Contos escrita por Munhoz B


Capítulo 7
Começo de uma aproximação


Notas iniciais do capítulo

Olha quem apareceu antes de relembrarmos nossa Independência!!!!!!
Desculpa a demora galera, mas é que eu ando muito ocupada com os estudos. Espero que entendam ^^
Sem mais delongas....Boa leitura!!!



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Você devia me ajudar em vez de ficar aí parado!” briguei com Kiba, que estava mexendo no celular em vez de me ajudar a guardar os livros. Imbecil. Tive que falar através de Libras mesmo, perto de Shizune não poderiam arriscar. Se bem que nós podíamos hipnotizá-la.

Já falamos sobre isso Sakura. Kiba me respondeu pela ligação, sem tirar os olhos do celular. Ele ainda estava bravo pelo que eu disse ontem.

Me aproximei de mansinho dele, e roubei seu celular para ver com quem ele tanto falava. Arregalei os olhos ao ver quem era, Kiba estava louco? Quer ter seu coração arrancado pela boca seu idiota?

Ele revirou os olhos entediado, vou socar esse rosto bonito. “Não exagera coisa rosa. Essa é só uma conversa entre amigos.” Sei, só se for amigos coloridos. Gaara vai te matar se souber que você está dormindo com Temari.

Ele bufou e murmurou um “Não estou dormindo com ela. Só estamos conversando sobre um assunto.” arquei uma sobrancelha, é óbvio que alguém conversa sobre um assunto, tsc.

Olhei ao redor para ver se Shizune estava por perto, e a vi atendendo uma moça, aproveitando que a mesma estava distraída, me sentei na mesa de leitura, de frente para Kiba e o questionei sobre o “assunto”.

Ele, vendo que eu não deixaria o assunto quieto, suspirou fundo. “Nós nos encontramos em Paris, oito meses atrás. Ela estava precisando de uma ajudinha e eu a ofereci, desde então a ajudo nisso. E não me pergunte o que é, coisa rosa. Temari me mataria se soubesse que eu contei para alguém. Então pergunte a ela quando chegar aqui.”

Decidi deixar quieto, ele tinha razão; Temari é muito esquentada para as coisas, a questionaria assim que ela e os demais chegassem na cidade.

O que estão fazendo aí parados? As aulas de Libras começam daqui a pouco, e os livros devem estar nos lugares certos!” Gemi baixinho, Shizune-san é muito rígida.

 

oOo

Nosso expediente já havia terminado e Kiba foi embora dizendo que tinha um encontro e não podia me levar embora. Bufei, chutando uma pedrinha em meu caminho, e sentindo o vento gélido bater contra meu rosto. Droga! Aquele homem tinha mesmo que bater em seu carro? Poxa, o meu carro estava parado, como conseguiu bater?

Suspirei me abraçando para me proteger do frio. Sai estava resolvendo as coisas com a polícia, para não deixar suspeitas contra nós; Gaara não respondia minhas mensagens, então deveria estar tentando se resolver com a Yakamaka; e Kiba tinha o tal do encontro. Logo, nenhum dos três poderiam buscá-la e levá-la embora.

Pensou em mandar mensagem para Naruto, mas desistiu. E se o loiro não quisesse falar mais com ela? Tinha se apegado a presença do Uzumaki, não queria perder a amizade; mas ele ainda queria ser seu amigo?

Saiu dos pensamentos com uma buzina do seu lado. Era um carro negro, um Impala 67, especificamente. Viu o vidro abaixar revelando o moreno que sempre está presente em seus pensamentos.

Entre, eu te deixo em casa.” falou, simples assim. Entrei no carro com o coração acelerado, não iria negar carona, ainda mais dele. Mas como ele sabia que precisava de carona?

Assim que entrei, me abracei  tentando espantar o frio, não que fosse muito difícil, já que o ar-condicionado estava ligado.

Olhei agradecida ao moreno, e ele só balançou a cabeça, como num comprimento, ou como se dissesse um “de nada”.

Onde você está morando?” peguei meu celular para respondê-lo. “Na pousada da Chyo-san.” por ser uma cidade pequena, todos se conheciam, então tinha certeza que ele sabia onde era.

E não estava errada, Sasuke sabia o caminho e dirigiu calmamente até lá. O trajeto todo foi em silêncio, bom, não é como se eu pudesse falar alguma coisa. Assim que ele estacionou na frente, senti meu coração se apertar; não queria ficar longe dele.

Está entregue!” ele deu um sorriso mínimo e eu sorri também. “Não quer subir? Posso fazer algo para comermos.” digitei em meu celular e o mostrei em seguida.

Meu tio está fazendo a janta.” ele murmurou, e então voltou a falar: “Sinto muito, pode ficar para a próxima?” Eu não poderia dizer que não, então só balancei a cabeça concordando.

Fiz um tchauzinho com as mãos e abri a porta para sair, mas antes que eu colocasse um pé para fora do carro, senti sua mão segurar levemente meu pulso. “Deve ser chato ficar escrevendo e apagando mensagens em seu celular.” murmurou.

