Contos escrita por Munhoz B


Capítulo 19
O Conto: O começo do fim


Notas iniciais do capítulo

Ohayo! Estavam ansiosos?
Talvez, vocês fiquem confusos com o título. Talvez não, mas vocês sabem, tudo será explicado.
Divirtam-se e boa leitura!



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Já tinha parado de chorar, agora estava em uma clareira que ficava alguns metros da árvore de cerejeiras. A lareira acesa espantava o frio de nossos corpos.

Descobri que Madara vivia ali, quando estava em Konoha. Me lembrei de quando estávamos no hotel e ele me contou como fugiu da Akatsuki e foi para Konoha.

—*-

Tinha parado de socá-lo, para deixá-lo falar. “Esteve todo esse tempo com a Akatsuki? Do lado deles, sendo que mataram vários dos nossos amigos?”, o indaguei. “Não tive escolha, ao aprisionar minha alma, eu estava na mão do Mestre”, disse arrependido.

“Sakura, fiz coisas horríveis e imperdoáveis ao ser controlado por eles”, contou. “Que tipo de coisas?”, Sai perguntou sério. Sai sério era algo um pouco difícil de ocorrer, mas a situação necessitava.

Madara suspirou e disse: “Ele me obrigou a matar Obito e Asuma”. Arregalei meus olhos, não era possível. Não foi ele, Madara não.

“Você matou Asuma e Obito?!”, Sai rugiu irado. Ele se desencostou da porta para atacar Madara, mas eu o impedi. “Ele os matou!”, me olhou indignado. “Ele estava sendo controlado”, disse pela ligação.

“Não espero que acreditem em mim, mas eu realmente estava sendo controlado. O Mestre tinha minha alma, meus sentimentos não estavam dentro de mim, mas eu sabia o que estava fazendo”, foi explicando.

“Depois de os matar, eu enlouqueci e com dificuldade, recuperei minha alma”, contou. “Se recuperou sua alma, por que não voltou antes?”, perguntei em libras. Sai ainda estava irado, mas se controlava.

“Minha alma não voltou para mim. Sakura, ela reencarnou”, disse me olhando profundamente. Espera, reencarnou? Sasuke, ele é a reencarnação de Madara?

“Fingi estar com a Akatsuki por esse tempo por causa de algo que tinha que fazer. Agora que já o fiz, vim lhe ver”, contou.

—*-

 “Então, o que você tinha que fazer e já fez, é o que exatamente?”, perguntei ao colocar a xícara na mesinha de centro, que ele me ofereceu. “Quer começar com isso então?”, murmurou entediado.

Franzi o cenho, encarando-lhe irritada. “Você continua o chato de sempre”, sinalizei apressada. “Você continua petulante, apesar de todas as mudanças que passou”, comentou.

Não respondi. Ainda não me perdoei por magoá-lo, e tal frase foi como uma indireta bem reta na ferida. “Eu estava planejando como matar o Mestre desde que ele aprisionou minha alma”, começou a contar.

“Depois que a coloquei em Sasuke, comecei a dar andamento em meu plano”, sorriu ao dizer. “O Mestre está doente, Sakura”, contou-me. Abri minha boca em surpresa. “Doente?”, perguntei ao abrir um sorriso.

“Decidi matá-lo aos poucos, enquanto você matava seu exército”, disse para então tomar sua bebida. “Ele não vai durar muito tempo, então vou tirar sua vida em três dias. Quer, finalmente, terminar essa nossa longa guerra junto comigo?”, me perguntou seriamente. Senti que, na mesma pergunta, as respostas tinham dois significados.

“Madara...em três dias podemos acabar essa guerra de séculos?”, perguntei para ter certeza. “Sim, você achou o Colar da Fera, não é?”, perguntou.

“Assim como você planejou”, lhe respondi. Ele deu de ombros, dizendo: “Você tinha que encontrar algo em Konoha que prendesse sua atenção”. Revirei os olhos, mas sorri pelo seu plano.

“Podemos acertar os detalhes sobre a nossa última batalha depois. Agora, já podemos falar sobre o que realmente importa?”, perguntei olhando-lhe profundamente. “Achei que se importasse com a guerra”, comentou se levantando para pegar mais bebida.

O olhei seriamente e ele suspirou. “Não tem o que dizer Sakura, eu sou um morto-vivo sem alma. É claro que é com Sasuke que você vai passar a eternidade”, disse sem me olhar.

Eu senti o peso de suas palavras. “Eu amo você”, sinalizei. “Mas ama ele também”, disse suspirando. Ele caminhou e se agachou em minha frente, sua mão acariciou minha bochecha levemente.

“Querida, por mais que me doa, seu lugar não é mais ao meu lado”, disse ainda acariciando-me. Lágrimas foram surgindo novamente e ele franziu o cenho. “Quantas vezes tenho que dizer para não chorar?”, murmurou irritado.

