Recomeços escrita por LohRo


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

E chegamos aos 100 reviews!!!
Eu só tenho a agradecer a cada pessoinha linda que tira um tempinho do seu dia pra me acompanhar e deixar a sua opinião.
As coisas andam complicadas, mas eu sei que não posso deixar vocês na mão, então busco tempo e inspiração de Nárnia pra não sumir do nyah kkkkk
Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura!



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A barriga, completamente exposta e três pares de olhos totalmente voltados para um monitor.

Sem perceber, Grissom roçava seus dedos no dorso da mão de Sara, na verdade era um gesto quase involuntário. Ver seu filho havia despertado nele um desejo inexplicável de estar conectado à ela de alguma forma.

Por alguma razão, Sara não conseguira desfazer o contato e um tanto apreensiva, questionou seu médico.

—Meu bebê está bem, Dr. Grant ?

—Você entrou na décima oitava semana, ele está se desenvolvendo normalmente. Não há com o que se preocupar, mamãe. Aqui, deixe-me mostrar em valores absolutos. - Ele isolou os registros computadorizados, a qualidade das imagens eram impressionantes, em segundos obteve sua resposta. _Seu bebê tem quinze centímetros, e pesa duzentos e três gramas.

—Me parece tão pequeno e frágil, tenho tanto medo que ...

—Não, Sara ... não pense assim ... - Grissom a interrompeu. _Você ouviu o Dr. Grant, não há com o que se preocupar, nosso filho está bem!

—Sara, eu imagino o quanto tenha sido traumático para você o quase aborto que sofrera. Mas, minha querida ... não houve mais hemorragias e seu bebê está se desenvolvendo. Enfim, as coisas estão caminhando como se deve, tanto que vou liberar o seu retorno ao trabalho!

—Me desculpe, é que ... realmente tudo foi muito traumático para mim! - Sua voz quebrou e ela tentou a todo custo não se lembrar daquela fatídica noite. _Então ... posso mesmo voltar a trabalhar ?

—Sim, com certeza! Não vejo problemas nisso, mas sem exageros!                  

Com toda a sua experiência, Dr. Grant ainda podia sentir a preocupação daquele casal. Na verdade nem mesmo sabia se de fato eram um casal, havia um certo distanciamento entre eles, uma barreira quase visível os separando.

Aquilo não era de seu interesse, o fato deles estarem juntos ou não. Mas não gostava de climas pesados em suas consultas, mesmo com diagnósticos poucos favoráveis, gostava sempre de ver as coisas com olhos otimistas. E então, sem nem mesmo questioná-los, acionou um botão e aumentou o seu volume.

Um som diferente, mágico e inexplicável tomou conta do ambiente.

—Reconhecem ? - O bom médico sorriu.

—Isso é ...  - Sara não completou, emocionada demais para isso.

—Meu Deus! - Palavra nenhuma descreveria o que Grissom sentia naquele momento! _Meu filho ... - Sussurrou maravilhado, aquele era o coraçãozinho de seu filho, o som mais lindo que ele escutara em toda a sua existência.

Se ele fizesse uma retrospectiva de sua própria vida, jamais teria passado pela sua cabeça que em algum momento estaria vivendo uma emoção como aquela. Havia se habituado a ser um homem solitário, sem família, sem filhos, alguém que vivesse exclusivamente para o trabalho.

E então Sara surgiu em sua vida, e quanta coisa mudara!

Diante de tais reações, Dr. Grant sentiu que agora sim sua consulta poderia prosseguir. Enquanto os novos pais se deliciavam com aquele som, ele conseguiu isolar uma informação valiosíssima, restava saber se gostariam que ela fosse compartilhada.

—Toda vez que eu ouço esse som, o som da vida, sinto que lá atrás, há uns bons anos, fiz a escolha certa profissionalmente! - Ele começou, tomando a atenção de ambos para si. _Hum ... vocês vão querer saber o sexo do bebê ?

Grissom a encarou quase eufórico, em uma pergunta muda. De repente ele queria muito aquilo, embora não fizesse diferença alguma em seu amor por aquele serzinho.

—Sim!

Sara notou que ele quase vibrou ao som de sua resposta.

—Alguém arrisca um palpite ? - Dr. Grant ainda brincou fazendo ambos sorrirem. Nenhum dos dois quis arriscar. _Bem, já que ninguém se pronunciou, então devo avisá-los que podem se preparar para receber uma menininha na vida de vocês!

