Metrô escrita por Gabaii, SasoSakuFanClub


Capítulo 4
Prós e contas


Notas iniciais do capítulo

Meu Kami sama, que luta pra postar esse capítulo!
Leiam a fic escutando a música abaixo, assim vcs entenderam melhor ;*



Música (Heroes of our time- Dragon Force) --> http://www.kboing.com.br/dragonforce/1-1023124/



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::Ato IV::

Prós e Contas

             O solo de entrada começou a ecoar pelo apartamento. Sasori olhou extasiado para o aparelho de som como se ele fosse uma espécie alienígena que queria comer seu pâncreas, mas logo que reconhecera a música, um sorriso surpreso formou em seus lábios. Dragon Force? Ele mal acreditava em seus ouvidos, era mais fácil ter ficado louco. Uma garota de cabelo rosa escutar Drangon Force? Isso era surreal a seu ver.


             Sem nem notar, começou a gingar no ritmo da música, esquecendo da tv ligada no noticiário local.


             Fãs de todo o país estão em cólicas devido o desaparecimento de Akasuna no Sasori, da banda adolescente Akatsuki. Segundo relatos de testemunhas, Sasori saiu do Suna Palace Hotel por volta das oito e meia, indo ao McDonalds da Avenida Brightown, depois foi visto em varias câmeras de segurança seguindo sem rumo pela avenida, sempre com um casaco de capuz para não ser reconhecido. Sua última aparição foi as onze e cinqüenta e cinco, na estação de metrô em Ichiraku’s Center...


Lost in a dream, finally it seems

Perdido em um sonho, finalmente surge

Emptiness and everlasting madness

O vazio e a loucura perpétua

See the sadness grow, watching as we know

Veja a tristeza crescer, observando como nós sabemos

Long before our journey for the world

Muito antes de nossa viagem para o mundo

             Sakura tomou um susto ao ouvir o baixista cantando – ou melhor, gritando a música já num volume exageradamente elevado – e acabou por escorregar e cair de bunda no chão. Tomada pela fúria e esquecendo-se totalmente do estado em que estava – um blusão com estampas de mafagafas coloridas e um short calcinha púrpura, cabelo molhado devido ao banho e escova de dente na boca - correu para a sala, tendo quase certeza de que torturaria Sasori, arrancaria suas vísceras e o enforcaria com elas. Quem esse maluco pensa que é para colocar o som dessa altura as oito e meia da manhã?!


             -Você endoidou é? – Gritou Sakura assim que chegou a sala, mas Sasori não a ouviu, estava mais interessado em fazer uma guitarra de ar em pé no sofá (como se fosse dele) - Sai do meu sofá!


             Ele a viu, mas ignorou sua raiva e a agarrou pelo braço, puxando-a para cima do sofá. Sakura sentiu vontade de espancá-lo, mas a raiva foi tomada pela choque de ver algo assim de perto, ficou parada no sofá, boquiaberta ( a escova de dentes pendurada na boca) e olhando Sasori como se fosse um mutante de circo. Ele envoltou um dos braços no pescoço de Sakura e fechou a outra mão em punho e a colocou rente a boca, como se fosse um microfone.

We'll all find our sacrifice tomorrow,

Todos nós vamos encontrar nosso sacrifício amanhã

Our journey on towards a brighter day,

A nossa viagem em direção a um dia mais iluminado,

Silent tears we left behind, still so far away,

Lágrimas silenciosas que deixamos para trás, ainda tão longe,

Across the endless sands,

Através das areias sem fim,

             Sasori parecia um maluco com aquela cara alegre e Sakura, depois de um tempo, vendo o quão ridículo era a cena, não resistiu: começou a cantar – gritar – junto com ele, ambos rindo volta e meia de sua própria idiotice, fazendo caras e bocas. Ela imitou Sasori e colocou o braço envolta do pescoço dele e usou sua escova de dentes como microfone.

             Eram dois loucos cantando heavy metal as oito e meia da manhã.

             -Porra! Desliga essa merda que eu quero dormir! – gritou o vizinho de baixo, mas apenas causou uma série de gargalhadas.

Through the fields of our despair,

Através dos campos do nosso desespero,

Free for all eternity, we stand, yeah,

Livres para toda a eternidade, estamos, sim,

Rise above the universe tonight,

Eleve-se acima do universo esta noite,

Starchaser...

Caçador de Estrelas...

             No solo, Sasori pulou do sofá a lá Kurt Cobain do Nirvana, abandonando Sakura e fazendo uma guitarra de ar enquanto Sakura batia os punhos no ar como se estivesse numa bateria.