“Sinto muito”, pedi. “Sou um morto-vivo, Sakura. Eu não deveria estar mais aqui há muito tempo”, enxugou minhas lágrimas. “Desde que você continue me amando, eu posso seguir em paz”, disse encarando-me profundamente.

Seus olhos me imploravam isso. Mesmo sem uma alma, eu conseguia sentir seus sentimentos cravados em suas lembranças. “E eu sei que você sempre me amará, pois minha alma está nele. Eu sou ele, então você ainda me têm”, tentou explicar.

Eu sorri, mas não foi um sorriso feliz. “Por mais estranho que seja, não estou contente com isso”, sinalizei angustiada. “Sem alma, não tem como você me amar. Porém, sinto sua tristeza”, pousei minha mão em seu peito, acima de seu coração.

“É porque mesmo sem uma alma, eu ainda te amo. Me dói, querida, saber que seu coração não me pertence mais”, sua voz era tão baixa e tão angustiada que meu coração se apertava cada vez mais.

oOo

Sasuke abriu a porta e acendeu as luzes da sala, não se surpreendendo por me ver ali, em seu sofá, lhe esperando. “Eu senti sua presença, mas duvidei por um minuto”, disse deixando suas coisas na mesinha lateral do corredor.

Caminhou até mim, tirando sua jaqueta de delegado, a deixando no braço do sofá. Ele se sentou ao meu lado, deitando sua cabeça no encosto do sofá.

“Imagino que tenham conversado”, deduziu. Encarei-lhe, o interrogando. “Sua cara inchada pelo choro me diz muita coisa, Sakura”, disse fechando os olhos. Ele estava exausto, pude perceber.

Pousei minha cabeça em seu colo, encarando-lhe em seguida. Incomodado pelo meu olhar, ele abriu os olhos. “Você fez a barba”, pontuei. Ele soltou um riso sem humor, murmurando um: “Você é inacreditável”.

Comecei a brincar com o botão de sua blusa social azul escura, enquanto sentia seus olhos me observando. “Quando te atropelei com a bicicleta, eu juro que usei todo meu autocontrole para não ir correndo lhe abraçar”, quebrou o silêncio.

Sorri, e olhei em seus olhos, vendo aquele brilho lá. Não era intenso como antes, mas estava lá. “Se fizesse isso, eu pensaria que você era Madara e te socaria”, contei percebendo seu desconforto ao ouvir o nome do tio.

“Por esse motivo não o fiz”, disse friamente. Peguei em seu queixo, o acariciando. “Por que está me torturando, Sakura?”, perguntou demonstrando sua dor pelo olhar. “Porque eu fiquei te esperando por horas e não ganhei nenhum beijo ainda”, brinquei fazendo um bico em seguida.

Ele franziu o cenho, arregalando os olhos levemente em seguida. “Você é inacreditável”, murmurou de novo e eu sorri para ele.

“Madara foi o protagonista da minha história por séculos, mas quando ele morreu…”, minhas mãos ficaram suspensas no ar, era difícil esquecer meu desespero naquele momento. “Eu soube que nós tínhamos acabado, eu só não tinha aceitado ainda”, o encarei profundamente, assim como ele me encarava.

“Eu quero viver um novo amor, um novo Conto, tendo você como protagonista”, ao terminar de sinalizar, Sasuke me beijou. Ele me beijou com todo amor em si, e eu retribui com todo amor que tenho.

Não era a primeira vez que eu o amei, sem pensar em Madara. Porém, era a primeira vez que Sasuke tinha ciência disso. Talvez por isso, nossa paixão em cada momento tenha se tornado mais memorável.

E também, era a primeira vez que eu o amava, deixando minha antiga história de amor, no passado. Agora, eu viveria por esta nova história, que começou há dois séculos.

oOo

Naruto e Hinata se resolveram, finalmente. Para comemorar sua união, eu e minha família cedemos nossa casa para uma festa. Hinata seguiu em frente junto de Naruto, e eu estava no caminho também.

Ino estava em uma conversa animada com Karin, mas trocava olhares e risos com Sai, que bebia com Izuna do outro lado da piscina.

O frio não era um incômodo, já que a festa acontecia em uma sala de festa. Ali, as paredes eram de vidro; o jardim enfeitava o ambiente juntamente com a piscina aquecida, e o ar-condicionado, nos permitia usar trajes próprios de banho.

Sasuke apareceu do meu lado, me envolvendo em seus braços. Lhe dei um selinho e ele estendeu minha bebida que tinha ido pegar.

“Sasuke”, Temari, que estava deitada na cadeira de praia, o chamou. “Você viu aquele seu amigo?”, perguntou tentando disfarçar a curiosidade. Sasuke franziu o cenho confuso. “Shikamaru?”, perguntou estranhando quando a mesma afirmou com a cabeça.

