Uma Casa de Estrelas escrita por Lyn Black


Capítulo 35
Impulsos


Notas iniciais do capítulo

me bateu uma vontade...
espero que gostem :)



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impulso - trigésimo quinto capítulo

uma casa de estrelas, por lyn black 

 

Remus tem olhos cor âmbar, um castanho meio perdido entre os toques do Sol e o uivar da Lua. Ele também tem dedos compridos, uma pinta meio estranha e um charme peculiar. O garoto de cabelos negros às vezes se pega traçando a linha dos lábios do amigo, e quase engasga num susto, até se acostumar a gravitar discretamente ao redor dele. 

Remus tem uma voz baixa e sedosa, e seus conselhos assustam um menino aventureiro como Sirius. A fragilidade de Lupin sempre impressionou Black, entretanto, quando Remus adormece após a Lua Cheia, o rapaz é capaz de enxergar a coragem em cada cicatriz. Ser um garoto da família Black nunca envolveu sentimentalismo, ser impenetrável era a premissa básica para sobreviver. Remus Lupin, porém, é visível e invisível e, dessa forma, rompe com toda a poética das estrelas.

Ele degela um coração enrijecido quando aperta a mão de Sirius no baile de Halloween do 5o ano, ao tomar um susto. Remus faz latejar a boca do garoto-cão quando fica vermelho ao notar que está sendo observado - não, admirado -, por ele. Lupin traça um caminho cíclico pelos poros de Sirius, rindo e suspirando pelos cantos, constantemente desolado.

Sirius chega à conclusão de que Lupin é muito mais estelar do que qualquer Black. Ele passa a acreditar cegamente nisso, e por meses Remus e Sirius são explosivos. Quando Remus empurra-o contra uma árvore e cala a sua boca com a sua língua ferina, entretanto, o mundo se rompe. Remus é profundamente terreno, e Sirius não sabe enxergar asas terrenas. Ele prefere fechar os olhos e fingir que tudo é sensação.

Se Remus é seu impulso mais primordial, será através dele que Sirius se manterá unido à terra. Até mesmo quando Black cavar a própria cova, ele é uma estrela perdida, enquanto Aluado é a música do universo. Coabitam a mesma energia e dividem os mesmos lençóis quando o mundo fica por demasiado atormentador. 

Sirius e Remus se beijaram uma única vez, acho. O resto foi fusão de corpos, o resto foi o inominável e toda essa romantização condenada pelos dois.

 

 


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Notas finais do capítulo

quero falar melhor desses dois mas por hoje é isso que tenho...
o que acharam?
beijos de luz
lyn



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