Nós estávamos lutando contra os Akatsuki's há dois dias. Eu escolhi lutar contra Sasori, um feiticeiro que controlava marionetes. O vampiro-caçador, escolheu lutar contra a tropa de oito mil soldados, e os outros Uchihas, sobrenome daquela família que me acordou, lutavam todos contra os outros soldados, que eram um total de quinze mil.

Sasori era muito forte, somente ele valia por todo aquele exército. Sempre soube que existiam pessoas fortes nesse mundo, eu sou a prova disso. Mas esse homem, é assustador sua força. Porém, não o bastante para me vencer.

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Logo pela manhã, decidi fazer uma caminhada pela trilha da floresta que cercava Konoha. Caminhar me ajudaria a colocar meu pensamento em ordem, e se eu tiver sorte, meu coração também.

As vezes, me pego pensando em como seria minha vida se nunca tivesse lido o conto da Pequena Sereia, em minha infância. Tudo me levaria a onde estou hoje? Ou as coisas seriam diferentes? Tenho certeza que seriam.

De madrugada eu tive um sonho. Era sobre meu pai, Madara e eu, em um almoço em família. Madara e eu éramos apenas humanos comuns, vivendo em uma pequena cabana, algumas milhas de distância de uma vila qualquer.

No sonho, eu estava grávida. Nós teríamos nosso primeiro bebê, e meu pai tinha ido nos visitar. Ao acordar e perceber que nada daquilo era real, doeu.

Me encostei em uma árvore, ofegante. Diferente dos vampiros, eu ainda sinto os gostos das comidas, fico sem ar, e dentre outras coisas que humanos sentem.

Ao contrário do que todos pensam, os vampiros não possuem a pele fria, e eles possuem sim, batimentos cardíacos.

Eles só ficam gelados e sem batimentos quando passam muito tempo sem beber sangue, e chegam neste estágio ficando em um tipo de coma. Mas não chegam a morrer.

Quando minha respiração voltou ao normal, me preparei para voltar a correr, mas comecei a me sentir estranha. Algo não parecia certo.

Senti meu coração queimar e, também, senti algo molhar meu rosto. Levei minhas mãos, que estavam geladas e trêmulas, ao meu rosto. Uma surpresa me abateu ao perceber que eu estava chorando.

“Sakura” ouvi uma voz masculina me chamar, ela era baixa, quase preguiçosa.

Rapidamente olhei ao redor e não vi ninguém, tentei sentir algum rastro de essência e nada. Nada!

“Querida” dessa vez a voz não estava tão preguiçosa. Ela estava até que um pouco carinhosa. Parecia o Madara quando me chamava.

Prendi a respiração sem perceber, era a voz dele!

Madara! Cadê você? Comecei a correr por entre as árvores atrás da voz. De onde ela vinha?

“Querida" me chamou mais uma vez, exatamente no momento em que parei em frente a uma árvore.

Não era uma árvore qualquer aquela, era uma enorme cerejeira. Seu tronco era tão grande que, nem mesmo dez pessoas a abraçando conseguiriam dar a volta nela.

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Nós estávamos deitados na grama, sendo cobertos por uma fresca sombra. “Quando nos casarmos, onde quer viver?” Madara me perguntou enquanto acariciava meus longos cabelos. “ Dentro de uma árvore!”

Ele me encarou estranho, pensando talvez, em como arranjara uma noiva louca. “Uma árvore?” Assenti sorrindo. “Vai ser divertido.”

“Certo, e como, exatamente, seria?” Sorri me empolgando. “ A árvore seria tão grande, que daria para fazer a casa no seu tronco. Não tiraríamos as raízes, elas ficariam dentro da casa, como um enfeite.” E fui contando todas as minhas ideias para nossa futura casa na árvore.

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Perdi as forças das pernas, e caí de joelhos no chão, tão branco por causa da neve. A única cor dali era, o rosa de meus cabelos e das flores que compunham a árvore de onde deriva meu nome.