Me virei para olhá-lo e ele estava encarando um ponto atrás de mim. Observei seu rosto e percebi seu cenho franzido, como se pensasse em algo.

Mordi meu lábio inferior, eu realmente não me importava de escrever e apagar tudo, só para escrever uma outra vez. “Me dê seu celular.” seu pedido parecia mais uma ordem, e eu sorri por notar uma semelhança com Madara.

O entreguei meu celular, já desbloqueado, e o vi digitar algo. Depois de terminar, me entregou e eu fui ver o que ele fazia, me deparando com seu contato salvo. Sorri instantaneamente.

Quando quiser conversar, e até eu aprender Libras, mande mensagens para o meu celular.” o encarei com uma sobrancelha arqueada. Ele virou o rosto, e pela minha audição aguçada, ouvi seu coração acelerado. “Dessa forma será mais prático.”

Concordei com ele, e antes de sair do carro, quis vê-lo constrangido mais uma vez, então tive uma idéia. Me aproximei rapidamente enquanto ele ainda estava com o rosto virado, e fui dar um beijo em sua bochecha; mas o plano deu errado.

Não sei se foi pelo susto da minha súbita aproximação, ou se ele só foi virar mesmo, mas só sei que o beijo que era para ser na bochecha, acabou virando um selinho.

Me afastei envergonhada, sentindo meu rosto queimar e sai batendo a porta do carro. Enquanto subia as escadas correndo, ignorando o que Chyo-san dizia, eu me repreendi mentalmente sobre bater à porta daquele carro maravilhoso, e também, é claro, por ser tão impulsiva. Sasuke devia estar a amaldiçoando nesse momento.

Entrei em casa e fui rapidamente tomar um banho, precisava aquecer o corpo e por a mente em ordem; sendo o banho o melhor momento para isso. Enquanto me banhava, acabei  lembrando do dia em que conheci Madara, foi quase o mesmo que aconteceu com Sasuke.

 

*Passado*

Estava explorando a floresta desde que o sol nasceu, e agora, vendo que a bola brilhante, que separava o dia da noite, estava bem no meio do céu azulado, percebeu que estava a muito tempo vagando por ali.

Tinha despertando naquela madrugada, e vendo as vestes das pessoas que a acordou, e como tudo parecia tão moderno, percebeu que passou muito tempo adormecida.

Não sabia que época era, nem que civilização era aquela, e muito menos onde estava sua família. Lembrava-se de ter recebido um feitiço no lugar de Kakashi, e então começou a ficar sonolenta, adormecendo com a voz desesperada do albino chamando-lhe.

Suspirou se sentando na grama, e passou a observar a cachoeira em sua frente, a única coisa que era como se lembrava.

Estiquei as pernas, que estavam doendo de tanto andar e correr, e deitei em seguida, sentindo minha pele coçar com o contato com a grama.

Fechei meus olhos e me concentrei na essência da floresta. Era tão bom estar ali, sentindo a brisa acariciando meu corpo, ouvir os pássaros voando. Quase me fazia esquecer que estou só.

Levantei assustada ao ouvir um gemido de um animal, e a respiração calma de alguém. Comecei a seguir o som, e vi um homem escondido por entre as árvores, com um arco e flecha na mão.

Ele encarava fixamente um ponto mais a frente, e seguindo seu olhar, vi dois veados mortos.

Ele era bom, acertar dois veados daquela distância, não era qualquer um que conseguia. Devia ter, mais ou menos, duas milhas e meia. Dei um passo para me aproximar, mas acabei pisando em um galho, o que acabou chamando a atenção do homem.

Ele, primeiramente, encarou meus olhos e então, voltou sua atenção para meus cabelos. Vi pela sua expressão, passar uma sombra de reconhecimento. Ele a conhecia? Não me lembrava dele.

O moço, rapidamente apontou seu arco para mim, esquecendo completamente da sua caça. Levantei às mãos, como se me rendesse. “O que você fez com eles!?”. Então ele está com as pessoas que a acordaram, hun?

Estão vivos, se acalme sim? Esse brinquedo é muito perigoso para crianças brincarem.” Disse apontando para seu arco. “Pessoas podem se machucar, sabia?”.

“É a intenção.” Sorri, ele não tem amor a vida não? “O que fez com eles?” Repetiu a pergunta.

Estão vivos.” ele pareceu não acreditar muito. Tsc, problema dele. Voltei a caminhar em direção a cachoeira, perdi meu interesse aqui.

Quando dei três passos, uma flecha passou cortando meu ombro. Isso acabou rasgando um pouco meu vestido. “Que indelicado. Sua mãe não te ensinou os códigos de um cavaleiro?”

“Eu não acredito em você, então nós dois vamos até a cabana confirmar se minha família está viva.” Arqueei uma sobrancelha, e pelo canto do olho, vi ele preparar outra flecha. “Se Milady não for por bem, irá por mal.”

