna insistiu em visitar os amigos no fim de semana para conhecê-los melhor e sair com o intuito de se divertir com eles. Elsa e Agdar receberam-nas com abraços gentis e deixaram-nas entrar, apesar da leve bagunça por efeito das mudanças. Ainda tinha caixotes cheios das coisas dos Arendelle nas paredes da sala e dos quartos de cada um. Apesar do receio de Elsa, Anna puxou a amiga e insistiu que a loura contasse onde fica o seu quarto. Elsa por fim apontou para o último quarto do corredor do segundo andar, com a porta semi fechada. Empurrou a porta e encarou um monte de caixotes encostados nas quatro paredes do quarto, uma cama no canto esquerdo, ao lado de uma escrivaninha, que tinha um laptop aberto, porém com a tela desligada. Anna viu no canto direito um grande armário e na parede do meio, em frente à porta, uma janela grande aberta, que dava vista para a janela da casa vizinha. É a janela do quarto dela.

—Que demais!...- Anna exclamou, correndo até o vão da janela. Elsa aproximou dela sem entender. -...O seu quarto é vizinho do meu quarto!

—É sério?!- Foi a vez de Elsa exclamar surpresa.

Anna assentiu com a cabeça.

—Podemos nos falar pela janela, olha que legal!...- Anna dava pequenos saltinhos de emoção, e Elsa não pôde conter a graça e riu. -...Nem precisamos de celular para isso! É coisa do destino!

A essa altura do campeonato, Anna já tinha pedido o número do celular de Elsa para conversar, e a loura aceitou.

Enquanto Elsa e Anna conversava sobre diversas coisas, Agdar e Idun estavam no andar debaixo, no monte de caixas que, futuramente, seria a sala de estar. Possui hack vazio com caixas ao lado dela; três corredores que levavam à cozinha, ao banheiro e à garagem; uma mesa e um sofá em frente dela, a qual estavam o ex-casal. Agdar pediu perdão pela bagunça da casa, mas Idun nem se importou, falando que a casa delas estava a mesma maneira e que demora um tempo para guardar os objetos nos devidos lugares. Agdar fez um café e ofereceu para a morena, que aceitou prontamente.

—Faz tanto tempo que não tomo um dos seus cafés incríveis…- Disse ao pegar a xícara com o pires. Tomou um leve gole. -...Dá até um pouco de nostalgia.

Ambos riram do comentário. Agdar sentou-se no sofá, ao lado Idun, e tomou um leve gole do café. Colocou a xícara com o pires na mesa próxima ao sofá.

—Então…- Inspirou e expirou bem fundo, com um certo receio de falar. -...Elsa e Anna ainda não sabem de nada. Você acha que…- Não completou, crendo que Idun entendesse do que o ex-marido estava falando.

—Eu não sei. Eu tenho medo do que as duas vão pensar...- Respondeu deixando também a xícara de café na mesa e encarando Agdar. -...A promessa era que contássemos quando as duas fizessem 18 anos, porém agora, como toda essa situação, é melhor contar antes. Sem dizer  que elas se dão tão bem!...- Encarou a xícara de forma pensativa. -...Elas merecem saber logo!

—Estou de acordo!...- Respondeu prontamente, deixando Idun surpresa, o que a fez encará-lo. -...Temos que ver o melhor momento e contar para as duas que elas são irmãs.

—Sim…- Assentiu com a cabeça. -...Mas qual seria o melhor momento?

—Eu não sei.- Desta vez, foi Agdar quem encarou a xícara de forma pensativa e preocupante. Idun fez o mesmo.

Houve um silêncio perturbador entre os dois, sem saber o que contar um para o outro. Na verdade, tinham muitas coisas para contar para o outro, mas tinham receio de falar.

Por longos segundos, finalmente Idun disse:

—Agdar…- Chamou, encarando-o e e Agdar respondeu com o olhar sobre ela. -...Eu queria agradecê-lo por cuidar tão bem da Elsa…- Sorriu para ele, o que o deixou surpreso. -...Ela está uma jovem tão linda, tão carismática e tão inteligente.

—Eu quem devia agradecer você…- Falou, contrapondo a ex-esposa. -...Anna é uma menina que irradia luz para todas as pessoas. Ela é incrível!

Houve outro momento em silêncio, que desta vez não foi perturbador. Apenas encararam os olhos do outro, como se aquilo fosse um método de conversação entre eles. Isso os deixou… Sonhadores.

