Chamas Negras escrita por Benuzinha


Capítulo 12
Risco dourado no céu




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Elisa parou na frente da porta de madeira, agitada. A manhã mal havia começado, mas ela sabia que Konstantinos já estava de pé, cuidando de seus pacientes.  

Havia um burburinho lá dentro e, no momento em que Elisa entrou, fez-se um pesado silêncio. O número de pacientes havia diminuído um pouco, mas o local ainda continuava bem cheio. Como que por ironia do destino, a pessoa mais próxima dela era justamente a que ela menos queria ver. 

— Melina – ele a cumprimentou e, por sua expressão, ele já sabia que ela havia voltado. 

— Petros. – ela respondeu com frieza e seu olhar desviou para o médico. – Konstantinos. 

— Então, está mesmo de volta – o médico se aproximou e estendeu a mão. – Elisa. 

— Não sei se vai me querer de volta – ela respondeu com altivez. – Mas eu vim visitar Dédalo. 

— Claro que vou – ele franziu o cenho. – Você é uma ótima ajudante – sua expressão suavizou um pouco. – As ervas sentiram sua falta. 

Ouvir aquilo fez Elisa abrir um belo sorriso. Melina ainda não havia chegado e Elisa seguiu Konstantinos até a cozinha, onde não havia mais ninguém naquele momento. 

— Que confusão você se meteu, senhorita Elisa – ele encostou em uma das velhas bancadas de madeira. 

— O senhor já sabe de tudo? – ela perguntou. 

— O senhor Sísifo me chamou para conversar antes de você partir – ele parecia bastante tranquilo. – Ele me contou sobre seu envolvimento com o espectro e que era por isso que estava indo para Rodorio. Eu disse a ele que não tinha motivos para desconfiar da senhorita e que sempre me ajudou a cuidar de todos os pacientes. Inclusive, com seu acesso a ervas venenosas como beladona e dedaleira, seria fácil causar um grande estrago se estivesse do lado de Hades.  

— Obrigada – ela não tinha palavras para agradecer.  

— Ontem ficamos sabendo que você havia retornado, graças a Melina, é claro – ele deu um raro meio-sorriso. – E eu disse a todos que você seria bem-vinda caso quisesse voltar. A maioria aceitou muito bem. 

— Eu gostaria muito de voltar – ela hesitou. – Mas não queria causar um clima ruim. 

— Não vai. – ele se dirigiu até a porta da cozinha e, para finalizar, completou. – Agora, por favor, vá logo ver Dédalo e depois faça sua mágica com as ervas. 

O jovem aprendiz estava deitado em uma cama no mesmo quarto onde Cibele, que finalmente conseguira sua alta, estivera anteriormente. O garoto, por sua vez, parecia ainda longe de se recuperar. O ferimento que Kazuaki causara em seu abdome era bem feio e ele respirava com dificuldade. Pesarosa, ela segurou uma das mãos do menino, que não esboçou nenhuma reação. 

— Ele ainda não acordou – Konstantinos falou da porta. – Mas estou otimista. 

— Fiquei tão surpresa que ele estava vivo. – ela olhou para o médico com admiração. 

— Dédalo é um rapaz valente. Ainda tem muito para crescer. 

— Tenho certeza que sim – ela voltou sua atenção para o paciente desacordado. – Espero que ele acorde logo. 

— Quando a febre dele aumenta, ele começa a delirar e fala muito sobre você – Konstantinos a encarou. – Ele se preocupa muito com você e com sua missão de protegê-la. Talvez ouvir sua voz o acalme, mesmo desacordado. 

Seguindo o conselho de Konstantinos, Elisa passou cerca de uma hora ali com o jovem aprendiz, conversando coisas triviais, como quando seu pai a levara até o horto da Universidade Católica de Leuven, onde um conhecido seu fazia pesquisas interessantíssimas sobre a diversidade da flora do país. Na época com treze anos, Elisa descobriu que fazer pesquisa era um sonho que precisava seguir. 

Melina finalmente chegou, pedindo mil desculpas a Konstantinos por ter se atrasado e Elisa, depois de cumprimentá-la, deixou Dédalo voltar a descansar e começou a trabalhar com as ervas, como o médico havia pedido. 

