Uma Casa de Estrelas escrita por Lyn Black


Capítulo 22
Cego


Notas iniciais do capítulo

Depois de muuuuito tempo, consegui escrever. Agradeço ao companheiro de Blackzices, , que me inspirou com uma fanfic sobre o Sirius onde tratou do egoísmo dele.
ESSA É UMA VERSÃO bem menos romantizada do Sirius. Bem crítica, inclusive.
Espero que vocês gostem!
Boa leitura!



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cego - vigésimo segundo capítulo 

uma casa de estrelas, por lyn black

 

Basta, parem de o tratar como herói. Chega, nem vilão ele também foi. Rebeldia é energia motriz para revoluções, mas Sirius se alimentava dela para, no fim, ver o mundo se colapsar diante se seus pés. É humano, esse Sirius Black, mas nem tudo pode ser absorvido como simples humanidade.

Não suportava as regras de casa e, de fato, o sangue-purismo é abominável, contudo, Sirius queria mesmo ser o ponto mais brilhante e, ir contra a família, foi perfeito. Ele ficou incandescente, recebeu cartas com o brasão da família onde foi rechaçado por ir para Grifinória, e no fundo, Sirius queria rodopiar.

Lealdade é para poucos, quiçá somente para o rapaz que é quase seu espelho, o inconsequente James. E Potter cresce, a guerra conduz o sangue do irmão de coração de Sirius, mas Black... A dor é ignorada. E, enfim, o cega.

Porque Sirius parte da sua casa, deixando uma mãe que, apesar de o tratar como desafeto, encontrava em si amor pelo homem que veio de seu ventre. Ele parte, também, deixando um pai ausente, apenas presente para cobrar a perpetuação do legado. Sirius Black apenas quer se distanciar da casa que o fez ser quem é, e por isso Régulus não é considerado, não realmente, ao cruzar a batente.

Todo Black, deserdado ou não, precisa reconhecer suas raízes celestes. Sirius as ignora, quer soterrar sua realidade com beijos e sexos trôpegos misturados à uma paranoia. Quer a todo custo evitar mergulhar no real.

O mundo de verdade dói demais. Sirius sabe que o irmão morreu, e logo depois os pais partem desse mundo. Ele esbarrou em Narcisa na Travessa do Tranco, mas fingiu não reconhecer a flor egoísta da antiga família. 

Sirius opta por fingir ser cego. Até que, inconscientemente, enfia dois broches, com o símbolo dos Black gravados, nos olhos. 

Assim, ninguém pode o acusar de falso. Afinal, ele não pode mais ver, não é mesmo? Não importa se ele não quer. Desse jeito, ninguém poderá culpá-lo. E, tranquilo com o seu mundo irreal, descansará em paz no túmulo.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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