Passado alguns segundos, ouviram barulhos de conversas e risadas se aproximando, o que fez o ex-casal perceberem que passaram tempo demais encarando um ao outro e voltaram a tomar o café.

—Mãe…- Anna chamou, aproximando da mesma. -...Eu e a Elsa tivemos uma ideia: Que tal passearmos nós quatro pela praça aqui próxima e tomar sorvete?

—Sorvete? Nesse frio de Minnesota!?- Indagou rindo, cobrindo-se com mão esquerda, enquanto que a direita segurava a xícara de café.

—Eu não vejo problema.

—Eu também não vejo, mas se for para você, nós entendemos.- Elsa disse, concordando com Anna.

Então Idun encarou Agdar, que simplesmente respondeu com um sorriso. Ficou confusa inicialmente com a atitude do ex-marido. Será que devia aceitar? Ele queria mais alguma coisa? Ou fez isso para suas filhas ficarem mais tempo juntas? Essas perguntas rodeavam a cabeça da morena por alguns segundos, quando Agdar tomou posição.

—Eu acho uma boa ideia…- Encarou as meninas. -...Até porque Elsa e eu sempre tomávamos sorvete no frio de Noruega.

Idun, vendo a posição em que se encontrava, decidiu finalmente responder.

—Pode ser, então.

Anna abraçou a mãe, que segurava a xícara de café com mais cuidado após o impacto. Contudo, ficou feliz pelas filhas. Ajudava na amizade de Anna e Elsa e, ainda por cima, tinha contato com a filha loura, que não via por muito tempo.

Após tomarem os cafés dos pais, os quatro decidiram agasalhar fortemente para sair. Pensaram que não precisavam de carro para ir até a praça próxima deles. Eram 8 quarteirões de onde estavam. Enquanto caminhavam, foram conversando sobre diversos assuntos, dentre eles a escola nova das meninas.

—Então quer dizer que vocês dois estudaram na St. Mary?- Anna indagou surpresa.

—Sim…- Agdar respondeu. -...Em muitas aulas, éramos da mesma turma. A minha aula favorita era com o professor Norte, de História, que, se não me engano, assumiu o cargo de diretor do colégio recentemente.

—É isso mesmo.- Elsa respondeu.

Perceberam que chegaram na praça onde as meninas falaram. Possui um pequeno parque, um lago congelado, árvores sem folhas e cheias de neve devido ao clima, e pequenos bancos de madeira. Tinha muitas pessoas lá, principalmente patinando no lago congelado.

—Que legal!...- Exclamou Anna, admirada pelas pessoas, principalmente as crianças, patinando no gelo. -...Que pena que eu não sei patinar.

—Não é tão difícil. Nós podemos ajudar…- Elsa disse, colocando sua mão no ombro de Anna. -...Meu pai é um grande professor de patinação no gelo. Ele já ganhou medalhas pela escola. Me ensinou tudo o que eu sei.

—É sério?!...- Anna perguntou feliz, desta vez encarando sua mãe e o pai de sua amiga. -...Você sabia disso, mãe? Que o pai da Elsa sabe patinar no gelo?

Os pais riram.

—É claro que eu sabia. Assistia as apresentações dele, de vez em quando. Porém, não nasci com o mesmo dom.

—Então podíamos fazer isso hoje!...- Anna elaborou a ideia, com o intuito de ficar mais tempo com a família Arendelle. -...Elsa e o senhor Agdar poderia nos ensina a patinar.

—Não, Anna…- Idun ordenou com o tom da voz meio repreendedor. Conhecia a filha quando estava entusiasmada. Não queria envolver a família Arendelle nas ideias da ruiva. -...Nós vamos tomar o tal sorvete que você tanto quer e depois voltamos para casa, está bem?

Anna bufou e tentou fazer rosto de princesa, querendo convencer a mãe do contrário. Contudo desistiu da ideia, pois estava com grande vontade de tomar o sorvete na sorveteria próxima à praça.

Eles caminharam até um estabelecimento com um grande letreiro escrito “IceBearCream” (Sorvete do Urso), a sorveteria da praça. O espaço era grande, com cadeiras espalhadas pelo local azul celeste, com o atendente em frente ao balcão de atendimento e uma porta ao lado do mesmo. Estava quase vazio, pois eram época fria. Anna era a pessoa mais maluca em visitar uma sorveteria no inverno, mas todos haviam aceitado a proposta.