             ...O empresário da banda, Tobi, relatou no depoimento que Sasori andava tendo inúmeras brigas com todos os integrantes, principalmente com ele e, devido a um dessas brigas, por causa de uma das músicas que seriam lançadas no próximo álbum da banda – The Rainbow’s Colors – ele deixou o hotel, exasperado. Segundo outros integrantes da banda, todos muito preocupados, Sasori dizia não agüentar mais a vida de famoso e deixou bem claro que sua saída do hotel significava, também, sua saída permanente da banda...


             Quando a letra voltou a tocar, ambos já tinham se entregado ao calor do momento. Cantavam de olhos fechados, batiam com a cabeça no ar, Sasori corria pela sala como se estivesse em um show.

Free from this world, here for the last time,

Livre deste mundo, aqui pela última vez,

Oceans collide inside of us all,

Oceanos colidem dentro de todos nós,

Believe who we are,

Acredite em quem somos,

The phoenix will guide us,

A fênix irá nos guiar

Freedom will rise once again.

Liberdade irá surgir mais uma vez.

             ...Logo após a noticia do ‘desaparecimento’ e divulgado seus últimos passos, uma multidão de fãs, na maioria adolescentes entre dez a dezesseis anos, saíram pela avenida, procuraram em lojas, restaurantes e lanchonetes. E pelo metrô assim que uma das garotas ouviu de um policial que auxiliava do caso, a suspeita de que Sasori estaria viajando de metrô, e era verdade, Sasori foi recebido por uma enxurrada de fãs e de repórteres na próxima estação da qual saíra. Mesmo com tanto tumulto, o baixista conseguiu fugir, mas a suspeitas de que ele teve ajuda de uma moça de cabelos cor de rosa que estava no vagão com ele. Vamos mostrar algumas imagens agora da fuga de Akasuna no Sasori, que, a propósito, agrediu um repórter na saída da plataforma de metrô, mas este passa bem. Há uma suspeita de que a pessoa que vimos sair correndo não era Sasori e sim a garota que estava com ele. A polícia já a identificou pelo número do celular deixado no metrô e também por algumas imagens que a imprensa cedeu a polícia. Os membros da banda e o empresário disseram que cuidariam disso pessoalmente...

Save us tonight, the last hope for all of us,

Salve-nos esta noite, a última esperança para todos nós,

Light-years gone by, we're still holding on,

Anos-luz idos perto, nós ainda estamos aguentando,

Save us tonight, a star shines in all of us,

Salve-nos esta noite, uma estrela brilha em todos nós,

Far beyond our lives, still our glory lives on

Muito além de nossas vidas, ainda vive a nossa glória.

             Novamente o solo instrumental, e novamente a loucura de Sasori com guitarra de ar. Ele pulou no sofá e ambos começaram a se abaixarem como se estivessem fazendo os arcordes de uma guitarra imaginária. Na letra, pularam de lá e ergueram um dos braços, usando o outro como microfone. Era uma cena infantil e tosca para dois adultos, mas eles estavam se divertindo como nunca.

We'll all find our sacrifice tomorrow,

Todos nós vamos encontrar nosso sacrifício amanhã

Our journey on towards a brighter day,

A nossa viagem em direção a um dia mais iluminado,

Silent tears we left behind, still so far away,

Lágrimas silenciosas que deixamos para trás, ainda tão longe,

Across the endless sands,

Através das areias sem fim,

             Sakura pulou na poutrona  e pos um pé no encosto, fingindo uma guitarra. Sasori foi para sua frente, jogando a cabeça para trás freneticamente. Ela sorriu para ele, nem um pouco envergonhada, e ele gargalhou alto. Estavam se seduzindo sem nem ao menos notarem.


Through the fields of our despair,

Através dos campos do nosso desespero,

Free for all eternity, we stand, yeah,

Livres para toda a eternidade, estamos, sim,

Rise above the universe tonight,

Eleve-se acima do universo esta noite,

Starchaser...

Caçador de Estrelas...

             Sakura estendeu os braços para cima não se importanto com sua blusa levantada.

Starchaser...

Caçador de Estrelas...

             Mas, ao fazer isso, Sakura se desequilibra e cai para frente, sendo amparada por Sasori que com o impacto cai para trás, indo os dois para o chão. Primeiro gargalharam, mas depois...

Our kingdom come, we stand as one,

O nosso reino chega, nós ficamos como um só,

And we will live for always

E nós vamos viver para sempre

Evermore...

Sempre mais...