“Está jogando com Gaara, Cee e Darui lá dentro”, sinalizei indicando a cozinha. Sorri maliciosa para ela e a mesma piscou para mim. “Parece que Shikamaru arrumou um problema”, Sasuke disse divertido.

Sorri para ele e o abracei. Eu não diria que estava completamente feliz. Eu diria que eu estava em uma ambiguidade entendível.

Era compreensível minha dor e minha alegria. Meu amor primogênito me escapou dos dedos e a vida não parou, mesmo sendo meu desejo. Agora, com um novo amor, não posso deixá-lo escapar.

Hoje de manhã, contei minha escolha para as meninas. Temari, completamente irritada, disse: “Seu primeiro amor é Madara, ele deveria ser sua escolha!”.

Creio que ela se imaginou em meu lugar, com seu noivo vivo e ela tendo a chance de viver eternamente com ele. Entretanto, não era simples assim. Madara foi meu amor, mas eu vivi sem ele por cinco séculos e nossa história durou outros quinhentos anos.

E, ele vive em Sasuke. Sua alma está em Sasuke e eu também amo Sasuke. Se estou sendo egoísta ou estúpida por minha escolha, eu não acredito. Eu escolhi amar os dois, com Sasuke, eu tenho ambos.

“Sakura-chan! Teme! Hoje é o dia mais feliz da minha vida!”, Naruto disse vindo a nós abraçado com a Hyuuga. “Estou feliz por você Dobe”, Sasuke respondeu dando um abraço no loiro.

“Eu também fico feliz por você Naruto”, o abracei fortemente. Quando o soltei, fiquei de frente para a ex-fada. Nos encaramos profundamente e ela sorriu, não era os sorrisos costumeiros dela, era um sorriso feliz.

“Obrigada por me permitir viver este momento, Sakura”, disse e se curvou em agradecimento. Arqueei uma sobrancelha, ela estava emotiva demais, não sei lidar com ela assim.

“Quando eu auxiliei na morte de Madara e você se vingou matando meu clã, você decidiu não me matar”, disse ainda curvada. Ouvi um ofego ao meu lado, era Naruto. “Depois disso, sua penitência foi nosso aprisionamento, e você não me matou”.

“Tantos anos e oportunidades, você não me matou”, ela se levantou e suspirou. Lágrimas escorriam de seus olhos. “Obrigada por me permitir viver este momento”, agradeceu por palavras e seus olhos transmitiam esses mesmos sentimentos.

“Viva intensamente e cuide de Naruto. Agora você faz parte da Família, nela, nós cuidamos uns dos outros”, sinalizei. De uma forma estranha, Hinata e eu sempre ajudamos uma a outra. Nos tornamos amigas sem perceber. “Bem-vinda a Família Imortal”, sorri e a abracei.

oOo

Os amigos de Narutos, que se tornaram nossos amigos, aprenderam como é uma festa de verdade. Ou pelo menos, como é uma festa para nós, seres de Contos de Fada.

A comemoração se seguia animadamente, com o som alto, as disputas, a bebida, as histórias e o romance.

Fizemos a iniciação dos recém-casados a nossa Família, onde eles juravam sua lealdade e comprometimento. E também, nosso juramento maior: “Para sempre e eternamente”.

O cerimonial se resumia em um círculo de fogo no chão, onde eles ficavam no meio. Um colar lhes era dado, era um pingente com uma pedra de cores única para cada um. A cor simboliza sua essência.

O pingente de Hinata era lilás, igual as suas antigas asas, representando sua essência de Rainha das Fadas. O de Naruto era azul celeste, igual aos seus olhos e sua essência bondosa e calorosa. O céu só ficava azul claro em um dia ensolarado, e isso representava Naruto.

A Família, um a um, recebeu o casal com um abraço, comigo dando a largada. Um barulho, parecido com uma explosão nos alertou. Era distante, os amigos de Naruto que ali estavam, nada perceberam.

Cinco presenças nos deixou apreensivos. Eles estão em Konoha. A Akatsuki com todos seus Generais restantes, estão aqui.

“Parece que o fim está próximo”, Madara caminhava até nós com um sorriso sarcástico. Ele deve ter sentido as presenças e vindo até aqui imediatamente. “Preparados?”.


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Notas finais do capítulo

Madara tem a mania de surgir do nada não? Parece até que ele espera para poder fazer uma entrada top....
Digam-me, concordam com a escolha da Sakura? Pq Temari não...
—--
WOW Narutinho casou!!! Tadinho, ele merece! Hinata também merece! Não acham?
E a guerra chega ao climax.......ou seja....a fanfic também.....
—----
Como eu tinha dito, quando esta fic chegasse perto do fim, eu postaria a outra.
Então fiquem ligados, que eu postarei North amanhã!!!



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