Quando as meninas se puseram na fila com Idun e Agdar, os quatro ouviram uma discussão vindo de dentro da porta, ao lado do balcão. Eles estranharam tal discussão, pois parecia ser algo sério. Fez até o atendente virar e verificar o se passava por trás daquela porta.

—Eu não acredito que você deixou ela sair com os amigos!! Ela estava de castigo!!- A voz parecia ser feminina, diferente da voz que a acompanhou.

—E não pode sair quando está de castigo?

—É claro que não!

Idun e Agdar não conseguiam acreditar. Não ouviam essas vozes por muitos anos.

Desde que saíram da cidade.

—Fergus, ela estava de castigo e tinha que cuidar dos meninos, não ficar passeando pra sei lá onde com aqueles delinquentes.

—Elinor, não fale assim dos amigos dela. Até que são legais.

Foi quando a porta foi aberta e saíram de lá um casal bem diferente. A mulher tinha enorme cabelo marrom com semblante irritada sobre o grande homem ruivo do seu lado, que parecia estar mais calmo que a companheira. Perceberam a visita de clientes e acalmaram-se, mas logo se surpreenderam quando viram rostos que não via por muito tempo.

Ela ficou boquiaberta e estática, sem acreditar no que via. Ele aproximou dos quatro, indo abraçar os grandes amigos de infância.

—Agdar, Idun!!!

O seu abraço era tão forte que deixaram o ex-casal sem ar.

—Fer-gus!- Agdar tentou dizer.

Poucos segundos o ruivo percebeu o que acontecia e logo desfez o abraço, mas continuava contente por ver os seus amigos de longa data. Elinor logo se pôs ao lado dos velhos amigos para um abraço caloroso, a qual foi recíproca pelos dois.

—Quanto tempo eu não os via. E nem mandaram mensagens para contar como estão…- Cumprimentava Agdar e Idun com abraços leves e calorosos. Ao separar, reparou na presença de duas meninas que os acompanhava. Emocionou-se. -...Não acredito que são elas! Elsa e Anna, como estão tão grandes!

As meninas demonstravam um semblante de dúvida acompanhada de pequenas risadas.

—Vocês nos conhecem?- Anna perguntou, enquanto recebia um abraço da amiga de sua mãe.

—Sim…- Respondeu, e se separou para abraçar Elsa. -...Conheci as duas quando pequenas. Seus pais nos apresentaram.

—Então a senhora conheceu a minha mãe?- Elsa perguntou, encarando Elinor.

—E o meu pai?- Perguntou Anna em sequência.

Elinor e Fergus encararam-se confusos, e depois encarou Agdar e Idun, que ficaram aflitos com a pergunta de suas filhas. O ex-casal tinha que pensar num modo de escapar da pergunta das meninas, e logo lembraram do motivo de estarem no local.

—Meninas, vão pedir o sorvete de vocês que nós precisamos conversar um pouco com os nossos velhos amigos. Pode pegar um sorvete normal no pote mesmo.- Agdar ordenou para Elsa e Idun pediu o mesmo para Anna. Elas, embora um pouco decepcionadas, assentiram, pois sabem da ordem de cada uma de não falar algo que relacionasse o divórcio dos pais.

Enquanto que as meninas pediam para o atendente que escutou a conversa deles preparava os pedidos, o adultos foram para um canto afastado para conversar. Logo Fergus fez a grande dúvida que pendurava entre ele e a Elinor sobre as meninas.

—Então… Elas… Não… Sabem?... Quero dizer… De… Vocês…Dois?... É, como que eu posso dizer...

Logo Elinor cortou o marido, pois estava demorando muito na concepção dela. Sabia o que ele queria perguntar.

—Vocês nunca contaram para elas sobre vocês serem os pais delas? Ou que elas são irmãs?

Agdar e Idun encararam-se, e depois assentiram com a cabeça, confirmando a resposta. Na sequência, o semblante deles apresentou apreensão.

—E por favor não conte a elas!...- Idun pediu. -...Nós iremos contar para as meninas depois.

Elinor encarou os dois por longos segundos, deixando-os apreensivos, porém logo assentiu com a cabeça.

—Eu não concordo com nada disse, porém as meninas são suas filhas. Devo respeitar a escolha.

Logo o ex-casal encarou o grande amigo ruivo, que assentiu com um sorriso.

—O segredo de vocês é de vocês. Não vamos nos meter.

Agdar e Idun agradeceu os grandes amigos pelo segredo, e prometeram que irão contar toda a verdade para as meninas. E continuaram a conversa sobre as aventuras deles na adolescência.