             Os olhos se chocaram. Esmeralda e rubi. Tão intensos e desejosos... Sasori mirou toda a extensão do rosto de Sakura, sentindo poucas gotículas do cabelo molhado e desgrenhado caírem sobre seus cabelos. Dos olhos ao nariz fino e arrebitado, das bochechas coradas e com umas quase invisíveis sardas para a boca, fina e rosada, entreaberta, molhada, convidando-o a provar de seu sabor. Sakura estava de quatro sobre Sasori, sentindo as mãos quentes dele em sua cintura, numa leveza e sensualidade que a deixou arrepiada – e ele percebeu, e como percebeu. Ela foi cedendo, pouco a pouco, perdida no sangue dos olhos do Akasuna. Fechou os olhos e os lábios se tocaram lentamente, abolindo tudo ao redor. O gosto de pasta de menta inundou as bocas.

             Por que não? Pensou ela. Só por que ele é o Sasori?

             Ela não tinha motivos para não beijá-lo, ela queria aquele homem. Mesmo que fosse só uma vez, mesmo que fosse chutada depois – algo que ela podia considerar, levando-se em conta o caso que sua amiga Ino sofrera e que ela presenciara de perto: anos antes, quando era tiete da Akatsuki, sua amiga Ino ficou amiga de um baterista de uma banda conhecida na época – e que logo depois fora esquecida – e com ele teve sua primeira vez, encantada com todo o carisma que ele tinha, do fato dele ser demais, do fato dele ter obrigado a banda a dedicar uma música a ela. Depois, ele a chutou como uma cadela, uma vagabunda. Ino chorou por tanto tempo, sofreu tanto... E Sakura tomou repulsa de bandas de modinha, pois é assim: depois de um tempo, elas simplesmente são esquecidas, são apenas mais um nome na sua lista de reprodução que você pula quando escuta música em seu mp4, por já ter enjoado.

             E assim acaba tudo, mas Sakura ainda tinha a imagem de Ino chorando em sua cabeça. Se os integrantes de uma bandinha tão pequena já se achavam tanto, os de uma grande banda então?! Claro que ela estava generalizando, mas o caso de Ino não foi o primeiro que aconteceu. Depois disso, Sakura procurou outros ritmos de música e achou o que podia chamar de músicas de verdade, com bandas de verdade.


             Entretanto, Sasori seria apenas um caso sem futuro, uma noite, duas noites, que diferença faria? Ela não queria ser só mais um nome nas páginas do jornal, o desejava, sabia disso, os anos pareciam não passar para Sasori que tinha seus vinte e sete anos muito bem vividos e conservados, mantendo uma cara de no máximo vinte e dois, braços fortes e másculos que a agarraram, aumentando a libidinagem do momento. Só uma vez, apenas uma vez já bastava.


             Já Sasori não tinha a mesma mentalidade. Ele tinha adquirido um carinho enorme pela Haruno e agora, naquela posição provocante, o carinho se transformara em luxúria e apenas uma coisa lhe passava na mente. Tomá-la para si. Uma, duas, três vezes, quantas bastassem para saciar aquela necessidade que explodiu dentro de si e depois... Ah, ele não queria ficar longe dela. Conhecia-se muito bem e sabia o quanto iria sentir falta dela, das palavras verdadeiras que ela lhe dizia. Sakura não se interessava em nada dele, nem dinheiro, nem fama, apenas no corpo, no carnal. Era fácil perceber isso pelo modo como se olharam pela manhã ao acordarem, se comendo pelos olhos.


             As mãos de Sasori passeavam livremente pelo corpo de Sakura, loucas para despi-la, mas Sakura queria ir mais devagar, cuidando primeiro da boca e do pescoço de Sasori, lambendo e mordiscando, gemendo e arranhando o pescoço marfim do ruivo, levando-o a loucura.


Din Don.


             Os lábios se separam com dificuldade e ambos se olharam. Sakura sentiu as bochechas arderem, estava indo tão facilmente assim? Ela costumava ser mais controlada. Uma das mãos de Sasori estava debaixo da blusa de Sakura e a outra na nádega e assim que ele percebeu isso tratou de tirá-las de lá. Eles se encaravam atônicos, surpresos com o caminho que estavam indo. É claro que a malicia entre eles era perceptível, mas não era um pouco cedo de mais para se comerem num frenesi apaixonado como dois animais no cio?

