Beijo na varanda - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 4
4 ♡


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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− Somente por meu filho!

E nada mais foi dito, eles apenas foram para a mesa com Heriberto agradecendo aos céus por aquela chance, mas se ele pensava que as coisas seriam fáceis ele estava muito enganado!

Quando sentaram se um de frente para o outro com seus respectivos filhos ao lado eles se olharam era tão estranho estarem ali juntos que nada falaram apenas pegaram o cardápio para pedirem a comida.

− Eu quero batata frita! − Joyce falou com um sorriso lindo para o pai.

− Sim, minha filha, papai vai pedir! − falou todo amoroso.

Victória os olhava disfarçadamente não querendo que ele percebesse e por isso usava o cardápio para se tapar.

− Mama, eu quelio uma batata tamém! - os olhos de Enrico brilharam.

Vick o encheu de beijos porque era assim que gostava de tratá-lo quando ele dava aquele olhar para ela. Heriberto sorriu se imaginando mais uma vez dentro daquela pequena família que era somente os dois e um amor tão grande que ele tinha todas as notícias da vida dela em uma caixa guardado a sete chaves, tudo que saia dela ele comprava e guardava para se recordar sempre o que tinha perdido com sua traição.

− Mamãe dá o que quiser contanto que como todos seus legumes ta bom?

− Eu podo da pala Joce? Ela gota munto de tomati. − falou todo amoroso e Vick teve que olhar para Joyce que a encarava.

− Eu gosto sim e os que Enrico leva para escola com aquele pãozinho é uma delícia... – falou quase que chupando os dedos de vontade. – Mas ninguém na minha casa sabe fazer para mim! − era toda introvertida e adorava conversa e quase não tinha com quem falar em casa.

− Mina mamãe que faze pala mim! − sorriu pedindo o copo de água que ela deu a ele para beber devagar.

− Eu sempre digo a ela que não podemos fazer o que não sabemos o que é! – Heriberto falou.

− Na segunda eu mando para você ta meu bem? − sorriu para a menina ignorando Heriberto como sempre. - Mando um para comer com Enrico e outro para comer em casa!

− Obrigada à senhora é muito gentil! – sorriu toda educada.

− Só com criança ela é assim! − Heriberto alfinetou.

Victória nem pensou e sentou chute nele que ao erguer a perna bateu na mesa fazendo barulho e derrubando o copo com água tamanha a força que ela usou.

− O que foi papai? − Joyce falou toda preocupada e ele estava vermelho.

− Só uma dor na perna minha filha. - falou gemendo quase sem força.

− Esse é o tamanho da minha gentileza com adultos traíras. − piscou para ele que respirou forte.

Enrico estava rindo com a mesa toda molhada sem entender nada mais para ele tudo era graça e não poupou gargalhada fazendo com que Vick risse junto ao filho. Um garçom veio limpou a mesa e anotou os pedidos e se retirou. Heriberto ainda bufava sentindo dor na perna mais preferiu não dizer mais nada.

No celular de Victória entrou uma ligação e ela se levantou para atender na pequena área livre que ali tinha deixando Enrico na mesa, mas de onde estava podia ter total controle de tudo que ele fazia e Heriberto aproveitou para perguntar a ele.

− Enrico, como se chama seu pai? – falou curioso já que Victória tinha saído para uma viagem longa e voltado com ele recém nascido nos braços.

Enrico o olhou estava de joelhos na cadeira.

− No se culioso! – riu para ele. – Quem é seu papai? – respondeu com a mesma pergunta.

Heriberto riu ele era mais esperto do que pensava e resolveu não dizer mais nada apenas se afastou um pouco para que a porção de batata pudesse ser colocada no centro da mesa. Joyce sorriu lindamente estava mesmo com vontade de comer batata frita e Enrico também acompanhava com um sorriso lindo no rosto já que a “montanha” de batata era enorme.