“De repente aprendeu a tratar uma dama, Milorde?” Rebati sua ironia. Não sei por que ele está usando o arco, já pela sua essência ele é um vampiro.

Ele veio se aproximando de mim vagarosamente, e quando chegou a três passos de distância, indicou com a cabeça o caminho à esquerda. “A cabana fica para lá, Milady.”

Eu fui caminhando pela direção indicada, com o homem atrás de mim apontando seu arco para meu coração. Ri baixinho pela inocência dele, aquela flecha não me mataria.

Quando passamos pela cachoeira, o lugar em que eu estava anteriormente, me lembrei de meu otousan. Deve ser por causa dele que eu gosto tanto de cachoeiras, é como uma recordação.

Depois de andarmos por um tempo, chegamos na cabana em que eu despertei. Ao entrarmos, fomos presenteados com a visão de quatro pessoas caídas no chão.

Eles estão vivos?” foi irônico ao perguntar. Vi seus olhos ficarem vermelhos, e logo usou sua super velocidade, me prendendo pelo pescoço na parede. Tsc. Eles estão vivos.” disse depois de chutá-lo na barriga. Entoei um feitiço para despertar as pessoas, que aparentemente, era a família do vampiro-caçador.

Logo todos acordaram, e eu lancei um olhar irônico para o cara. “Querido, você está bem?”, a mulher de cabelos negros e olhos da mesma cor, perguntou para o homem ao seu lado. “ Estou.”

Eles me viram ali, ao lado do homem que encontrei caçando e se posicionaram em modo de batalha.

Não é necessário uma recepção tão calorosa assim, senhores.” falei me sentando na cama onde eu dormi por não sei quanto tempo. “Em que ano estamos?”, decidiu sanar a dúvida.

“Mil depois de Cristo.” Depois de Cristo? Quem é esse? Mil? Senti minha cabeça doer levemente, e aquela resposta não ajudou em nada. Onde está minha família?

Você está presa neste feitiço, por mais ou menos, 930 anos. Nós chamamos depois de Cristo porque o Império é Católico, e acreditam que o Homem que viveu mil anos atrás é o Filho de Deus.” isso ajuda a responder algumas perguntas. Confesso que fiquei curiosa sobre esse Homem, Ele tinha poderes como ela?

Milady não o conheceu por estar em outro Universo, quando o Senhor estava entre nós.” então eu estou na Terra e não no Conto de Valhala*, hun?

“Entendo.” agora, eu só precisava saber de uma coisa. “Qual o objetivo de me acordarem?”

“Existe uma profecia sobre você.” A mulher falou. “ Aquele que libertar a Princesa Adormecida, será digno de seu agradecimento e o mundo será seu.” Eu não me lembro de nenhuma profecia quando o feitiço foi lançado antes de adormecer.

Então vocês querem o mundo?” perguntei só por perguntar mesmo. Era o que dizia a tal da profecia não?

Não.” o homem que respondeu dessa vez. “ Queremos que Milady nos auxilie em nossa guerra.”

“Faremos um pacto então.” Me manifestei depois de um tempo. “ Eu os ajudo em troca de algo.”

oOo

Eu estava sentada na beira do lago, encarando aquela cachoeira mais uma vez. Tinha feito o pacto com aquelas pessoas, e me atualizei um pouco no tempo.

Agora estava ali, se perguntando onde sua família estava e o por que de a abandonarem.

Ouvi passos atrás de mim, e logo aquele vampiro-caçador se sentou ao meu lado. “ O que tanto pensa?” Ele indagou.

Só lembranças.” E o assunto se findou, não sei quanto tempo ficamos ali, encarando a água cair, mas foi por um bom tempo. Com cada um divagando com si mesmo.

Quando decidimos voltar para a cabana, ele me estendeu a mão para me ajudar a levantar. Só que quando ele me puxou, escorregamos na grama úmida e eu caí por cima dele, colando nossos lábios.

 

—Presente-

 

Sai do chuveiro, colocando uma roupa quentinha em seguida. Fiquei surpresa com a carona de Sasuke, achei que ele e os outros não falariam comigo por um bom tempo.

Ontem eles tinham se decidido  lembrar de tudo. Mas, mesmo assim, eles ainda nos temem. Não posso culpá-los, é muita coisa para absorver. Daria um tempo para eles. Enquanto isso, vou me dedicar ainda mais em descobrir o que mais Konoha esconde.

Senti meu celular vibrar, o desbloqueei e vi a mensagem da Shion :”Estamos chegando”.


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Notas finais do capítulo

Valhala* (é um majestoso e enorme salão com 504 portas, situado em Asgard, dominado pelo deus Odin, um mundo dos mortos).
Finalmente esses dois vão começar aquela aproximação que tanto queremos.
A partir daqui, vai começar a ficar sério o negócio e a relação de nossos amores vai se firmar cada vez mais ~Spoilers.....

Bom gente, por hoje é isso. De coração, eu espero que tenham gostado (Ainda mais por terem um pouquinho de MadaSaku ♥ )
Bom ferido a todos e até o próximo ^^



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