Enquanto isso, Elsa e Anna pediam os sorvetes para o menino louro que os atendia.

—Quer com cobertura, loirinha?- Perguntou o atendente.

—Sim, de chocolate, por favor.

—E você, ruivinha?- Encarou a mais nova.

—Também…- Anna respondeu, encarando o atendente curiosamente. -...Escuta, eu já te vi em algum lugar? Você me parece familiar.

O atendente encarou o teto por alguns segundos e logo respondeu, demonstrando surpresa.

—Ah! Vi vocês duas na St. Mary. Se não me engano, na aula de História. São as novas alunas.

—Então você também é aluno da St. Mary?- Elsa perguntou, arqueando a sobrancelha e mostrando um sorriso maroto.

—Sim. Faço parte da equipe de hóquei no gelo e de skate.

—Skate?...- Anna arregalou os olhos e sorriu de forma maliciosa. -...Você, por acaso, conhece um tal de Frost?

Elsa encarou a amiga com os olhos arregalados, sentindo-se envergonhada. O louro, por outro lado, arqueou as sobrancelhas e formou um semblante de dúvida no rosto.

—Conheço. Por quê?

—É que a minha amiga aqui foi paquerada por ele.- Anna declarou rindo, e a sua declaração deixou Elsa envergonhada. Suas bochechas ficaram rosadas e cobriu-os com as mãos.

—Anna!- Repreendeu brava.

O atendente, por outro lado, pareceu indiferente com a informação.

—Jack faz isso com todas as meninas que vê, principalmente com as novatas do colégio. Não me surpreende.

Anna parou de rir, e Elsa tirou as mãos do rosto. A resposta do atendente só demonstrou que o colega era um mulherengo método que Elsa não gostaria de se envolver.

—Olha, deu 25 dólares ao todo, incluindo o pedido dos pais de vocês.- Disse, voltando ao trabalho, pois não queria que atrapalhasse mas mais o trabalho dele.

Anna pegou o dinheiro reservado para o sorvete e entregou ao atendente.

—Toma, senhor…- Tentou ler a placa de identificação no uniforme dele. -...Kristoffer?

—“Kristoff”.- Corrigiu.

—“Kristoff”…- Repetiu para aprender a pronúncia do nome dele. -...Posso chamá-lo de “Kris”?

—Não…- Respondeu rispidamente, deixando Anna constrangida e Elsa indignada. -...O meu nome é “Kristoff”, não “Kris”.- E encerrou a conversa.

Fez o pedido das meninas, entregou para elas e se sentaram num lugar para comer, e logo foram acompanhada de seus pais.

Depois da sobremesa, despediram dos donos e grandes amigos de Agdar e Idun e voltaram para casa sob risos e conversas, que ficaram sobre a adolescência deles.

—Vocês dois eram grandes amigos no ensino médio?- Anna perguntou, aparentemente curiosa sobre a grande coincidência de seus pais terem estudado juntos.

O questionamento pegou o ex-casal de surpresa, que não sabiam se guardavam segredo por um tempo ou revelava a história toda.

Por fim, Agdar respondeu:

—N-não éramos tão amigos, m-mas nós conversávamos de vez em quando.

Idun concordou com as afirmações dele, pois ambos não estavam preparados para revelar toda a verdade.

—Não pareceu quando cumprimentou os donos da sorveteria…- Elsa disse, contrariando a fala do pai, e deixou-o apreensivo. -Parece que eram grandes amigos, todos de um mesmo grupo.

—É que éramos um grupo grande…- Idun respondeu rápido, tentando reformular a resposta do ex-marido. -...Um grupo grande de amigos. Nós andávamos juntos, mas eu e o seu pai não éramos muito amigos, Elsa.

Elsa pareceu satisfeita com a resposta.

Foram seguindo enquanto conversavam sobre outros assuntos, até chegarem aos respectivos lares. Porém isso não deixou calado os corações deles.

Por dentro, viriam algo mais interessante.


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Notas finais do capítulo

Quem aqui shippa os pais da Elsa e da Anna, levanta a mão!! Brincadeira!!! Mas se quiser levantar, pode. Você tem esse direito.
Kristoff sempre sendo um menino de caráter duvidoso, mas ainda sim aparenta ser legal.
Espero que tenham gostado, e comentem. Assim saberei onde eu devo melhorar e ver se estão gostando mesmo.
Até a próxima!
Hasta la vista, babies!



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