Mas para o azar de todos quando Heriberto foi pegar a batata era a mesma que Enrico e ele o olhou com a cara mais feia do mundo e se levantou na cadeira com a mão na cintura. Heriberto se assusto com o modo que ele o olhava e respirava nervoso e sem entender tentou falar, mas Enrico não deu tempo a ele de falar mais nada e com a mão cheia de batata jogou na cara dele.

− Minha! – os olhos perderam toda a alegria.

− Mais que menino mal educado! – Heriberto falou com raiva.

Enrico pegou mais e jogou nele e subiu sobre a mesa e foi a ele beliscando estava mesmo bravo e quando Victória se deu conta desligou no mesmo momento correndo até o filho e o tirando de perto de Heriberto que apenas tentava contornar a situação.

− Esse seu filho sem um pingo de educação! – perdeu o tino sabendo que daquele modo não iria conseguir mais nada com ela.

− Robo a mina batata! – começou a chorar agarrado a mãe.

− Meu filho, fique calmo que nós vamos comer em outro lugar todas as batatas que você quiser! – falou amorosa e calma com ele.

− É por isso que ele é assim tão mimado! – Heriberto respirou fundo para não falar demais.

− Cale sua boca e cuida exclusivamente da educação de sua filha e não se meta onde não é chamado! – perdeu o pouco de paciência que tinha.

− Eu quelo mina babata! – olhou o prato que tinha bastante ainda.

− Sente-se e coma com ele porque quem vai embora sou eu! – olhou a filha que ficou com os olhos tristes.

− Eu só queria comer em paz! – falou com os olhos marejados olhando aquela confusão toda.

Victória sentiu o peito fraquejar já que não gostava de ver criança alguma chorando, sentou-se e se rendeu ao almoço que chegou para eles que nada mais falaram apenas comeram em total silencio para que nada mais de ruim fosse dito ou feito por ambos os lados. Quando a sobremesa de sorvete chegou para os pequenos Enrico quis sentar no colo de Joyce para que eles comessem juntos, mas era somente para poder beliscar Heriberto a todo o momento enquanto Vick resolvia algo importante no telefone.

Ele se segurava para não falar ou fazer nada mais o olhava com cara feia para ver se assim o repreendia mais o que ganhava de Enrico era uma cara mais feia ainda e ele entendeu que ali era um terreno perdido por aquele momento mais não desistiria porque era ali a chave para estar na vida de Victrória. Sorriu por um momento sabendo que estava medindo forças com uma criança e isso não era certo e ele apenas se afastou mais com sua cadeira e logo pediu a conta.

Quando a conta chegou os dois pegaram juntos, mas ela tirou de sua mão e olhou valor estava disposta a pagar metade mais ele tomou de sua mão e entregou ao garçom junto ao dinheiro que se foi deixando os dois se encarando.

− Já pode me agradecer por esse almoço! – falou rindo.

− Não fez mais que sua obrigação! – piscou para ele. – É o mínimo que me deve depois de se intrometer tanto em minha vida! – ficou de pé pegando a bolsa. – Se despeça Enrico que temos que ir!

Enrico olhou para ela e depois abraçou Joyce que o encheu de beijos sorrindo eram amigos e queriam sempre brincar juntos em todo canto da escola mesmo estando em idades tão diferente.

− Até logo senhora Victória! – ficou de pé ao lado de Enrico.

Victória sorriu para ela e tocou seu rosto com carinho e depois depositou um beijo em seus cabelos e disse:

− Segunda eu mando o seu lanche e se achar que eu vou esquecer me liga! – tirou um cartão da bolsa e deu a ela que sorriu e a agarrou beijando cheia de carinho.

− Obrigada!

Victória sorriu mais uma vez para ela e pegou na mão de Enrico saindo dali sem olhar para Heriberto que a olhava com um sorriso no rosto. Sem se dar conta Victória dava ali uma grande chance a Heriberto ao manter a filha dele próximo a ela...


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