Recomeços escrita por LohRo


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá, crianças!
Primeiramente, eu quero agradecer de coração pelos reviews que tenho recebido. Estaria mentindo se dissesse que não são importantes ou que não me motivam. É claro que escrevo pra fugir um pouco da realidade e viver esse mundo de "faz de conta", mas saber que alguém gosta do que escrevo, é motivador.
Segundo, só peço um pouquinho de paciência com as atualizações, a vida anda extremamente corrida, moro na rua e visito a minha casa. kkkk Ando sem tempo e de certa forma, minha inspiração vem deixando muito a desejar. Espero que as coisas melhorem, não estou conseguindo mais responder os reviews, mas assim que der, eu farei.
Agora chega de enrolação e vamos ao que interessa.
As coisas estão a passos lentos, mas eu logo vou agilizar a vida desses dois. Não é fácil escrever sobre um romance tão cheio de percalços.
Boa leitura!



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Um dia se passou, depois outro e mais outro. Logo chegara a semana anunciando o final de seu primeiro trimestre de gestação.

Sara tentou manter sua mente ocupada o máximo que conseguisse. Havia feito algumas compras, renovando o seu guarda-roupa. Fez o supermercado. Chegou a ir até o parque que costumava caminhar, apenas para se sentar em um dos bancos e aproveitar a manhã fresca. Gostava de sentir o vento balançando seus cabelos.

Ela havia comprado alguns livros sobre gravidez com os mais variados assuntos. Ciclo de desenvolvimento do feto mês a mês. Alimentação. Algumas complicações que poderiam surgir. Dúvidas mais comuns entre os pais de primeira viagem. Tipos de exercícios liberados enquanto estivesse esperando. Esses últimos, teria que aguardar a liberação de seu médico.

Tudo com uma linguagem simples, de fácil entendimento. Ela devorava cada assunto, absorvendo tudo que podia. Eram informações valiosíssimas.

Seus enjoos haviam amenizado bastante, o que ela agradecera piamente.

Havia marcado alguns encontros com seus amigos na lanchonete para o café da manhã, mas todos tiveram que ser cancelados. As coisas no laboratório pareciam estar pegando fogo com o surgimento de um novo serial.

Grissom estava de fato dando um tempo para ela, tanto que ligara apenas uma vez, no começo daquela semana. Talvez ele estivesse ocupado demais gastando esse mesmo tempo com outra pessoa. Ela concluíra amarga.

Mas qual era o problema dela afinal ? Não o queria, mas também não queria que ele refizesse sua vida ?

Estava agindo como uma adolescente imatura e não uma mulher que dentro de alguns meses seria responsável por uma outra vida.

~♥~

Era uma sexta feira, aquela semana havia sido bem mais tranquila que sua antecessora, depois de terem conseguido descobrir a identidade do serial killer. Uma mente perturbada que confundia ficção com realidade.

Na verdade, era apenas um garoto prodígio que usara sua mente privilegiada a favor do mal. Haviam se surpreendido com a sua idade, dezenove anos apenas, franzino e com um “currículo” de cinco mortes, todas muito violentas. Ele era viciado em games virtuais, suas vítimas não possuíam nenhum tipo de ligação entre si. Ele apenas declarara que se assemelhavam aos inimigos em seus jogos. E assim, arquitetava situações que recriassem cenários virtuais antes de ceifar suas vidas.

Grissom entrou na sala de descanso vazia, precisando urgentemente de um café. Toda a equipe ainda estava em campo e ele aguardava o processamento de algumas evidências de seu caso. Distraído, ele enchia sua xícara quando ouviu Sofia atrás dele.

—Vejo que parabéns estão em ordem! Soube que vai ser pai. - Na verdade, soubera daquela novidade há semanas, mas somente agora resolvera o interpelar.

Ele se virou de frente para ela. Mentiria se dissesse que não estava surpreso dela puxar assunto. Eles mal haviam trocado duas palavras depois de sua negativa para saírem, mesmo se vendo todas as noites.

—Obrigado!

—Gil, eu também soube que você e a Sara não estão juntos! Você não quer magoá-la ? Por isso recusou o meu convite ? Por que sua gravidez inspira cuidados!

Grissom apertou sua mandíbula, claramente não estava feliz em ter a sua vida comentada aos quatro cantos daquele laboratório. Aquele lugar era mesmo um covil de fofoqueiros!

—Sofia, você deveria saber que eu sou uma pessoa reservada! Não gosto da minha vida sendo a atração daqui.

—Não estou fazendo dela uma atração, eu só gostaria de entender!

—Eu não tenho nenhum interesse em você!

Pronto! Se ela queria entender, mais claro que aquilo, impossível!

 

~Fim do flashback~

~♥~

Eles mal tiveram tempo de darem o primeiro passo, um outro “alguém” havia surgido do nada, eufórico para também recepcioná-los.

O cão fez uma festa quando viu Sara que a comoveu. Ele pulou nela, rolou à seus pés, bateu suas patas no chão, tornou a pular nela. O tempo todo grunhindo sua felicidade.

Grissom sorriu com o pensamento de que Hank estava nas nuvens tanto quanto ele com a volta de Sara, mas o cão possuía muita força e estava de verdade quase a derrubando.

Ele falou com o animal como se ele pudesse entendê-lo.

—Cuidado com ela, amigo! - Sentindo sua filha se mexer em seus braços, ele concluiu. _E você vai acabar acordando Emma!