             A campainha novamente tocou e Sakura saiu de seu súbito transe e se levantou as pressas de Sasori, que, em resposta, soltou o ar que nem percebera prender. A Haruno ainda tropeçou uma duas vezes antes de voltar correndo para o quarto, não sabendo o que pensar e com que cara olharia para Sasori. – Já vou! – ela gritou lá de dentro e Sasori ficou parado no chão, não sabendo se ria, se chorava ou se abria a porta para espancar o acéfalo desocupado que os interrompera. Claro que não! Ninguém podia saber que ele estava ali até resolver o que iria fazer.


             A campainha não tocou mais até Sakura voltar do quarto usando a mesma blusa que estava antes e uma calça branca, ela penteva os cabelos com um pente e estava difícil já que Sasori fez questão de bagunçá-los bastante. Ela fez sinal para ele ir para seu quarto enquanto ela abria a porta. Ele assim fez, sem olhá-la.


             -Em que posso ajud... – Sakura nem terminou de falar e um bando de gente entrou no apartamento. Seus olhos se arregalaram ao perceber quem são – O que diabos é isso?


             -Você é Haruno Sakura? – Um homem parou ao seu lado. Ele era estranho, usava uma máscara de pirulito – Eu sou o Tobi. Tobi ser empresário de Aktsuki. Tobi esta procurando o Danna por que Tobi is a good boy, ele ‘tá aqui?


             -Uau, Dragon Force, AC/DC, Bom Jovi, Guns n’ Roses, Aerosmith, Avenged Sevenfold... Que coleção foda!


             -Eca, que sofázinho mais desconfortável... Epa! Que droga é essa? Uma escova de dentes?!


             -Han... Sou eu sim, mas... Ele não ‘tá aqui não... Ele já foi... Já... – ela não sabia o que dizer. Como esse bando de loucos chegou até aqui?E por que diabos esse loiro está com uma calça laranja grifador?


             -Tobi vê que você ‘tá mentindo – a voz infantil dele era simplesmente escrota – É feio mentir Sakura-senpai, Tobi não mente por que Tobi is a good boy...


             -Achei! – alguém gritou de dentro do corredor – Esse fujão desgraçado!


             -Me solta bafo de bagre! – Logo surgiram Sasori sendo puxado por um cara alto e de pele estranhamente azulada. Ela sabia quem era: Kisame – O que vocês estão fazendo aqui?!


             -Caçando borboletas! – falou Deidara sarcasticamente, agora completamente acomodado no sofá zapeando os canais de tv – É claro que estamos atrás de você!Un! Ai... Esse lugar precisa de um pouco mais de arte...


             -Seja um good boy Sasori-senpai, volte pra banda!


             -Vieram aqui à toa – Sasori disse se libertando do braço de Kisame – Não vou voltar atrás, já tomei minha decisão.


             Sasori encarou cada membro da banda, com exceção de Pein que continuava futucando nos cd’s de Sakura. Estava mais do que claro que Sasori não voltaria para a banda.


             -O que houve com agente? Quero dizer, estamos uma droga e vocês agem como se tudo estivesse as mil maravilhas! Eu não gosto do nosso som e sei que vocês também não, principalmente você, Pein – todos continuaram calados fazendo Sasori continuar – Eu já agüentei demais, cheguei ao meu limite. Não importa o que vocês digam, não vou voltar atrás.


             -E vai fazer o que da vida hein? – perguntou Kisame – Você só sabe ser músico... Vai cantar em churrascaria é?


             -Não sei ainda – ele estreitou os olhos – Mas vou dar um jeito, recebi uma proposta de Itachi da gravadora ANBU para compor junto com ele... Além do quê,ainda tenho muito dinheiro guardado. 


             -Não tem não – Falou Tobi – A gravadora vai arrancar até as suas calças em um processo por quebra de contrato...


             -Eu me viro – ele disse, meio incerto, sendo observado por Sakura. Ela percebeu o quanto tudo aquilo o estava perturbando – Tocar com vocês, nunca mais.


             -Assim você nos magoa, Danna – disse Deidara manhosamente – E tudo o que agente passou, não valeu de nada?


             -Valeu sim, mas vocês não são os mesmos de antes. Agora, vão embora, por favor.


             A tensão do ar era perceptível, Sakura não sabia se ficava calada ou se falava qualquer coisa. Mas dizer o que?


             -Ele está certo – pronunciou Pain pela primeira vez – Mudamos muito.


             -Ora, se vocês querem fazer dinheiro, façam o que tiver de ser feito! – bradou Kisame – Isso é o que importa!


             -‘Tá bom, Kakuzo 2... – Murmurou Pain.


             -Também acho – concordou Deidara – E eu gosto do nosso som...