Me lembrei do dia em que, mesmo contrariado, Madara me prometeu que um dia, moraríamos dentro de uma árvore. Uma árvore de cerejeira, exatamente como aquela ali, em minha frente.

Esta era uma brincadeira de muito mal gosto, e a pessoa por trás disto pagaria caro. Muito caro!

“Sakura-chan?” Me virei me deparando com Naruto. O que ele fazia ali?

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“Assim vou ficar mal acostumado” o loiro disse fazendo gracinha, ao chegar nossos chocolates-quentes.

Naruto estava pior do que da última vez em que o vi. Seus cabelos estavam despenteados e grandes, suas olheiras muito perceptíveis, e a barba, ainda, sem fazer.

“Usando a floresta para se esquecer dos problemas?” O perguntei me lembrando da sua fala de quando nos conhecemos. Ele só assentiu, dando um pequeno sorriso.

“Hoje seria o dia do nosso casamento”, comentou depois de beber um pouco do chocolate. Percebi que ele não estava no clima para conversas, então resolvi ficar quieta, e se ele quisesse desabafar, eu estaria ali.

“Eu ainda não consigo entender sabe? Não caiu a ficha.” Ele fechou o punho com tanta força, que temi que ele se machucasse. Para evitar isso, pousei minha mão sobre a sua, e a apertei levemente.

Mesmo depois de ele ter suavizado o aperto, continuei com minha mão ali. E fui retribuída com os olhos azuis totalmente gratos.

Senti a presença do Sasuke, e desviei meu olhar dos azuis, para encontrar os negros nos observando da entrada da lanchonete.

Sasuke caminhou até nós e se sentou ao meu lado, encarando minha mão acariciando a de Naruto. “Atrapalho?”

O loiro riu, negando com a cabeça. “Na verdade sim, eu queria a Sakura-chan só para mim hoje, já que ontem você a monopolizou.”

Observei Sasuke estreitar o olhar e xingar o Naruto baixinho. Ri, me aproximando do Uchiha, e plantando um beijo na sua bochecha. Quando ele me encarou, só lhe mostrei um sorriso, e me voltei para Naruto.

“Você é muito ciumento Teme!” Naruto provocou mais um pouquinho. Acho que o passatempo predileto do loiro é irritar o Sasuke.

“Você não apareceu na delegacia hoje” o Uchiha comentou com o loiro, quando o mesmo o perguntou o que fazia ali. Acho que Sasuke planejava passar o dia com Naruto, já que hoje é um dia meio triste para ele.

“Fui correr na floresta, aí encontrei a Senhora Fodona aí" explicou apontando para mim no final. Senhora Fodona?

Só ri do apelido, e bebi meu chocolate quente, enquanto observava os dois conversando sobre algo que envolvia lutas.

Minha mente não parava de recriar o cenário de hoje de manhã. Aquela árvore era igualzinha a que descrevera para Madara. Sabia que poderia existir uma cerejeira tão grande como aquela, mas só pelo fato de ela estar em Konoha, tornava tudo suspeito.

Ainda tinha Sasuke, depois da descoberta de ontem fico a todo momento pensando em como é possível ele ser humano, e viver há tanto tempo.

Despertei de meus pensamentos com o leve acariciar de Sasuke em meu braço. Quando me virei para ele, o mesmo cessou a carícia, e tomou um pouco do seu café. Café esse que eu não tinha o visto pedir e nem pegar.

Procurei Naruto, mas não o achei. “Foi no banheiro” respondeu minha pergunta silenciosa. “Você….” Começou a dizer, mas não terminou a frase.

“Diga” falei em libras. “Você não respondeu minha mensagem sobre nosso almoço” o olhei sem entender. Ontem eu não confirmei o almoço com ele?

“Eu tinha me esquecido que dia era hoje, então mandei uma mensagem perguntando se você se importaria de Naruto estar junto” explicou.