Sara sorria, mesmo sentindo seus olhos úmidos. Adorava aquele cão!

—Hey garoto! - Ela acariciou sua cabeça avelã. _Que recepção mais calorosa!

—Ele sentiu muito a sua falta! - “Assim como eu” - Ele quase disse, mas se conteve no último segundo.

Depois de alguns minutos, Tânia conseguiu persuadir Hank com um biscoito, levando-o para a área de serviço.

—Venha, vamos até o quarto.

Sara o seguiu sem deixar de notar o quanto a sala era espaçosa e bastante confortável. As paredes em um tom de amarelo suave, pareciam transmitir uma serenidade inexplicável. Os sofás, imaculadamente brancos, mas com alguns detalhes também em amarelo estavam repletas com almofadas das mesmas cores. Havia um jarro bonito com rosas brancas sobre a mesa de centro. Um lustre incrivelmente bonito e sofisticado assim como a lareira elétrica. Uma rack de madeira nobre um tanto exótica e acima dela, uma tv de muitas polegadas apoiada em um suporte na parede.

Ela notara que a sala de jantar estava em um desnível de piso de apenas um degrau. Uma enorme mesa de vidro preenchia o ambiente, sendo também iluminada por um lustre de tamanho menor.

Ao que parece, toda a casa era em porcelanato.

Ela olhou a escada que dava acesso ao piso superior e começou a subir lentamente se apoiando ao corrimão. Ainda não estava nem na metade, quando sentiu estar quase sem fôlego e suas pernas mal sustentavam seu corpo. Uma tarefa que parecia tão simples, ela estava encontrando tamanha dificuldade.

Percebendo que ela não avançou um novo degrau, Grissom se virou para ela e regrediu o degrau para estarem no mesmo nível.

—Me desculpe, minha querida ... não considerei a escada. Eu vou colocar Emma em seu berço e volto para te buscar.

—Não precisa, eu posso subir ...

Assim que ela recuperou o fôlego, ele abraçou sua cintura apoiando seu peso e terminaram os lances restantes.

Havia um quadro delicado pendurado em uma porta branca, anunciando a quem o quarto pertencia. Um par de borboletas “pousavam” no nome de Emma.

Grissom abriu a porta e a incentivou carinhosamente.

—Vá em frente ...

A luz fora acesa e ela percebera que ele tivera o cuidado em escolher para o quarto da filha, um tom mais baixo que o convencional.

O quarto de Emma era um sonho!

Tanto as paredes quanto os móveis, mesclavam em duas cores, branco e lilás. Ela se perguntou se ele tivera ajuda na decoração e se essa mesma ajuda o influenciara tanto. Aquele quarto não era muito ao estilo Grissom, sorriu com o pensamento.

Na parede principal, acima do berço, o papel de parede destacava uma coroa com pedrinhas miúdas contornando-a graciosamente.

Na parede oposta ao berço, havia um sofá branco no estilo vitoriano, com algumas pelúcias sobre ele. Acima dele, as prateleiras embutidas traziam mais pelúcias.

Havia ainda uma cômoda de mesmo estilo e cor que o sofá com puxadores lilás, um trocador e um tapete enorme que ocupava quase todo o chão. As cortinas estavam fechadas, mas a enorme janela de vidro, não. O vento fresco que arejava o ambiente, tornava a temperatura muito mais agradável.

Tudo ali era de muito bom gosto.

—É lindo, Grissom!

Ele colocou Emma em seu berço e se virou para ela.

—Gostou mesmo ?

—Sim, muito! Combina com ela, minha pequena princesa ... - Sara se aproximou para tocar o rostinho da filha adormecida. _Ela é tão linda!

—Ela é exatamente igual à você, minha querida ... em tudo! É impossível olhar para a nossa filha e não se lembrar de você, seus traços, sua beleza! - Ele segurou sua mão livre. _Sara ...

—Pode me mostrar o restante da casa ? - Ela o interrompeu se desvencilhando do toque. Sabia onde ele pretendia chegar, mas ainda não estava pronta para falar sobre eles.

Grissom pareceu entender.

—Tudo bem!

Além do quarto de Emma, havia ainda mais duas suítes. O dele, que ela achou por bem não entrar e um outro, onde ficaria.

As paredes em um tom verde água. Havia um guarda-roupa enorme, uma cama king size bem arrumada com uma cômoda ao lado e sobre ela, um abajur. O banheiro era espaçoso, o box caberia tranquilamente meia dúzia de pessoas e ainda sobrava espaço. Um terço dos armários embutidos estava ocupado com toalhas limpas, o restante estava vazio assim como as gavetas sob a pia de mármore.

—Ainda temos que buscar suas coisas em seu antigo apartamento, podemos fazer isso em um outro dia ...

—Amanhã ?

—Por mim tudo bem ...

Eles retornaram ao andar de baixo, mas desta vez, ela vencera a escada sem a sua ajuda.

A cozinha era enorme como o restante da casa, moderna e muito bem equipada. Ela imaginara que todo aquele requinte e sofisticação tranquilamente serviria de cenário para um desses programas de culinária dos canais pagos.

Eles notaram que Tânia cozinhava algo, o cheiro era bom.

—Estou um pouco cansada. - Ela confessou com timidez, bem menina mesmo.

Ele a olhou com ternura e lhe estendeu a mão.

—Venha se deitar.


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