Apesar de toda a situação, Petros não agiu muito diferente do que costumava, mantendo-se a uma certa distância de Elisa durante o dia. Melina, por outro lado, ficou satisfeitíssima ao ver a amiga de volta. Por isso, no final da tarde, quando Elisa já se preparava para ir para casa, a outra a interpelou: 

— Queria te fazer um convite – Melina disse. 

— O quê? – Elisa perguntou, curiosa. 

— Quer jantar lá em casa essa noite? 

— Eu? – Elisa perguntou bobamente – Tem certeza? Seus pais não vão se importar? 

— Claro que não, eles estão doidos para te conhecer – riu ela. 

— Ai... Está bem, eu vou – Elisa decidiu não pensar muito e aceitar de uma vez. 

— Ótimo! Por volta de 19 horas eu busco você. 

— Combinado, mas... eu não tenho nenhuma outra roupa para usar lá. Só outra túnica igual a esta. 

— E que está maravilhosa, não se preocupe com isso. – Melina balançou a mão, afastando aquela preocupação da amiga. 

— Está bem. Então até mais tarde. 

— Até! 

Elisa foi andando até sua casa já sentindo uma ameaça de arrependimento. Será que era mesmo uma boa ideia ir até a casa de Melina? Ela não sabia se os pais dela haviam ouvido boatos sobre seu envolvimento com um espectro e, talvez, não a aceitasse tão bem quanto a filha. 

Melina foi buscá-la no horário marcado. Sua casa ficava ano na parte tal e tal e tal. O tempo começara a mudar naquela noite, com nuvens pesadas encobrindo o céu estrelado e as pinturas sombrias de Hades.  

— Vamos rápido antes que comece a chover! – Melina puxou a amiga pela mão. 

— Acho que já estou sentindo uns pingos – Elisa começou a rir, enquanto as duas corriam. 

Ao ver os pais de Melina já parados na porta, Elisa automaticamente ficou séria, sem conseguir disfarçar completamente sua preocupação. 

— Pai, mãe, essa é a Elisa – Melina a apresentou, sem rodeios. 

— Bem-vinda. 

A mãe de Melina, Kalliopi, e o pai, Giannis, a olhavam com curiosidade. Não pareciam hostis, por outro lado. As duas amigas entraram, fugindo da chuva que ganhava força. A casa era simples, toda de madeira. Um gato cinzento ressonava enrodilhado em um canto.  

— Vamos para a cozinha, já está tudo na mesa. Ensopado de carneiro e salada com queijo feta. – Kalliopi convidou a todos. 

Elisa seguiu os anfitriões até a cozinha, onda a mesa estava belamente preparada, uma travessa de cerâmica contendo o ensopado no centro e a salada bem ao lado, ambos parecendo maravilhosos.  

— Então você é a famosa Elisa – Giannis comentou calmamente, enquanto sentava em uma das quatro cadeiras. 

— Melina falou muito de você, desde que chegou ao Santuário – Kalliopi completou. - Foi ótimo ela ter conseguido uma nova amiga.  

Aquilo fez Elisa soltar a respiração que havia prendido desde o momento em que o pai de Melina havia começado a falar. 

— A maioria das outras moças são amazonas e elas só têm tempo para treinar e treinar – Melina riu. 

— Eu fiquei muito feliz de me tornar sua amiga – Elisa olhou para a outra com afeto. 

A conversa fluiu muito mais tranquila do que Elisa esperava. Melina contou para os pais do medo que Elisa tinha de Shion e logo eles contaram diversas histórias, como quando pegaram ele e Kardia caçando maçãs da cozinha, escondidos. O tópico seguinte foi a amizade de Elisa com Regulus e lá vieram mais histórias. E assim a noite passou rapidamente. Melina e seu pai ofereceram a Elisa de acompanhá-la até sua casa, mas a jovem refutou educadamente a oferta e, assim que a chuva deu uma trégua, iniciou sua caminhada de volta para casa. Conforme andava, uma sensação confortante de bem-estar a enlevava. E essa sensação a acompanhou até deitar em sua cama, fazendo com que o sono a envolvesse como uma delicada névoa acolhedora. 

