Recomeços escrita por LohRo


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Finalmente atualizada!
Me desculpem pela demora, passei por dias bem complicados e depois de toda a turbulência, estou eu aqui novamente.
Espero que gostem do capítulo, boa leitura!



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Assim que se viu sozinhos, ele disparou.

—Achei que não me quisesse perto de você!

Mas imediatamente se arrependeu. Estava amargurado, embora não fosse motivo para atacá-la, principalmente em seu estado delicado.

—Me desculpe, Sara ... eu só queria entender ...

—E você vai! - Ela deu um longo suspiro antes de continuar. _Pode me dizer o que você e Heather faziam enquanto eu te esperava feito uma idiota em seu apartamento ?

Ele arregalou os olhos surpresos. Como ela poderia saber ? Não que iria omitir aquilo dela, mas fora pego completamente desprevenido.

Diante de sua reação, Sara sorriu. Mas era um sorriso triste, que apenas confirmava suas certezas.

—Achou que pudesse me trair sem ser descoberto, não é mesmo ?

—Espera aí, eu nunca trai você!

—Tem certeza ?

—Absoluta! - Disse convicto.

—Então o que eu vi, foi fruto da minha imaginação ?

—Sara, sabe que eu não gosto de cinismo.

—Você quer falar de cinismo comigo, Grissom ? - Ela praticamente gritou com ele. Sentia estar perdendo o controle, fechou seus olhos ao mesmo tempo em que levava uma mão à barriga. Talvez fosse cedo demais e muito perigoso, levar aquela conversa adiante.

Ainda de olhos fechados, ela sentiu sua aproximação e então, ouviu sua voz pausada e serena.

—Nosso relacionamento sempre fora baseado em duas coisas. Amor e confiança. Eu nunca, por motivo algum quebraria isso, mesmo que eu acabei não cumprindo a minha palavra de que me afastaria dela. Não pretendia omitir que estive com Heather e principalmente o porquê estive com ela.

Ela abriu seus olhos e disse entre os dentes.

—Iria omitir que ela te abraçou ? Que te beijou ?

—Como você ... - Ele parecia sem fala, cada vez mais atordoado.

—Eu vi, Grissom! Estava chegando no laboratório. Deveria tê-la levado para um outro lugar, um que não pudessem ser vistos ou reconhecidos. - Lágrimas começaram a cair, uma atrás da outra, descontroladamente. Não queria chorar na frente dele, mas descobriu ser impossível. _Como você acha que iria reagir se visse Hank me abraçando ... me beijando ? Hein Grissom, me diz!

—Não foi esse tipo de beijo, Sara! E é diferente, você namorou aquele cafajeste!

—Diferente porquê ? Você e Heather tiveram um caso, lembra ? Você foi pra cama com ela!

—Sara ...

—Você sempre me disse que era amizade e, apesar dos meus medos e minha insegurança, eu confiei em você, confiava minha vida à você! Está doendo, Grissom ... doendo muito!

Ela abaixou a cabeça, olhando para as suas mãos enquanto chorava em silêncio.

Aquela cena acabou com ele, principalmente por saber que ele era o motivo de suas lágrimas. Havia um nó em sua garganta que o sufocava, mas era preciso esclarecer aquela história, toda ela.

—Eu estava em meu apartamento quando Heather me ligou, sua neta havia desaparecido, ela estava bastante nervosa. - Sara levantou a cabeça e com ela olhando dentro de seus olhos, ele continuou. _Fui até a sua mansão, eu precisava ajudá-la, Sara. Não estávamos sozinhos, seus funcionários ajudaram nas buscas. Mais tarde ela me confidenciou sobre receber ameaças, cogitamos sequestro, mas por fim encontramos a criança dormindo debaixo de uma cama. Heather me pediu uma carona quando eu estava prestes a sair e foi apenas isso. Parei naquele lugar para comprar o sanduíche que você tanto gosta, sabia que estava chateada comigo. Você esteve o tempo todo em minha mente, eu tentei avisá-la, mas fiquei sem celular.