             - Ah, por favor – Sakura revirou os olhos – Vocês parecem uma banda gay que ensaia engaysamente para uma parada gay! Nada contra, não sou preconceituosa, mas cara, Pein você é um cara cheio de piercing e de cabelo laranja que coloca medo até no diabo e vai botar o nome num álbum ‘ as cores do arco-iris’? Ah, faça-me favor né...


             Essa doeu lá no fundo.


             -Desculpa, queridinha – Deidara se levantou, bravo – Mas a conversa ainda não chegou ao chiqueiro.


             -Como é que é mocinha? – Desafiou Sakura.


             -Foi o que você ouviu, testuda.


             -Olha aqui, cara... moça... você está na minha e é muito bom você ter um tiquinho de decência, entendeu?


             -Vai fazer o que se eu não tiver, bruaca?


             -Deidara, para – disse Sasori, ignorado.


             -Não arranje briga por besteira, Deidara – aconselhou Pain.


             -Eu faço o que eu quiser, un!


             -Se quiser fazer o que quiser, vai ser fora daqui – bradou Sakura. Essa bicha está me dando nos nervos...


             -Danna, você vai deixar ela falar assim comigo?


             -Não seja idiota, Deidara!


             -Parem com essa chatice! – Gritou Pain – Não temos tempo pra isso!


             -Chatice o caramba!Essa baleia me ofendeu, un!


             -Quem é baleia aqui ô chupador de pica?!


             Eles estavam no ponto de se baterem, tanto que Sasori entrou em meio aos dois na tentativa de apaziguar o clima.


             -Vão embora, agora! – A voz de Sasori saiu tão séria e aterrorizante que até Sakura teve medo dele. Sem mais nada a dizer, Kisame, Deidara e Pain rumaram porta a fora, já Tobi  disse com uma voz estranha, grossa e ameaçadora que ele iria se arrepender gravemente disso antes de sair – Desculpe por isso – ele se virou para ela com a face triste, pouco melancólica. Sakura o olhava sem jeito, tanto pelo vexame quanto pelo fato de estarem sozinhos de novo depois daquele agarra agarra todo. Sem saber direito o que fazer, ela pôs a mão no ombro dele e olhou em seus olhos.

             Ela não disse nada, ele não disse nada, apenas aquela tão conhecida troca de olhares.


             E ele sorriu, seria tão mais fácil com ela ali com ele. O coração dela bateu contra as costelas ao vê-lo sorrindo daquela forma tão carinhosa, tão confortadora. Todo o stress de Sakura evaporou em poucos milésimos. Aquilo era perigoso, ela sabia, mas a tentação era tanta...


             A alma pode ser forte, mas a carne era fraca, muito fraca.


             Ela sabia que iria agarrá-lo de novo, suas mãos formigavam desejando tocar naqueles fios ruivos. Sasori não estava diferente, apesar de tanta preocupação com sua vida de agora em diante, só conseguia pensar em ver a calcinha short de Sakura de novo. Iam se descontrolar de novo, sabiam bem disso.


             -Ah, vem logo cara! – Sakura agarrou a gola da camisa de Sasori e selou seus lábios nos dele num beijo avassalador, repleto de desejo. Sasori correspondeu de imediato e a prendeu na porta. Ele estava certo, mesmo convivendo tão pouco com Sakura, tinha certeza que não agüentaria fica muito tempo longe dela.


             E Sakura? Bem, ela tentava tampar o Sol com a peneira. Mesmo tentando colocar na cabeça que tudo não passaria de algo carnal, algo remexia dentro de si sobre isso. Era como se uma voz muda lhe dissesse que era mentira, que ela estava tentando se enganar.


             -Não ache que irá se livrar de mim tão facilmente – ele sussurrou em meio aos beijos – Você vai se arrepender de ter entrado naquele metrô.


             Sakura riu gostosamente e sussurrou no ouvido do ruivo.


             -Nada no mundo iria me fazer arrepender disso, nem mesmo um oceano de paparazzis.


             Então se beijaram. Aquele seria o primeiro de muitos dias juntos.


             E não tinha alegria maior do que saber disso.


Sobre todas as coisas em que eu desejo acreditar,

Sobre amor e a verdade e o que você significa para mim

E a verdade é, baby, que você é tudo de que preciso.

Eu quero deitar você numa cama de rosas

Pois esta noite eu durmo numa cama de pregos

Eu quero estar simplesmente tão próximo como o Espírito Santo está

E te deitar em uma cama de rosas

(Bed of Rose - Bon Jovi)


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha ficado muito ruim >.