Ela acordou no meio da madrugada, sentindo um estranho impulso que a levou a sair de casa. Estava tão escuro que era difícil enxergar e o mundo parecia todo em preto e branco. Um vento gelado fez seus braços se arrepiarem e ela os cruzou, tentando aquecê-los.  

Antes que se desse conta, seus pés a haviam levado na direção da colina das Doze Casas. Havia algo estranho ali e ela apertou o passo, com uma impressão terrível lhe subindo pela garganta. Shion não estava na entrada da primeira casa e ela subiu a escadaria, como se uma força invisível a puxasse. Como esperado, todas as outras casas também estavam vazias e ela avançou por elas com um sentimento estranho de leveza, como se flutuasse.  

No momento em que pisou no interior da casa de Leão, seu coração disparou. Havia alguém caído ali. Elisa correu na direção do corpo e a inconfundível armadura dourada e os cabelos castanhos revoltos não deixaram dúvidas. Elisa se deixou cair de joelhos, sem forças. Aquele era mesmo Regulus... 

A jovem não podia controlar as lágrimas, que pareciam queimar seu rosto. O doce Regulus, radiante como o sol, estava morto agora. Aquele garoto que salvara sua vida era mais uma vítima daquela terrível guerra. Será que no final Hades sairia vitorioso? Com os olhos ainda marejados, ela demorou um instante para notar o vulto à sua frente. 

— Kagaho... – murmurou, desamparada. 

O espectro não disse nada, apenas sustentou seu olhar, ao mesmo tempo em que erguia sua mão direita. No centro de sua palma, Elisa viu surgir sua inconfundível chama negra.  

— Por que, Kagaho? – a voz dela estava embargada – Por que tem que ser assim? Por vocês precisam lutar dessa maneira? O Regulus... – ela não conseguiu falar mais nada. 

— Logo essa guerra vai terminar, Elisa. – intensas chamas negras agora rodeavam o corpo de Kagaho – E você não vai mais precisar sofrer. Eu vou acabar com a sua dor. 

Ele ia mesmo matá-la? Elisa olhou para o espectro, mas não conseguiu sentir medo, estava ainda anestesiada pelo choque de ver Regulus sem vida. Se Kagaho decidira acabar com ela ali, seria até fácil de certa forma... assim seu sofrimento cessaria e talvez ela pudesse encontrar aqueles que já haviam morrido. Por outro lado, certamente, seu pai ficaria triste. Isso seria mesmo uma pena, mas ela temia que agora não tinha mais escapatória. E olhou diretamente para os olhos dele. 

— Eu agora sou um juiz do inferno, nossa relação tem que terminar. – a chama cresceu, agora muito mais intensa – Talvez nos encontremos no mundo dos mortos, Elisa. 

Elisa acordou ofegante, com o coração disparado. Sonhara com Kagaho, e no sonho, terrivelmente vívido, ele a matava. 

Regulus havia saído cerca de dois dias antes para vigiar o navio celeste Atena. Ela não fazia do que estava acontecendo lá, mas Sísifo dissera que iria até o sobrinho se algo acontecesse. O cavaleiro de Sagitário continuava no Santuário e isso só podia significar que Regulus estava bem. Portanto aquele pesadelo não tinha nenhuma conexão com a realidade. Era apenas um medo bobo, pensou fervorosamente. Além disso, mesmo que todos dissessem o contrário, tinha certeza de que Kagaho nunca a machucaria. Nunca.  

No hospital, outra situação logo ocupou seus pensamentos, varrendo o sonho ruim para longe de sua mente.  

Petros estava parado na entrada, o que era bastante incomum, já que, sempre que Elisa chegava, ele estava lá dentro, trabalhando. 

A jovem se aprumou e estava prestes a passar pelo colega com um bom dia bem seco, quando ele a interpelou. 

— Elisa, podemos conversar? – perguntou ele, sério. 

— Claro – respondeu ela, surpresa. 