Sorri com a forma que Sasuke se preocupar com o loiro.

“Desculpe, eu não vi a mensagem” usei libras para falar com ele, já que ontem eu percebi o quanto ele é bom.

Vi ele assentir levemente. “Você está linda” comentou, assim, do nada. Senti minhas bochechas queimarem, e o agradeci, totalmente envergonhada. Eu não estou bonita, estou descabelada e um pouco suada.

Percebi ele dar um sorriso, e senti meu coração acelerar. Sasuke, Sasuke, o que você está fazendo comigo, hun?

“Ah! Como é bom se aliviar” o loiro chegou se jogando no estofado. Sasuke o repreendeu pelas palavras com um chute por debaixo da mesa.

Ri dos dois e tomei mais um pouco do meu chocolate-quente. Decidi que hoje eu não me importaria com meus problemas, irei tirar o dia para Naruto. O loiro precisa de alguém com ele, e eu e Sasuke estaremos aqui, para o que der e vier.

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“Uou! Esse lugar é incrível Sakura-chan!” Choji exclamou com os olhos brilhando. Sorri para ele, e caminhei até a piscina, tirando meu roupão no caminho.

Depois de sairmos da lanchonete, decidimos ir para minha casa. Hoje, todos estão ocupados com os preparativos para a luta contra os generais. Logo, a casa estaria vazia.

Naruto quis chamar seus amigos, e eu o apoiei na idéia. Não esperava que eles viessem, então, minha surpresa por vê-los na porta, foi totalmente perceptível. O único que faltava era Shikamaru, que estava sem carro, então Naruto se ofereceu para buscá-lo.

Mergulhei, indo até Sasuke, emergindo ao seu lado. Não precisávamos nos preocupar com o frio, já que a piscina era aquecida.

“Hey!” O Uchiha me chamou. Me virei para ele, e vi que ele olhava para Ino. A loira, olhava para os lados apreensiva e, era notável sua preocupação.

“Soube que ela e o Sabuko No terminaram definitivamente”, comentou como se ele não se importa-se com o fato, coisa completamente errônea. Sasuke se preocupa imensamente com seus amigos, apesar de tentar esconder isso.

O admirei por sua preocupação, assim como admirava meu marido. Agora, o que difere de antes é que, mesmo sendo parecidos em tal aspecto, eu não estava os comparando para comprovar algo. As coisas são como são, e um é como é.

“Sim, Gaara me contou”, sinalizei enquanto a observava. Ela ainda estava acanhada e preocupada, mas conversava o mais animadamente possível com Karin e Karui.

“Nosso almoço não está sendo como o esperado”, sorri para Sasuke, mudando de assunto. Ele franziu o cenho enquanto me observava, “Está tão ruim?” Me perguntou.

Balancei a cabeça negando, “Está sendo interessante”, comentei vendo Karin nos observar de lado.

“Sasuke, aquilo que disse ontem … é verdade?” Apesar de ter ficado muito contente com a mensagem dele, eu não poderia ignorar o fato que seu irmão tentou me matar. Também, eu não sei o que ele, de fato, é. E se tudo isso for um jogo?

Aquela árvore comprova minha teoria, quem está por trás disso está querendo me prender aqui. E se o que Sasuke sente não for real? E se ele só estiver me enganando?

Sai dos meus pensamentos quando o vi suspirar. Então, não era verdade? Sorri levemente, seria realmente impossível que ele estivesse se apaixonando por mim

Senti sua mão em meu queixo, e antes que eu o perguntasse algo, Sasuke me beijou.

“Sakura!” Me separei do Uchiha ao ouvir Gaara gritando meu nome. Quando me virei para ele, vi Naruto jogado em seu ombro. E o pior, ele estava sangrando.

“Ele foi mordido por um lycan”, e então sua frase foi interrompida por Ino, que gritou desesperada, o chamando de monstro.