—Filha ? Eu vou ter uma filha ? Que ela se pareça com você, Sara!

Ele disse tão espontâneo que foi impossível dela e o médico não rirem.

 

~Fim do flashback~

~♥~

Grissom apagou a luz de seu escritório e fechou a porta, o horário já estava um pouco adiantado. A temperatura havia caído e fazia uma noite fria.

Como de hábito, ele checou todas as entradas da casa e subiu para o andar superior. Não estava com sono, mas precisava dar uma olhada em “suas meninas”.

Emma estava no quarto de sua mãe e passaria a noite ali com ela. Ele entendia perfeitamente a necessidade de Sara em estar junto da filha.

Ele mesmo passara muitas noites com Emma, vigiando seu sono, tentando buscar forças para continuar seguindo em frente.

Ao longo de todo aquele dia, Sara praticamente não saíra do quarto, as fortes dores que sentia na cabeça eram incapacitante. Sua neurologista havia abrandado bastante sua preocupação, embora ele se sentisse péssimo pelo quase nada que podia fazer pela mulher que tanto amava.

O que estava em suas mãos, ele fez. Havia a medicado e a colocado na cama sobre lençóis macios e travesseiros confortáveis. E, então deixou o ambiente propício, janelas abertas e cortinas fechadas bloqueando a claridade indesejada no momento. Os remédios pareciam tê-la deixado entorpecida, ela caíra em sono profundo pouco tempo depois. E pelo resto do dia, ele cuidou sozinho das necessidades da filha para que ela pudesse descansar tranquilamente.

Grissom abriu a porta do quarto com bastante cuidado, temendo que pudesse acordá-las, mas para a sua surpresa, ambas não estavam dormindo.

Sara estava em pé, balançando Emma em seus braços, o rostinho do bebê estava escondido em seu pescoço, mas ele viu a cabecinha de cachinhos castanhos levantar quando percebeu sua presença.

—Hey! Achei que já estivessem dormindo.

—Uma certa garotinha não parece estar com sono!

Emma deu uma risadinha quando viu seu pai e ergueu os braços para ele.

Grissom a pegou no colo e ela tomou interesse pelos botões de sua camisa. Definitivamente para ela, dormir estava fora de questão.

Se voltando novamente para Sara, ele tocou em seu rosto perguntando.

—Como você está ?

—Bem melhor ... - Ela fechou os olhos sentindo a carícia suave em seu rosto. _Obrigada, Gil!

Aquela era a primeira vez, depois de muito tempo que ela o chamava daquela maneira e ele não resistiu, diminuiu ainda mais a distância entre eles, seus olhos fixos nela, ora em seus olhos castanhos, ora em seus lábios lindos.

Lentamente ele colou seus lábios, esperando sua reação, querendo mais do que tudo que ela abrisse a boca para aceitar sua língua sedenta. De repente, um gritinho excitado foi ouvido entre seus corpos, seguido de balbucios que pareciam inconformados.

Ela sorriu em sua boca e ele a acompanhou, ambos olharam para a garotinha que era a razão de suas vidas.

—Acho que ela está nos repreendendo! - Grissom brincou, mas quando Emma subiu um pouco mais em seu corpo e agarrou seu pescoço olhando para sua mãe, Sara arregalou os olhos e não aguentou, caiu na gargalhada.

—Ela está com ciúmes de você!

Era mesmo uma cena engraçada, será que com aquele olhar, ela queria dizer que seu pai era só dela ?

Mesmo achando aquilo divertido, Grissom sabia que não era correto alimentar aquela situação. Ele beijou o rostinho delicado e fez o mesmo com Sara.

—O papai ama você, filha ... e ama a mamãe também ...

Os olhos de Sara assumiram uma nova versão, estavam sérios mas longe de insensíveis. Sempre admitiu, mesmo que internamente, nunca ter deixado de amar aquele homem. Mas desta vez, a necessidade de extravasar tamanho sentimento teve um peso muito maior do que a necessidade de reprimi-lo.

—A mamãe ama você, filha ... - Ela acariciou os cachos finos de sua filha e beijou seu rostinho como ele havia feito. E, quando seus olhos se encontraram, ela completou sua frase. _E ama o papai também ...


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Notas finais do capítulo

Confesso que este é um dos meus capítulos preferidos. Eu amo a cena da Emma com ciúmes! kkkk
Será que as coisas vão dessa vez e eles vão se acertar ? (Não se esqueçam de quem está escrevendo)



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