Ele a levou até os fundos do imóvel, onde Elisa plantava suas ervas medicinais. Petros olhou para as pinturas no céu, antes de continuar. 

— Eu estive falando com Konstantinos hoje – ele parou e olhou diretamente para ela. – Eu nunca confiei em você. Nunca confiei em ninguém de fora e você sempre me pareceu que escondia alguma coisa. E eu descobri finalmente quando te vi com aquele espectro. 

Elisa não disse nada e ele prosseguiu. 

— Eu achei que aquela era a prova cabal da sua traição. Achei que, se você estava conversando com um espectro, escondida na floresta, aquilo só podia significar que estava a serviço de Hades. E então, de repente, você voltou, depois de ter sido enviada à Rodorio. Então o Konstantinos veio falar comigo. Ele disse que Sísifo conversou com ele e que havia permitido sua volta, que sua amizade com esse espectro era apenas com ele, sem nenhuma ligação com Hades.  

— Isso é verdade! – Elisa afirmou, sem conseguir se conter. 

— E o Konstantinos disse que confiava em você também. E que ele quer que eu... – ele hesitou e desviou o olhar novamente. – O senhor Sísifo e o senhor Regulus confiam em você. E agora o senhor Shion também. Eu não... 

— Petros – ela falou, ao vê-lo hesitar outra vez. – O Kagaho me ajudou, ele me salvou num momento em que eu não tinha mais ninguém. E por isso eu o considero tanto. Ele não me conhecia, mas me ajudou. E depois eu vim para cá e os cavaleiros me acolheram. Eu jamais poderia trai-los. Eu jurei lealdade, me dê uma chance de provar isso, Petros. 

Ele não respondeu de imediato. Para o desconfiado Petros, era difícil acreditar que aquelas palavras eram verdadeiras. No entanto, ele estendeu a mão para Elisa. 

— A própria Atena confia em você. Não é bom que haja brigas entre nós, neste momento.  

— Tem razão – ela assentiu.  

— Espero não me arrepender – ele franziu a testa. 

— Você não é obrigado a gostar de mim, nem a falar comigo – ela se encrespou. – Apenas precisa me deixar no meu canto. 

— Pessoal, preciso de ajuda aqui! – Konstantinos chamou lá de dentro. 

Ambos se entreolharam e, sem mais palavras, foram ao encontro do médico. Naquele momento, tudo que o Santuário precisava era do trabalho de ambos. Unidos. 

Algumas horas mais tarde, enquanto macerava um punhado de milefólio para preparar uma decocção, Elisa levantou o rosto despreocupadamente e olhou pela janela. Um risco dourado rasgou o céu, saindo do Santuário. Algo devia estar errado, pensou, preocupada. 

Melina surgiu do lado de fora, olhando para o tracejado brilhante que se desvanecia aos poucos. 

— Parece que mestre Sísifo vai se juntar à batalha – disse ela, ansiosa. 

— Será que Regulus está com problemas? – Elisa andou de um lado para o outro com o punhado de milefólio nas mãos. 

— Eles vão superar – Melina olhou para a amiga com simpatia. – Regulus sempre foi um prodígio. Ele não vai perder para esses espectros horrendos. 

— Sim, é verdade. 

Elisa respondeu, esperançosa e se lembrou de um detalhe importante. O noivo de Melina estava lá também. Era esse o motivo do brilho em seus olhos, enquanto mantinha as mãos unidas em uma prece silenciosa. Naquela noite, Melina a convidou novamente para jantar.  

Logo pela manhã, Elisa decidiu que, caso não tivesse notícias de Regulus até o final do seu expediente, criaria coragem e iria até Shion para perguntar por ele.  

E foi um pouco antes disso, algumas horas depois do almoço, que a comoção começou.  

— Eu estou bem, não preciso ficar no hospital.  – a voz indignada de Regulus fez Elisa sair correndo de dentro da cozinha, derrubando o bule onde preparava uma infusão de verbena.  

— Regulus! – exclamou ela, praticamente saltando sobre ele e abraçando-o com força. 

— Elisa! – ele retribuiu o abraço, mas logo se remexeu, desconfortável. – Ei, é bom ver você, mas, ai... 