—Eu vi a maneira com que ela tocou em você. E é isso que mais dói, saber que você permitiu tamanha intimidade e em público, sem se importar com quem os vissem. Eu havia acabado de descobrir sobre a gravidez, ensaiei várias maneiras em como te daria a notícia ... tem ideia de como me senti ?

O medo de perdê-la se materializou à sua frente e de repente se viu sem chão, perguntando quase em desespero.

—O que posso fazer para consertar isso ? Para que ... me perdoe ?

—Você não pode! De agora em diante, não existe mais nada entre nós, você está livre!

—Não quero estar livre, Sara ... eu te amo! Não saberei viver sem você, por favor ...

—Você aprende, Grissom! Se está preocupado com o nosso filho, não fique, não tenho intenção alguma em afastá-lo de você!

 

~Fim do flashback~

~♥~

Grissom estava deitado de lado, apoiando a cabeça com uma mão. A outra, estava esticada na direção de sua filha, mais ao centro da cama.

Fazia somente alguns minutos em que chegara do hospital. Pretendia retornar em seguida, apenas precisava de um momento com a sua pequena.

Sentia um medo absurdo das coisas não saírem como sonhara durante muito tempo, idealizara aquele momento nos mínimos detalhes, tantos planos e um único objetivo, ele só queria sua família de volta. Porém, não poderia estar mais feliz. O que mais lhe importava no momento era saber que Sara estaria entre eles, novamente.

Seus amigos, recentemente avisados, estavam todos eufóricos, não poderia ser de outra maneira. Na primeira oportunidade, estariam às voltas com uma comemoração, haviam o intimado, queriam muito estar com Sara, assim como ele.

Mais uma vez orou por uma nova chance, por um recomeço.

—Você vai ajudar o papai a convencer a mamãe ... não vai, Emma ?

Ele deu um pequeno sorriso ao ver suas tentativas de pegar seu pezinho roliço e levar à boca. Ela balbuciava o tempo todo.

—O papai precisa de suas meninas de cabelos castanhos, promete que vai me ajudar ?

Ele suspirou, após alguns instantes se levantou e pegou o bebê no colo com um cuidado extremo.

Ela estava uma graça com aquela jardineirinha jeans, parecia uma mocinha! A blusinha amarela realçava seus olhos tão azuis quanto os dele.

Seus cachos combinavam perfeitamente com o seu rostinho delicado.

Ele se inclinou para pegar o pequeno par de sandálias sobre a cama e com tamanha prática, rapidamente a calçou.

Estavam prontos.

Beijou seus cabelinhos perfumados e saíram.

Na cozinha, encontrou sua ajudante terminando de acondicionar o leite de sua filha na mamadeira.

—Caso ela fique com fome mais cedo, essa menininha é uma pequena gulosa! - Ela sorriu com doçura para o bebê. Não tivera filhos, mas amava aquela coisinha linda como se fosse dela.

—Obrigado, Tânia!

Ele recebeu a bolsa de passeio com todos os itens básicos.

Havia decidido contratá-la assim que trouxera sua filha para casa. Fora uma sugestão de Catherine, ela mesma quem havia lhe indicado. Estava satisfeito com os seus serviços, era organizada, detalhista e bastante discreta, carinhosa com Hank e acima de tudo adorava Emma.

Era bem verdade que foram poucas as vezes em que a deixara exclusivamente aos seus cuidados. Não gostava de se distanciar de sua filha, desde sua licença do laboratório, sua vida girava em torno dela, fazia a questão dele mesmo cuidar de suas necessidades.

—Não se preocupe com o almoço, não sei quando retornaremos!

—Como desejar, Dr. Grissom!

—Até mais!

Pouco tempo depois, seguiram para o hospital com sua filha devidamente acomodada em sua cadeirinha.

Ela parecia falar sozinha, entre as mordidas em seu brinquedo siliconado. Seus barulhos de bebê provocaram um novo sorriso nele.

Ela era o seu orgulho, a sua fortaleza.

A amava tanto!


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