Uma Casa de Estrelas escrita por Lyn Black


Capítulo 37
fogos de artifício


Notas iniciais do capítulo

alozinho meus amores!
primeiramente queria agradecer a todes vocês que vem me acompanhando, favoritando e comentando (beijão especial pra quem fala comigo por aqui!), atravessamos 100 comentários e que jornada hein.
MAS CALMA UCDE NÃO TÁ ACABANDO NÃO, VIU?
espero que gostem desse capítulo!
beijocas,
lyn



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fogos de artifício - trigésimo sétimo capítulo

uma casa de estrelas, por lyn black

 

Os irmãos Black tiveram uma delicada relação com os brilhos no céu, tão fascinantes e ofuscantes. Não se engane com estrelas, porém, pois falo de explosões barulhentas, belas e finitas. Não que estrelas sejam infintas, contudo, a falsa impressão de eternidade calhava para uma família construída em ilusões.

Para Sirius, fogos de artifício eram quase como seu choro nas noites escuras: uma mentira vil que, no fundo, continha um pano doloroso de realidade. Ele não liga para fogos de artifício mágicos, a beleza fugaz daquilo atormenta seus olhos cansados e sua cabeça tão leviana, seu riso fácil e o gosto de sangue na língua ao olhar pro irmão. A verdade, ou uma de suas facetas, aponta para a natureza de Sirius Black ser a de um fogo de artifício. 

Já para Régulus, fogos de artifício ardiam no seu corpo como se ele fosse matéria em combustão. Os tons coloridos, as formas complexas de luz e seu corpo fundiam-se num retrato ocre, carmim e azul do mar-aberto em dia nublado. Suas asas angelicas desprendiam-se na Queda com faíscas solares, e o garoto - nunca passou de um jovem que engoliu tudo -, parecia vomitar pelos seus olhos todos os brilhos de uma noite eterna. 

Eles nunca admitiram entre si o artifício de serem seres explosivos, encantadores e, inclusive, poderem ser usados para propósitos medonhos. Queriam pintar as duas histórias como uma foto de virada de ano-novo, é sim, os jornais eram supostos de fazerem perfis de Sirius e Régulus como os herdeiros intensos e belos. Não havia espaço para a sensação das erupções atmosféricas, apenas para a foto distorcida.

Tolos irmãos em sua busca por eternidade, eram fugazes e mortais. Pesadas expectativas, arruinadas pelas peles marcadas e pelas lágrimas de prata. Ah, se houvessem engolido juntos, do mesmo cálice, que eram profundamente fogo, e fogo humano, talvez... 

Mas eram fogos de artifício, destinados invariavelmente a queimar para a plateia aplaudir inconscientemente um palco de terror.  

 


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Notas finais do capítulo

não gostei muito não, mas vou postar pq nem sempre gostamos de tudo que fazemos, né?
bom sábado querides!



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