— Ah, me perdoa! – ela o soltou rapidamente e o olhou com atenção. – Você está todo machucado! 

— Não é para tanto – ele fez uma careta, mas ela já o puxava pela mão até um dos leitos desocupados. – Deixe o Konstantinos examinar você. 

— Não precisa – ele tentou se afastar. – Nós não podemos perder tempo e... 

— Claro que vai – ela o empurrou, fazendo-o cair sentado na maca e colocou as mãos na cintura. – Atena não precisa de um cavaleiro todo arrebentado desse jeito. 

— Eu não estou tão mal assim – rebateu ele. 

— Só deixa ele te examinar – ela suavizou o tom de voz. – Vai ser rápido. E eu fico mais tranquila também. 

— Está bem – ele soltou um suspiro resignado.  

Logo, outros cavaleiros feridos entraram também e o local ficou bastante movimentado. Mais tarde, um Regulus coberto de ataduras no abdômen e na cabeça saiu junto de Elisa, no final do turno da amiga, mesmo que o desejo do médico fosse mantê-lo ali por mais tempo. 

— Então foi o Aiacos que fez isso com você?! – perguntou ela, enquanto ele contava o que havia acontecido a caminho da casa de Elisa. 

— Sim, eu tinha acabado de vencer a subordinada dele, que também era bem forte – ele bagunçou ao cabelos e fez uma careta quando o movimento o fez sentir uma pontada de dor – Ela tinha ido lá só pra me distrair, enquanto o Aiacos atacava o barco.  

— E o que aconteceu depois? – perguntou ela, angustiada. 

— O Sísifo apareceu e lutou com ele. Eu não vi nada porque estava desacordado – ele bagunçou os próprios cabelos. – Mas sei que o Sísifo venceu.  

— Que bom. E o que vai acontecer agora? 

— Nós vamos nos reunir e invadir o Lost Canvas com tudo. 

— Não dá mais para adiar, não é? – ela abraçou a si mesma, sem perceber. 

— Não, mesmo. Mas não se precisa se preocupar, logo vamos acabar com essa guerra. 

Ele parecia tão otimista, pensou ela. Aquilo lhe deu nova esperança de uma vitória. 

— Não esqueça de tomar esse chá que eu te dei, três vezes ao dia. E passe a pomada de confrei nos machucados. 

— Sim, senhora! – brincou ele, ao mesmo tempo em que a deixava na porta de casa. 

— Não esqueça! 

Três dias após seu retorno, Regulus estava novamente na porta da casa de Elisa. 

— Bom dia! – Elisa o cumprimentou, satisfeita. 

— Trouxe o café da manhã. – ele entrou com a postura tranquila de quem era íntimo da casa. 

— Que bom, eu já estava mesmo desmaiando de fome – ela riu. – Estou vendo que já tirou os curativos. 

— Já estou ótimo – ele flexionou os braços. 

— Vocês vão hoje? – perguntou ela. 

— Daqui a uma hora. Desta vez vamos entrar no Lost  Canvas, então eu não sei quanto tempo vou demorar. 

— Por favor, Regulus, prometa que vai voltar. 

— Mas é claro que eu vou voltar! – ele abriu um sorriso largo, desviando habilmente da promessa. - O meu pai sempre me dizia que ele está em toda parte do mundo. Seja no vento, na terra ou nas plantas. Então eu vou dizer o mesmo para você,  mesmo que não pareça, se você abrir bem os olhos, vai me encontrar.  

Aquilo soou para ela como uma despedida. 


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Notas finais do capítulo

Finalmente uma trégua entre Petros e Elisa, né?
E eu estou adorando essa amizade que floresceu entre ela e a Melina, essa moça grega é mesmo uma fofa *-*
Regulus tentou, mas não conseguiu fugir dos cuidados da amiga hihihi
Kagaho vai voltar com tudo no próximo capítulo!!!

Não resisti e coloquei uma frase que o veterinário das minhas gatas sempre fala "- Pessoal, preciso de ajuda aqui!"
hahaha
Ele é maravilhoso



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